Rubiaceae ornamentais do Campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, R.J.



Documentos relacionados
1.6. Sida acuta Burm. Fl. Ind Prancha 1, fig. A.

Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Cienc. Nat., Belém, v. 4, n. 3, p , set.- dez. 2009

Cristian Perroni Professor: Fernando Pires Disciplina: Fotografia Ambiental Flora Ipê Amarelo /Roxo

ANEXO 2 PIBIC/PIBITI/CNPq/IFSP RESUMO, OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA

Os jacarandás de setembro

IPOMOEA INCARNATA (VAHL) CHOISY: UM NOVO REGISTRO DE CONVOLVULACEAE JUSS. PARA A PARAÍBA

HERBÁRIO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA: Catálogo de Árvores e Arbustos do Campus

III. EXECUÇÃO DOS ENSAIOS DE DISTINGUIBILIDADE, HOMOGENEIDADE E ESTABILIDADE - DHE

REGISTRO FOTOGRÁFICO - AVENIDA BELCHIOR DE GODOI

Aula 5 Reprodução das Angiospermas

A principal função da flor numa planta é a de reprodução. As flores de uma planta são constituídas por (Figura 1):

10. Plantas vasculares com flor: Divisão: Anthophyta (leitura recomendada Raven et al. Capítulo 19:Angiosperms)

PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO DE PROFESSOR SUBSTITUTO

Morfoanatomia Foliar de Pouteria sp. nov. (Sapotaceae) em Ambiente de Sol e Sombra

INFLORESCÊNCIA. Introdução

Registro Fotográfico

PLANTAS ORNAMENTAIS UTILIZADAS EM PAISAGISMO

PLANTAS ORNAMENTAIS UTILIZADAS EM PAISAGISMO

O gênero Peperomia Ruiz & Pav. na Área de Proteção Ambiental do Mestre Álvaro, Espírito Santo, Brasil

Arroio do Tigre/RS, iniciando na Rua Getulio Vargas, sentido oeste/leste, como término na RSC 481.

O GÊNERO THUNBERGIA L. (THUNBERGIOIDEAE ACANTHACEAE) EM UMA MATA SECA NO AGRESTE PARAIBANO

CHRYSOPHYLLUM JANUARIENSE EICHL. (SAPOTACEAE): NOVA OCORRÊNCIA PARA O BRASIL E DESCRIÇÃO DO FRUTO

CONCEITOS BÁSICOS DE FILOGENIA

FLORA DA SERRA DO CIPÓ, MINAS GERAIS: SAPOTACEAE 1

MALPIGHIACEAE JUSS. EM UM AFLORAMENTO ROCHOSO NO SEMIÁRIDO PARAIBANO

Laboratório de Análise de Sementes Florestais (LASF) Universidade Federal de Viçosa Departamento de Engenharia Florestal

Ginkgo biloba L. 64 Exemplares no Parque

BRASIL: UM PAÍS DE MUITAS ESPÉCIES

17/11/2015. REINO PLANTAE (VEGETAIS) Prof. Leonardo F. Stahnke ORIGEM IMPORTÂNCIA DAS PLANTAS

INGÁ-QUATRO-QUINAS. do Sul, principalmente na Floresta Pluvial Atlântica. Informações ecológicas: planta semidecídua, heliófita,

3.4.4 GLADÍOLO (Gladiolus L.) Classificação Botânica

Três novas Myrtaceae de Santa Teresa, Espírito Santo, Brasil

Relatório mensal JULHO/2014. Projeto: Estudo e implantação de floresta para manejo sustentado na Escola Técnica Prof. Dr. Antonio Eufrásio de Toledo.

Cereja do Mato. Phyllocalyx involucratus (DC.) Berg; Phyllocalyx laevigatus Berg

A família Rubiaceae na Reserva Biológica Guaribas, Paraíba, Brasil. Subfamílias Antirheoideae, Cinchonoideae e Ixoroideae 1

FENOLOGIA REPRODUTIVA DE MURTA NO JARDIM BOTÂNICO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSM, SANTA MARIA-RS

PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAGUARI SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

CIÊNCIAS PROVA 4º BIMESTRE 7º ANO PROJETO CIENTISTAS DO AMANHÃ

Uma nova espécie de Tibouchina Aubl. (Melastomataceae), endêmica do Paraná, Brasil 1

Biomas Brasileiros. 1. Bioma Floresta Amazônica. 2. Bioma Caatinga. 3. Bioma Cerrado. 4. Bioma Mata Atlântica. 5. Bioma Pantanal Mato- Grossense

A FAMÍLIA MALVACEAE sensu lato EM UMA ÁREA DO AGRESTE PARAIBANO, NORDESTE DO BRASIL 1

ESTRUTURA FITOSSOCIOLÓGICA DO COMPONENTE ÁRBOREO DE UMA FLORESTA OMBRÓFILA EM PORTO VELHO, RONDÔNIA

O ipê amarelo de fins do estio

PROJETO DE PESQUISA ESTUDO DOS COMPONENTES LENHOSOS NA COBERTURA VEGETAL DA ENCOSTA DA FACULDADE MACHADO SOBRINHO, JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, BRASIL

How to identify berberry plants and ther distribution in Brazil

CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO DAS ESPÉCIES DE CYPERACEAE DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL MUNICIPAL DO INHAMUM, CAXIAS, MARANHÃO

B I O G E O G R A F I A

Matheus Fortes Santos 1,4 & Paulo Takeo Sano 1

Conhecendo a planta de trigo

IPEF n.47, p.62-65, mai FENOLOGIA DE FLORAÇÃO E FRUTIFICAÇÃO EM POPULAÇÃO NATURAL DE AÇAIZEIRO (Euterpe oleracea Mart.) NO ESTUÁRIO AMAZÔNICO

LEVANTAMENTO PRELIMINAR DA FAMÍLIA LECYTHIDACEAE NA PARAÍBA

O GÊNERO OCOTEA AUBL. (LAURACEAE) NO PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA, BRASIL

DIVERSIDADE DE CLIMAS = DIVERSIDADE DE VEGETAÇÕES

MELASTOMATACEAE NO PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA, SUDESTE DO BRASIL: TRIBOS BERTOLONIEAE E MERIANIEAE

Flora da Paraíba, Brasil: Erythroxylaceae Kunth

Planejada e editada por. RAULlNO REITZ. Publlcaçlo patrocinada por:

Celtis australis L. 3 Exemplares no Parque

Fig. 25: Casearia mestrensis: a ramo com inflorescência em botões e flores; b detalhe da nervação da folha; c detalhe do bordo com glândula no dente;

DENDROLOGIA Histórico, Conceitos e Importância da Dendrologia

A ARBORIZAÇÃO DO CAMPUS DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Coleções de plantas vivas do Jardim Botânico da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil: Begoniaceae

Comunicado. Psilídeos no Brasil: 5-Trioza tabebuiae em Ipês. Dalva Luiz de Queiroz 1 Daniel Burckhardt 2 Daniel Piacentini de Andrade 3

Maria de Fátima Freitas 2,4 & Luiza Sumiko Kinoshita 3

Apocynaceae sensu strictum no Parque Municipal de Mucugê, Bahia, Brasil, incluindo a publicação válida de dois nomes em Mandevilla Lindl.

CONTRATAÇÃO DE INSTRUTORES NA ÁREA AMBIENTAL PARA SERVIÇOS DE CONSULTORIA.

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Paula Daniel Fogaça (Identificação das árvores e fotos) Camila Pianca (Coordenação do projeto) Complemento das informações do georreferenciamento de

DESCRITORES MÍNIMOS DE SORGO (Sorghum spp.) Característica

Sistema de Ensino CNEC a-20s-tg-09 Trabalho de Geografia Eu no Mundo

Prunus laurocerasus L. 108 Exemplares no Parque

FLÓRULA DO MORRO DOS PERDIDOS, SERRA DE ARAÇATUBA, PARANÁ, BRASIL: Aquifoliaceae

A FAMÍLIA BIGNONIACEAE NA APA DE MARICÁ, RIO DE JANEIRO, BRASIL

FENOLOGIA REPRODUTIVA DE SCHINUS TEREBINTHIFOLIUS RADDI EM ÁREA DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL

Unha-de-gato. Uncaria tomentosa (Willd. ex Roem. & Schult.) D.C. e Uncaria guianensis (Aubl.) J.F. Gmel.

BOTÂNICA ANGIOSPERMAS. Prof. Gassem ANGIOSPERMAS. Grupo de plantas vasculares (traqueófitas) que apresentam sementes protegidas por frutos:

Ficha de Divulgação n.º 15 /2013. ENSAIO DE PRODUÇÃO DE Sterlitzia reginae PARA FLOR DE CORTE AO AR LIVRE NO ALGARVE

Caroline do Amaral Polido 1 & Ângela Lúcia Bagnatori Sartori 2

PANORAMA DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO EM MATO GROSSO

PAISAGISMO PARQUES E JARDINS. Prof. Eliseu Figueiredo Neto

Cerrado em foco. Ecossistema. Pequi

SHOW DOS IPÊS. Instituto de Educação infantil e juvenil Primavera, Londrina, de. Nome: Ano: Tempo Início: término: total:

Há sempre resposta à adubação de manutenção do eucalipto? Um estudo de caso em Porto Velho (RO)

Introdução à Morfologia Vegetal

A família Melastomataceae s.s Juss. no Parque Nacional do Viruá (Roraima).

I. OBJETIVO II. AMOSTRA VIVA

Ancestralidade Materna polimorfismos matrilínea DNA Mitocondrial (mtdna).

Palavras-chave: Artigos científicos, periódicos, região neotropical

os testículostí onde são produzidos os espermatozóides (gâmetas masculinos), femininos).

NOVOS REGISTROS DE EVOLVULUS L. (CONVOLVULACEAE) PARA O ESTADO DA PARAÍBA NORDESTE BRASILEIRO

Descrição morfológica de Campomanesia pubescens, uma das espécies de gabiroba do Sudoeste Goiano

DUAS ESPÉCIES NOVAS DE ANTHURIUM SCHOTT (ARACEAE)

20/5/2014 ÓRGÃOS VEGETAIS II. FLORES, FRUTOS E SEMENTES Nesta aula, veremos as funções e principais tipos de flores, frutos e sementes.

Bromeliaceæ de um campo de altitude no sul de Minas Gerais (Brasil) Talita MOTA MACHADO & Luiz MENINI NETO

Importância dos critérios de amostragem de folhas

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DE QUATRO VARIEDADES DE MANDIOCA DE MESA CULTIVADAS EM VITÓRIA DA CONQUISTA - BA

Transcrição:

Rubiaceae ornamentais do Campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, R.J. Alessandra Marques de Paiva 1, Pedro Germano Filho 2 & Maria Verônica Leite Pereira-Moura 3 1 Graduando em Ciências Biológicas, Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro 1 2,3 Departamento de Botânica, Instituto de Biologia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Caixa Postal 74582, Seropédica, RJ. 3 E-mail: vlpmoura@ufrrj.br Resumo Este trabalho consiste no levantamento e identificação das espécies ornamentais da família Rubiaceae do Campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica. Foram feitas coletas semanais no período de novembro/ 2007 a setembro /2008, nas quais seis espécies foram identificadas pertencentes à subfamília Cinchonoideae. O gênero mais representado foi Ixora L. com três táxons, Mussaenda L., Genipa L. e Calycophyllum DC. com uma única espécie. São apresentadas neste trabalho chave para identificação das espécies, descrições, ilustrações, comentários sobre o material examinado, distribuição e dados sobre floração e frutificação de cada espécie. Palavras-chaves: Cinchonoideae, Ixora, Levantamento. Rubiaceae ornamentals of the Campus of the Universidade Federal Rural of Rio de Janeiro, Seropédica, R.J. Abstract This work consists on the survey and identification of the ornamental species of the Rubiaceae from Campus of the Universidade Federal Rural of Rio de Janeiro, Seropédica. Weekly collections during the period of November of 2007 until September of 2008 had been made, when six species were identified as the subfamily Cinchonoideae. The most representative genus was Ixora L., with three species and Mussaenda L., Genipa L. e Calycophyllum DC., were represented by only one species each. An identification key for the species, descriptions, illustrations, commentaries on the examined material, distribution and data on flowering and fruit of each species are presented.. Key words: Cinchonoideae, Ixora, Survey. v.16, n.1, p. 39-46, 2009 39

Introdução A família Rubiaceae Juss. compreende cerca de 13.150 espécies e 615 gêneros, apresentando distribuição cosmopolita, com maior diversidade nos trópicos e subtrópicos (Heywood et al., 2007). No Brasil ocorrem cerca de 130 gêneros e 1.500 espécies, correspondendo a uma das principais famílias da flora brasileira (Souza & Lorenzi, 2005). É facilmente reconhecida pelas folhas simples e opostas, estípulas interpeciolares e ovário ínfero. Atualmente, Rubiaceae está dividida em duas subfamílias: Cinchonoideae e Rubioideae (Robbrecht & Manem, 2006). Na categoria de ornamentais podem ser enquadradas plantas utilizadas no paisagismo de parques e jardins, na arborização de ruas e avenidas e na formação de aléias ao longo de caminhos e estradas. Seus atributos estão relacionados à exuberância de seu florescimento, à beleza e textura de sua copa, ao colorido, desenho, forma, volume de suas folhas, troncos e frutos (Lorenzi et at., 2003). No Brasil, a família Rubiaceae possui várias espécies originadas de outros países que são cultivadas como ornamentais. Pereira (1984) estudou 13 espécies da família Rubiaceae nativas do Distrito Federal, as quais podem ser introduzidas em parques e jardins pelo valor ornamental, entre elas, Genipa americana L. O objetivo do trabalho foi estudar as espécies ornamentais de Rubiaceae ocorrentes no Campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, no município de Seropédica, disponibilizar uma chave de identificação e fornecer descrições sobre cada uma delas, de modo a contribuir para o conhecimento da família. Material e Métodos O Campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro está localizado na BR - 465, Km 7, no município de Seropédica, estado do Rio de Janeiro (22 45 48.74 S, 43 41 19.01 W). Possui área de 3.439 hectares, com 150.638 m2 de área construída, revestida por uma mistura de plantas nativas do Brasil e exóticas cultivadas. Foram realizadas expedições semanais no período de novembro/2007 a setembro/2008, em diversas áreas do Campus da Universidade Rural para coletas e observações dos exemplares no campo. Os materiais coletados foram herborizados, identificados mediante literatura especializada e encontram-se depositados no Herbário do Departamento de Botânica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (RBR). As siglas dos herbários estão de acordo com Holmgren et al. (1990). Adotou-se o sistema de classificação de Robbrecht & Manen (2006) para subfamília. A terminologia para caracterização das folhas foi baseada em Rizzini (1977), para tipo de venação Hickey (1979), inflorescência Radford (1974) e frutos seguem Barroso et al. (1999). Resultados e Discussão Foram encontradas, no Campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, seis espécies pertencentes a quatro gêneros de Cinchonoideae, sendo Ixora L. o gênero com o maior número de espécies (três), e os demais, com uma espécie. Chave para identificação das espécies ornamentais de Rubiaceae do Campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. 1.Arbustos. 2. Estames exsertos, inseridos na fauce do tubo da corola. 3.Corola de coloração vermelha, laranja ou amarela. 4.Base foliar obtusa e ápice agudo; paucifloras; lobos da corola com ápice agudo...1.ixora coccinea 4.Base foliar aguda e ápice obtuso; multifloras; lobos da corola com ápice obtuso...2.ixora chinensis 3 Corola de coloração branca ou creme...3. Ixora finlaysoniana 2. Estames inclusos, inseridos da base até a metade do tubo da corola...4.mussaenda erythrophylla 1.Arvoretas ou árvores. 5.Flores pentâmeras, unissexuais femininas; frutos bacóides...5. Genipa americana 5. Flores hexâmeras ou heptâmeras, hermafroditas; frutos capsulares...6.calycophyllum spruceanum Ixora L. O gênero Ixora L. é de origem asiática, com 40 v.16, n.1, p.39-46, 2009

distribuição pantropical, ocorrendo na América, África, Madagascar, Ásia e Oceania (Robbrecht, 1988), com 400 espécies, sendo 17 cultivadas (Fosberg & Sachett, 1989). No Brasil o gênero está representado por aproximadamente 25 espécies (Delprete, 2007), sendo que, quatro foram descritas recentemente por Di Maio (2003), para os estados da Bahia e do Espírito Santo. No Campus ocorrem três espécies, Ixora coccinea L., I. chinensis Lam. e I. finlaysoniana Wall. 1. Ixora coccinea L. Sp. Pl. 1: 110. 1753 Figura 1. Nome popular: ixora-vermelha, ixora-coral. Figure 1. Popular Name: ixora-vermelha, ixora-coral. Arbusto ca. 2 m. Ramos delgados, verdes a castanhos, glabros. Estípulas unidas na base, limbo triangular, arista pontiaguda, maior que o limbo, 0,5-1,0 x 0,3-0,5 cm, glabras, persistentes, verdes a castanha, presença de coleteres na face interna. Folhas opostas. Lâmina elíptica, base obtusa, ápice agudo, 5,5-8 x 2,5-4 cm, cartácea, glabra; venação broquidódroma; nervuras secundárias 10-14 pares; pecíolo 1-3 mm, glabro. Inflorescências tirsóides, corimbosas, terminais, 3-5 x 3-4 cm, pedunculadas, 27-45 flores, 2 bractéolas florais, ca. 1 mm, glabras. Flores hermafroditas, tetrâmeras. Pedicelos 1-4 mm ou ausentes. Cálice triangular, verde, 4-laciniado, ca. 1 mm, glabro. Corola hipocrateriforme, vermelha, amarela ou alaranjada, glabra; tubo 3-5 cm, glabro; lobos ápice agudos, 1-1,5 x 0,6-0,9 cm. Estames 4, exsertos, presos na fauce da corola; filetes ca. 1 mm; anteras ca. 4 mm, amarelas. Hipanto 1-2 mm. Ovário bilocular, placentação axial, um óvulo por lóculo, preso na metade superior do septo; disco nectarífero anular; estilete exserto, 3-5 cm, glabro; estigma bífido, 1-2 mm. Frutos drupóides, globosos, 1,0-1,2 x 1,0-1,3 cm, verdes, vináceos a nigrescentes; pirênios 2,5-8 x 4-6 mm, livres, côncavos. Seropédica, Campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, casa de hóspedes, 13.XI.1965 (fl.), Grenha s.n. (RBE 561); ibidem, 18.XI.1965 (fl.), Mesquita s.n. (RBE 557); canteiro do Horto Botânico, Instituto de Pesquisa Experimental Agropecuária do Centro Sul (IPEACS), 15.VI.1970 (fl.), Lobão s.n. (RBE 560); Jardim Botânico, 09.IV.1997 (fl.), Rodrigues s.n. (RBE 1359); Jardim Botânico, 15.V.1999 (fl.), Pereira s.n. (RBR 4243); gramado em frente ao prédio principal, 01.XII.2005 (fl.), Figueira s.n. (RBR 22322); Jardim Botânico, 18.II.2008 (fl.), Paiva 01 (RBR); gramado em frente ao prédio principal, 18.II.2008 (fr.), Paiva et.al. 03 (RBR). A espécie diferencia-se das demais pela ramificação densa, ápice foliar agudo e base obtusa, inflorescência com 27-45 flores e lobos da corola com ápice agudo. Floresce de novembro a setembro e frutifica de fevereiro a setembro. 2. Ixora chinensis Lam. Encycl. Méth. Bot. 3: 344. 1789. Figura 2. Nome popular: ixora-vermelha. Figure 2. Popular Name: ixora-vermelha. Arbusto ca. 2 m. Ramos delgados, verdes a castanhos, glabros. Estípulas unidas na base, limbo triangular, arista pontiaguda maior que o limbo, 0,3-0,5 x 0,1-0,3 cm, glabras, persistentes, verdes a castanha, presença de coleteres na face interna. Folhas opostas. Lâmina obovada-oblonga a cuneada-oblonga, base aguda, ápice obtuso, 6-8 x 2-4 cm, cartácea, glabra; v.16, n.1, p.39-46, 2009 41

venação broquidódroma; nervuras secundárias 5-9 pares; pecíolo 1-3 mm, verde, glabro. Inflorescências tirsóides, corimbosas, terminais, 2,5-3,5 x 3-5 cm, pedunculadas, 60-90 flores, 2 bractéolas florais, ca. 1 mm, glabras. Flores hermafroditas, tetrâmeras. Pedicelos 1-4 mm ou ausente. Cálice triangular, verde, 4-laciniado, ca. 1 mm, glabro. Corola hipocrateriforme, vermelha, amarela ou alaranjada, glabra; tubo 2,5-3,5 cm, glabro; lobos ápice obtuso, 0,5-0,7 x 0,3-0,5 cm. Estames 4, exsertos, presos na fauce da corola; filetes ca. 2 mm; anteras ca. 4 mm, amarelas. Hipanto 1-2 mm. Ovário bilocular, placentação axial, um óvulo por lóculo, preso na metade superior do septo; disco nectarífero anular; estilete exserto, 2,5-3,5 cm, glabro; estigma bífido, 1-2 mm. Frutos drupóides, globosos, ca. 5 mm, vináceos, cálice persistente; pirênios 2,1-3 x 1-2 mm, livres, côncavos. Seropédica, Campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Jardim Botânico, 28.III.2008 (fl.fr.), Paiva 08 (RBR). Caracteriza-se por apresentar base foliar aguda e ápice obtuso, inflorescência com 60-90 flores e lobos da corola com ápice obtuso. Floresce de novembro a setembro e frutifica de março a julho. 3. Ixora finlaysoniana Wall. ex G. Don. Gen. Hist. 3: 572. 1834. ovado a triangular, arista menor ou do mesmo tamanho que o limbo, 0,3-0,5 x 0,3-0,4 cm, persistentes, verdes a castanha, presença de coleteres na face interna. Folhas opostas. Lâmina lanceolada, base aguda, ápice agudo e mucronado, 7-16 x 2-5 cm, cartáceas, glabras; venação broquidódroma; nervuras secundárias 7-11 pares; pecíolo 0,8-1,0 cm, avermelhado, glabro. Inflorescências tirsóides, corimbosas, terminais, 4-6 x 5-7 cm, pedunculadas, 80-150 flores, 3 bractéolas florais, 3-5 mm, glabras. Flores hermafroditas, tetrâmeras. Pedicelos 1-3 mm ou ausentes. Cálice lanceolado, verde, 4-laciniado, 4-6 x 1-3 mm, glabro. Corola hipocrateriforme, branca ou creme; tubo 2,5-4 cm; lobos ápice arredondado, 6-9 x 3-5 mm. Estames 4, exsertos, persistentes, presos na fauce da corola; filetes 1-2 mm; anteras 3-5 mm, amarelas. Hipanto 1-2 mm. Ovário bilocular, placentação axial, um óvulo por lóculo, presos na metade superior do septo; disco nectarífero anular; estilete exserto, 3,5-4 cm, glabro; estigma bífido, 2-4 mm. Frutos drupóides, globosos, ca. 1 cm, verdes, cálice persistente; pirênios 2, 4-7 x 2-4 mm, livres, côncavos. Seropédica, Campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Horto Botânico, 07.VI.1967 (fl.), Lobão s.n. (RBE 556); Jardim Botânico, 01.XII.2005 (fl.), Figueira s.n. (RBR 22323); ibidem, 03.II.2006 (fl.), Figueira s.n. (RBR 18966); ibidem, 24.III.2008 (fl.fr.), Paiva 06 (RBR); ibidem, 04.IV.2008 (fl.fr.), Paiva 12 (RBR). Diferencia-se das demais espécies pela lâmina foliar lanceolada, corola com coloração branca ou creme e pelo cálice mais desenvolvido. Floresce de dezembro a setembro e frutifica de março a maio. Mussaenda L. Figura 3. Nome popular: ixora-branca. Figure 3. Popular Name: ixora-branca. Arbusto ca. 2,5 m. Ramos delgados, verdes a castanhos, glabros. Estípulas unidas na base, limbo Gênero de origem africana, de distribuição pantropical, com cerca de 150 espécies (Delprete et al., 2005). No Campus ocorrem as espécies M. erythrophylla Schumach e M. alicia Hort. Foi excluída do trabalho M. alicia Hort. por ser uma planta originada de melhoramento genético (Lorenzi & Souza, 2001), caracterizada pela presença de todos os lobos do cálice expandidos (calicofilos). 4. Mussaenda erythrophylla C.F.Schumach. & Thonn. Beskr. Guin. Pl. 116. 1827. 42 v.16, n.1, p.39-46, 2009

al., 2005), diferenciando-se das demais pela pilosidade e pelo lobo do cálice expandido num calicofilo petalóide vermelho. Floresce de novembro a setembro. Genipa L. Este gênero Genipa L. possui distribuição neotropical, com grande diversidade na Amazônia e norte da América do Sul, representado apenas por três espécies Genipa americana L., G. infundibuliformis Zappi & Semir e G. spruceana Steyerm. (Zappi, 2007). No Campus ocorre apenas a espécie Genipa americana L. Figura 4. Nome popular: mussaenda-vermelha. Figure 4. Popular Name: mussaenda-vermelha. Arbusto escandente, ca. 2 m. Ramos flexíveis, cilíndricos, pubescentes. Estípulas livres, ovadas a triangulares, arista bipartida, 0,7-1,0 x 0,6-0,8 cm, pubescentes, coleteres na face interna. Folhas opostas. Lâmina ovada, base obtusa, ápice agudo, 6-8,5 x 4-5,5 cm, membranácea, pubescente; venação eucamptódroma; nervuras secundárias, avermelhadas, 7-10 pares; pecíolo 0,4-1,0 x 0,2-0,4 cm, pubescente. Inflorescências cimosas, terminais, 5-8 x 6-11 cm, pedunculadas, 3-5 flores. Flores hermafroditas, pentâmeras Pedicelos 3-5 mm. Cálice lobos lanceolados, 1-1,5 x 0,1-0,3 cm; um deles expandido em um calicofilo, vermelho, lâmina ovada, 6,5-8 x 5-7 cm, pubescente. Corola hipocrateriforme, creme; tubo cilíndrico, 2-2,5 x 0,3-0,5 cm, avermelhado, pubescente externamente, internamente com denso anel de pêlos da porção mediana a apical; lobos ápice agudo, 5-7 x 3-5 mm. Estames 5, inclusos, presos da base até a metade do tubo da corola; filetes 1-1,5 cm; anteras ca. 5 mm, creme. Hipanto 3-5 mm. Ovário bilocular, pluriovulado, placentação axial, óvulos presos ao longo de todo o septo; disco nectarífero anular; estilete incluso, 0,9-1,2 cm, pubescente; estigma bífido, 2-4 mm. Frutos não foram observados. Seropédica, Campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Jardim Botânico, 28.III.2008 (fl.), Paiva 09 (RBR). Espécie cultivada em todo o mundo (Delprete et 5. Genipa americana L. Syst. Nat. ed. 10, 2: 931. 1759. Figura 5. Nome popular: jenipapo. Figure 5. Popular Name: jenipapo. Árvore 3-10 m. Ramos cilíndricos, copa irregular. Estípulas livres, decíduas, somente em folhas mais jovens, marrons, 1,3-1,5 x 0,7-0,8 cm, triangulares, coleteres na face adaxial. Folhas opostas. Lâmina obovada, base aguda, ápice agudo, 17-25 x 6,3-10 cm, cartácea, margem inteira; venação eucamptódroma; nervuras secundárias 12-16 pares; pecíolo 1,0-1,5 X 0,2-0,5 cm. Inflorescências tirsóides, paniculadas, terminais, 2-3 x 5-10 cm, pedunculadas, 4-12 flores. Flores unissexuais femininas, pentâmeras. Pedicelos 3-5 mm. Cálice campanulado, apicalmente crenado, 0,6-1,0 x 0,5-0,7 mm, glabro. Corola hipocrateriforme, branca a amarelada; tubo cilíndrico, 0,8-1,0 x 0,5-0,7 mm, com denso anel de pêlos na porção interna apical; lobos com v.16, n.1, p.39-46, 2009 43

ápice obtuso, 1,5-2,5 x 0,5-0,7 cm. Estames 5, exsertos, presos na fauce do tubo; filetes ca. de 1 mm, anteras 1,2-1,5 cm. Hipanto ovóide, 0,8-1,0 x 0,6-0,8 mm. Ovário bilocular, pluriovulado, placentação axial, óvulos presos na porção superior do septo; disco nectarífero cilíndrico fundido com o receptáculo; estilete incluso, 0,9-1,0 cm, glabro; estigma bífido, 1,4-1,6 cm. Frutos bacóides, carnosos, ovóides, 4-10 x 3,5-8 cm, marrons, cálice persistente. Sementes numerosas em meio à polpa, achatadas, 0,8-1,5 x 0,6-0,9 mm. Seropédica, Campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Horto Botânico, 09 XI.1948 (fl.), Prata 2018 (RBE); 23.IV.1964 (fr.), Santos s.n. (RBE 554); 12.I.1972 (fl.), Santos s.n. (RBE 552); Jardim Botânico, 23.XI.2006 (fl.), Couto 04 (RBR); caminho para o Instituto de Florestas e Agronomia, 11.XII.2006 (fl.fr.), Couto 05 (RBR); Jardim Botânico, 28. III. 2008 (fr.), Paiva et. al.10 (RBR). Espécie neotropical (Delprete et al., 2005). Ocorre em todo o território nacional crescendo em terrenos úmidos de regiões baixas, inundáveis ou à margem de rios, cujas águas colaboram para a dispersão desta planta (Guimarães et. al., 1993). Genipa americana difere das outras por apresentar flores unissexuais femininas e frutos bacóides. A madeira é usada em construção naval e civil. Seus frutos possuem propriedades medicinais e, também, são usados na forma de sucos, doces e licores. A espécie é recomendada para arborização urbana e reflorestamento ambiental (Carvalho, 1994). Floresce de novembro a janeiro. Frutifica de dezembro a setembro. Calycophyllum DC. Gênero neotropical, com aproximadamente nove espécies, centro de diversidade nas Guianas e Bacia Amazônica (Andersson & Taylor, 1994). No Campus está representado por Calycophyllum spruceanum (Benth.) Hook. f. ex K. Schum. 6. Calycophyllum spruceanum (Benth.) Hook.f.ex K. Schum. Fl. Bras. 6(6): 191. 1889. Árvore ca. 6 m. Ramos cilíndricos; tronco retilíneo, liso, glabro. Estípulas livres, decíduas, somente na gema, ca. 1 mm, triangulares. Folhas opostas. Lâmina ovadas a lanceolada-ovada, base obtusa, ápice agudo, 10-15 x Figura 6. Nome popular: pau-mulato. Figure 6. Popular Name: pau-mulato. 5,5-8 cm, cartácea; venação eucamptódroma; nervuras secundárias 9-11 pares; pecíolo 0,5-3,0 x 0,1-0,3 cm. Inflorescências tirsóides, paniculadas, terminais, 20-30 x 30-40 cm, pedunculadas, 200-350 flores. Flores hermafroditas, 6-7 (-meras), com. 1-1,5 cm. Pedicelos 1-2 mm. Cálice marron, 6-7 laciniado, ca de 1 mm. Corola hipocrateriforme, branca; tubo cilíndrico, ca. 5 mm, internamente com denso anel de pêlos na porção apical; lobos com ápice agudo, 0,3-0,6 x 0,1-0,3 cm. Estames 6 (7), exsertos, presos na fauce do tubo; filetes ca. 3 cm; anteras ca. 1 mm, vináceas. Hipanto ca. 5 mm. Ovário bilocular, pluriovulado, placentação axial, óvulos presos ao longo de todo o septo; disco nectarífero bilobado; estilete exsertos, 0,5 mm; estigma bífido, 1-3 mm. Frutos cápsula, secos, Seropédica, Campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, IPEACS, 29. V.1969 (fl.), Clovis s.n. (RBE 545); Horto Botânico, 10.X.1969 (fl.), Lobão s.n. (RBE 546); próximo ao Instituto de Florestas, 22.V.1991 (fl.), Germano Filho & Carneiro 35 (RBR); Instituto de Florestas, 05.VI.2003 (fl.), Figueira s.n. (RBR); próximo ao Instituto de Florestas, 19.V.2006 (fl.), Pereira-Moura & Germano Filho s.n.(rbr 23024); do lado da sede do Instituto de Florestas, 25.IV.2008 (fl.) Paiva et al., 14 (RBR), 22.VII.2008 (Fr.) Paiva et al., 15 (RBR), 20.VIII.2008 (Fr.) Paiva et al., 19 (RBR). Espécie neotropical, distribuindo-se pelo Brasil (principalmente na Amazônia), Peru e Bolívia (Andersson 44 v.16, n.1, p.39-46, 2009

& Taylor, 1994). Facilmente reconhecida no Campus pelo tronco retilíneo, liso e pelas flores brancas perfumadas com 6 a 7 pétalas. Sua madeira pode fornecer cerca de 40% de celulose de papel, também usada na marcenaria em construção civil e naval (Guimarães et. al., 1993). Floresce de abril a dezembro. Frutifica em junho a setembro. Agradecimentos Os autores agradecem as professoras Denise Monte Braz e Maria Beatriz Barbosa de Barros Barreto pelas correções no Abstract e aos graduandos Arthur Vinícius dos Santos Couto, Vinícius Costa Cysneiros e Affonso Henrique Nascimento de Souza pelo auxílio nas coletas de materiais botânicos no campo. Referências Bibliográficas ANDERSSON, L. & TAYLOR, C. M. Rubiaceae- Cinchoneae-Coptosapelteae. In: Harling, G. & Andersson, L. (Eds.). Flora of Ecuador. Copenhagen: Council for Nordic Publications in Botany, 1994. V. 50, p. 1-114. BARROSO, G. M.; MORIM, M. P.; PEIXOTO, A. L. & ICHASO, C.L.F. Frutos e sementes: morfologia aplicada à sistemática de dicotiledôneas. 1. ed. Viçosa: Editora Universidade Federal de Viçosa, 1999. 443 p. CARVALHO, P. R. R. Espécies Florestais Brasileiras: recomendações, silviculturais, potencialidades e uso da madeira. Colombo: Embrapa-CNPF, 1994. 640p. DELPRETE, P. G. Ixora L.. In: WANDERLEY, M.G.L; SHEPHERD, G.J; MELHEM, T.S. & GIULIETTI, A.M. (Eds). Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: Instituto de Botânica, 2007. V. 5. p.354-358. DELPRETE, P.G; SMITH, L.B. & KLEIN, R. M. Rubiáceas. In: Reis, A. (Eds.). Flora Ilustrada Catarinense. Itajaí: Herbário Barbosa Rodrigues, 2005. V. 2. p. 349-842. FOSBERG, F. R. & SACHET, H.H. Three cultivated Ixoras (Rubiaceae). Baileya, Beltsville, V.23, n.2, p.74-85, 1989. GUIMARÃES, F. E.; MAUTONE, L.; RIZZINI, T.C. & FILHO, M. A. Árvores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 1.ed. Rio de Janeiro: Jardim Botânico, 1993. 198p. HEYWOOD, V. H; BRUMMITT, R. K; CULHAM, A. & SEBERG, O. Flowering Plant Families of the World. Ontario, Canada: A Firefly Book, 2007. 424p. HICKEY, L.J. A Revised Classification of The Architecture of Dicotyledonous Leaves. In: Metcalfe, C.R. & Chalk,L. (Eds.). Anatomy the Dicotyledons. Oxford: Oxford University Press, 1979. V. 1. p. 1-276. HOLMGREN, P. K; HOLMGREN, N. H & BARNETT, L.C. Index herbariorum. Part I: The Herbaria of the World. 8. ed. New York: New York Botanical Garden, 1990. 693 p. LORENZI, H. & SOUZA, H.M. Plantas ornamentais no Brasil: arbustivas, herbáceas e trepadeiras. 3. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2001. 1088 p. LORENZI, H; SOUZA, H. M; TORRES, M. A. V; BACHER, L.B. Árvores exóticas no Brasi: madeireiras, ornamentais e aromáticas. 1.ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2003. 368 p. PEREIRA, B. A. S. Rubiáceas ornamentais nativas do Distrito Federal. Rodriguésia, Rio de Janeiro, V.36, n.59, p. 73-78, 1984. RADFORD, A.E.; DICKISON, W.C; MASSEY, J.R & BELL, C. R. Vascular Plant Systematicas. New York: Harper& Row, 1974. 891p. RIZZINI, C.T. Sistemática terminológica da folha. Rodriguésia, Rio de Janeiro, V. 29, n.41, p.103-125,1977. DI MAIO, F.R. O Gênero Ixora L. (Rubiaceae, Ixoreae) no Brasil extra-amazônico. 2003.145 f. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. ROBBRECHT, E. Tropical woody Rubiaceae. Characteristic features and progressions. Contributions to a new subfamilial classification. Opera Botonica Belgica, Meise, V.1, p. 1-272, 1988. v.16, n.1, p.39-46, 2009 45

ROBBRECHT, E. & MANEN, J. F. The major evolutionary lineages of the coffee family (Rubiaceae, angiosperms). Combined analysis (ndna and cpdna) to infer the position of Coptosapelta and Luculia, and supertree construction based on rbcl,rps16, trnltrnf and atpb-rbcl data. A new classification in two subfamilies, Cinchonoideae and Rubioideae. Systematics Geografphy of Plants, Meise, V.76, p. 85-145, 2006. SOUZA, V.C. & LORENZI, H. Botanica Sistemática: Guia Ilustrado para Identificação das Famílias de Angiospermas da Flora Brasileira, Baseado em APG II..1. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2005. 640 p. ZAPPI, D. C. Genipa L. In: WANDERLEY, M.G. L; SHEPHERD, G.J; MELHEM, T.S. & GIULIETTI, A.M. (Eds). Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: Instituto de Botânica, 2007. V. 5, p. 344-345. 46 v.16, n.1, p.39-46, 2009