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Transcrição:

Indicador de Reserva Financeira Maio de 2017

65% dos brasileiros não possuem reserva financeira, sobretudo as classes C, D e E Em março de 2017, 75,6% dos consumidores não conseguiram poupar. É o que mostra o Indicador de Reserva Financeira, apurado pelo SPC Brasil e Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL). O número ficou pouco acima do observado no mês anterior (74,3%), com uma diferença de 1,3 ponto percentual. Nos quatro meses de coleta de dados sobre a formação de reserva financeira do brasileiro, tem-se verificado que somente uma pequena parte consegue poupar recursos. Somente 18,8% dos entrevistados conseguiram guardar alguma quantia de dinheiro, além dos 5,6% que não souberam ou preferiram não responder. O baixo número de poupadores guarda relação com a crise econômica: o desafio presente de boa parte das famílias é superar a queda da renda decorrente do aumento do desemprego e do avanço recente da inflação, que corroeu o poder de compra do consumidor. Observando os dados por classe de renda, constata-se, sem surpresa, que nas classes A e B a proporção de poupadores foi maior do que nas classes C, D e E. No primeiro caso, 37,5% pouparam, ante 59,7% que não pouparam. Já entre aqueles com menor renda, 13,5% pouparam, ante 80,1% que não reservaram nenhuma quantia. Apesar da diferença, em ambas as classes a maioria não poupou em março. Indicador de Reserva Financeira 74,8% 79,9% 74,3% 75,6% 22,5% 16,6% 20,0% 18,8% jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 Sim Não A crise econômica pode explicar, em parte, a baixa capacidade de poupança. Mas não explica tudo. A sondagem mostra que 43,8% dos que não pouparam alegam que não o fizeram porque sua renda

é baixa. Esses consumidores citam, também, os imprevistos (15,7%); o fato de estar sem renda no momento (13,4%); o descontrole dos gastos (8,6%); e a falta de disciplina (6,4%). A questão da renda é, de fato, algo que limita a capacidade de poupança do brasileiro. De acordo com o IBGE, em 2016, a renda média per capita do brasileiro foi de R$ 1.226. No entanto, para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o consumidor não deve se acomodar nesse fato. Se ganha pouco, não é preciso guardar muito. O importante é criar o hábito de poupar. É isso que faz toda a diferença, pois afasta o mau hábito de gastar além do orçamento e constitui uma reserva financeira contra imprevistos, diz. O que traz preocupação, segundo Kawauti, são os gastos fora de controle e a falta de disciplina. É preciso ter em mente que, na hora do imprevisto, o descontrole de hoje cobra um preço alto: ou esse consumidor cai na inadimplência ou tem que recorrer à empréstimos que, como se sabe, cobram juros altíssimos. Entre aqueles que conseguiram poupar, a principal motivação para 37,3% foi a proteção contra imprevistos como doença, mortes e problemas diversos. 30,7% pensam em dar um futuro melhor à família e 22,1% pretendem comprar ou quitar um imóvel. Cita-se ainda a realização de uma viagem (19,7%); a realização de um sonho de consumo (19,3%); reserva para o caso de desemprego (18,4%); e a aposentadoria (13,9%), entre outros objetivos. Em média, os 18,8% de poupadores guardaram R$ 502,49 no mês de março, totalizando uma soma de R$ 14,2 bilhões poupados. Há, como se nota, uma priorização da realização dos planos de consumo na comparação com o preparo para a aposentadoria. Mas não se deve negligenciar esse último objetivo: a boa prática financeira recomenda que se faça uma reserva para imprevistos, incluindo aí a contingência do desemprego, para a realização de sonho de consumo e outra para o longo prazo, isto é, a aposentadoria. Por que poupar? abr/17 Imprevistos com doença, mortes, problemas diversos 37,3% Garantir um futuro melhor para a família 30,7% Comprar/quitar casa 22,1% Viagens 19,7% Realizar algum sonho de consumo 19,3% Reserva para o caso de ficar desempregado 18,4% Aposentadoria 13,9% Reforma da casa 13,5% Garantir uma reserva para arcar com a educação dos filhos 12,7% Estudos 12,3% Abrir um negócio 11,1% Compra/troca de automóvel/moto 10,7% Compra de móveis / eletrodomésticos 7,8% Pagamento de impostos 3,7% Outro motivo (NET) 6,1%

A sondagem ainda mostra que praticamente um terço dos brasileiros (30,5%) têm o hábito de poupar, sendo que 25,1% poupa o que sobra do orçamento e 5,4% sempre poupa o mesmo valor. A grande maioria (64,9%) diz não constituir nenhuma reserva financeira. Quando se trata do hábito de poupar, a diferença entre as classes torna-se ainda mais gritante: nas classes A e B, 56,3% dizem ter esse hábito, ante 41,5% que não têm. Já nas classes C, D e E, 23,2% afirmam poupar habitualmente, ante 71,5% que não constituem reserva financeira. Para Marcela Kawauti, poupar o que sobra da renda não é uma boa estratégia. O apelo do consumo muitas vezes é muito forte e, por isso, o que sobra pode ser pouco ou nada. O recomendável é que o consumidor pague suas despesas fixas, reserve e uma parte do dinheiro e, com o que sobrar, ajuste o seu consumo, diz. Maior parte dos poupadores optam pela poupança ou por manter os recursos em casa Uma vez constituída a reserva financeira, pode ser tentador utilizá-la para fins diferentes do planejado. Exceto em casos de imprevistos, recomenda-se que o poupador evite retirar recursos para fazer frente a gastos que podem ser adiados. De acordo com a sondagem, pouco mais da metade dos poupadores habituais (55,3%) sacaram dinheiro de suas reservas em março, sendo que 12,7% o fizeram para pagar contas da casa. Nesses casos, é preciso verificar onde está o descompasso: saber se os gastos do mês estão se excedendo, apertando o orçamento das despesas correntes, ou se se trata de uma situação atípica. Outros motivos para retirada de parte da reserva foram apontados: 11,5% disseram que sacaram em razão de imprevistos, 9,4% para lidar com despesas extras, 4,1% para fazer uma viagem e 3,7% para comprar um apartamento. Além do cuidado para não desfazer a reserva com aquilo que não se impõe como necessidade, o poupador precisa cuidar do rendimento de seu dinheiro. Sem surpresa, constata-se que a grande maioria (63,9%) opta pela poupança. Chama a atenção, também, que quase um quinto (19,7%) mantém esses recursos em casa. Em seguida, aparecem os Fundos de Investimentos (9,3%), a Previdência Privada (7,4%), os CDBs (6,1%), o Tesouro Direto (4,1%) e a Bolsa de Valores (2,5%). A escolha da modalidade deve sempre levar em conta o propósito da reserva. Se o objetivo é de longo prazo, o poupador deve buscar o melhor rendimento. Essa busca implica, muitas vezes, disciplina e um esforço de pesquisa dos melhores tipos de investimentos existentes mas pode levar a escolhas melhores. Já se o objetivo é constituir uma reserva contra imprevistos, será mais conveniente optar por um investimento com maior liquidez, isto é, mais facilidade de saque, como a poupança e os CDBs, por exemplo. Investimentos mais comuns abr/17 Caderneta de poupança 63,9% Em casa 19,7% Fundos de investimento 9,8%

Previdência Privada 7,4% CDB 6,1% Tesouro direto 4,1% Prefiro não responder 5,3% Metodologia A pesquisa abrangeu 12 capitais das cinco regiões brasileira, a saber: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. Os dados foram coletados via web e presencialmente entre os dias 2 a 17 de abril de 2017. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.