DIRETRIZES CURRICULARES DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA DA UFMG

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Transcrição:

DIRETRIZES CURRICULARES DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA DA UFMG DIRETRIZES CURRICULARES DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA DA UFMG Descrição comparativa com as Diretrizes Nacionais Curriculares do Curso de Graduação em Medicina, Resolução CNE/CES Nº4 DE 7 DE Novembro de 2001. Concepção do Curso: introdução contendo os princípios e premissas utilizadas, retiradas de documentos oficiais diversos. Orientações para leitura: Dentro dos quadros: Diretrizes Nacionais Curriculares documento original Texto: Proposta Diretrizes Curriculares FM/UFMG para avaliação pelo Colegiado. NEGRITO: sugestões acrescentadas às Diretrizes Nacionais Curriculares. ITÁLICO E SUBLINHADO: sugestões de forma. Concepção do Curso A formação médica tem como pilares a qualificação científica, a excelência técnica e o comprometimento social fundamentados nos preceitos da ética [CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, MS, MEC]. Na UFMG, desde 1975, a política e o planejamento da formação de médicos têm como referência a integração do processo de aprendizagem com o Sistema de Atenção Médica, tomando a nosologia prevalente, as necessidades de saúde da população e a própria estrutura dos serviços de saúde como objeto, para a abordagem integral do processo saúde-doença, com integração ensino-serviço, e conseqüente inserção dos estudantes de medicina no cenário real de práticas que é a Rede SUS, especialmente na atenção básica. Nesse sentido, desloca o eixo da formação centrado na assistência individual prestada em unidades hospitalares para a integralidade da atenção que leva em consideração as dimensões sociais, econômicas e culturais e instrumentaliza os profissionais para o enfrentamento de os problemas do binômio saúde-doença da população na esfera individual e coletiva. A organização do curso médico da UFMG se fundamenta na proposta de formação por competência, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais aprovadas pelo MEC, em 2001 e os princípios de Flexibilização Curricular, conforme disposto no PPI - Projeto Pedagógico

Institucional aprovado em 2007, pelo CEPE- Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFMG. A formação por competência trabalha com o desenvolvimento de atributos ( conhecimentos, habilidades e atitudes) que, combinados, conformam distintos modos de realizar, com sucesso, atividades essenciais e características da prática profissional médica. Os estudantes devem estar preparados para enfrentar situações profissionais rotineiras, mas também inusitadas [resolução CNE/CEB Nº 04/99]. Para essa abordagem, considerada holística, é fundamental a inserção e articulação com o mundo do trabalho, onde as práticas são desenvolvidas. A flexibilização preconiza a substituição de uma grade curricular rígida por uma estrutura em rede interconectada que possibilita ao aluno compor o seu percurso (curso) de modo a compatibilizar sua formação universitária com as suas potencialidades enquanto pessoa e cidadão Ensino, pesquisa e extensão devem de forma articulada proporcionar a formação consistente, do ponto de vista acadêmico e social, que cumpre esperar de instituição pública de ensino superior. A dinâmica das mudanças sociais, científicas e políticas exige uma postura aberta, receptiva e permanentemente crítica da Faculdade de Medicina, que deve centrar sua proposta no aluno, na saúde e na comunidade. O projeto pedagógico é construído incorporando as dimensões acadêmicas de política institucional e da sociedade no seu conjunto. O currículo traduz esse projeto nas práticas pedagógicas que desenvolve e o processo de avaliação deve assegurar a coerência entre o perfil profissional desejado e a concepção do curso, com avaliações de processo (formativas) e avaliações que certificam a qualidade da atuação dos estudantes, garantindo à sociedade que o formando do Curso Médico da UFMG é um profissional ético, socialmente responsável e competente para dar respostas adequadas às necessidades de saúde da população. Art. 1º A presente Resolução institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina, a serem observadas na organização curricular das Instituições do Sistema de Educação Superior do País. Art. 2º As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino de Graduação em Medicina definem os princípios, fundamentos, condições e procedimentos da formação de médicos,

estabelecidas pela Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, para aplicação em âmbito nacional na organização, desenvolvimento e avaliação dos projetos pedagógicos dos Cursos de Graduação em Medicina das Instituições do Sistema de Ensino Superior. 1. PERFIL DO FORMANDO EGRESSO/PROFISSIONAL Médico, com formação generalista, humanista, crítica, reflexiva. Profissional criativo, com domínio técnico, autonomia intelectual, capacidade de comunicação e expressão, contributivo em trabalhos de equipe. Capacitado a atuar, pautado em princípios éticos, no processo de saúde-doença em seus diferentes níveis de atenção, com ênfase na atenção primária e integralidade da assistência, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação à saúde, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania. Habilitado a aprender a aprender como um processo de apropriação do conhecimento e elaboração ativa do próprio aprendizado. DCN MEC, 2001- PERFIL DO FORMANDO EGRESSO/PROFISSIONAL Art. 3º O Curso de Graduação em Medicina tem como perfil do formando egresso/profissional o médico, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitado a atuar, pautado em princípios éticos, no processo de saúde-doença em seus diferentes níveis de atenção, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação à saúde, na perspectiva da integralidade da assistência, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, como promotor da saúde integral do ser humano. Art. 4º A formação do médico tem por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades gerais: 2. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES Competências Gerais: I - Atenção à saúde: os profissionais de saúde, dentro de seu âmbito profissional, devem estar aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde, tanto em nível individual quanto coletivo, em todas as fases do ciclo de vida. Cada profissional deve assegurar que sua prática seja realizada de forma integrada e contínua com as demais instâncias do sistema de saúde, sendo capaz de pensar criticamente, de analisar os problemas da sociedade e de procurar soluções para os mesmos. Os profissionais devem realizar seus serviços dentro dos mais altos padrões de qualidade e dos

princípios da ética/bioética, tendo em conta que a responsabilidade da atenção à saúde não se encerra com o ato técnico, mas sim, com a resolução do problema de saúde, tanto em nível individual como coletivo; I - Atenção à saúde: os profissionais de saúde, dentro de seu âmbito profissional, devem estar aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde, tanto em nível individual quanto coletivo. Cada profissional deve assegurar que sua prática seja realizada de forma integrada e contínua com as demais instâncias do sistema de saúde, sendo capaz de pensar criticamente, de analisar os problemas da sociedade e de procurar soluções para os mesmos. Os profissionais devem realizar seus serviços dentro dos mais altos padrões de qualidade e dos princípios da ética/bioética, tendo em conta que a responsabilidade da atenção à saúde não se encerra com o ato técnico, mas sim, com a resolução do problema de saúde, tanto em nível individual como coletivo; II - Tomada de decisões: o trabalho dos profissionais de saúde deve estar fundamentado na capacidade de tomar decisões visando o uso apropriado, eficácia e custo-efetividade, da força de trabalho, de medicamentos, de equipamentos, de procedimentos e de práticas, na busca de maior eficácia e melhor custo-efetividade das ações. Para este fim, os mesmos devem possuir competências e habilidades para avaliar, sistematizar e decidir as condutas mais adequadas, baseadas em evidências científicas; II - Tomada de decisões: o trabalho dos profissionais de saúde deve estar fundamentado na capacidade de tomar decisões visando o uso apropriado, eficácia e custo-efetividade, da força de trabalho, de medicamentos, de equipamentos, de procedimentos e de práticas. Para este fim, os mesmos devem possuir competências e habilidades para avaliar, sistematizar e decidir as condutas mais adequadas, baseadas em evidências científicas; III - Comunicação: os profissionais de saúde devem ser acessíveis e devem manter a confidencialidade das informações a eles confiadas, na interação com outros profissionais de saúde e o público em geral. A comunicação envolve comunicação verbal, não-verbal e habilidades de escrita e leitura; o domínio de, pelo menos, uma língua estrangeira e de tecnologias de comunicação e informação; IV - Liderança: no trabalho em equipe multiprofissional, os profissionais de saúde deverão estar aptos a assumir posições de liderança, sempre tendo em vista o bem-estar da comunidade. A liderança envolve compromisso, responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de decisões, comunicação e gerenciamento de forma efetiva e eficaz;

V - Administração e gerenciamento: os profissionais devem estar aptos a tomar iniciativa, fazer o gerenciamento e administração tanto da força de trabalho, dos recursos físicos e materiais e de informação, da mesma forma que devem estar aptos a ser empreendedores, gestores, empregadores ou lideranças na equipe de saúde; VI - Educação permanente: os profissionais devem ser capazes de aprender continuamente, tanto na durante a sua formação, quanto durante a sua atividade profissional. na sua prática. Desta forma, os profissionais de saúde devem aprender a aprender. Devem ainda e ter responsabilidade e compromisso com a sua educação e o treinamento/estágios das futuras gerações de profissionais, mas proporcionando condições para que haja benefício mútuo entre os futuros profissionais e os profissionais dos serviços, inclusive estimulando e desenvolvendo a mobilidade acadêmico/profissional, a formação e a cooperação através de redes nacionais e internacionais. VI - Educação permanente: os profissionais devem ser capazes de aprender continuamente, tanto na sua formação, quanto na sua prática. Desta forma, os profissionais de saúde devem aprender a aprender e ter responsabilidade e compromisso com a sua educação e o treinamento/estágios das futuras gerações de profissionais, mas proporcionando condições para que haja benefício mútuo entre os futuros profissionais e os profissionais dos serviços, inclusive estimulando e desenvolvendo a mobilidade acadêmico/profissional, a formação e a cooperação através de redes nacionais e internacionais. 2. 1 CONHECIMENTO, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES ESPECÍFICAS: Promover estilos de vida saudáveis, conciliando as necessidades tanto dos seus clientes/pacientes quanto às de sua comunidade, atuando como agente de transformação social;[art 5, I] Cuidar da própria saúde física e mental e buscar seu bem-estar como cidadão e como médico; ;[Art 5, XVIII] Atuar nos diferentes níveis de atendimento à saúde, com ênfase nos atendimentos primário e secundário; [Art 5, II] Comunicar-se adequadamente com os colegas de trabalho, os pacientes e seus familiares, [Art 5, III]com a possibilidade de construir vínculos duradouros, aumentando a qualidade de suas relações inter-pessoais; Informar e educar seus pacientes, familiares e comunidade em relação à promoção da saúde, prevenção, tratamento e reabilitação das doenças, utilizando técnica adequada de comunicação e de expressão; [Art 5, IV]

Realizar com proficiência a anamnese e a conseqüente construção da história clínica, bem como dominar a arte e a técnica do exame físico; [Art 5, V] Dominar os conhecimentos científicos básicos da natureza bio-psico-socio-ambiental subjacentes à prática médica e ter raciocínio crítico na interpretação dos dados, na identificação da natureza dos problemas da prática médica e na sua resolução; [Art 5, VI] Utilizar adequadamente recursos semiológicos e terapêuticos, validados cientificamente, contemporâneos, hierarquizados para atenção integral à saúde, no primeiro, segundo e terceiro níveis de atenção; ; [Art 5, XI] Otimizar o uso de recursos propedêuticos, valorizando o método clínico em todos os seus aspectos; ; [Art 5, IX] Valorizar o método epidemiológico e clínico em todos seus aspectos para reconhecer os principais agravos da saúde do ser humano, tendo como critérios a prevalência e o potencial de risco e vulnerabilidades decorrentes de características herdadas, da interação com os elementos físicos e biológicos do meio ambiente, circunstâncias e estilos de vida; Diagnosticar e tratar corretamente as principais doenças do ser humano em todas as fases do ciclo biológico, tendo como critérios a prevalência e o potencial mórbito das doenças, bem como a eficácia da ação médica; [Art 5, VII] Conhecer os princípios da metodologia científica, possibilitando-lhe a leitura crítica de artigos técnicos-científicos e a participação na produção de conhecimentos; ; [Art 5, XV] Exercer a medicina utilizando criteriosamente procedimentos diagnósticos - semiológicos e propedêuticos diretos e indiretos - e terapêuticos com base em evidências científicas; [Art 5, X] Realizar procedimentos clínicos e cirúrgicos indispensáveis para o atendimento ambulatorial e para o atendimento inicial das urgências e emergências em todas as fases do ciclo biológico; [Art 5, XIV] Identificar, iniciar e conduzir o atendimento das situações clínicas, eletivas ou de urgência e emergência, que impliquem em internação hospitalar; Reconhecer limitações e encaminhar adequadamente pacientes com problemas que estejam fora do alcance da formação geral; [Art 5, VIII] Reconhecer a saúde como direito e atuar de forma a garantir a integralidade da assistência entendida como conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; ; [Art 5, XII] Atuar na proteção e na promoção da saúde e na prevenção de doenças, bem como no tratamento e reabilitação dos problemas de saúde e acompanhamento do processo de morte; [Art 5, XIII]

Atuar no sistema hierarquizado de saúde, obedecendo aos princípios técnicos e éticos de referência e contra-referência; [Art 5, XVII] Considerar a relação custo-benefício nas decisões médicas, levando em conta as reais necessidades da população; [Art 5, XIX] Ter visão do papel social do médico e disposição para atuar em atividades de política e de planejamento e gestão em saúde; [Art 5,XX] Atuar em equipe multiprofissional; ; [Art 5, XXI] Estabelecer, acompanhar e executar programas, projetos, protocolos e atividades de alcance comunitário, no âmbito da Atenção Primária e Secundária à Saúde; Manter-se atualizado com a legislação pertinente à saúde; [Art 5, XXI] Lidar criticamente com a dinâmica do mercado de trabalho e com as políticas de saúde; [Art 5, XVI] Com base nestas competências, a formação do Médico deverá contemplar o sistema de saúde vigente no país, a atenção integral da saúde num sistema regionalizado e hierarquizado de referência e contra-referência e o trabalho em equipe; [Parágrafo único] Art. 5º A formação do médico tem por objetivo dotar o profissional dos conhe cimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades específicas: I promover estilos de vida saudáveis, conciliando as necessidades tanto dos seus clientes/pacientes quanto às de sua comunidade, atuando como agente de transformação social; II - atuar nos diferentes níveis de atendimento à saúde, com ênfase nos atendimentos primário e secundário; III - comunicar-se adequadamente com os colegas de trabalho, os pacientes e seus familiares; IV - informar e educar seus pacientes, familiares e comunidade em relação à promoção da saúde, prevenção, tratamento e reabilitação das doenças, usando técnicas apropriadas de comunicação; V - realizar com proficiência a anamnese e a conseqüente construção da história clínica, bem como dominar a arte e a técnica do exame físico; VI - dominar os conhecimentos científicos básicos da natureza biopsicosocio-ambiental subjacentes à prática médica e ter raciocínio crítico na interpretação dos dados, na identificação da natureza dos problemas da prática médica e na sua resolução; VII - diagnosticar e tratar corretamente as principais doenças do ser humano em todas as fases do ciclo biológico, tendo como critérios a prevalência e o potencial mórbido das doenças, bem como a eficácia da ação médica; VIII - reconhecer suas limitações e encaminhar, adequadamente, pacientes portadores de problemas que fujam ao alcance da sua formação geral; IX - otimizar o uso dos recursos propedêuticos, valorizando o método clínico em todos seus aspectos; X - exercer a medicina utilizando procedimentos diagnósticos e terapêuticos com base em evidências científicas;

XI - utilizar adequadamente recursos semiológicos e terapêuticos, validados cientificamente, contemporâneos, hierarquizados para atenção integral à saúde, no primeiro, segundo e terceiro níveis de atenção; XII - reconhecer a saúde como direito e atuar de forma a garantir a integralidade da assistência entendida como conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; XIII - atuar na proteção e na promoção da saúde e na prevenção de doenças, bem como no tratamento e reabilitação dos problemas de saúde e acompanhamento do processo de morte; XIV - realizar procedimentos clínicos e cirúrgicos indispensáveis para o atendimento ambulatorial e para o atendimento inicial das urgências e emergências em todas as fases do ciclo biológico; XV - conhecer os princípios da metodologia científica, possibilitando-lhe a leitura crítica de artigos técnico-científicos e a participação na produção de conhecimentos; XVI - lidar criticamente com a dinâmica do mercado de trabalho e com as políticas de saúde; XVII - atuar no sistema hierarquizado de saúde, obedecendo aos princípios técnicos e éticos de referência e contra-referência; XVIII - cuidar da própria saúde física e mental e buscar seu bem-estar como cidadão e como médico; XIX - considerar a relação custo-benefício nas decisões médicas, levando em conta as reais necessidades da população; XX - ter visão do papel social do médico e disposição para atuar em atividades de política e de planejamento em saúde; XXI - atuar em equipe multiprofissional; e XXII - manter-se atualizado com a legislação pertinente à saúde. Parágrafo Único. Com base nestas competências, a formação do médico deverá contemplar o sistema de saúde vigente no país, a atenção integral da saúde num sistema regionalizado e hierarquizado de referência e contra-referência e o trabalho em equipe. 3. CONTEÚDOS CURRICULARES Os conteúdos essenciais para o Curso de Graduação em Medicina devem estar relacionados com todo o processo saúde-doença do cidadão, da família e da comunidade, integrado à realidade epidemiológica e profissional, proporcionando a integralidade das ações do cuidar em medicina. Devem contemplar: I - Conhecimento das bases moleculares e celulares dos processos normais e alterados, dos mecanismos de insulto pelos diferentes agressores ambientais;da estrutura e função dos tecidos, órgãos, sistemas e aparelhos, aplicando-o aos problemas de sua prática e na forma como o médico o utiliza; [Art 6, I] II - Compreensão e domínio da propedêutica médica capacidade de realizar história clínica, exame físico, conhecimento fisiopatológico dos sinais e sintomas, capacidade reflexiva e compreensão ética, psicológica e humanística da relação médico-paciente; [Art 6, IV]

III - Compreensão dos determinantes sociais, culturais, comportamentais, psicológicos, biológicos, ecológicos, éticos e legais, nos níveis individual e coletivo, do processo saúdedoença; ; [Art 6, II] IV - Abordagem do processo saúde-doença do indivíduo e da população, em seus múltiplos aspectos de determinação, ocorrência e intervenção; [Art 6, III] V - Diagnóstico, prognóstico, conduta terapêutica e de reabilitação nas doenças que acometem o ser humano em todas as fases do ciclo biológico, considerando-se os critérios da prevalência, letalidade, potencial de prevenção e importância pedagógica, [Art 6, V] Manejo racional de procedimentos diagnósticos e terapêuticos levando em consideração evidências científicas atualizadas VI - Proteção e promoção da saúde e compreensão dos processos fisiológicos dos seres humanos gestação, nascimento, crescimento e desenvolvimento, envelhecimento e do processo de morte; atividades físicas, desportivas e as relacionadas ao meio social e ambiental. ; [Art 6, VI] Art. 6º Os conteúdos essenciais para o Curso de Graduação em Medicina devem estar relacionados com todo o processo saúde-doença do cidadão, da família e da comunidade, integrado à realidade epidemiológica e profissional, proporcionando a integralidade das ações do cuidar em medicina. Devem contemplar: I - conhecimento das bases moleculares e celulares dos processos normais e alterados, da estrutura e função dos tecidos, órgãos, sistemas e aparelhos, aplicados aos problemas de sua prática e na forma como o médico o utiliza; II - compreensão dos determinantes sociais, culturais, comportamentais, psicológicos, ecológicos, éticos e legais, nos níveis individual e coletivo, do processo saúde-doença; III - abordagem do processo saúde-doença do indivíduo e da população, em seus múltiplos aspectos de determinação, ocorrência e intervenção; IV - compreensão e domínio da propedêutica médica capacidade de realizar história clínica, exame físico, conhecimento fisiopatológico dos sinais e sintomas; capacidade reflexiva e compreensão ética, psicológica e humanística da relação médico-paciente; V - diagnóstico, prognóstico e conduta terapêutica nas doenças que acometem o ser humano em todas as fases do ciclo biológico, considerando-se os critérios da prevalência, letalidade, potencial de prevenção e importância pedagógica; e VI - promoção da saúde e compreensão dos processos fisiológicos dos seres humanos gestação, nascimento, crescimento e desenvolvimento, envelhecimento e do processo de morte, atividades físicas, desportivas e as relacionadas ao meio social e ambiental. 4. ESTRUTURA DO CURSO

O projeto pedagógico do Curso de Graduação em Medicina da UFMG busca a formação integral e adequada do estudante através da utilização de metodologias ativas de aprendizagem e articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão/assistência [Art 12, II]. Tem como eixo do desenvolvimento curricular as necessidades de saúde dos indivíduos e das populações referidas pelo usuário e identificadas pelo setor saúde [Art 12, I], promovendo a integração das dimensões biológicas, psicológicas, sociais, ambientais, éticas e humanísticas e a interdisciplinaridade [Art 12, II, III, IV]; Art. 9º O Curso de Graduação em Medicina deve ter um projeto pedagógico, construído coletivamente, centrado no aluno como sujeito da aprendizagem e apoiado no professor como facilitador e mediador do processo ensino-aprendizagem. Este projeto pedagógico deverá buscar a formação integral e adequada do estudante por meio de uma articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão/assistência. Ao deslocar o eixo central do ensino médico da idéia exclusiva da enfermidade, incorporando noção integralizadora do processo saúde/doença e da promoção da saúde, com ênfase na Atenção Primária, propicia a ampliação dos cenários e da duração da prática educacional na rede de serviços de saúde, orienta o princípio pedagógico do aprender fazendo, que aponta a resolução de situações reais e a compreensão e enfrentamento das necessidades de saúde da população como estratégia da formação, além de favorecer a autonomia dos estudantes, visando prepará-los para a auto-educação permanente num mundo de constante renovação da ciência, Atividades práticas desde o início do curso [Art 12, V] desenvolvidas em diferentes cenários do sistema de saúde [Art 12, VI] permitem ao aluno lidar com problemas reais, assumindo responsabilidades crescentes como agente prestador de cuidados e atenção, compatíveis com seu grau de autonomia, além de propiciar a interação ativa do aluno com usuários e profissionais de saúde [Art 12, VII] possibilitando a vinculação, através da integração ensino-serviço, da formação médico-acadêmica às necessidades sociais da saúde, com ênfase no SUS, [Art 12, VIII] conhecendo e vivenciando situações variadas de vida, da organização da prática e do trabalho em equipe multiprofissional [Art 12, VI]; Art. 12. A estrutura do Curso de Graduação em Medicina deve: I - Ter como eixo do desenvolvimento curricular as necessidades de saúde dos indivíduos e das populações referidas pelo usuário e identificadas pelo setor saúde;

II - utilizar metodologias que privilegiem a participação ativa do aluno na construção do conhecimento e a integração entre os conteúdos, além de estimular a interação entre o ensino, a pesquisa e a extensão/assistência; III - incluir dimensões éticas e humanísticas, desenvolvendo no aluno atitudes e valores orientados para a cidadania; IV - promover a integração e a interdisciplinaridade em coerência com o eixo de desenvolvimento curricular, buscando integrar as dimensões biológicas, psicológicas, sociais e ambientais; V - inserir o aluno precocemente em atividades práticas relevantes para a sua futura vida profissional; VI - utilizar diferentes cenários de ensino-aprendizagem permitindo ao aluno conhecer e vivenciar situações variadas de vida, da organização da prática e do trabalho em equipe multiprofissional; VII - propiciar a interação ativa do aluno com usuários e profissionais de saúde desde o início de sua formação, proporcionando ao aluno lidar com problemas reais, assumindo responsabilidades crescentes como agente prestador de cuidados e atenção, compatíveis com seu grau de autonomia, que se consolida na graduação com o internato; e VIII - vincular, através da integração ensino-serviço, a formação médico-acadêmica às necessidades sociais da saúde, com ênfase no SUS. A organização do Curso de Graduação em Medicina é semestral [Art 11º], com terminalidade em 12 semestres letivos e sistema de créditos distribuídos em disciplinas, estágios e demais atividades como Iniciação ao Ensino, Iniciação Científica e Práticas de Extensão, sendo estas desenvolvidas durante todo o Curso de Graduação em Medicina. É do Colegiado de curso a responsabilidade de articular, estimular e orientar o estudante na integralização das atividades complementares geradoras de crédito, além de gerenciar o elenco de atividades de formação complementar e opção livre [Art 8º]. Art. 11. A organização do Curso de Graduação em Medicina deverá ser definida pelo respectivo colegiado do curso, que indicará a modalidade: seriada anual, seriada semestral, sistema de créditos ou modular. Art. 8º O projeto pedagógico do Curso de Graduação em Medicina deverá contemplar atividades complementares e as Instituições de Ensino Superior deverão criar mecanismos de aproveitamento de conhecimentos, adquiridos pelo estudante, mediante estudos e práticas independentes, presenciais e/ou a distância, a saber: monitorias e estágios; programas de iniciação científica; programas de extensão; estudos complementares e cursos realizados em outras áreas afins. Art. 10. As Diretrizes Curriculares e o Projeto Pedagógico devem orientar o Currículo do Curso de Graduação em Medicina para um perfil acadêmico e profissional do egresso. Este currículo deverá

contribuir, também, para a compreensão, interpretação, preservação, reforço, fomento e difusão das culturas nacionais e regionais, internacionais e históricas, em um contexto de pluralismo e diversidade cultural. 1 As diretrizes curriculares do Curso de Graduação em Medicina deverão contribuir para a inovação e a qualidade do projeto pedagógico do curso. 2 O Currículo do Curso de Graduação em Medicina poderá incluir aspectos complementares de perfil, habilidades, competências e conteúdos, de forma a considerar a inserção institucional do curso, a flexibilidade individual de estudos e os requerimentos, demandas e expectativas de desenvolvimento do setor saúde na região. 5. ESTÁGIOS E ATIVIDADES COMPLEMENTARES A formação do médico incluirá, como etapa integrante da graduação, estágio curricular obrigatório de treinamento, em regime de internato, em serviços próprios ou conveniados, sob supervisão direta dos docentes da própria Faculdade [Art 7 ]. A carga horária mínima do estágio curricular deverá atingir 35%, com base no Parecer/Resolução específico da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação. [Art 7 ] O estágio curricular obrigatório de treinamento em serviço incluirá necessariamente aspectos essenciais nas áreas de Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia-Obstetrícia, Pediatria e Saúde Coletiva, Urgência e Traumatologia devendo incluir atividades no primeiro, segundo e terceiro níveis de atenção em cada área. Essas atividades devem ser eminentemente práticas e sua carga horária teórica não poderá ser superior a 20% (vinte por cento) do total por estágio. [Art 7, 1 ] O Colegiado do Curso de Graduação em Medicina poderá autorizar, no máximo, 25% da carga horária total estabelecida para este estágio, a realização de treinamento supervisionado fora da unidade federativa, preferencialmente nos serviços do Sistema Único de Saúde, bem como em Instituição conveniada que mantenha programas de Residência credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica e/ou outros programas de qualidade equivalente em nível internacional. [Art 7, 2 ] Art. 7º A formação do médico incluirá, como etapa integrante da graduação, estágio curricular obrigatório de treinamento em serviço, em regime de internato, em serviços próprios ou conveniados, e sob supervisão direta dos docentes da própria Escola/Faculdade. A carga horária mínima do estágio curricular deverá atingir 35% (trinta e cinco por cento) da carga horária total do Curso de Graduação em Medicina proposto, com base no Parecer/Resolução específico da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação. 1º O estágio curricular obrigatório de treinamento em serviço incluirá necessariamente aspectos essenciais nas áreas de Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia-Obstetrícia, Pediatria e Saúde

Coletiva, devendo incluir atividades no primeiro, segundo e terceiro níveis de atenção em cada área. Estas atividades devem ser eminentemente práticas e sua carga horária teórica não poderá ser superior a 20% (vinte por cento) do total por estágio. 2º O Colegiado do Curso de Graduação em Medicina poderá autorizar, no máximo 25% (vinte e cinco por cento) da carga horária total estabelecida para este estágio, a realização de treinamento supervisionado fora da unidade federativa, preferencialmente nos serviços do Sistema Único de Saúde, bem como em Instituição conveniada que mantenha programas de Residência credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica e/ou outros programas de qualidade equivalente em nível internacional. O currículo do Curso Médico da UFMG inclui três dimensões Formação Específica, Formação Complementar e Opção Livre - que orientam para o perfil acadêmico e profissional do egresso, contribuindo para a compreensão, interpretação, preservação, reforço, fomento e difusão das culturas nacionais e regionais, internacionais e históricas, em um contexto de pluralismo e diversidade cultural. [Art 10º] I - Formação específica: Refere-se aos saberes próprios do curso contemplando a aquisição dos conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para o desenvolvimento das competências esperadas para a atuação profissional do médico. O núcleo específico deve constituir a essência do saber característico de uma área de atuação profissional, incluindo não somente o domínio típico do curso, mas também o de campos de saber próximos. A organização do núcleo específico, com as atividades acadêmicas curriculares obrigatórias e optativas do curso estão distribuídas nos seguintes módulos préclínico, clínico ambulatorial e Internatos II Formação Complementar Refere-se ao conjunto de atividades acadêmicas que propiciem ao aluno a aquisição de competências em áreas de conhecimento conexas à de sua formação específica e incluem Disciplinas optativas e outras Atividades curriculares geradoras de crédito de outra unidade / instituição. [Art 10º, 2 ] III Formação Livre Refere-se às atividades acadêmicas desenvolvidas com base nos interesses individuais do estudante. A formação livre possibilita ao aluno ampliar sua formação

em qualquer campo do conhecimento com base estrita no seu interesse individual. Nessa alternativa, o aluno é estimulado a buscar o conhecimento em áreas do saber, sem nenhuma conexão aparente com a linha básica de atuação do curso. Todas essas atividades acadêmicas curriculares devem ser distribuídas ao longo de doze períodos letivos e devem garantir a terminalidade da formação permitindo ao estudante atingir conhecimentos, habilidades e atitudes essenciais para atuar com competência técnica e relevância social. 6. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO As avaliações dos alunos deverão basear-se nas competências, habilidades e conteúdos curriculares desenvolvidos tendo como referência as Diretrizes Curriculares. A avaliação deve contribuir para o crescimento pessoal e profissional do aluno, bem como para o aprimoramento do próprio processo educacional. Na educação médica, as competências envolvem quase sempre conhecimentos e habilidades complexas, com inter-relações entre si. Portanto, a avaliação deve incluir uma diversidade de instrumentos, todos relacionados com a concepção do currículo. A avaliação entendida como um poderoso determinante de como os alunos estudam e aprendem deve contemplar a dimensão formativa, realizada regular e periodicamente, ao longo do processo educacional, para obter dados sobre o progresso conseguido e, deste modo, efetivar a correção de fragilidades observadas ou reforçar as conquistas realizadas. Usada como recurso de ensino, resulta em aprimoramento da educação do estudante, e não um fim em si mesmo. Este mecanismo de avaliação possibilita também, que o professor possa reformular, em tempo hábil, suas estratégias pedagógicas. A avaliação somativa deve avaliar as competências clínicas, psicomotoras e procedimentos, habilidades de comunicação, de manejo da informação, da capacidade de decisão e de julgamento, e a observação de atitudes éticas, amparadas pelos aspectos legais da profissão. Cabe à Instituição a certificação da competência profissional, que deve ser feita em avaliações somativas integradas, em períodos pré-determinados, levando em conta as competências esperadas até determinada fase e indispensáveis à etapa seguinte, que definam um desempenho competente e a atuação médica de qualidade.

O acompanhamento e avaliação do projeto pedagógico do Curso será feito permanentemente pelo Colegiado do Curso de Medicina na busca de problemas e implementação de os ajustes necessários para garantir a qualidade da formação solução para problemas detectados. As Comissões de Coordenação Didática (CCDs) dos departamentos atuarão como parceiras no processo de institucionalização de procedimentos regulares de auto-avaliação do curso, com coordenação geral do Colegiado do Curso, responsável pela incorporação dos resultados no planejamento de ações de melhoria do curso ( ref Modelo de Projeto pedagógico da UFMG ). O Curso de Graduação em Medicina deverá utilizar metodologias e critérios para acompanhamento e avaliação do processo ensino-aprendizagem e do próprio curso. Art. 13. A implantação e desenvolvimento das diretrizes curriculares devem orientar e propiciar concepções curriculares ao Curso de Graduação em Medicina que deverão ser acompanhadas e permanentemente avaliadas, a fim de permitir os ajustes que se fizerem necessários ao seu aperfeiçoamento. 1º As avaliações dos alunos deverão basear-se nas competências, habilidades e conteúdos curriculares desenvolvidos, tendo como referência as Diretrizes Curriculares. 2º O Curso de Graduação em Medicina deverá utilizar metodologias e critérios para acompanhamento e avaliação do processo ensino-aprendizagem e do próprio curso, em consonância com o sistema de avaliação e a dinâmica curricular definidos pela IES à qual pertence. DOCUMENTOS REFERENCIADOS : 1. Estatuto da UFMG 2. Regimento da Faculdade de Medicina da UFMG 3. PPI Proposta Pedagógica Institucional UFMG 4. PPC Projeto Pedagógico de Curso UFMG 5. Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei N 9.394 de 20/12/1996 6. Reforma curricular do Curso de Medicina da UFMG 1974, referendada em 1993 e encaminhada para o MEC e 1998 7. Resolução complementar N 01/98 do CEPE e anexo de 10/12/1998 8. Avaliação externa da Faculdade de Medicina MEC 1999 9. Avaliação interna da Faculdade de Medicina MEC 1999 10. Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em medicina 2001 11. Diretrizes da Flexibilização Curricular Documento CEPE de 19/04/2001

12. Diretrizes Curriculares do Curso Medicina da FM-UFMG - Proposta do Recriar PROMED 13. PROMED - Uma Nova Escola Médica para um Novo Sistema de Saúde 2002 14. PRÓ-SAÚDE - Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde 2005 15. Oficinas do RECRIAR 16. VII Seminário de Educação Médica - 1999 17. Avaliação integrada: uma proposta para o curso de graduação em medicina da FM/UFMG Comissão de Avaliação Nov/2006