ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS



Documentos relacionados
RESOLUÇÃO N ^ /2006 Ia CÂMARA SESSÃO DE 17/07/2006

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA Contencioso Administrativo Tributário Conselho de RecursosTributários 1a Câmara de Julgamento

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda, CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO TRIBUTARIO CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOSTRIBUTÁRIOS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOSTRIBUTÁRIOS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

EsTADO DO CEARÁ Secretaria,la Fazellda, CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTARIOS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOSTRIBUTÁRIOS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

,." \,J ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOSTRIBUTÁRIOS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIADA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

GOVI~RNO DO EsTADO 1)0 CEARÁ. ."CCl'l'tal;(l./(1 Fl/Z<'IJd"

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazendn, CONTENCIOSOADMINSTRATIVOTRIBUTARIO CONSELHODE RECURSOSTRIBUTÁRIOS

AUTO DE INFRAÇÃO N 2/ RECORRENTE: MASTER LOGíSTICA E SERViÇOS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS. A peça vestibular dos autos acusa o contribuinte o seguinte relato:

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda Contencioso Administrativo Tributário Conselho De Recursos Tributários 2" Câmara

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO. CONAT CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS - CRT

GoVERNO 00 EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda,

ei!t~ ~,.,,,' ~ "o;...,,'v,.~. "r GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO - CONAT CONSELHO DE RECURSOSTRIBUTÁRIOS- CRT

SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

EMENTA: ICMS. IMUNIDADE FISCAL.

~"<V' ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA Contencioso Administrativo Tributário Conselho de Recursos Tributários la Câmara de Julgamento

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRiBUTÁRiOS

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

RELATÓRIO VOTO DO RELATOR (VOTO VENCIDO)

Publicado no Diário Oficial n o 4.412, de 10 de julho de

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO - CONAT CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS - CRT

GoVERNO 00 EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazetldtl I

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

. ' ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS /

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS

Secretaria da Fazenda. CONTENCIOSO ADMINSTRATIVO TRlBUTARlO CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DE TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS R E L A T Ó R I O

Secretaria da Fazenda COIIfTENCIIOSCllADl"sn~mIOT'RBITÁRO- CONAT CON5EI.HODE RECURSOSI"RBI1'ARKJs.. C R T

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA Contencioso Administrativo Tributário Conselho de Recursos Tributários 1a Câmara de Julgamento

DIVISÃO DE PROCEDIMENTOS ADM. FISCAIS

Autuante : PALLOMA R. M. PESSOA GUERRA E CÉSAR JÚNIOR S. SILVA. Relatora : CONSª. GIANNI CUNHA DA SILVEIRA CAVALCANTE.

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO. CONAT CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTARIOS - CRT

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DA BAHIA PROCESSO- A.I. Nº /00 RECORRENTE- GERDAU S.A. RECORRIDA- FAZENDA PUBLICA ESTADUAL

RESOLUÇÃO : Nº 31/11 CÂMARA DE JULGAMENTO SESSÃO : 44ª EM: 22/07/2011 PROCESSO : Nº 0132/2010 RECORRENTE : DIVISÃO DE PROCEDIMENTOS ADM.

ESTADO DO CEARA SECRETARIA DA FAZENDA. Contencioso Administrativo Tributário. Conselho de Recursos Tributários. Ia Câmara de Julgamento

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

ROZINETE ARAÚJO DE MORAIS GUERRA Conselheira Relatora

SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA CONSELHO DE CONTRIBUINTES. - Junta de Revisão Fiscal

ti.? ,S~ ~ \ ) .,. ~~v GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da FRUndl1, CONTENCIOSOADMINSTRATIVO TRIBUTARIO CONSELHODE RECURSOSTRIBUTÁRIOS

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DE ESTADO DA TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS

~1&i~ ;. \ I. ~",~ ~/ GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ

RIO GRANDE DO NORTE CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS

DO Ó CATÃO E MARIA JOSÉ LOURENÇO DA SILVA

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda,

GOVERNO DA PARAÍBA. Secretaria de Estado da Receita. Conselho de Recursos Fiscais

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA Contencioso Administrativo Tributário Conselho de RecursosTributários 1a Câmara de Julgamento

CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS DO ESTADO DE RORAIMA RESOLUÇÃO Nº

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Acórdão: /11/1ª Rito: Sumário PTA/AI: Impugnação: 40.

CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS DO ESTADO DE RORAIMA RESOLUÇÃO Nº

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Acórdão: /13/1ª Rito: Sumário PTA/AI: Impugnação: 40.

SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA CONSELHO DE CONTRIBUINTES JUNTA DE REVISÃO FISCAL

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

NORMA DE EXECUÇÃO Nº 03, DE 21 DE JUNHO DE 2011

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

Desobrigado do Recurso Hierárquico, na expressão do artigo 730, 1, inciso II, do RICMS, aprovado pelo Decreto nº /97.

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS

ESTADO DO CEARA SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Conselho de Contribuintes RECURSO Nº ACÓRDÃO Nº 13.

I - RELATÓRIO. O não pronunciamento da autuada, obrigou a repartição preparadora a lavrar o competente Termo de revelia (( fls. 31).

CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS DO ESTADO DE RORAIMA RESOLUÇÃO Nº

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS ACÓRDÃO Nº 0115 /2015-CRF

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

RECORRIDA : GERÊNCIA EXECUTIVA DE JULGAMENTO DE PROCESSOS FISCAIS PREPARADORA RRJP RECEBEDORIA DE RENDAS DE JOÃO PESSOA

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Acórdão: /12/3ª Rito: Sumário PTA/AI:

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

RECURSO- RECURSO VOLUNTÁRIO ACÓRDÃO 4A JJF Nº /02

ICMS DÉBITO DE ICMS DIFERENÇA DE ALÍQUOTA RELATÓRIO. Adoto o elaborado pelo Sr. Auditor Tributário, a fls. 34,

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DE ESTADO DE TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Acórdão: /09/1ª Rito: Sumário PTA/AI: Impugnação: 40.

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

RECURSO Nº ACORDÃO Nº

iii{ ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS 1a CÂMARA DE JULGAMENTO

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA E CONTROLE GERAL CONSELHO DE CONTRIBUINTES. - Junta de Revisão Fiscal. - Conselheiro Sylvio de Siqueira Cunha

GoVERNO DO ESTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO - CONAT CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS - CRT

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

Transcrição:

. PROC.: 1/4898/2006 ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS RESOLUÇÃO N óc1/2008 2aCÂMARA - SESSÃO DE 21/01/2008 PROCESSO DE RECURSO N 1/4898/2006 AUTO DE INFRAÇÃO: 2/200625240 RECORRENTE: CÉLULA DE JULGAMENTO DE 1 a INSTÂNCIA RECORRIDO: TRANSPORTADORA ECONÔMICA LTOA CONS. RELATORA: VANESSA ALBUQUERQUE VALENTE EMENTA: ICMS - TRANSPORTE DE MERCADORIA DESACOMPANHADA DE DOCUMENTAÇÃO FISCAL - PARCIAL PROCEDÊNCIA. Consoante dispõe o art. 140 do Dec. no 24.569/97, o transportador não poderá aceitar para despacho mercadoria desacompanhada da documentação fiscal exigida pela legislação. Auto de Infração julgado Parcialmente Procedente, em razão de redução da base de cálculo, tendo em vista que o agente fiscal a atribuiu sem fundamento legal, não constando no processo nenhuma pesquisa de preço de mercado. Penalidade inserta no art. 123, 111, "a" da Lei no12.670/96 com redação dada pela Lei no13.418/03. Recurso Oficial conhecido e não provido, para confirmar a decisão parcialmente condenatória proferida em 1a Instância. Decisão por unanimidade de votos e, em ato contínuo, declarar a extinção processual em razão do pagamento do crédito tributário, nos termos do voto da Conselheira Relatora. 1

PROG.: 1/489812006 I RELATÓRIO A autoridade fazendária relata na sua inicial que a empresa autuada transportava mercadorias desacobertadas da devida documentação fiscal, no valor de R$ 26.800,00 (vinte e seis mil e oitocentos reais). Indica como dispositivo legal infringido o art. 140 do Dec. no24.569/97. Como penalidade sugere o art. 123, 111, "a", da Lei n 12.670/96, alterado pela Lei no13.418/03. Instruem o presente processo os seguintes documentos: Certificado de Guarda de Mercadoria, Ficha de Conferência de Mercadorias, Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, Nota Fiscal n 7817, Mandado de Cumprimento de Liminar e Notificação, Cópia do Mandado de Segurança e Cópia do Contrato Social, todos colacionados às fls. 03/17. e, Em sede de defesa, a empresa autuada vem aos autos, às fls. 44/49, alegando que o fiscal ao lavrar o auto de infração agiu de forma arbitrária e contraditória, haja vista que supervalorizou as mercadorias, pois o preço disposto no Certificado de Guarda de Mercadoria não guarda compatibilidade com o destacado na nota fiscal, tornando assim a base de cálculo e a multa um valor exorbitante; aduz que o agente fazendário concordou com o preço atribuído as 600(seiscentas) peças que estavam acobertadas por documento fiscal, uma vez que as mesmas não foram objeto de autuação. Então, como poderia discordar do preço declarado se as mercadorias desacobertadas de nota fiscal eram as mesmas, atribuindo um outro valor? A Julgadora Singular às fls. 92/97, apresentou seu entendimento pela parcial procedência da ação fiscal, tendo em vista que a base de cálculo foi reduzida por ausência de provas dos valores adotados na fiscalização. Por ser uma decisão contrária em parte aos interesses da Fazenda Estadual a Célula de Julgamento de 1a Instância recorreu de ofício. A Consultoria Tributária às fls. 113/114, em Parecer de no633/2007, opinou pelo conhecimento do Recurso Oficial, negar-lhe provimento, para que seja confirmada a decisão singular parcialmente condenatória, recebendo a chancela da Procuradoria Geral do Estado que adotou o Parecer às fls. 115. Eis o Relatório. 2

PROC.: 1/4898/2006 I VOTO DA RELATORA Trata a presente ação fiscal de auto de infração lavrado em razão de ter a empresa autuada transportado mercadorias desacompanhadas da devida documentação fiscal. De certo, a legislação tributária estadual determina a obrigatoriedade da emissão de nota fiscal pelo remetente, com o fito de permitir o conhecimento e o controle pelo Fisco das operações realizadas, a fim de se efetuar a cobrança do ICMS, caso devido. Desta forma, prevê o art. 830 do Decreto n 24.569/97 (RICMS) a retenção da mercadoria que se encontra desacompanhada do respectivo documento fiscal, e, o dever de o autuante constituir o crédito tributário mediante a lavratura do presente auto de infração. Trata-se de uma determinação taxativa. Por sua vez, o art. 16, 11, "c" da Lei n 12.670/96 determina o responsável pelo pagamento do ICMS quando se tratar de mercadoria em trânsito, in verbis: Art. 16- São responsáveis pelo pagamento do ICMS: 1/- o transportador em relação à mercadoria: c) que aceitar para despacho ou transportar sem documento fiscal, ou acompanhada de documento fiscal inid6neo. No presente caso, ao examinar as peças que consubstanciam os autos, verifica-se que, na verdade, trata-se de mercadoria excedente, pois a nota fiscal no7817, apresentada no momento da fiscalização, não acobertava toda a mercadoria transportada, o que equivale dizer que parte da mercadoria estava sem nota fiscal. Nesse contexto, faz-se mister ressaltar, que o titular da ação fiscal não comprovou os preços que atribuiu as mercadorias dispostas no Certificado de Guarda, estando os mesmos incompatíveis aos destacados na nota fiscal, adotando uma base de cálculo sem fundamento legal. XIV, do RICMS: No tocante à base de cálculo, preceitua o art. 25, inc. Art. 25- A base de cálculo do ICMS será: )(IV- na hipótese de mercadoria desacompanhada de documento fiscal, ou sendo este inidôneo, o valor desta no varejo ou, na sua falta, o valor a nível de atacado, na respectiva praça, acrescido de 30%( trinta por cento), na inexistência de percentual de agregação específico para produto sujeito ao regime de substituição tributária. 3

PROC.: 1/489812006 Desta feita, relativamente ao preço da mercadoria, será acrescentado apenas o percentual de 30% sobre o valor da mercadoria desacobertada por documento fiscal próprio, tendo como base o valor apresentado na nota fiscal n07817(fls. 06), ficando assim reduzida à base de cálculo e a multa estabelecida pelo Fiscal. Quanto à penalidade, constatada a infração à legislação estadual, deve ser aplicada, à empresa autuada, a sanção capitulada no art. 123, 111, "a" da Lei no 12.670/96, com nova redação dada pela Lei no 13.418/2003, in verbis: "Art. 123. As infrações à legislação do ICMS sujeitam o infrator às seguintes penalidades, sem prejuízo do pagamento do imposto, quando for o caso: 11I - relativamente à documentação e à escrituração: a) entregar, remeter, transportar, receber, estocar ou depositar mercadorias, prestar ou utilizar seniços sem documentação fiscal ou sendo esta inidónea: multa equivalente a 30% (trinta por cento) do valor da operação ou da prestação". Diante do exposto, voto pelo conhecimento do Recurso de Ofício, negar-lhe provimento, para confirmar a decisão parcialmente condenatória proferida pela 1a Instância, de acordo com o Parecer da douta Procuradoria Geral do Estado e, em ato contínuo extinguir o processo, tendo em vista que já ocorreu o pagamento do crédito tributário devido. É o VOTO. DEMONSTRATIVO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO BASE DE CÁLCULO R$ 9.880,00 ICMS (17%) R$ 1.679,60 MULTA (30%) R$ 2.964,00 TOTAL A RECOLHER R$ 4.643,60 4

PROC.: 1/489812006 I DECISÃO Vistos, relatados e discutidos os presentes autos em que é Recorrente CÉLULA DE JULGAMENTO DE 1 8 INSTÂNCIA e Recorrido TRANSPORTADORA ECONÔMICA LTOA, RESOLVEM os membros da 2 8 Câmara do Conselho de Recursos Tributários, após conhecer do Recurso Oficial, por unanimidade de votos, negar-lhe provimento, para confirmar a decisão PARCIALMENTE CONDENATÓRIA proferida pela 1 8 instância, de acordo com o parecer da Consultoria Tributária, aprovado pelo representante da douta PGE, e, ato contínuo, declarar a EXTINÇÃO PROCESSUAL em razão do pagamento do crédito tributário, nos termos do voto da Conselheira Relatora. SALA DE SESSÕES DA 2 8 CÂMARA DO CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS, ewf rta,efi; j~nhode 2008. tlfredo' gériogomesde Brito ESIDENTE DI "' J~Mota CONSELHEIRO Sandra CON ri /JuJ~ elh'hdo If;CI;n~fp:ffa1caq Ti Dalcília Bruno Soares CONSELHEIRA Ubiratan Ferreira de Andrade PROCURADOR DO ESTADO 5