CP 1 Formador Vitor Dourado

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Transcrição:

CP 1 Formador Vitor Dourado Trabalho realizado por Fátima Encarnação Página 1

Introdução Neste módulo de formação base (CP 5) o formador Vitor Dourado propôsme a realização de um trabalho onde abordasse a Organização do Estado Democrático. Neste trabalho vou mencionar vários problemas que o nosso país foi atravessando ao longo dos últimos anos e as soluções que os principais membros superiores encontraram para sair deles. Faço referência a cada um deles e à sua evolução que o nosso país teve até chegar aos dias de hoje. Falo ainda da maneira como está constituído o poder local actualmente no nosso país. Através das Câmaras Municipais, das Assembleias Municipais e das Assembleias de Freguesias. Os principais temas abordados no meu trabalho são: A constituição de 1911; O Salazarismo ou estado novo; A constituição de 1979 e O poder local actualmente e a sua evolução Vejamos então por o que passou Portugal até aos dias de hoje!!! Trabalho realizado por Fátima Encarnação Página 2

0rganização do estado democrático Revolução republicana A crise política e o descontentamento geral foram-se agravando. O rei era acusado de passar mais tempo a distrair-se do que à frente da governação do país. Em 1908 deu-se o regicídio: o rei D Carlos e o príncipe herdeiro, D Luís Filipe, foram assassinados em Lisboa. Caminhava-mos a passos largos para a queda monarquia. D Manuel segundo sucedeu no trono e, apesar de mais liberal, não conseguiu impedir o crescimento do republicanismo. No dia 5 de Outubro de 1910, a revolução republicana triunfou, sobretudo, pela acção de militares de baixa patente como sargentos, alferes e civis das classes médias, seguindo-se a implantação da república no resto do país sem oposição. Os dirigentes do Partido Republicano tomaram conta da governação do país através da formação de um Governo Provisório presidido por Teófilo Braga. O governo provisório foi aprovado a 21 de Agosto de 1911 pela assembleia nacional contribuinte. A assembleia nacional constituinte foi eleita por sufrágio directo que se reuniu pela primeira vez a 11 de Junho de 1911, sentiu necessidade de produzir um novo texto constitucional Trabalho realizado por Fátima Encarnação Página 3

Constituição de 1911 Dele faziam parte várias leis, destacando-se as seguintes: Leis da família, que tornaram mais igualitários os direito dos homens e das mulheres no casamento; instituíram o divórcio o reconhecimento do casamento civil como sendo o único válido; Lei da separação do estado da igreja através da proibição do ensino religioso nas escolas; expulsão das ordens religiosas e nacionalização das propriedades da igreja; Lei da greve, que regulamentava o direito à greve; Lei do inquilinato Foi também nesta altura que houve várias alterações no ensino: Escolaridade obrigatória dos 7 aos 12 anos Reforma ortográfica: para diminuir o analfabetismo e simplificar a escrita; Fundação das universidades do Porto e Lisboa e várias escolas técnicas Os republicanos também procederam à substituição dos símbolos da Monarquia, instituindo uma nova bandeira, a bandeira da Republica; um novo hino nacional, A Portuguesa e uma nova moeda, o escudo. A constituição de 1911 estabelecia a seguinte distribuição dos poderes políticos: Poder legislativo exercido pelo congresso da Republica (parlamento). Poder executivo exercido pelo Presidente da Republica e governo. Trabalho realizado por Fátima Encarnação Página 4

Poder judicial - exercido pelo supremo tribunal de justiça e pelos tribunais. A instabilidade política foi uma constante durante a primeira Republica. As frágeis coligações, as divisões políticas, as dificuldades de obtenção de maiorias parlamentares contribuíram para caracterizar os problemas governativos do regime. A queda de governos era sistemática e, durante os 16 anos da primeira Republica houve 45 governos. Os problemas económicos e a contestação de sectores sociais e profissionais agravaram a situação. SALAZARISMO OU ESTADO NOVO: 1933 Com a eleição de Carmona para Presidente da Republica (1928) surgiu António de Oliveira Salazar como ministro das finanças que em 1932 face às medidas instaladas foi convidado para chefiar o governo. No ano seguinte uma nova constituição lançava as bases para um novo regime republicano, o ESTADO NOVO mais conhecido por SALAZARISMO. Afinal, tratava-se de reformar um regime que nunca conseguiu resolver os velhos problemas herdados do tempo da Monarquia liberal. Apesar de a nova constituição salvaguardar os direitos e as liberdades individuais anulados ou restringidos por leis.com isso desapareceu a liberdade de expressão de reunião e o direito à greve. Também se limitou a acção de alguns órgãos do poder. Por exemplo, a Assembleia Nacional apenas aprovava as leis apresentadas pelo Governo e o desrespeitando a constituição e concentrando todos os poderes em si. Trabalho realizado por Fátima Encarnação Página 5

Nesse sentido o estado novo publicou o Estatuto do Trabalho Nacional que pôs fim aos sindicatos livres e às greves e criou as corporações. Estas abrangiam todas as corporativos destacaram-se os seguintes: sindicatos nacionais, grémios, casas do povo, técnicas. O estado novo desenvolveu uma política económica proteccionista, pretendendo reduzir as importações e aumentar a produção do País. Também investiu na construção de obras públicas tendo em vista o desenvolvimento económico do País. As colónias também assumiram grande importância para o Estado Novo, quer a nível politico ou económico porque: Constituíam um instrumento essencial da afirmação nacionalista, uma vez que demonstravam a grandeza da pátria portuguesa; Permitiam o acesso a matérias-primas baratas para a indústria; Funcionavam como mercados para escoar a produção agrícola e industrial da Metrópole. Em 1930, Salazar, na altura também Ministro das Colónias, publicou o Acto Colonial, onde definiu as formas de relacionamento entre a Metrópole e as colónias, e reafirmou as ideias imperialistas. Este documento afirmava que as colónias faziam parte integrante da nação portuguesa, competindo a Portugal defender, civilizar e colonizar os territórios do Império Colonial Português. OS PRINCIPIOS DO ESTADO NOVO: O estado novo era um regime ditatorial que se assemelhava ao fascismo italiano. Assumiu-se como um estado forte, pondo em prática os seguintes princípios: Trabalho realizado por Fátima Encarnação Página 6

Culto do chefe, através da propaganda oficial que converteu Salazar em o salvador da Pátria; Repressão através da polícia política (PVDE policia de vigilância e defesa do estado, mais tarde denominada PIDE - policia internacional de defesa do estado) que perseguia, torturava e em alguns casos até matava os opositores políticos e da censura dos meios de comunicação social. Criação da mocidade portuguesa, de inscrição obrigatória para jovens dos 7 aos 14 anos, para desenvolverem a devoção à Pátria; e da legião Portuguesa, organização paramilitar destinada à defesa do regime e luta contra o comunismo; Nacionalismo, pela exaltação da Pátria, nomeadamente na comemoração de datas históricas da nação; Defesa de valores tradicionais, Deus, Pátria, família, com o fim de formar uma sociedade segundo essa trilogia. O poder politico na constituição de 1933 estava organizada da seguinte forma: Poder legislativo constituído pela assembleia Nacional Era eleita por 4 anos e formada por 90 deputados. Esta recebia pareceres da Câmara Corporativa formada pelo Órgão consultivo que por sua vez era eleito pelas Corporações de autarquias locais. Poder executivo Era presidido pelo Presidente da Republica e eleito por 4 anos. Nomeia o Presidente do Conselho e os Ministros Poder judicial Formado pelos tribunais. O poder legislativo e o poder executivo eram eleitos pelos eleitores por meio de sufrágio universal com restrição. Trabalho realizado por Fátima Encarnação Página 7

Estado Democrático - constituição de 1976 O descontentamento relativo ao Estado Novo e o desconforto causado pela Guerra do Ultramar provocam uma revolução, chefiada pelo Movimento das Forças Armadas. Com a revolução do 25 de Abril surgiu também a independência das colónias. A revolução do 25 de Abril pôs fim à ditadura e instituiu a democracia em Portugal. O desmantelamento do antigo regime iniciou-se no próprio dia 25 de Abril. O Presidente da Republica, Américo Tomás, o Primeiro-ministro, Marcelo Caetano, e vários ministros foram presos, e mais tarde exilados. O movimento das forças Armadas nomeou uma Junta de Salvação Nacional a quem foram entregues provisoriamente, os poderes do Estado. A JSN tomou algumas medidas imediatas de acordo com o programa do MFA: extinção da policia politica, abolição de censura, libertação de todos os presos políticos e permissão do regresso dos exilados; autorização de partidos políticos e de sindicatos livres. Foi também nesta altura, e com a nomeação de um governo provisório, que procederam à descolonização das colónias portuguesas. Foi-lhes dado o direito à autodeterminação e independência Para além, disso foi preciso mudar as instituições e elaborar uma nova constituição que garantiu a todos os cidadãos o direito de elegerem o Presidente da Republica e os deputados à Assembleia da Republica. Além disso estabeleceu um conjunto de princípios dos quais se destacam os seguintes: Trabalho realizado por Fátima Encarnação Página 8

Igualdade de todos os cidadãos perante a lei; Liberdade de expressão, reunião, associação e de imprensa; Direito à greve e organização sindical; Direito de voto; Direito à educação; Direito ao trabalho, à segurança social e à protecção na saúde A constituição foi aprovada a 2 de Abril de 1976. A nova constituição também consagrou uma nova organização do Estado Português e um regime democrático e pluralista semelhante ao dos outros países da Europa Ocidental. Assim, instituíram-se os seguintes órgãos de soberania do poder central, que são: Presidente da Republica, representa o país e garante a independência nacional. Era eleito por 5 anos pelos eleitores por meio de sufrágio universal. Assembleia da Republica, a quem compete aprovar as leis e fiscalizar o seu cumprimento. Era eleito por 4 anos. Governo constituído pelo Primeiro-ministro, Ministros, secretários de Estado, Subsecretários de estado. Estes eram os elementos do partido que obtém mais votos nas eleições legislativas para a Assembleia da Republica a quem compete propor leis e governar o país. Era eleito pelos eleitores por meio de sufrágio universal. Tribunais, que aplicam a justiça. Com a aprovação da constituição de 1976 consagrou-se a descentralização política. Estabeleceu-se o poder autárquico, pois as autarquias locais passaram a dispor de órgãos eleitos pelas respectivas populações (câmara municipal, Assembleia Municipal, Junta de freguesia e Assembleia de Freguesia) que são independentes do governo. Trabalho realizado por Fátima Encarnação Página 9

A constituição previa, ainda, a autonomia regional dos arquipélagos da Madeira e dos Açores. Apesar de submetidos à constituição e às leis gerais do país, os arquipélagos passaram a dispor de assembleias legislativas e de governos regionais próprios para resolver a maioria dos seus problemas. A assembleia regional legislativa é eleita por sufrágio universal e secreto. O governo regional é politicamente responsável perante a assembleia legislativa da Região Autónoma e o seu presidente é nomeado pelo Ministro da república, tendo em conta os resultados eleitorais para a Assembleia Nacional. O representante da república nomeia e exonera os restantes membros do governo Regional, sob proposta do respectivo presidente. O Governo Regional toma posse perante a Assembleia Regional Legislativa da Região Autónoma. É de competência do Governo Regional administrar e dispor do património regional e celebrar os actos e contratos em que a região tenha interesse, assim como a matéria respeitante à sua própria organização e funcionamento O Governo regional é composto pelo presidente, vice-presidente e, se houver, secretários regionais e subsecretários Trabalho realizado por Fátima Encarnação Página 10

Poder local O poder local está dividido entre o Município e a Junta de Freguesia. As relações do poder do poder local com o estado têm várias vertentes de entre as quais se destacam as seguintes: O poder local e o poder central cooperam na resolução dos problemas das populações de forma coordenada partilham o esforço administrativo e financeiro associando-se para a realização de determinada obra; O estado distribui verbas às autarquias, e por outro lado, fiscaliza o cumprimento da lei, tendo o poder local autonomia administrativa; O poder local democraticamente eleito representa as populações perante o estado, fazendo-lhe chegar os seus problemas e reivindicações. Câmara Municipal O Município engloba a Câmara Municipal (órgão executivo), a Assembleia Municipal (órgão legislativo) e facultativamente o concelho Municipal. As competências da Assembleia Municipal são: Acompanhar e fiscalizar a actividade da Câmara Municipal; Prenuncia-se sobre matérias de interesse para a autarquia local; Trabalho realizado por Fátima Encarnação Página 11

Aprova as opções do plano e autoriza a delegação de competências municipais às Juntas de Freguesia. A Câmara Municipal é constituída pelo presidente e um conjunto de vereadores que varia segundo o número de eleitores. As funções da Câmara municipal são as seguintes: Deve aplicar as deliberações da Assembleia Municipal; Gerir o pessoal e o património; Realizar obras públicas; Conceder licenças; entre outras funções. As competências da Câmara Municipal são as seguintes: Ordenamento do território; Equipamento rural e urbano; Energia; saúde, Transportes e comunicações; Educação; habitação Protecção civil; Património e cultura Tempos livres e desporto Freguesias Tal como as autarquias locais, também as freguesias locais dispõem de recursos humanos, património e finanças próprias. Os órgãos representativos das freguesias são a Assembleia de Freguesia (órgão deliberativo) e a Junta de Freguesia (órgão executivo) Trabalho realizado por Fátima Encarnação Página 12

Assembleia de Freguesia tem poder para fixar taxas, organizar serviços, aprovar regulamento, aceitar as competências delegadas pelo Município e tomar decisões sobre assuntos de interesse para o seu território. Junta de Freguesia realiza actos por delegação municipal. Tem competência para executar obras e melhoramentos locais, administrar os cemitérios, elaborar o recenseamento eleitoral e certificar a residência e situação económica dos cidadãos residentes na freguesia. Trabalho realizado por Fátima Encarnação Página 13

Reflexão Organização do Estado Democrático Reflexão Neste módulo foi-me pedida a realização de um trabalho resultante de uma pesquisa em várias fontes. Neste trabalho conta basicamente a evolução do nosso Estado Democrático. As alterações que tive e a maneira como foram encaradas pela população Portuguesa. Após concluir este trabalho analisei que ao longo destes anos a população Portuguesa tem evoluído para melhor. No tempo do salazarismo ninguém se podia manifestar perante a sua revolta, à mais pequena eram presos e mal tratados às vezes até à morte. Hoje isso já não acontece, as pessoas têm liberdade de expressão. Também explorei como funciona actualmente o poder local. Desconhecia algumas coisas, mas adquiri muitos conhecimentos que me podem ser muito úteis no futuro. Com este trabalho lembrei o que tinha aprendido há anos atrás e considero ser muito importante ter conhecimentos acerca de como evoluiu o nosso país. Este não foi um trabalho de fácil realização e que gostei muito de realizar. Trabalho realizado por Fátima Encarnação Página 1