Trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Estudo e Pesquisa de Fitotecnia da UNIFIMES e financiado com recursos da UNIFIMES

Documentos relacionados
PLANTIO DE MILHO EM DIFERENTES ÉPOCAS VISANDO CARACTERÍSTICAS BIOMÉTRICA DA ESPIGA NO SUDOESTE GOIANO

Caraterísticas agronômicas de híbridos experimentais e comerciais de milho em diferentes densidades populacionais.

BOLETIM TÉCNICO nº 19/2017

AVALIAÇÃO DE DIFERENTES DENSIDADES DE SEMEADURA NA CULTURA DO MILHO NA REGIÃO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ

XXV CONIRD Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem 08 a 13 de novembro de 2015, UFS - São Cristóvão/SE

CARACTERÍSTICAS BIOMÉTRICAS DE VARIEDADES DE MILHO PARA SILAGEM EM SISTEMA DE PRODUÇÃO ORGÂNICA NO SUL DE MG

EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS

AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DO GIRASSOL EM DIFERENTES NÍVEIS DE ADUBAÇÃO ORGANOMINERAL NO SUDOESTE GOIANO 1. Katya Bonfim Ataides Smiljanic 2

DESEMPENHO AGRONÔMICO DE HÍBRIDOS DE MILHO SAFRINHA EM DUAS ÉPOCAS DE SEMEADURA EM AQUIDAUANA, MS.

ÍNDICE DE ESPIGAS DE DOIS HÍBRIDOS DE MILHO EM QUATRO POPULAÇÕES DE PLANTAS E TRÊS ÉPOCAS DE SEMEADURA NA SAFRINHA

INTERFERÊNCIA DA VELOCIDADE E DOSES DE POTÁSSIO NA LINHA DE SEMEADURA NA CULTURA DO MILHO

VIABILIDADE DO TRIGO CULTIVADO NO VERÃO DO BRASIL CENTRAL

VALORES DE FÓSFORO, CÁLCIO, MAGNÉSIO, OBTIDO NA PLANTA DO MILHO SEM ESPIGAS EM CONSÓRCIO COM FORRAGEIRAS 1.

DENSIDADE DE SEMEADURA E DOSES DE NITROGÊNIO EM COBERTURA NO TRIGO DE SEQUEIRO CULTIVADO EM PLANALTINA-DF

PP = 788,5 mm. Aplicação em R3 Aplicação em R5.1. Aplicação em Vn

DESEMPENHO DE MILHO SAFRINHA EM DUAS ÉPOCAS DE SEMEADURA E POPULAÇÕES DE PLANTAS, EM DOURADOS, MS

USO DE REGULADORES NO CONTROLE DA ARQUITETURA DE PLANTAS, DESEMPENHO AGRONÔMICO DA CULTURA DA SOJA, CULTIVAR CD 2737 RR

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

Características Agronômicas de Cultivares de Milho a Diferentes Populações de Plantas na Safrinha em Vitória da Conquista - Ba

Avaliação de Doses e Fontes de Nitrogênio e Enxofre em Cobertura na Cultura do Milho em Plantio Direto

11 EFEITO DA APLICAÇÃO DE FONTES DE POTÁSSIO NO

CALAGEM, GESSAGEM E MANEJO DA ADUBAÇÃO EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis

BOLETIM TÉCNICO nº 16/2017

EFEITO DA DESFOLHA DA PLANTA DO MILHO NOS COMPONENTES DE PRODUTIVIDADE

EVOLUÇÃO DO CONSÓRCIO MILHO-BRAQUIÁRIA, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MILHO EM FUNÇÃO DA DENSIDADE DE SEMEADURA, NO MUNÍCIPIO DE SINOP-MT

RESPOSTA DE HÍBRIDOS DE MILHO AO NITROGÊNIO EM COBERTURA

Efeito da Densidade de Plantas nas Características Biométricas e na Produtividade de Grãos de Milho no Sul de Minas Gerais

Palavras-Chave: Adubação mineral. Adubação orgânica. Cama de Peru. Glycine max.

Resposta da Cultura do Milho Cultivado no Verão a Diferentes Quantidades de Calcário e Modos de Incorporação

431 - AVALIAÇÃO DE VARIEDADES DE MILHO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTIO EM SISTEMA ORGÂNICO DE PRODUÇÃO

Palavras chaves: Plantas de cobertura, Rendimento de grãos, Raphanus vulgaris.

AVALIAÇÃO AGRONÔMICA DE VARIEDADES E HÍBRIDOS DE MANDIOCA (Manihot esculenta Crantz) EM CRUZ DAS ALMAS, BAHIA

AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE MILHOS HÍBRIDOS CONSORCIADOS COM Brachiaria brizantha cv. MARANDÚ

RELATÓRIO DE PESQUISA 11 17

DESEMPENHO PRODUTIVO DE SILAGEM DO HÍBRIDO DE MILHO DKB390 COM DIFERENTES DOSES DE SULFATO DE AMÔNIO EM COBERTURA

PRODUTIVIDADE DA BATATA, VARIEDADE ASTERIX, EM RESPOSTA A DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO NA REGIÃO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ-SC

INTERAÇÃO ENTRE NICOSULFURON E ATRAZINE NO CONTROLE DE SOJA TIGUERA EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM BRAQUIÁRIA

DESEMPENHO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODOEIRO HERBÁCEO NO CERRADO DO SUL MARANHENSE

AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA SOB DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO MAIS FÓSFORO APLICADOS NO PLANTIO

DOSES DE SULFATO DE AMÔNIO APLICADAS EM COBERTURA E SEUS REFLEXOS NA PRODUTIVIDADE DO MILHO HÍBRIDO TRANSGÊNICO 2B587PW SEMEADO NA 2ª SAFRA

Efeito da população de plantas sobre características agronômicas de milho em Vitória da Conquista-BA 1

PRODUÇÃO DE MILHO VERDE NA SAFRA E NA SAFRINHA EM SETE LAGOAS MG

DESEMPENHO AGRONÔMICO DE GIRASSOL EM SAFRINHA DE 2005 NO CERRADO NO PLANALTO CENTRAL

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

08 POTENCIAL PRODUTIVO DE CULTIVARES DE SOJA

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

FATORES FITOMÉTRICOS DO HÍBRIDO DE MILHO 2B688PW PARA SILAGEM SOB DIFERENTES DATAS DE SEMEADURA

Avaliação de variedades sintéticas de milho em três ambientes do Rio Grande do Sul. Introdução

COMPORTAMENTO AGRONÔMICO DE HÍBRIDOS DE MILHOS TRANSGÊNICOS E ISOGÊNICOS NA SAFRINHA 2013 EM MATO GROSSO SUL

DESEMPENHO AGRONÔMICO DE CULTIVARES DE CAFEEIRO RESISTENTE A FERRUGEM SOB USO DE IRRIGAÇÃO EM MUZAMBINHO-MG

COMPORTAMENTO AGRONÔMICO DE CULTIVARES DE TRIGO NO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO MG

l«x Seminário Nacional

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

CRESCIMENTO DA CULTURA DO PINHÃO MANSO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTAS.

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

Introdução. Palavras-Chave: Desempenho produtivo. Eficiência. Material orgânico. Nutrição Agroecologia. Sustentabilidade.

Arranjo espacial de plantas em diferentes cultivares de milho

Gessi Ceccon, Giovani Rossi, Marianne Sales Abrão, (3) (4) Rodrigo Neuhaus e Oscar Pereira Colman

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Características Agronômicas de Milho Silagem Sob Diferentes Arranjos Espaciais no Sul de Minas Gerais

20 PRODUTIVIDADE DE HÍBRIDOS DE MILHO EM

Palavras-chave: zea mays, densidade populacional, altura de plantas.

DESEMPENHO FORRAGEIRO DE HÍBRIDOS DE MILHO NA SAFRINHA SOB DIFERENTES NÍVEIS TECNOLÓGICOS

ADENSAMENTO DE MAMONEIRA EM CONDIÇÕES DE SEQUEIRO EM MISSÃO VELHA, CE

BOLETIM TÉCNICO nº 15/2017

18 PRODUTIVIDADE DA SOJA EM FUNÇÃO DA

ÉPOCAS DE PLANTIO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERABA, MG *

li!x Seminário Nacional

Avaliação Preliminar de Híbridos Triplos de Milho Visando Consumo Verde.

Desempenho de Híbridos de Milho Comerciais e Pré-Comerciais de Ciclo Superprecoce no Município de Guarapuava - PR

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

CRESCIMENTO DE DIFERENTES CULTIVARES DE SOJA SUBMETIDAS A ÉPOCAS DE SEMEADURAS DISTINTAS NO SEMIÁRIDO PIAUIENSE

DOSES E FONTES DE NITROGÊNIO EM COBERTURA NO MILHO SAFRINHA

Av. Ademar Diógenes, BR 135 Centro Empresarial Arine 2ºAndar Bom Jesus PI Brasil (89)

Produtividade de milho convencional 2B587 em diferentes doses de Nitrogênio

Avaliação da adaptabilidade e estabilidade de 20 híbridos de milho no município de Muzambinho/MG

Leonardo Henrique Duarte de Paula 1 ; Rodrigo de Paula Crisóstomo 1 ; Fábio Pereira Dias 2

PRODUTIVIDADE DO MILHO SAFRINHA EM DIFERENTES ESPAÇAMENTOS ENTRELINHAS

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

CARACTERÍSTICAS FENOLÓGICAS, ACAMAMENTO E PRODUTIVIDADE DA CULTURA DO ARROZ-DE-SEQUEIRO (Oryza sativa L.), CONDUZIDA SOB DIFERENTES REGIMES HÍDRICOS.

ANÁLISE DE PRODUTIVIDADE EM HÍBRIDOS COMERCIAIS E EXPERIMENTAIS DE MILHO NOS MUNICÍPIOS DE MUZAMBINHO/MG, NOVA PONTE/MG E RIO VERDE/GO

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE HÍBRIDOS COMERCIAIS DE MILHO UTILIZADOS PARA SILAGEM

13 AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS DE NUTRIÇÃO VIA

COMPONENTES PRODUTIVOS DE HÍBRIDOS DE MILHO SOB DIFERENTES ESPAÇAMENTOS ENTRE LINHAS

PERÍODO CRÍTICO DE COMPETIÇÃO DAS PLANTAS DANINHAS NA BRS ENERGIA EM DUAS DENSIDADES DE PLANTIO

Gessi Ceccon, Luís Armando Zago Machado, (2) (2) (3) Luiz Alberto Staut, Edvaldo Sagrilo, Danieli Pieretti Nunes e (3) Josiane Aparecida Mariani

AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE MILHO CRIOULAS PARA A PRODUÇÃO DE SILAGEM NO MUNICÍPIO DE ARAQUARI - SC

RESULTADOS DO ENSAIO NACIONAL DE MILHO EM CONDIÇÕES DE SAFRINHA, EM MATO GROSSO DO SUL, 2008

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

VARIABILIDADE GENÉTICA EM LINHAGENS S 5 DE MILHO

INFLUÊNCIA DA VELOCIDADE DE SEMEADURA NO COEFICIENTE DE VARIAÇÃO DA CULTURA DO MILHO. Resumo

ESPAÇAMENTO ENTRE LINHAS E DENSIDADES DE SEMEADURA DE MILHO EM CONDIÇÕES DE SAFRINHA

16 EFEITO DA APLICAÇÃO DO FERTILIZANTE FARTURE

EFEITOS DA FERTILIZAÇÃO COM NITROGÊNIO E POTÁSSIO FOLIAR NO DESENVOLVIMENTO DO FEIJOEIRO NO MUNICÍPIO DE INCONFIDENTES- MG.

RESPOSTA DE MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis À ADUBAÇÃO, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

Transcrição:

AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS BIOMÉTRICAS E PRODUTIVIDADE NA CULTURA DO MILHO PLANTADO COM DIFERENTES POPULAÇÕES NA SAFRINHA 1. Joaquim Júlio Almeida Júnior 2. Katya Bonfim Ataides Smiljanic 2 Francisco Solano Araújo Matos 2 Lilian Carrijo Ribeiro da Silva 3 Hiago Zanon Barbosa 3 José Augusto Pereira Souza 3 Resumo: O milho é extensivamente utilizado como alimento humano ou para ração animal, devido às suas qualidades nutricionais. É um dos alimentos mais nutritivos que existe contendo quase todos os aminoácidos conhecidos, sendo exceções a lisina e o triptofano. O objetivo desse trabalho foi avaliar o desenvolvimento biométrico e produtividade da cultura do milho em diferentes densidades de semeadura na região de Mineiros, estado de Goiás. Os tratamentos foram o espaçamento de 2, 4, 6, 8 e 10 plantas por metro, em blocos com duas linhas de 2,0 metros de comprimento e 1 Trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Estudo e Pesquisa de Fitotecnia da UNIFIMES e financiado com recursos da UNIFIMES 2 Bióloga, mestre em Produção Vegetal pela Universidade de Rio Verde UniRV, e-mail: paulacileia@hotmail.com 3 Acadêmicos do curso de Agronomia do Centro Universitário de Mineiros (UNIFIMES), bolsista do programa de iniciação científica. Rua 22, s/nº - Setor Aeroporto Cx. P. 104 Mineiros/GO CEP 75830-000. 1

espaçamento de 50 cm. O delineamento experimental em blocos casualizados, esquema fatorial 4x1 e quatro repetições sob irrigação por aspersão. A área experimental foi implantada no ano agrícola de 2016 na Fazenda Experimental Luís Eduardo de Oliveira Salles - FELEOS, localizada no município de Mineiros (GO). Podese concluir que a produtividade da cultura foi afetada com a população acima de 88.888 plantas por hectare. De maneira geral as populações de plantas proporcionaram aumentos na altura de plantas e altura de inserção da espiga na cultivar de híbrido de milho DKB 360 PRO. O diâmetro de colmo foi influenciado de maneira inversa pela população de plantas. Palavras-Chave: Estande. Manejo. Safrinha. Zea mays. Introdução O milho (Zea mays L.) é uma das principais culturas com importância econômica e social no mundo. Dentro da evolução mundial de produção de milho, o Brasil tem se destacado como terceiro maior produtor, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China (CONAB, 2016). A cultura do milho ocupa no Brasil de mais de 11,8 milhões de hectares, proporcionando mais de 40% da safra de grãos, envolvendo cerca de 3,2 milhões e 300 mil agricultores e a sua grande difusão no Brasil deve-se à sua multiplicidade de uso nas propriedades agrícolas, à tradição de cultivo e às condições climáticas favoráveis ao seu desenvolvimento (IBGE, 2016). A região Centro-oeste destaca-se no cenário nacional como importante pólo produtor de grãos onde há predominância de uma agricultura com alto nível tecnológico utilizado na produção de grãos (VILMAR; SIMONE, 2007). Uma adequada densidade de semeadura na cultura do milho é importante, pois além de promover acréscimo na produtividade, ainda ajuda na prevenção da ocorrência de doenças, deixa a maturação da lavoura mais uniforme e evita o acamamento das plantas. Tais fatores são influenciados pelo estande e arranjo de plantas no campo (CALONEGO et al., 2011). 2

O objetivo desse trabalho foi avaliar o desenvolvimento biométrico e produtividade da cultura do milho em diferentes densidades de semeadura na região de Mineiros, estado de Goiás. Metodologia O projeto foi conduzido no ano agrícola de 2016 na área experimental da FELEOS Fazenda Experimental Luís Eduardo de Oliveira Salles, localizada no município de Mineiros (GO), apresentando como coordenadas geográficas aproximadas, 17 58 S de latitude e 45 22 W de longitude e com 845 m de altitude. O clima predominante da região, conforme classificação de Köppen (2013) é do tipo Aw, definido como tropical úmido com estação chuvosa no verão e seca no inverno. A precipitação pluvial média anual é de 1.830 mm, com temperatura média anual de aproximadamente 25 C e umidade relativa do ar média anual de 66%. O período chuvoso se estende de outubro a março, sendo que os meses de dezembro, janeiro e fevereiro constituem o trimestre mais chuvoso, e o trimestre mais seco corresponde aos meses de junho, julho e agosto (média de 27 mm). O solo predominante da área, conforme a nova denominação do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos EMBRAPA, (2013), é classificado como Neossolo Quartzarênico e de textura arenosa, o qual foi originalmente ocupado por vegetação de Cerrado e vem sendo explorado por culturas anuais há mais de 15 anos. O delineamento experimental será em blocos casualizados em esquema fatorial 4x1 e quatro repetições. Cada parcela experimental foi constituída de área útil com duas linhas de 2,0 metros de comprimento e espaçamento de 50 cm e entre blocos de 2,0 metros. A cultivar utilizada foi o híbrido de milho DKB 360 PRO que recebeu os seguintes tratamentos: 2 plantas (controle), 4 plantas, 6 plantas, 8 plantas e 10 plantas por metro e a adubo mineral foi 300 kg ha-1de acordo com as características químicas do solo da área experimental. A avaliação da população foi feita 30 dias após germinação (DAG), estudos da biometria (parte aérea) foi realizado no estádio fenológico R3 (grãos pastoso) e 3

produtividade em sacas por hectare no estádio fenológico R6 (maturação fisiológica da planta). Os atributos do solo foram avaliados antes da implantação do projeto de pesquisa para conhecer as características físicas e químicas da área experimental e após a colheita do milho. Foram determinados os seguintes atributos físicos do solo: macroporosidade, microporosidade, porosidade total e densidade, pelo método da mesa de tensão, no Laboratório de Física do Solo de acordo com EMBRAPA (2013). Os atributos químicos do solo (Ph, K, Ca, Mg, H+Al e Al) foram determinados, nas camadas de 0,0 0,20 metros segundo a metodologia proposta por Raij e Quaggio (1983), no Laboratório de Fertilidade do Solo da UNIFIMES Centro Universitário de Mineiros - Goiás. Foi avaliada a altura de planta, a altura de inserção de primeira espiga, diâmetro do colo, estande inicial e final (média) e número de plantas ha-1 e por metro (para estas avaliações, foram contados o número de plantas nas duas linhas centrais; de quatro metros. Para avaliação da produção (kg ha-1) foram coletadas as plantas da área útil de cada parcela e pesadas. Os dados foram analisados pelo programa Assistat, foi feita a análise de variância com experimento fatorial diferenciado e teste de Tukey a 5 % de probabilidade para a comparação de médias. Resultados e Discussão Os valores médios para altura de plantas, inserção de primeira espiga e diâmetro de colmo (Tabela 1) não apresentaram diferenças estatísticas para o híbrido de milho DKB 360 PRO plantado na safrinha. Resultado semelhante foi encontrado por (BARBOSA et al. 2010) onde os valores de altura de planta aumentaram em relação ao acréscimo da população simultaneamente, na mesma linha de raciocínio ocorreu para o efeito da inserção de primeira espira, quando se aumenta a população ocorre um acréscimo e/ou alongamento do colmo assim a inserção da primeira espiga aumenta, o mesmo ocorrendo com diâmetro de colmo. 4

Tabela 1. Características biométricas da cultura, altura de plantas, inserção da primeira espiga e diâmetro de colmo do híbrido de milho DKB 360 PRO na safrinha, Mineiros Goiás, 2016. Tratamentos Altura (cm) Diâmetro (m) Plantas I. Espiga Colmo (mm) 2 plantas 2,05 a 0,91 a 23,24 a 4 plantas 2,10 a 1,07 a 18,72 a 6 plantas 2,26 a 1,14 a 18,39 a 8 plantas 2,20 a 1,20 a 18,77 a 10 plantas 2,31 a 1,10 a 15,60 a CV 8,65 12,77 9,18 *I. espiga: Inserção de 1ª espiga; CV: Coeficiente de variação. Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. Fonte: Dados do experimento, 2016. Os valores médios para população de plantas por hectare, população de plantas por metro e produtividade em sacas por hectare (Tabela 2) pode-se verificar que houve diferença estatística para o híbrido de milho DKB 360 PRO plantado na safrinha, com um acréscimo na população ocorreu simultaneamente um decréscimo na produtividade, onde a população de 54.444 plantas por hectare obteve a maior produtividade com 149,75 sacas por hectare, enquanto que a população de 222.220 plantas por hectare teve uma produtividade de 107,00 sacas por hectare. Efeito contrário foi encontrado por (HORT et al. 2015) onde em estudos realizados com uma população de 50.000, 75.000 e 100.000 plantas por hectare não foi encontrado diferença estatística na produtividade, mas ressalta que fica evidente a necessidade de ainda serem realizados estudos na região. 5

Tabela 2. Características biométricas da cultura, estande, população de plantas por hectare e população de plantas por metro do híbrido de milho DKB 360PRO na safrinha, Mineiros Goiás, 2016. Tratamentos População Produtividade (m) P. ha -1 P. metro sc ha -1 2 plantas 54444 a 2,45 a 149,75 a 4 plantas 88888 b 4,00 b 134,00 ab 6 plantas 132221 c 5,95 c 109,50 bc 8 plantas 178331 d 8,03 d 109,50 bc 10 plantas 222220 e 10,00 e 107,00 c CV 9,14 9,14 8,98 *População P. ha -1 : População de plantas por hectares; População P. metro: População de plantas por metro; Produtividade sc ha -1 : Produtividade em sacas por hectare. Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. Fonte: Dados do experimento, 2016. Foi verificada relação não significativa e positiva entre os valores de população de plantas e a altura de plantas, sendo o coeficiente de determinação de 90 %. Na população de 222.222 pl ha -1 a altura de plantas foi de 2,30m, enquanto na população menor, de 54.444 pl ha -1 a altura de plantas foi de 2,05m. Dados semelhantes foram encontrados por Vilmar e Simone (2007) em experimento com híbrido P3050, espaçamento 0,7m, a medida que aumentou a população de 40.000 pl ha-1 para 80.000 pl ha-1 aumentou a altura de plantas de 2,74m para 2,77m, respectivamente. Na população de 20.000 plantas ha-1, 2,12m foi a média de altura de plantas, enquanto para a população maior, 80.000 pl ha-1 foi de 2,30m. O maior espaçamento permitiu as plantas cresceram mais. Com o aumento da altura, as espigas se inseriram em pontos mais altos, com exceção da maior população testada neste trabalho 222.220 plantas ha-1 onde a altura de inserção da primeira espiga foi de 1,1 metros, isso pode ter ocorrido em virtude da variedade de milho ter emitido duas espiga por planta para alguns pés. Dados semelhantes a estes foram encontrados por Vilmar e Simone (2007) onde no espaçamento de 0,7m à medida que aumentou a população de 40.000 plantas ha-1 6

para 80.000 plantas ha-1 aumentou a altura de inserção da espiga de 1,38m para 1,42m no híbrido P30R50. Na população de 222.220 plantas ha-1 o diâmetro do colmo foi de 15,60 mm, enquanto que na população de 54.444 plantas ha-1foi de 23,24 mm, ou seja, à medida que se aumentou a população, diminuiu o diâmetro do colmo. Esses resultados estão de acordo com Dourado Neto et al. (2003) que relatou que redução da população de plantas, independentemente dos genótipos e espaçamentos utilizados, resulta em aumento no diâmetro do colmo. Segundo Fancelli e Dourado Neto (1996) a competição por luz em plantios densos resulta em plantas maiores e com menor diâmetro de colmo e menor ganho de massa seca. Conclusão: A produtividade da cultura foi afetada com a população acima de 88.888 plantas por hectare. De maneira geral as populações de plantas proporcionaram aumentos na altura de plantas e altura de inserção da espiga na cultivar utilizadas. O diâmetro de colmo foi influenciado de maneira inversa pela população de plantas. Menor população plantas (54.444 por hectare) obteve a maior produtividade apresentando 149,75 sacas por hectare. 7

Referências BARBOSA, T.G; PORTO, A. P. F; VASCONCELOS, R. C; SOUZA, D. Q; ARAUJO, R. T; ALMEIDA, M. R. S; Efeito da população de plantas sobre características agronômicas de milho em Vitória da Conquista-BA. XXVIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo, 2010, Goiânia: Associação Brasileira de Milho e Sorgo. CD-Rom. Vitória da Conquista BA. CALONEGO, J. C.; POLETO, L. C.; DOMINGUES F. N.; TIRITAN, C. S. Produtividade e crescimento de milho em diferentes arranjos de plantas. Revista Agrarian, Dourados, v. 4, n. 12, jun. 2011. CONAB. Levantamento Safra 2012/2013. Disponível em: <http: // www.conab.gov.br/olalacms/ uploads/arquivos/13_05_11_56_07_boletim_2_maio- _2013.pdf>. Acesso em: 16 setembro 2016. DOURADO NETO, D., PALHARES, M., VIEIRA, P. A, MANFRON, P. A, MEDEIROS, S. L. P, ROMANO, M. R.: Efeito da população de plantas e do espaçamento sobre a produtividade de milho. Revista Brasileira de Milho e Sorgo, v.2, n.3, p.63-77, 2003 EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Brasília, 2013. 353 p. 3ª edição. FANCELLI, A. L.; DOURADO NETO, D. Produção de Milho. Guaíba. Agropecuária. 2000, 2ª edição 360p. HOTZ, D; MASIERO, F. C; VEIGA, R. K; GOEDE, M; IELER, J; Avaliação de diferentes densidades de semeadura na cultura do milho na região do alto vale do Itajaí. IFC-Instituto Federal Catarinense - Campus Rio do Sul. 2015. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estatística da Produção Agrícola janeiro de 2016. Acesso site dia 20/09/2016: ftp://ftp.ibge.gov.br/producao_agricola/fasciculo_indicadores_ibge/estprodagr_20160 1.pdf 8

KÖPPEN, G; ALVARES, C.A; Stape, J.L; Sentelhas, P.C; de Gonçalves, M; Leonardo, J; Gerd, S; Köppen's Climate Classification Map for Brazil. (em inglês). Meteorologische Zeitschrift, 2013. 711 728. RAIJ, B. van; QUAGGIO, J.A. Métodos de Análise de Solo para Fins de Fertilidade. Campinas, Instituto Agronômico, 1983. 31p. (Boletim técnico, 81) VILMAR, T. P; SIMONE, T. M. Influência da população de plantas e espaçamento entre linhas na produtividade do milho, 2007, Faculdade Assis Gurgacz. 9