Artigo 03 Técnico. Análise das Classes de Renda Rural em Mato Grosso do Sul. Julho, 2012 Campo Grande, MS. 1. Introdução. 2.

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Transcrição:

Artigo 03 Técnico Julho, 2012 Campo Grande, MS Análise das Classes de Renda Rural em Mato Grosso do Sul Adriana Mascarenhas¹ Alexandre Rui² Leonardo Carlotto³ Lucas Galvan 4 1. Introdução No setor rural, ao mesmo tempo em que a modernização tecnológica transforma os estabelecimentos levando-os a alcançar níveis elevados de renda, outros permanecem estagnados, à margem do desenvolvimento. A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (FAMASUL) no intuito de caracterizar e conhecer o Estado neste contexto, trabalhou os números desse estudo em específico para MS. Os resultados e discussões encontram-se no escopo deste artigo. Foi buscando compreender mais a fundo os números desta realidade que a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) encomendou o estudo sobre os perfis das classes de renda rural no Brasil. A pesquisa inédita foi elaborada pelo Centro de Estudos Agrícolas da Fundação Getulio Vargas (FGV), e o resultado indica para um contraste de renda no campo, que se espalha por todo país. 2. Objetivo Analisar as classes de renda rural em Mato Grosso do Sul a partir do número de estabelecimentos rurais, da distribuição das terras e do valor bruto da produção agropecuária. ¹Economista, assessora técnica e Coordenadora da Unidade Técnica Econômica da FAMASUL. E-mail: adriana@famasul.com.br ²Economista, assistente técnico da FAMASUL. E-mail: alexandre@famasul.com.br ³Engenheiro Agrônomo, assistente técnico da FAMASUL. E-mail: leonardo@famasul.com.br 4 Engenheiro Agrônomo, assessor técnico da FAMASUL e Diretor Executivo da APROSOJA/MS. E-mail: lucas@famasul.com.br

3. Metodologia O estudo elaborado pela FGV foi realizado com base em microdados do Censo Agropecuário de 2006, uma pesquisa decenal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para traçar o perfil das classes de renda rural, foi construído o conceito de renda líquida dos estabelecimentos rurais, composta de renda total menos despesas variáveis, acrescida de: renda do trabalho fora, renda de aposentadorias e pensões e renda de transferências governamentais (bolsa família, etc.). Desta feita, foi identificada, inicialmente, a Classe C rural, como aquela no intervalo de renda líquida entre R$ 947,00 e R$ 4.083,00 mensais em valores de 2006, data base do Censo Agropecuário. A partir da Classe C foram identificadas as classes com renda acima (Classe A/B), e abaixo (Classe D/E) do intervalo. A FAMASUL ao trabalhar o detalhamento deste estudo de forma específica para Mato Grosso do Sul, valeuse de uma análise primeira de três (3) variáveis: o número de estabelecimentos rurais no estado por classes de renda, a área média destes estabelecimentos e o valor bruto da produção gerado em cada classe de renda. A intenção é que gradativamente o perfil das classes de renda rural em MS seja analisado sob a ótica de novas variáveis destacadas no estudo da FGV-CNA. 4. Resultados e Discussões Em Mato Grosso do Sul 10,8 mil estabelecimentos rurais foram identificados como pertencentes à Classe C, com renda líquida mensal entre R$ R$ 947,00 e R$ 4.083,00, o que representa 17% do total dos estabelecimentos cencitados no Estado. Na Classe A/B, com rendimento líquido mensal acima de R$ 4.083,00, foram identificados 11,6 mil estabelecimentos rurais, quantia que representa 18% do total dos estabelecimentos. A Classe D/E, que aufere renda líquida mensal abaixo de R$ 947,00, registra o maior contingente, com 32,7 mil estabelecimentos rurais, valor correspondente a 50% do total. Os resultados observados para o número de estabelecimentos rurais por classes de renda em MS apontam para concentração de rendas baixas na agropecuária. Em nível nacional esta perspectiva é ainda mais intensa com 71% dos estabelecimentos enquadrados na Classe D/E. Cerca de 9,5 mil estabelecimentos (15%) no Estado não tiveram informação para o Censo e portanto não foram classificados na pesquisa.

Tabela 1 MS e Brasil: número de estabelecimentos por classes de renda (em unidades) Classes de Renda Mato Grosso do Sul Brasil A/B 11.688 300.963 C 10.804 796.173 D/E 32.787 3.645.344 Não Informantes 9.585 433.156 Total 64.864 5.175.636 Figura 1 MS e Brasil: distribuição dos estabelecimentos por classes de renda (em %) Mato Grosso do Sul 15% 18% Mesmo embora o número de estabelecimentos esteja concentrado na classe D/E, a classe A/B é quem detém a grande maioria das terras destinadas à atividade agropecuária no Estado. Os estabelecimentos enquadrados na classe A/B de renda rural possuem uma área média de 1,7 mil hectares, e juntos detém 65,8% das terras. Os estabelecimentos da Classe C possuem uma área média de 314 hectares e têm participação de 11,2% na área. Finalmente, os estabelecimentos da Classe D/E possuem uma área média de 135 hectares e participam com 14,2% das terras. 50% 17% Tabela 2 MS: área média dos estabelecimentos rurais por classes de renda A/B C D/E Não Informantes Brasil 8% 6% 15% Classes de Renda Estabelecimentos (unidade) Área total (ha) Área média (ha) A/B 11.688 19.936.053 1.709,5 C 10.804 3.386.426 314,3 D/E 32.787 4.411.323 135,4 Não Informantes 9.585 2.541.174 266,0 Total 64.864 30.274.975 468,9 71% A/B C D/E Não Informantes Elaboração: UNITEC/FAMASUL

Figura 2 MS: distribuição da área de atividade agropecuária por classes de renda (em %) 11% Mato Grosso do Sul 15% 8% 66% média por classes se alteram, a contribuição para o VBP também se modifica, sendo no país a Classe A/B responsável por 79%, a Classe C com participação de 13% e a Classe D/E com contribuição de 8%. Observa-se que mesmo diante das diferenças os resultados para o país e MS não se alteram, indicando para elevada concentração do VPB na Classe A/B. Elaboração: UNITEC/FAMASUL Com isso, quando deslocamos a análise para a contribuição no Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária, se observa tamanha discrepância entre a participação das diferentes classes de renda rural. Em valores de 2006, os dados para MS demonstram que enquanto a Classe D/E contribui com R$ 198 milhões e a Classe C com R$ 434 milhões no VBP anual da agropecuária, a Classe A/B ultrapassa os R$ 6,5 bilhões. Em termos relativos isso indica que a Classe A/B é responsável por 91% do VBP da agropecuária, a Classe C responde por 6% e a Classe D/E contribui com apenas 3%. A/B C D/E Não Informantes Tabela 3 MS e Brasil: valor bruto da produção por classes de renda (em mil reais) Classes de Renda Mato Grosso do Sul Brasil A/B 6.589.838 131.343.417 C 434.376 22.581.245 D/E 198.616 12.721.595 Não Informantes 0 0 Total 7.222.830 166.646.256 Figura 3 MS e Brasil: distribuição do valor bruto da produção por classes de renda (em %) Mato Grosso do Sul 6% 3% 91% A/B C D/E A nível de Brasil, como a proporção do número de estabelecimentos e a área

13% 8% Brasil Estado, 50% dos estabelecimentos estão na Classe D/E, que possuem 15% das terras, e contribuem com apenas 3% do VBP. Elaboração: UNITEC/FAMASUL 5. Considerações finais Ao se cruzar as variáveis em análise, número de estabelecimentos e área média por classes de renda rural com o valor bruto da produção gerado por estas, fica evidente o contraste da renda no campo, coexistindo duas realidades distintas. Uma em menor número, porém que detém a grande parcela das terras, com elevado grau de desenvolvimento e tecnologia, responsável em sua maioria pela produção agropecuária. Prova disto é que em Mato Grosso do Sul a Classe A/B possui apenas 18% dos estabelecimentos rurais mas ocupa 66% das terras e com isso é responsável por 91% do VPB da agropecuária do Estado. 79% A/B C D/E E entre elas, uma classe intermediária, em busca da consolidação e do desenvolvimento na atividade rural. Em MS, a Classe C está presente em 17% dos estabelecimentos rurais, detém 11% das terras e contribui somente com 6% do VBP da agropecuária estadual. Chamando a atenção para a grandeza das diferenças entre as classes de renda rural na sua contribuição para o VBP da agropecuária no Estado destacamos a seguinte relação: aproximadamente 1 estabelecimento na Classe A/B é capaz de gerar em média anualmente um VBP na ordem de R$ 600 mil, para produzir este mesmo montante seriam necessários na Classe C cerca de 15 estabelecimentos, e na Classe D/E este número chega a 100 estabelecimentos. A outra, a nível mais extremo, em grande número, mas com pouca terra disponível, à margem do desenvolvimento e com tecnologia ultrapassada, e mesmo embora em grande quantia é incapaz de gerar uma produção significativa. No

Os números apontam que Mato Grosso do Sul, com uma menor proporção de estabelecimentos na Classe D/E, está em um nível de estratificação de renda no campo mais evoluído quanto à média nacional, porém ainda há muito a progredir, especialmente sobre o fomento às classes rurais menos desenvolvidas. 6. Referências CNA, Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil. FGV, Fundação Getúlio Vargas. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Desta forma, com base nos dados relatados neste estudo fica evidente a necessidade de formulação de políticas mais focadas nas diferentes classes de renda rural, e com menor viés em produtos. Neste contexto, conhecer a estratificação da renda no campo é de suma importância para o direcionamento de ações mais eficazes e abrangentes, que contribua para o desenvolvimento do setor rural como um todo. Artigo Técnico 03 FAMASUL Federação da Agricultura e Pecuária de MS Endereço: Rua Marcino dos Santos, 401, Bairro Cachoeirinha II, CEP 79040-902 Campo Grande-MS Fone: (067) 3320-9700 Fax: (067) 3320-9777 E-mail: famasul@famasul.com.br Expediente Presidente Eduardo Correa Riedel Diretora Tesoureira Maria Lizete Barreto de M. Brito Superintendente Rogério Beretta Coordenadora da Unidade Técnica Econômica (UNITEC) Adriana Mascarenhas (2012) Versão Eletrônica