B R U N O T A V A R E S J U L I A N A A L V A R E N G A M A R I A A L I C E S C H U A B B N A T Á L I A S A N T O S 2 0 1 2. 1
PÓS-MODERNISMO X DESCONSTRUÇÃO Trabalho de muitos arquitetos pós-modernistas consiste em descontrução; Para muitos: pós-modernismo = historicismo abstrato, redutivismo impossível de sustentar; Pós-modernistas questionavam o anti-historicismo, conjunto de formulações da poética maquinista: simbolização, internacionalismo, determinismo racional ou funcional, extrema objetividade; Já a arquitetura desconstrutivista está ligada com o conceito de desconstrução (Jacques Derrida); Desconstrução nos edifícios se apresenta principalmente no plano material. Desarticulação entre os elementos construtivos; deformados, desobedecendo a lógica tradicional;
DESCONSTRUTIVISMO Werner Center de Peter Eisenman, o espaço é fragmentado e invadido por elementos estruturais inoportunos. Wexner Center For The Arts By Peter Eisenman. Fonte: http://www.flickr.com/photos/puroticorico/5087582720/ Forma pura explodida como nas follies de Tchumi. Les follies de Tchumi em La Villete Fonte: http://worldvisitguide.com/oeuvre/photo_me0000066073.html
DESCONSTRUTIVISMO Em City Edge de Libeskind, o edifício e a cidade são sucateados apocalipticamente. Maquete De City Edges De Daniel Libeskind. Fonte: http://www.ignezferraz.com.br/mainportfolio4.asp?pagina=artigos&cod_item=871 City U Hong Kong, Daniel Libeskind Fonte: http://www.wanderlister.com/post/8039101809/city-u-run-run-shaw-libeskind
DESCONTRUTIVISMO No entanto, um dos elementos arquitetônicos como um todo é deixado em paz: a parede. Apesar de tudo ser atacado, desarticulado, retorcido e desmontado, as PAREDES, inclinadas, recortadas, fora de prumo, fora de seu contexto, mantêm o purismo modernista. DESCONSTRUÇÃO SEGUNDO DERRIDA Três maneiras de se ver a Desconstrução originalmente: Estratégia para lidar com a filosofia; Estratégia política e intelectual; Modo de leitura, visando à análise crítica das artes.
DESCONTRUTIVISMO SEGUNDO DERRIDA Descontruir um texto ou um conceito é extrair suas lógicas conflitantes, objetivando mostrar que este nunca significa exatamente o que diz, ou que diz tudo que significa. Demonstrar instabilidade das relações entre os termos nova leitura; Estabelecimento de pares binários de oposição (forma x conteúdo; teoria x prática; natureza x cultura; pensamento x percepção; etc); Segunda Derrida toda estrutura conceitual assenta-se em algum tipo de violência; Um dos termos é sempre privilegiado, sendo necessário estudar a possibilidade de inversão na hierarquia. No entanto, com isso apenas se inverte o sentido. Necessidade de visão fora do sistema;
DESCONTRUTIVISMO NA ARQUITETURA A arquitetura tal qual um texto pode ser desconstruída, tanto em seus elementos, como em seus conceitos estruturantes, que formam os pares binários de Derrida: Forma e Função; Estrutura e Ornamento; Abstração e Figuração; etc. Arquitetura desconstrutivista, assim como a pós-moderna, integram-se em um projeto de desconstrução; FORMA E FUNÇÃO Binário que mais se encaixa na análise desconstrutivista de Derrida; Na arquitetura, tem-se que a função domina sobre a forma, pois nenhum edifício é construído sem que haja uma função para ele;
FORMA E FUNÇÃO Lema arquitetônico: Forma segue a função. Baseado na biologia adaptativa lamarckista; A função é hierarquicamente mais importante na obra de diversos arquitetos, entre eles: Frank Lloyd Wright, Gropius, Neutra, etc; No entanto, alguns arquitetos propuseram a inversão de prioridade desse par, sendo o primeiro passo para a desconstrução; Em obras emblemáticas como Villa Savoye e a Catedral de Brasília, a forma foi posta como fundamento principal; Mas ainda não é considerado a desconstrução. Para isso é necessário o segundo passo: o deslocamento.
VILLA SAVOYE LE CORBUSIER Villa Savoye. Le Corbusier. Fonte: http://501projetos.tumblr.com/post/13643359417/14-villa-savoye-1928-autor-le-corbusier Fonte: http://noonjes.wordpress.com/2010/02/04/villasavoye-le-corbusier/
CATEDRAL DE BRASÍLIA - NIEMEYER Catedral de Brasília. Oscar Niemeyer. Fonte: Google imagens.
FORMA E FUNÇÃO Robert Venturi é pioneiro em dizer: permitir que forma e função caminhem separadamente permite que a função seja realmente funcional o que não poderia ser, ironicamente, quando a Forma seguia a Função, nos velhos tempos Modernos, e tinha obrigação de aparecer bem e funcionar bem. Quebra das ligações entre forma e função, no lugar da simples inversão do par; Venturi aceita a ruptura com as atitudes idealistas, racionalistas e sublimantes, características do Movimento Moderno; Essa ruptura expressa na necessidade de conjugação de forma, função e estrutura; Venturi em uma de suas obras, o Pavilhão das Humanidades, exemplifica essa conjugação. Trata-se de uma forma simples, uma grande caixa coberta de tijolos vitrificados. Nesta há uma extração, que permite a existência de uma grande arena aberta. No entanto, a interrupção da completude da forma não é justificada por uma função relevante.
INTERIOR E EXTERIOR O exterior deve expressar o interior; EXTERNO = ordem. Limite para a complexidade interna. Villa Savoye, Le Corbusier
Gordon Wu Hall. Nova Jersey. Venturi Lewis Thomas Lab For Molecular Biology. Princeton Venturi e Brown A POÉTICA DA SUPLEMENTARIDADE Algo que pode ser acrescentado a um objeto já completo; ou Uma adição necessária que supre alguma falta, e torna-se parte do todo. Ideais para a descontrução, pois pode-se inverter a relação de dominância entre o objeto principal e o suplemento, criando-se uma nova interpretação do objeto. Surge como oposição ao vazio estéril da arquitetura moderna. Aqui, o elemento decorativo, suplementar e portanto inútil, rouba a cena. Inversão da relação de dominância.
Memorial Benjamin Franklin Filadélfia. Venturi e Brown A METAFÍSICA DA PRESENÇA Ausência x Presença; Fala x Escrita; A fala é tida como mais importante, pois implica a presença do autor. A escrita sofre com o risco das idéias expostas serem pervertidas. Se torna mais evidente em restauro. Situado onde Benjamin Franklin construiu sua casa, é um dos raros casos da arquitetura novecentista inspirada em surrealismo. Enfrenta a questão da memória com uma estrutura fantasma.
Nattional Gallery vista da Pall Mall East. Antes e depois. National Gallery. Sainsbury Wing. NATIONAL GALLERY, LONDRES Inspirado da Pop Art, os arquitetos lidam com a passagem do tempo como uma história em quadrinhos. A fachada começa como uma réplica do edifício principal, e então vai perdendo elementos na direção da Pall Mall East.
NATIONAL GALLERY, LONDRES A forte presença da National Gallery é revigorada, mas contraposta por um novo edifício, com uma nova mensagem, que considera a primeira como mais relevante, porém a perturba e modifica.
REVISTA au www.revistaau.com.br Google imagens http://images.google.com.br/ http://www.flickr.com/photos/puroticorico/5087582720/ http://worldvisitguide.com/oeuvre/photo_me0000066073.html http://www.ignezferraz.com.br/mainportfolio4.asp?pagina=artigos&cod_item=871 http://501projetos.tumblr.com/post/13643359417/14-villa-savoye-1928-autor-le-corbusier http://www.wanderlister.com/post/8039101809/city-u-run-run-shaw-libeskind http://noonjes.wordpress.com/2010/02/04/villa-savoye-le-corbusier/