PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES DENGUE



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Transcrição:

DENGUE O que é? A dengue é uma doença febril aguda, causada por vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti (Brasil e Américas) e Aedes albopictus (Ásia). Tem caráter epidêmico, ou seja, atinge um grande número de pessoas em um determinado período. É causada por um Arbovírus do gênero Flavivírus. Existem 4 sorotipos: DENV1, DENV2, DENV3, DENV4. Como se contrai a doença? A doença no Brasil é transmitida ao ser humano por meio da picada do mosquito fêmea Aedes aegypti que contenha o vírus da dengue. O mosquito adquire o vírus ao picar uma pessoa infectada que esteja no período denominado de viremia (1 dia antes de apresentar os sintomas até 5 dias após o início dos mesmos). Reservatório. A fonte da infecção e reservatório vertebrado é o ser humano. Foi descrito, na Ásia e na África, um ciclo selvagem envolvendo macacos. Vetores. São mosquitos do gênero Aedes. A espécie Aedes aegypti é a mais importante na transmissão da doença e também pode ser transmissora da febre amarela urbana. O Aedes albopictus, já presente nas Américas, com ampla dispersão em todas as regiões do Brasil, é o vetor de manutenção da dengue na Ásia, mas, até o momento, não foi associado à transmissão da dengue nas Américas. Não existe transmissão inter-humana. Foto 1. Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue nas Américas. Fonte: Ministério da Saúde

Quais os sintomas? Todas as pessoas são suscetíveis aos 4 sorotipos do vírus, podendo contrair dengue. Quem já adoeceu por um dos 4 sorotipos fica imune e não apresentará a doença, caso entre em contato com o mesmo sorotipo viral no futuro. Porém, se contrair um sorotipo diferente do que causou a dengue anteriormente, apresentará os sintomas novamente, que poderão se manifestar de forma mais grave. Após 3 a 15 dias da picada pelo Aedes aegypti contendo o vírus, é que surgem os sintomas da dengue. A doença pode se manifestar de forma branda ou outras formas clínicas mais graves, podendo evoluir para o óbito. Dengue Clássica: Febre alta (39ºC a 40ºC) de início abrupto, com duração de sete dias, cefaléia (dor de cabeça), prostração (desânimo), astenia (fraqueza), mialgia (dor nos músculos), artralgia (dor nas articulações), dor retro-orbitária (no fundo dos olhos), náuseas, vômitos e exantema (manchas vermelhas na pele). Além dos sintomas mencionados acima, pode haver o aparecimento de pequenas hemorragias, manifestadas por: epistaxe (sangramento pelo nariz), gengivorragia (sangramento da gengiva), hematúria (sangue pela urina), petéquias (pequenos pontos arroxeados na pele), sangramento gastrointestinal (estômago, intestino) e metrorragia (aumento do sangramento menstrual). Não existe tratamento específico, mas sim o manejo dos sintomas com o uso de medicamentos. É importante não usar medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico (a.a.s) na sua composição, pois podem favorecer sangramentos Febre Hemorrágica da Dengue (FHD): forma mais grave, com sintomas iniciais iguais aos da Dengue Clássica, mas com gravidade apresentada entre o terceiro e o sétimo dias do início dos sintomas, quando a febre começa a diminuir. Manifesta-se por dor abdominal intensa e contínua, vômitos importantes e freqüentes. Podem ocorrer manifestações hemorrágicas, que indicam sinal de gravidade da doença, com a consequente insuficiência circulatória. Necessita suporte imediatamente para controlar o choque, que pode levar ao óbito em 12 a 48 horas. Trata-se de um caso grave para a saúde.

Como se prevenir? A melhor forma de prevenir a dengue é através do controle da proliferação do mosquito Aedes aegypti. A vigilância sistemática dos vetores permite a detecção precoce dos mesmos e as medidas necessárias para o seu controle no município. Foto 2. Armadilha utilizada para detecção precoce do mosquito da dengue. Fonte: Centro de Controle de Zoonoses de Florianópolis. Como se controla a proliferação do vetor? Mediante a destruição dos criadouros do mosquito. Criadouro é considerado todo o recipiente natural ou artificial que armazene água. É de fundamental importância que cada um faça a sua parte para combater a dengue, eliminando os possíveis reservatórios com água, que possam servir de criadouro para o Aedes aegypti. Atualmente há pesquisas de vacinas contra a dengue. Também está sendo estudado o uso de uma bactéria para combater o vírus no mosquito. Entretanto, essas medidas ainda estão em fase de estudos. Portanto, a melhor medida para combater a dengue ainda é o controle da proliferação do mosquito.

Combatendo a dengue: verifique se está tudo certo em seu imóvel: Caixa d água vedada Calhas limpas Galões, tonéis, tambores vedados Pneus sem água e em lugares cobertos Garrafas e baldes vazios e virados para baixo Ralos limpos e os sem uso vedados (com telas, plástico, malha) Bandejas de ar condicionado e geladeira sem água Prato de vaso de planta seco ou com areia Bromélias sem acúmulo de água Vaso sanitário sem uso fechado Lonas de cobertura esticadas, sem água Piscina e fontes tratadas Onde buscar ajuda? Caso apresente os sintomas mencionados, é importante procurar o Centro de Saúde mais próximo o quanto antes, para o manejo adequado, avaliação contínua da evolução do quadro clínico e condutas de acordo com a presença ou não de sinais de alarme ou de choque.

Dúvidas? Entre em contato com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de sua cidade. REFERÊNCIAS BRASIL. Boletim Eletrônico Epidemiológico. Situação Epidemiológica das Zoonoses de Interesse para a Saúde Pública. Ano 10. N. 2. Brasília, DF. 2010.. Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue. Brasília, DF. 2009. Doenças e Vetores. FIOCRUZ. Disponível em http://portal.fiocruz.br/ptbr/content/doen%c3%a7as-e-vetores. Acesso em 13 jun. 2013. Portal da Saúde. Vigilância em Saúde. Vigilância de A a Z. Disponível em http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/index.cfm?portal=pagina.visualizartexto&codco nteudo=4539&codmoduloarea=783&chamada=vigilancia-de-a-a-z. Acesso em 30 maio. 2013.. Programa Nacional de Controle da Dengue. Fundação Nacional de Saúde. Brasília, DF. 2002 DE FLORIANÓPOLIS. Zoonoses, Doenças Transmitidas por Vetores e Agravos à Saúde. Material técnico elaborado pelos profissionais que atuam no Centro de Controle de Zoonoses de Florianópolis. 2012. DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE SANTA CATARINA. Gerência de Zoonoses. Disponível em http://www.dive.sc.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=414&itemid=194. Acesso em 16 jun. 2013.