AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUAS MINERAIS DE DIFERENTES MARCAS COMERCIALIZADAS NO ESTADO DE SÃO PAULO M.M. Okazaki 1, G.M.B.Q. Cardozo 2 1- Centro de Ciência e Qualidade de Alimentos, Instituto de Tecnologia de Alimentos CEP: 13070-178 Campinas, SP, Brasil, Telefone: 55-19-37431813 e-mail: okazaki@ital.sp.gov.br 2- Centro de Ciência e Qualidade de Alimentos, Instituto de Tecnologia de Alimentos CEP: 13070-178 Campinas, SP, Brasil, Telefone: 55-19-37431803 e-mail: ginambqc@ital.sp.gov.br RESUMO. O objetivo do presente estudo foi avaliar as condições microbiológicas de 31 amostras de água mineral, de 11 marcas comercializadas no Estado de São Paulo, Brasil. Todas as amostras avaliadas apresentaram (em 100mL) ausência de enterococos, clostridios sulfito redutores e Escherichia coli, porém 1 (3%) e 4 (13%) delas estavam contaminadas, respectivamente, por bactérias do grupo coliformes totais e Pseudomonas aeruginosa. Considerando a legislação vigente, concluiu-se que, do ponto de vista microbiológico, cinco (16%) amostras avaliadas forneceram água imprópria para o consumo humano. ABSTRACT. The aim of the present study was to provide an overall evaluation of the microbiological conditions of 31 bottled mineral water samples from 11 brands comercialized in the State of São Paulo, Brazil. All samples showed (in 100mL) absence of enterococci, sulphite reducing clostridia and Escherichia coli, however 1 (3%) and 4 (13%) of them were contaminated, respectively, with total coliform bacteria and Pseudomonas aeruginosa. Considering the current legislation, it was concluded that, from microbiological point of view, 5 (16%) evaluated samples provided unfit for human consumption water. PALAVRAS-CHAVE: água mineral, microbiologia, Pseudomonas aeruginosa KEYWORDS: mineral water, microbiology, Pseudomonas aeruginosa INTRODUÇÃO A água é um elemento fundamental para a vida do ser humano, pois todo funcionamento do organismo interno é dependente de sua presença. Além de distribuir os nutrientes pelos diferentes órgãos, a água participa na regulação da temperatura do corpo humano e no processo de eliminação de toxinas através da urina e da transpiração. A preocupação com a qualidade da água de rede pública e, principalmente, a busca do bem-estar proporcionado pelos sais minerais naturais provocou, nos últimos anos, uma contínua demanda por água mineral em todos os países (CASTRO et al., 2010).
As águas minerais provêm, principalmente, de aquíferos intermediários, situados a aproximadamente 300 m de profundidade, separados dos aquíferos superficiais por camadas limitantes. Neles, a água mineral fica represada em uma área bem definida e protegida, cuja composição química, temperatura e taxa de vazão são geralmente estáveis (COELHO et al., 2010). De acordo com a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) n 274, de setembro de 2005, do Ministério da Saúde, água mineral natural é obtida diretamente de fontes naturais ou por extração de águas subterrâneas, caracterizada pelo conteúdo definido e constante de determinados sais minerais, oligoelementos e outros constituintes, considerando as flutuações naturais (BRASIL, 2005a). Segundo essa mesma Resolução, as etapas às quais a água mineral natural deve ser submetida, desde a captação até o armazenamento, não podem produzir, desenvolver e/ou agregar substâncias físicas, químicas ou biológicas que coloquem em risco a saúde do consumidor e/ou alterem a composição original do produto. Água de nascente e água mineral (natural) devem atender às exigências de composição definidas pelos órgãos nacionais ou internacionais. Na Europa, a rotulagem natural é permitida somente para água submetida a determinados tratamentos, como separação dos compostos de ferro, magnésio e enxofre, mas sem tratamento bactericida antes do engarrafamento (FRANCO et al., 2015). O Brasil é um país privilegiado por possuir uma das maiores reservas de água doce do planeta e, especialmente, água subterrânea, fato que lhe confere um importante posicionamento geoestratégico mundial no mercado de água mineral (SEBRAE, 2016). Segundo ROSA et al. (2008), existem mais de 1300 nascentes naturais de água no território brasileiro, das quais são retiradas e comercializadas 180 marcas diferentes de água mineral (ROSA et al., 2008). A produção nacional de água mineral tem se tornado cada vez mais pulverizada, com inúmeras pequenas e médias empresas atuando no setor: no ano de 2001 havia 277 empresas que declararam produção para o DNPM, no ano de 2004, foram 393 empresas que produziram e, em 2007, 417 empresas declararam produção (SEBRAE, 2016). No ano de 2000, aproximadamente 3,5 bilhões de litros de água mineral foram produzidos (CASTRO et al., 2010). A produção passou de 3,7 bilhões de litros em 2001 para 4,8 bilhões de litros em 2008, conferindo ao Brasil, o quarto consumidor mundial de águas engarrafadas (BRANDÃO et al., 2012). Em 2003 o consumo de água mineral no Brasil atingiu 4,2 bilhões de litros (ROSA et al., 2008), ocasionando, desde 2010, um crescimento de 14% ao ano no consumo com a participação de mais de 600 indústrias e 800 marcas no mercado nacional (ABRAS, 2016). O consumo nacional de água mineral envasada tornou-se popular somente na década de 80, em função da crescente preocupação da população com a saúde, decorrente da poluição progressiva das águas (COELHO et al., 1998). O consumo per capita no país era de 13,2 litros em 1997 (PINTO et al., 2010). Esse valor saltou para 24,9 litros em 2001, registrando um aumento de 88,63% (CASTRO et al., 2010). De 2002 a 2006, o volume per capita de consumo passou de 27 litros para 31,5 litros de água mineral (PINTO et al., 2010). O Brasil apresenta um baixo consumo per capita quando comparado com o consumo dos europeus. Em 2015 o país atingiu consumo de 55 litros per capita contra os 150 litros per capita dos europeus (ABRAS, 2016). Vislumbrando um cenário de crescimento de consumo extremamente tímido, 4% ao ano, o brasileiro chegará a 2028 consumindo 66 litros por habitante, o que, sem sombra de dúvida, é muito aquém para uma economia emergente, onde todas as grandes empresas do mercado mundial de água
estarão presentes. A perspectiva que se tem é que o Brasil chegue a 2028 como um dos maiores consumidores per capita de água envasada do mundo, ultrapassando o consumo de países consumidores tradicionais de água envasada da Europa Ocidental e disputando com o México a liderança de consumo (AMBIENTE BRASIL, 2016). Baseado nas informações apresentadas, o presente estudo tem como objetivo, avaliar a qualidade microbiológica de águas minerais de diferentes marcas e envasadas em volumes distintos. MATERIAL E MÉTODOS Foram avaliadas, no período de janeiro/2015 a abril/2016, amostras de água mineral natural de 11 marcas mais comercializadas no Estado de S. Paulo, envasadas em diferentes volumes (20L, 10L, 1500mL, 510mL e 310mL), totalizando 31 amostras. Cada amostra foi submetida à pesquisa (em 100mL) de bactérias do grupo coliformes totais, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, enterococos e clostrídios sulfito redutores, conforme estabelecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, através da Resolução RDC n o 275 de 22 de setembro de 2005 (BRASIL, 2005b). As determinações de coliformes totais e de Escherichia coli foram realizadas através da adição de um meio de cultura cromogênico e fluorogênico (COLILERT) nas amostras (100mL), seguida de incubação a 35+1 o C/24 h. O desenvolvimento de cor amarela é confirmativa da presença de coliformes totais e a ocorrência de fluorescência azulada, sob lâmpada de luz ultravioleta (4 a 6w), ondas longas (366 nm), confirmativa da presença de Escherichia coli. A pesquisa de Pseudomonas aeruginosa foi realizada pelo método dos tubos múltiplos, com a adição de 10 porções de 10 ml da amostra de água em 10 tubos contendo 10 ml de Caldo Asparagina, em concentração dupla. Os tubos com crescimento e produção de um pigmento verde fluorescente sob luz ultravioleta (365 nm, luz negra) após 35-37 o C/24h-48h, seguiram para teste confirmativo, através da transferência de 0,1mL do caldo asparagina contendo a amostra para o caldo acetamida, seguida de incubação a 35-37 o C/24-36 h. A alteração da cor deste meio de vermelho pálido para púrpura/magenta ( pink ) é característica confirmativa de Pseudomonas aeruginosa. Na determinação de enterococos foi utilizado o método cultural de filtração das amostras (100mL) com a transferência das membranas para uma placa com Ágar m-enterococos. Membranas com colônias típicas (vermelhas, marrons ou róseas) desenvolvidas após 36±2 o C/44±4h foram transferidas para uma placa de Bile Esculin Azide Agar (sem inverter) e incubadas a 44±1 o C/2h. Aquelas que apresentarem escurecimento do meio em seu redor (cor castanha a preta) devido à hidrólise da esculina são consideradas confirmativas como enterococos. A pesquisa de clostridios sulfito redutores (em 100mL) foi realizada pelo método dos tubos múltiplos, com a adição de 10 porções de 10 ml da amostra de água (previamente submetida a choque térmico a 75 5 o C/15min para destruição de células vegetativas e ativação dos esporos) em 10 tubos contendo 10 ml de Caldo Diferencial Reforçado para Clostridios (DRCM) desaerado, em concentração dupla. O escurecimento do meio após 37 1 o C/44 4h de incubação é confirmativo para clostridios sulfito redutores. Todos os ensaios microbiológicos foram realizados no laboratório de microbiologia do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Campinas, SP), de acordo com as metodologias preconizadas pela AOAC 991.15 (2012) para a pesquisa de coliformes totais e Escherichia coli (em 100mL); HUNT (2012) para a pesquisa Pseudomonas aeruginosa (em 100mL); ISO 7899-2:2000 para a pesquisa de enterococos (em 100mL) e ISO 6461-1:1986 para a pesquisa de clostridios sulfito redutores (em 100mL).
RESULTADOS E DISCUSSÃO As amostras de água mineral foram avaliadas dentro dos respectivos prazos de validade, isto é, dois meses após o envase. A Norma vigente que estabelece os padrões microbiológicos para água mineral é a Resolução RDC n o 275 de 22 de setembro de 2005, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BRASIL, 2005b) que determina a ausência de Pseudomonas aeruginosa, enterococos, clostridios sulfito redutores, coliformes totais e Escherichia coli em 100mL de água mineral e água natural. A Tabela 1 apresenta os resultados obtidos. Tabela 1. Resultados das análises microbiológicas de amostras de água mineral de diferentes marcas comerciais. Amostra Marca Micro-organismos (presença / ausência em 100mL de amostra) Coliformes totais Escherichia coli Pseudomonas aeruginosa Clostridios sulfito redutores Enterococos 1 A - - - - - 2 A - - - - - 3 B - - - - - 4 B - - - - - 5 B - - - - - 6 B - - - - - 7 B - - + - - 8 B - - - - - 9 C - - - - - 10 C - - - - - 11 C - - - - - 12 C - - - - - 13 C - - - - - 14 C - - - - - 15 C - - - - - 16 C - - - - - 17 C - - + - - 18 C - - - - - 19 C - - - - - 20 D - - - - - 21 E - - - - - 22 F - - + - - 23 F - - + - - 24 G - - - - - 25 G - - - - - 26 H - - - - - 27 H - - - - - 28 H - - - - - 29 I - - - - - 30 J + - - - - 31 K - - - - - Presença: (+) ; ausência: (-)
De acordo com os resultados obtidos e apresentados na Tabela 1, verificou-se que do total de 31 amostras analisadas, 5 (16,1%) estavam em desacordo com os padrões estabelecidos pela legislação vigente por apresentarem (em 100mL) Pseudomonas aeruginosa (uma amostra da marca comercial B, uma da marca C e duas da marca F) e de coliformes totais em uma amostra da marca J. Todas as 5 amostras contaminadas estavam envasadas em galões de plástico com capacidade de 10L. Resultados semelhantes foram obtidos por SANTOS et al. (2012) ao avaliarem 15 amostras de água mineral comercializadas no município de Alfenas, MG. Nesse estudo os autores determinaram 3 amostras (20%) contaminadas por Pseudomonas aeruginosa e, portanto, consideradas impróprias para o consumo humano. SABIONI & SILVA (2006) também evidenciaram a presença dessa bactéria em 14% de um total de 50 amostras de água mineral analisadas e comercializadas no município de Ouro Preto, corroborando quanto a premissa de que nem sempre o consumo de água mineral natural representa uma segurança à saúde pública, visto que a Pseudomonas aeruginosa se multiplica em água com poucos nutrientes e é considerada uma bactéria oportunista sendo capaz de causar infecções em indivíduos imunocomprometidos. A presença de coliformes totais e de Escherichia coli foram confirmadas por ROSA et al. (2008), em sete (7%) de um total de 100 amostras de água mineral comercializadas em Porto Alegre, RS. No presente estudo todas as amostras avaliadas estavam isentas de Escherichia coli (em 100mL), no entanto, em 1 (3%) amostra foi confirmada a presença das bactérias do grupo coliformes totais. CONCLUSÕES Os resultados obtidos no presente estudo reforçam a importância da aplicação de boas práticas dentro das indústrias de envasamento de água mineral. Além disso, a verificação constante da qualidade microbiológica desses produtos, através de análises laboratoriais, é fundamental no âmbito da saúde pública, visto que as águas minerais são um produto de grande consumo pela população mundial e cujas características higiênico-sanitárias adequadas estão diretamente relacionadas à saúde dos consumidores. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRAS. Oferta de água mineral supera a demanda. http://www.abras.com.br/clipping.php?area=10&clipping=49083. Acesso em 11/05/2016 AMBIENTE BRASIL. Mercado Consumidor de Água Mineral. http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/artigos_agua_mineral/mercado_consumidor_de_agua_mi neral.html Acesso 11/05/2016 AOAC Official Method 991.15 (Colilert In: LATIMER JR., G.W. (ed.), Official Methods of Analysis of AOAC International, 19th edition. Gaithersburg, Maryland: AOAC International, 2012. Chapter 17, p.41. BRANDÃO, M.L.L; ROSAS, C.O.; MEDEIROS, V.M.; WARKEN, M.B.; BRICIO, S.M.L.; SILVA, A.M.L.; AZEREDO, D.R.P. Comparação das técnicas do número mais provável (NMP) e de filtração em membrana na avaliação da qualidade microbiológica de água mineral natural. Revista Instituto Adolfo Lutz, v.71, n.1, p.32-39, 2012.
BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC N o 274, de 22 de setembro de 2005 (a). Regulamento técnico para águas envasadas e gelo. BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC N o 275, de 22 de setembro de 2005 (b). Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Água Mineral e Água Natural. CASTRO, L.R.S.; CARVALHO, J.S.; VALE, V.L.C. Avaliação microbiológica de diferentes marcas de água mineral. Revista Baiana de Saúde Pública, v.34, n.4, p.835-844, 2010. COELHO, D.L.; PIMENTEL, I.C.; BEUX, M.R. Uso do método do substrato cromogênico para quantificação do número mais provável de bactérias do grupo coliforme em águas minerais envasadas. Boletim CEPPA, Curitiba, v. 16, n. 1, p. 45-54, 1998. COELHO, M.I.S.; MENDES, E.S.; CRUZ, M.C.S.; BEZERRA, S.S.; SILVA, R.P.P. Avaliação da qualidade microbiológica de águas minerais consumidas na região metropolitana de Recife, Estado de Pernambuco. Acta Scientiarum. Health Sciences, Maringá, v. 32, n. 1, p. 1-8, 2010. FARACHE-FILHO, A. & DIAS, M.F.F. Qualidade microbiológica de águas minerais em galões de 20 litros. Alim. Nutr., Araraquara, v.19, n.3, p. 243-248, 2008. FRANCO, B.D.G.M.; TANIWAKI, M.H.; LANDGRAF, M.; DESTRO, M.T. Microrganismos em alimentos 8: utilização de dados para avaliação do controle de processo e aceitação de produto. International Commission on Miicrobiologial Specifications for Foods (ICMSF). São Paulo: Blucher, 2015. HUNT, M.E. (ed.). Microbiological examination. In: RICE, E.W., BAIRD, R.B., EATON, A.D. & CLESCERI, L.S. (eds.). Standard Methods for the Examination of Water & Wastewater. 22 nd Edition. Washington, American Public Health Association (APHA), American Water Works Association (AWWA) & Water Environment Federation (WEF), 2012. Part 9213F, p. 9.49. ISO 6461-1. Water quality Detection and enumeration of the spores of sulfite-reducing anaerobes (clostridia) Part 1: Method by enrichment in liquid medium, 1 st ed. International Organization for Standardization, 1986. ISO 7899-2:2000. Water quality - Detection and enumeration of intestinal enterococci - Part 2: Membrane filtration method. International Organization for Standardization, 2000. PINTO, E.P.; TEIXEIRA, A.M.; FONSECA, L.X.; FERNANDES, M.S.; RODRIGUES, R.S. Qualidade de águas minerais comercializadas no município de Pelotas, RS. Higiene Alimentar, v. 24, n.186/187, p.75-78, 2010. ROSA, S.P.; SILVA, S.R.P.; MANN, M.B.; CORÇÃO, G. Avaliação da presença de coliformes totais e fecais em amostras de água mineral comercializadas em Porto Alegre, RS. Higiene Alimentar, v. 22, p.94-99, 2008. SABIONI, J.G. & SILVA, I.T. Qualidade microbiológica de águas minerais comercializadas em Ouro Preto, MG. Higiene Alimentar, v. 20, n.143, p.72-78, 2006. SANT ANA, A.S.; SILVA, S.C.F.L.; FARANI, I.O.J.; AMARAL, C.H.R.; MACEDO, V.F. Qualidade microbiológica de águas minerais. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v.23, p.190-194, 2003. SANTOS, M.G.; ALVES, M.; VEIGA, S.M.O.M. Pesquisa de Pseudomonas aeruginosa em água mineral comercializada em Alfenas-MG. Higiene Alimentar, v. 26, n.210/211, p.97-99, 2012. SEBRAE. PANORAMA DO MERCADO DE ÁGUA MINERAL. http://www.sebraemercados.com.br/panorama-do-mercado-de-agua-mineral/ Acesso em 11/05/2016. Acesso em 11/05/2016.