Quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Bom dia, Relatório de inflação dá o teor do corte dos juros. Às 11h00 será divulgado o relatório de inflação do 4º trimestre, que se continuar seguindo as últimas divulgações a tendência é de novas quedas, podendo levar os mercados a precificarem um corte maior na taxa básica de juros já na próxima reunião. Além deste importante indicador, o governo terá a sua última reunião para discutir sobre a liberação do saque do FGTS que poderá chegar à R$ 30 bilhões. O saque será permitido somente para contas inativas no Fundo de Garantia com saldos de
até dez salários mínimos. A intenção do governo é que este recurso sirva para a quitação das dívidas bancárias, entretanto, não será exigida a confirmação da destinação deste recurso no ato do saque. Agenda carregada para o presidente. A agenda do presidente Michel Temer está carregada, Temer irá se reunir com líderes sindicais para tratar da Reforma Trabalhista e também irá se reunir com governadores para conversar sobre os problemas dos estados. O presidente já deu a entender que não irá vetar o projeto aprovado na Câmara, mas os estados que aderirem ao Regime de Recuperação Fiscal terão que apresentar um plano de ajuste fiscal. Agenda de indicadores norte americanos em destaque no pregão de hoje. Nesta quinta, a agenda norte americana está bem congestionada, destacaremos a seguir os mais relevantes. De início merece destaque a divulgação da revisão do PIB do 3 trim às 11h30, que previamente havia ficado em 3, 2% anualizado, agora a expectativa média é que a revisão eleve o PIB em 0,1 p.p.. Neste ambiente de incertezas quanto ao timing da elevação dos juros nos EUA ganha relevância as divulgações de pedidos de auxílio desemprego, que serve como um termômetro do mercado de trabalho pelo FED. No mesmo horário da divulgação do PIB, sairá o número dos pedidos de auxilio desemprego. Ainda no mesmo horário, será divulgado o índice de Atividade Nacional medido pelo FED, com expectativa de 0,2% em novembro, ante 0,8% no mês anterior. E às 13h00 teremos indicadores direcionados ao consumo norte americano, como gasto e renda pessoal. Confiança do Consumidor avança no Reino Unido. O Índice de Confiança do Consumidor do Reino Unido registrou ganhos inesperados no mês passado de acordo com dados divulgados na quarta à noite. O índice registrou ganhos ficando em -7 partindo de -8 no mês anterior. Bolsas pressionadas lá fora. Na Ásia e na Europa, Bolsas no vermelho (ainda que bem próximas da estabilidade) já com liquidez reduzida por conta das festas de fim de ano e com a agenda esvaziada, com a revisão do PIB do 3T16 nos EUA como destaque. Ontem já foi um pregão muito pressionado na Europa pela necessidade patente de bailout do governo italiano para o do terceiro maior banco do país.
SulAmérica (SULA11) vai pagar JCP. Na semana de Natal, a SulAmérica resolveu "presentear" os acionistas com JCP no valor já líquido de R$ 0,2488 por unit SULA11. Papéis ficam ex na terça-feira que vem, dia 27 de dezembro. O pagamento, só em abril do ano que vem, no dia 18. O yield da operação é de 1,4%. JHSF (JHSF3) conclui venda do Shopping Metrô Tucuruvi por valor 5% inferior ao anteriormente anunciado. A companhia concluiu a venda do shopping por R$ 418,1 milhões após diligência. O valor é 5% inferior ao divulgado anteriormente, o que deve ter pouco efeito sobre os papéis da companhia. Será que agora a Hypermarcas (HYPE3) sai das fraldas. Parece que agora estão bem adiantadas as conversas para a venda da unidade de fraldas do Grupo Hypermarcas. A companhia não se manifestou, mas alguns meios de comunicação vêm informando que a divisão de fraldas será vendida para a belga Ontex por cerca de R$ 1 bilhão, em dinheiro. Consideramos que, caso seja confirmada, a notícia é positiva haja vista que a empresa já está há um longo tempo decidida por se desfazer desta operação. Desta forma, acreditamos que suas ações tendem a performar positivamente no pregão de hoje. Natura (NATU3) foi rebaixada pela S&P. Notícia negativa para a companhia, a agência de classificação de risco, Standard & Poor s (S&P), rebaixou a nota da Natura de BBB- para BB+, e na local, de braaa para braa, com
perspectivas negativas. Segundo a S&P, o rebaixamento reflete a fraca economia brasileira, aliada a maior concorrência e principalmente as maiores taxações de cosméticos que acabou prejudicando os seus resultados desde o início de 2015. Gol (GOLL4) apresenta guidance de 2017. Ao longo de 2016, a companhia aérea ajustou o tamanho da sua frota ao ambiente econômico e equiparou sua oferta de assentos de acordo com a demanda, como f oi indicado pela manutenção das taxas de ocupação de aeronaves. Dessa forma, as projeções para o ano que vem refletem a continuidade dessa estratégia. A empresa prevê uma queda entre 3% e 5% no volume de decolagens e, em contrapartida, espera reduzir a oferta de voos em até 2%. Com isso, a Gol estima que a taxa de ocupação média fique no intervalo de 77% a 79% e a margem EBIT entre 5% e 7%. Em nossa visão, os números refletem a realidade atual da companhia e a estratégia de adequação operacional deverá trazer melhores resultados financeiros para a Gol. JCP da Cetip (CTIP3). O conselho de administração da companhia aprovou a distribuição de juros sobre o capital próprio (JCP) no montante de R$ 29,3 milhões, aproximadamente R$ 0,11 bruto por ação e correspondente a um yield de 0,2%. Os acionistas posicionados ao fim do pregão de amanhã (23/dez) terão direito aos proventos, as ações ficam ex-jcp a partir da próxima segunda-feira (26/dez) e o pagamento ocorrerá no dia 08/fev/2017. Proventos da Localiza (RENT3). Foi aprovada a distribuição de juros sobre o capital próprio (JCP) no montante total de R$ 46,7 milhões que corresponde a R$ 0,22 bruto por ação, equivalente a um yield de 0,6%. Os acionistas posicionados ao fim do pregão de hoje (22/dez) terão direito aos proventos, as ações ficam "ex" a partir de amanhã e o pagamento será feito em 08/fev/17. BM&FBovespa (BVMF3) conclui captações para fusão com a Cetip (CTIP3). A companhia finalizou a emissão de debêntures no valor total de R$ 3,0 bilhões com taxa de 104,25% do CDI (dentro do previsto) e com vencimento em 01/dez/19. Além disso, contratou empréstimo no montante de US$ 125 milhões (pouco acima dos R$ 400 milhões) com taxa de 2,57% ao ano, amortização mensal e última parcela em 02/jan/18. Os financiamentos não realçam grandes preocupações em relação ao endividamento da companhia, haja vista a forte posição de caixa líquido e a constante geração de caixa operacional da BM&FBovespa. Cemig (CMIG4) elege novo diretor-presidente e anuncia pagamento de JCP. O Conselho de Administração da Cemig aprovou ontem a destituição de Mauro Borges e Fabiano Maia Pereira dos respectivos cargos de diretor presidente e diretor de finanças e relações com investidores. Paulo Roberto Castellari Porchia atual diretor vice presidente deve assumir, cumulativamente, o cargo de diretor financeiro e de relações com investidores, enquanto que Bernardo Afonso Salomão de Alvarenga foi eleito o novo diretor presidente. A notícia já tinha sido anunciada pela mídia no início da semana, ainda assim a confirmação da mudança e o perfil mais técnico do novo presidente pode trazer algum impulso para seus papéis no pregão de hoje. Concomitantemente a essa mudança na gestão, a Cemig também anunciou a distribuição de JCP no valor líquido de R$ 0,2566 por ação, que deverá ser
pago em duas tranches, sendo a primeira em 30/06/17 e a segunda em 30/12/17. Fazem jus a distribuição os acionistas posicionados até a próxima segunda-feira (26/12), os papéis passam a ser negociados ex- direitos no dia 27/12/16 e o yield fica em torno de 3,5%. Petrobras (PETR4) fecha acordo preliminar com a Total. A Petrobras assinou um Acordo Geral de Colaboração com a empresa francesa Total, que visa a realização de parcerias estratégicas. O acordo prevê a cessão de direitos da Petrobras para a Total em áreas do pré-sal (22,5% na área de concessão de Yara, onde a Petrobras continuará com posição majoritária, e 35% do campo de Lapa, onde a operação será transferida para controle da companhia francesa), o direito de preferência para a Petrobras assumir até 20% da participação da Total em um bloco de exploração no Golfo do México, a parceria em al gumas usinas térmicas e outros estudos de potenciais acordos. Diante desses acordos a Petrobras deve receber cerca de US$ 2,2 bilhões da Total e a assinatura definitiva do contrato, que ainda precisa de aprovações internas e de órgãos reguladores, deve ocorrer em até 60 dias. Mais uma notícia que corrobora a percepção de que a nova gestão continua empenhada em realizar o plano de desinvestimento e reduzir a alavancagem da estatal. Seus papéis devem reagir de forma positiva no pregão de hoje. Plano Plurianual da Copasa (CSMG3). A Copasa anunciou o Plano Plurianual de Negócios para 2017 a 2021, onde prevê que o valor referencial de investimentos suportados pela empresa é de R$ 650 milhões em 2017, aumentando apenas a partir em 2020 e 2021 para R$ 700 milhões por ano. Além disso, o plano define algumas diretrizes estratégicas que envolvem desde a reestruturação da parte de governança e gestão até questões envolvendo a renovação das concessões vencidas e a otimização de investimentos e operação dos sistemas de água e esgoto. Entendemos que o volume de investimentos previsto deve contribuir para a redução de sua alavancagem, enquanto que as diretrizes mostra que a companhia segue buscando alternativas para ganhar eficiência e proporcionar um balanço mais resiliente. Papéis podem reagir de forma positiva no pregão de hoje. AGENDA DE DIVIDENDOS
Bons negócios.