Nossos processos Reduzir um terço das emissões até 2020 Programa Carbono Neutro prevê inventário das emissões de nossa cadeia produtiva e estratégias para redução dos gases de efeito estufa Nossa gestão dos gases de efeito estufa (GEE) busca cada vez mais reduzir a quantidade de emissões de CO 2 por massa de produto produzida. Esse compromisso foi assumido em 2007, quando criamos o Programa Natura Carbono Neutro (leia mais sobre ele abaixo), que estabelece não apenas o inventário do que é emitido em nossos processos produtivos, considerando toda a cadeia, mas também as ações de redução de gases lançados na atmosfera ao longo dos anos e a compensação do que não pode ser evitado. Em 2015, as emissões relativas de GEE, medidas em toneladas de CO 2 e por quilo de produto faturado, tiveram aumento de 5,8% em relação a 2014. Diretamente relacionado à performance de nossos negócios, o indicador foi pressionado pela redução das vendas no Brasil e pelo excelente resultado de nossas Operações Internacionais. Afinal, apesar do crescimento de nossa produção local na Argentina, na Colômbia e no México, acabamos por aumentar nossas exportações em 2015 e, portanto, gerar mais emissões, principalmente em função do transporte. Desde 2012, acumulamos redução de 1,4% nas emissões relativas e, até 2020, nós nos comprometemos a reduzir esse indicador em 33%, conforme a meta da nossa Visão de página 1 de 7
Sustentabilidade. O compromisso é robusto, uma vez que já reduzimos 33% das emissões relativas entre 2007 e 2013. Apesar das dificuldades em função do cenário econômico, reafirmamos esse desafio, que nos motiva a seguir buscando alternativas de menor impacto. Por outro lado, as emissões absolutas de CO 2 caíram 3,3%. Entre as iniciativas que nos ajudam a melhorar a gestão, estão: Parte da produção vendida em outros países da América Latina é produzida localmente, na Argentina, na Colômbia e no México, contribuindo para a redução da emissão oriunda do transporte logístico. Também nas OIs, uma medida simples teve um efeito importante: revisamos e otimizamos a quantidade de revistas destinadas às CNs. Com tiragem menor, ajustada à quantidade de CNs, mantivemos a produtividade de vendas e reduzimos o impacto da impressão da revista. No Brasil, ampliamos o uso da navegação de cabotagem para a entrega de produtos nos três centros de distribuição localizados no Norte e Nordeste, o que contribuiu para evitar que mais de duas mil toneladas de CO 2 fossem lançadas na atmosfera. Esse sistema de transporte tem menor impacto ambiental em relação ao modal rodoviário, tradicionalmente utilizado. O mix de vendas em 2015, especialmente no Brasil, também contribuiu positivamente, com a concentração das vendas em itens de menor impacto, o que reafirma nosso compromisso na busca meios de produção e embalagens cada vez mais ecoeficientes. Emissões relativas de CO2 página 2 de 7
(kg de CO2e/kg de produto faturado)1 2 1 O denominador utilizado é a massa de produtos (conteúdo) faturados no Brasil e nas Operações Internacionais. É calculado por meio da multiplicação da quantidade faturada de unidades de produtos pela massa de cada produto. 2 O inventário de emissões considera o volume total das emissões com escopo 1, 2 e 3: levantamento desde a extração da matéria-prima na natureza até o descarte final do produto conforme os padrões do GHG Protocol e da norma ABNT NBR ISO 14064-1. O inventário foi auditado pelo Instituto Totum. Emissões na cadeia de valor (toneladas) 1 2 2013 2014 2015 Extração e transporte de matérias-primas e embalagens 138.947 141.574 127.7884 (processo e transporte até fornecedores diretos) Fornecedores diretos (processo e transporte à Natura) 34.502 35.154 31.731 Processos industriais e internos 27.577 29.325 18.5575 Venda de produtos (transporte e distribuição) 52.299 49.593 66.7496 Uso de produtos e descarte de embalagens 75.127 76.680 76.442 Total geral (t) 328.452 332.326 321.267 1. Para os cálculos foram considerados no cálculo todos os GEE. página 3 de 7
2. O inventário considera o volume total das nossas emissões com escopo 1, 2 e 3, incluindo o levantamento desde a extração da matéria-prima na natureza até o descarte final do produto. Compartilhar aprendizados com parceiros Com aprendizado acumulado desde 2007 na gestão das emissões de GEE, somos procurados por muitas empresas interessadas nessa experiência. Atualmente estruturado nos processos da organização, o Programa Natura Carbono Neutro envolve o inventário para quantificar nosso impacto, os programas de redução de emissões e a compensação do que não pode ser evitado. A gestão considera a cadeia de valor, da extração das matériasprimas ao descarte das embalagens pós-consumo, exceto a fase de uso do produto pelo consumidor, mais complexa de ser quantificada. Muitas empresas nos procuram para conhecer o programa, mas não dispõem de recursos financeiros, humanos ou técnicos para desenvolver um trabalho dessa magnitude. E nós recebemos e avaliamos mais projetos do que conseguimos absorver. Então, por que não somar esforços, compartilhando esse conhecimento?, explica Talia Bonfante, coordenadora de Sustentabilidade na Natura. A estratégia de compensação considera a compra de créditos de carbono gerados por projetos ligados a reflorestamento, eficiência energética ou substituição de combustíveis fósseis e que também oferecem benefícios sociais a suas comunidades. A cada edital, recebemos e analisamos um número de projetos que podem gerar uma quantidade de créditos maior do que a nossa necessidade de compensação. Por esse motivo, consultamos empresas preocupadas com as mudanças climáticas e, em 2016, vamos criar uma plataforma conjunta, em que elas também possam ter acesso à análise de projetos que é feita pela Natura. A Natura seguirá adquirindo créditos para compensar todas as suas emissões de GEE, e incentivará outras empresas a fazerem o mesmo. Nossa proposta não é apenas fomentar projetos de compensação, mas estimular as empresas a desenvolver uma cultura de gestão das mudanças climáticas em sua estratégia de negócios. Um dos critérios para as companhias aderirem à plataforma será o compromisso com a redução, e não apenas com a página 4 de 7
compensação das emissões. O primeiro edital coletivo para seleção de projetos deve ser lançado em 2017, ampliando, assim, a capacidade de investimento nessas iniciativas. Somando investimentos, conseguimos ampliar o valor disponível para a compra de créditos e beneficiar mais iniciativas, contribuindo para a perenidade dessas ações. Ainda otimizamos os custos de desenvolvimento do programa, o que inclui preparação e divulgação do edital, equipe técnica para análise dos projetos inscritos e acompanhamento durante o período do contrato, entre outras despesas. E isso é especialmente importante em momentos mais desafiadores economicamente, complementa Keyvan Macedo, gerente de Sustentabilidade da Natura. 5ª edição do Edital Natura Carbono Neutro (2014/2015/2016) 47 projetos inscritos 30 no Brasil 17 nos demais países da América Latina 16 foram selecionados 10 no Brasil 6 em outros países (2 na Colômbia e 1 no Peru, México, Argentina e Chile) Desde 2007, 27 projetos contratados Total de 2.279.769 tco 2 de créditos (equivalentes à emissão da frota de carros de um município como o Rio de Janeiro durante quase um ano 1 ) 1.000.000 de toneladas de CO 2 de créditos estão sendo contratados para o triênio 2014-2016 ¹Estimativa realizada com base no total de veículos leves da cidade do Rio de Janeiro em dezembro de 2015 e extrapolada para um ano, conforme disponível em http://www.denatran.gov.br/frota2015.htm [1]. Foram calculadas as emissões considerando a premissa de que todos os carros foram abastecidos uma vez por mês com gasolina e com um tanque de capacidade de 60l. página 5 de 7
Crédito beneficia ações socioambientais Os recursos gerados via compra de créditos de carbono pela Natura ajudam projetos de reflorestamento, eficiência energética e substituição de combustíveis fósseis a ampliarem seus investimentos e o número de beneficiados. É o caso do projeto Café em Agrofloresta para o Fortalecimento da Economia de Baixo Carbono, realizado em Apuí, no sul do estado do Amazonas. Desenvolvida pelo Instituto de Conservação de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam), a iniciativa ocorre em uma região afetada pelo desmatamento decorrente de atividades como a pecuária extensiva. O plantio do café é realizado por cerca de 30 produtores familiares em áreas de assentamento rural e contribui para transformar espaços degradados em florestas produtivas. A ação beneficia não apenas a economia local, mas influencia positivamente o clima, a biodiversidade e a água. A Natura começou a apoiar o projeto no final de 2015, por meio da compra de créditos que serão gerados a partir da redução das emissões alcançadas com o reflorestamento nos próximos dez anos. Este é o primeiro trabalho selecionado pelo edital na categoria Projetos Especiais, criada em 2015. Ela é destinada a iniciativas desenvolvidas em pequena escala, que ainda não fazem parte do mercado voluntário de carbono 2. Ao longo do ano passado, concentramos esforços para desenvolver um modelo de compensação em que pequenos produtores da Amazônia recebam pagamento por serviços ambientais. Assim, acreditamos que estamos avançando em uma nova frente de compensação que integra nosso Programa Amazônia, nossa cadeia de comunidades fornecedoras da região e o Programa de Carbono Neutro. Apesar do escopo do projeto ser a compensação das emissões de GEE, a iniciativa nos permite trabalhar de forma conjunta aspectos como compensação, conservação de florestas, fortalecimento de cadeias produtivas com insumos da sociobiodiversidade, desenvolvimento territorial, regularização ambiental e fundiária, valorização de sistemas produtivos sustentáveis e fixação de produtores na área rural. Em 2016, vamos iniciar um projeto-piloto com a comunidade fornecedora Reca, cooperativa de Rondônia que colhe e industrializa insumos como açaí, castanha e cupuaçu, além de óleos e derivados. Acreditamos que essa iniciativa apresenta potencial de criar um modelo replicável para outras regiões da Amazônia, que visem recompensar esforços voltados à conservação florestal e à produção sustentável. Em 2015, também adquirimos créditos na Argentina para compensar as emissões de nossas operações locais nos últimos três anos. O projeto selecionado foi o da página 6 de 7
organização Genneia, de geração de energia eólica na Patagônia. Além de uma nova alternativa de energia, o projeto envolve o desenvolvimento da mão de obra local, economicamente carente, e promove conscientização e educação ambiental em escolas locais. No Chile, para compensar as emissões de 2015 e 2016, formalizamos o apoio ao Projeto de Conservação de Reserva Costeira Valdiviana, da organização The Nature Conservancy (TNC). A iniciativa atua na preservação de uma reserva de 50 mil hectares de floresta tropical temperada, sendo que metade desse tipo de vegetação já desapareceu no mundo. O investimento da Natura a partir da compra dos créditos permitirá à TNC concluir o plantio no local e realizar a conservação da área, de grande importância para a manutenção da biodiversidade. 2 Para estimular ações de redução das emissões de GEE, estabeleceu-se o mercado voluntário de carbono que permite a comercialização de créditos gerados por projetos de redução de impacto relacionado às mudanças climáticas. As iniciativas realizadas por empresas, ONGs, governos ou pessoas físicas que reduzam emissões de GEE geram créditos que podem ser comercializados com empresas ou outras instituições interessadas em compensar o impacto de suas ações. Com isso, incentivam-se o financiamento de projetos ambientais e a prática de mitigação de impacto. O mercado voluntário existe de forma parelela ao mercado regulado de compensação de emissões, estabelecido a partir do Protocolo de Quioto para os países que se comprometeram formalmente com metas de redução de emissões. Formas de gestão G4-DMA: Emissões Saiba mais aqui [2] página 7 de 7