REVISÃO TURBO Procedimentos Processuais Penais Execução Penal
Procedimentos Processuais Penais 1) Espécies de Procedimentos (artigo 394, CPP) a)procedimento Comum (Ordinário, Sumário e Sumaríssimo) b)procedimentos Especiais (Crimes Dolosos contra vida; Lei de Drogas; Lei 8.038/90; Crimes praticados por funcionários públicos, )
2) Procedimento comum ORDINÁRIO (arts. 395 405, CPP) Oferecimento da DENÚNCIA / QUEIXA Possibilidade de REJEIÇÃO LIMINAR artigo 395, CPP Recebimento da D/Q artigo 396, CPP Citação para apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO Prazo: 10 dias Possibilidade de ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA artigo 397, CPP Não havendo Absolvição Sumária, será designado dia e hora para AUDIÊNCIA ÚNICA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (intimação) artigo 399, CPP AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO artigo 400, CPP -Tomada de declarações do OFENDIDO - Inquirição das TESTEMUNHAS (acusação e defesa) - Esclarecimento dos peritos, acareações, reconhecimento de pessoas e coisas -INTERROGATÓRIO -Possibilidade de diligências -Não havendo requerimento de diligências ou sendo indeferidas: ALEGAÇÕES FINAIS ORAIS (acusação e defesa 20 minutos prorrogáveis por mais 10 minutos) - SENTENÇA (artigo 403, CPP) Situações que permitem a conversão das Alegações Finais ORAIS em Memoriais: 1) 2)
2) Procedimento Comum Ordinário artigo 394 ao 405 do CPP 2.1) Oferecimento da Denúncia ou Queixa Rejeição Recebimento Hipóteses de Rejeição Recursos da Rejeição Súmula 707 do STF
2.2) Citação do Acusado Súmula 710 do STF - No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem. 3.1) Real / Pessoal (Mandado / Carta: Precatória, Ordem, Rogatória) 3.2) Ficta / Presumida (Hora Certa / Edital)
(FGV 2016 XXI EXAME DA OAB) Marlon, Wellington e Vitor foram denunciados pela prática de um crime de lesão corporal dolosa gravíssima em concurso de agentes. Após o recebimento da denúncia, o oficial de justiça compareceu ao endereço indicado no processo como sendo de residência de Marlon, mas não o encontrou, tendo em vista que estava preso, naquela mesma unidade da Federação, por decisão oriunda de outro processo. Marlon, então, foi citado por edital. Wellington, por sua vez, estava em local incerto e não sabido, sendo também citado por edital. Em relação a Vitor, o oficial de justiça foi à sua residência em quatro oportunidades, constatando que ele, de fato, residia no local, mas que estava se ocultando para não ser citado. Após certificar-se de tal fato, foi realizada a citação de Vitor com hora certa. Considerando a hipótese narrada, o(a) advogado(a) dos acusados deverá alegar ter sido inválida a citação de A) Marlon, apenas. B) Marlon e Vitor, apenas. C) Vitor, apenas. D) Marlon, Wellington e Vitor.
(FGV Exame XIII) Felipe foi reconhecido em sede policial por meio de fotografia como o autor de um crime de roubo. O inquérito policial seguiu seus trâmites de forma regular e o Ministério Público decidiu denunciar o indiciado. O oficial de justiça procurou em todos os endereços constantes nos autos, mas a citação pessoal ou por hora certa foram impossíveis. Assim, o juiz decidiu pela citação por edital. Marcela, irmã de Felipe, ao passar pelo fórum leu a citação por edital e procurou um advogado para tomar ciência das consequências de tal citação, pois ela também não sabe do paradeiro do irmão. Diante da situação descrita, acerca da orientação a ser dada pelo advogado, assinale a afirmativa correta.
A) Felipe deve comparecer em juízo, sob pena de ser processado e condenado sem que seja dada oportunidade para a sua defesa. B) Se Felipe não comparecer e não constituir advogado, o processo e o curso do prazo prescricional ficarão suspensos, sendo decretada a sua prisão preventiva de forma automática. C) Se Felipe não comparecer e não constituir advogado, o processo e o curso do prazo prescricional ficarão suspensos, sendo determinada a produção antecipada de provas de forma automática, diante do risco do desaparecimento das provas pelo decurso do tempo. D) Se Felipe não comparecer e não constituir advogado, o processo e o curso do prazo prescricional ficarão suspensos e, se for urgente, o juiz determinará a produção antecipada de provas, podendo decretar a prisão preventiva se presentes os requisitos expressos no artigo 312, do CPP.
Súmula 455 do STJ A decisão que determina a produção antecipada de provas com base no art. 366 do CPP deve ser concretamente fundamentada, não a justificando unicamente o mero decurso do tempo.
2.3) Resposta à acusação - prazo 10 dias ; peça obrigatória possibilidade de alegar TUDO que interesse Súmula 710 do STF - No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem.
2.4) Absolvição Sumária - artigo 397 do CPP REJEIÇÃO X ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA AÇÃO X FATO
(FGV - EXAME XX) Guilherme foi denunciado pela prática de um crime de lesão corporal seguida de morte. Após o recebimento da denúncia, Guilherme é devidamente citado. Em conversa com sua defesa técnica, Guilherme apresenta prova inequívoca de que agiu em estado de necessidade. Diante da situação narrada, o advogado de Guilherme, em resposta à acusação, deverá requerer a A) rejeição de denúncia, que fará coisa julgada material. B) absolvição sumária do réu, que fará coisa julgada material. C) absolvição imprópria do réu, que fará coisa julgada material. D) impronúncia do acusado, que não faz coisa julgada material.
2.5) AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO OITIVA DA VÍTIMA TESTEMUNHAS ACUSAÇÃO E DEFESA (401 DO CPP) - CUIDAR O ARTIGO 222 DO CPP DEMAIS PROVAS (PERITOS, ACAREAÇÕES, RECONHECIMENTOS) INTERROGATÓRIO ALEGAÇÕES FINAIS ORAIS SENTENÇA ORAL CONVERSÃO DOS DEBATES ORAIS EM MEMORIAIS - HIPÓTESES
(FGV - EXAME XXII) Durante audiência de instrução e julgamento em processo em que é imputada a José a prática de um crime de roubo majorado pelo concurso de agentes, Laís e Lívia, testemunhas de acusação, divergem em suas declarações. Laís garante que presenciou o crime e que dois eram os autores do delito; já Lívia também diz que estava presente, mas afirma que José estava sozinho quando o crime foi cometido. A vítima não foi localizada para prestar depoimento. Diante dessa situação, poderá o advogado de José requerer A) a realização de contradita das testemunhas. B) a realização de acareação das testemunhas. C) a instauração de incidente de falsidade. D) a suspensão do processo até a localização da vítima, para superar divergência.
3. Procedimento comum SUMÁRIO (arts. 394 405 e 531-538, CPP) Oferecimento da DENÚNCIA / QUEIXA Possibilidade de REJEIÇÃO LIMINAR artigo 395, CPP Recebimento da D/Q artigo 396, CPP Citação para apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO prazo 10 dias Possibilidade de ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA artigo 397, CPP Não havendo Absolvição Sumária, será designado dia e hora para AUDIÊNCIA ÚNICA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (intimação) artigo 399, CPP AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO artigo 531, CPP -Tomada de declarações do OFENDIDO - Inquirição das TESTEMUNHAS (acusação e defesa) - Esclarecimento dos peritos, acareações, reconhecimento de pessoas e coisas -INTERROGATÓRIO - ALEGAÇÕES FINAIS ORAIS (artigo 534, CPP - acusação e defesa 20 minutos prorrogáveis por mais 10 minutos) - SENTENÇA (artigo 534, CPP) Observação: Artigo 538, CPP
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO LEI N. 9.099/95 arts. 77 a 83 da Lei n. 9.099/95 Não Aceita/ Não oferecida Transação / Composição Civil Atenção!! Suspensão do Processo art. 89 da Lei n. 9.099/95 Oferecida a Denúncia ou Queixa ORAL artigo 77 Citação (audiência ou na forma dos artigos 66 e 68) Complexidade / Não localização para citação Juízo Comum 2º e 3º - artigo 77 e 66 Audiência de Instrução e Julgamento - artigos 80 e 81 Palavra ao Defensor / Defesa Oral Recebimento da Denúncia / Queixa Rejeição D/Q Apelação (82) Oitiva da vítima testemunhas de acusação e defesa Interrogatório Debates Orais SENTENÇA Profª. Letícia Sinatora das Neves
3) Suspensão Condicional do Processo Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal). 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições: I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; II - proibição de freqüentar determinados lugares; III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz; IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado. 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano. 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta. 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade. 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo. 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores termos.
SÚMULA 723, STF Não se admite a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano. SÚMULA 243, STJ O benefício da suspensão do processo não é aplicável em relação às infrações penais cometidas em concurso material, concurso formal ou continuidade delitiva, quando a pena mínima cominada, seja pelo somatório, seja pela incidência da majorante, ultrapassar o limite de um (01) ano. SÚMULA 536, STJ A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.
Procedimento do Júri: 1ª Fase: Judicium accusationis (fase da acusação) Oferecimento D / Q Recebimento citação do réu Resposta à acusação Vista à acusação art. 409, CPP Audiência de instrução : - ofendido, quando possível; - testemunhas de acusação - defesa; - peritos, acareações, reconhecimento... - interrogatório - debates orais art. 411, CPP ( 3º) Pronúncia art. 413, CPP Impronúncia art. 414, CPP Desclassificação art. 419, CPP Absolvição Sumária art. 415, CPP
2ª fase: Judicium causae (fase da causa) Intimação 5 dias arrolar testemunhas art. 422, CPP Diligências Relatório art. 423, CPP Processo em ordem intimação sessão (art. 431, CPP) 463, CPP instalada a sessão art. 447, CPP Jurados prestam compromisso 473 iniciada a instrução plenária Oitiva do ofendido, se possível, testemunhas A / D, acareações, reconhecimento, peritos, Interrogatório do réu Debates Orais art. 476 1 hora e 30 minutos para cada 1 hora réplica e tréplica, se houver Juiz indaga se os jurados estão aptos a decidir 480, 1º, CPP Sala especial 485, CPP / votação / art. 491, CPP SENTENÇA Profª. Letícia Sinatora das Neves
5. Procedimento Especial da Lei 11.343 de 2006 AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE TRÁFICO DE DROGAS. ARTIGO 33, CAPUT, DA LEI 11.343/2006. HABEAS CORPUS ORIGINARIAMENTE SUBSTITUTIVO DE RECURSO. INADMISSIBILIDADE. PRECEDENTES. MOMENTO PROCESSUAL DO INTERROGATÓRIO. NULIDADE. INEXISTÊNCIA. LEI DE DROGAS. RITO PRÓPRIO. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A alteração promovida pela Lei n. 11.719/2008 não alcança os crimes descritos na Lei 11.343/2006, em razão da existência de rito próprio normatizado neste diploma legislativo. 2. A jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que as novas disposições do Código de Processo Penal sobre o interrogatório não se aplicam a casos regidos pela Lei das Drogas. Precedentes: ARE 823822 AgR, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 12/08/2014; HC 122229, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 13/05/2014. 3. In casu, a realização de interrogatório no início da instrução processual não enseja constrangimento ilegal a ser sanado na via do habeas corpus, notadamente quando ainda pendente de análise impetração na instância a quo. 4. Verifica-se a existência de óbice processual, porquanto o habeas corpus impetrado perante o Tribunal a quo foi manejado em substituição a recurso cabível. 5. Agravo regimental desprovido. (RHC 129952 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 26/05/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-125 DIVULG 12-06-2017 PUBLIC 13-06-2017)
(FGV - Exame XV) Matheus foi denunciado pela prática dos crimes de tráfico de drogas (Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/2006) e associação para o tráfico (Art. 35, caput da Lei nº 11.343/2006), em concurso material. Quando da realização da audiência de instrução e julgamento, o advogado de defesa pleiteou que o réu fosse interrogado após a oitiva das testemunhas de acusação e de defesa, como determina o Código de Processo Penal (Art. 400 do CPP, com redação dada pela Lei nº 11.719/2008), o que seria mais benéfico à defesa. O juiz singular indeferiu a inversão do interrogatório, sob a alegação de que a norma aplicável à espécie seria a Lei nº 11.343/2006, a qual prevê, em seu Art. 57, que o réu deverá ser ouvido no início da instrução. Nesse caso, A) o juiz não agiu corretamente, pois o interrogatório do acusado, de acordo com o Código de Processo Penal, é o último ato a ser realizado. B) o juiz agiu corretamente, eis que o interrogatório, em razão do princípio da especialidade, deve ser o primeiro ato da instrução nas ações penais instauradas para a persecução dos crimes previstos na Lei de Drogas. C) o juiz não agiu corretamente, pois é cabível a inversão do interrogatório, devendo ser automaticamente reconhecida a nulidade em razão da adoção de procedimento incorreto. D) o juiz agiu corretamente, já que, independentemente do procedimento adotado, não há uma ordem a ser seguida em relação ao momento da realização do interrogatório do acusado.