Regime Jurídico da Autorização de Residência para Atividade de Investimento em Portugal

Documentos relacionados
VISTO GOLD REGIME JURÍDICO DA AUTORIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA PARA ATIVIDADE DE INVESTIMENTO EM PORTUGAL

VISTO GOLD REGIME JURÍDICO DA AUTORIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA PARA ACTIVIDADE DE INVESTIMENTO EM PORTUGAL

VISTO GOLD REGIME JURÍDICO DA AUTORIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA PARA ATIVIDADE DE INVESTIMENTO EM PORTUGAL

VISTO GOLD REGIME JURÍDICO DA AUTORIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA PARA ATIVIDADE DE INVESTIMENTO EM PORTUGAL

AUTORIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA PARA ATIVIDADE DE INVESTIMENTO (ARI) PERGUNTAS MAIS FREQUENTES

Flash News. Dinis Lucas e Almeida Santos Sociedade de Advogados RL. ARI / Golden Visa NOVAS REGRAS

AUTORIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA PARA INVESTIMENTO (ARI) GOLDEN VISA

Santana Lopes, Castro, Vieira, Teles, Silva Lopes, Calado, Cardoso & Associados R. L. Rua Castilho, n.º 67-2º andar * Lisboa Tel:

Autorização de Permanência e Residência O Regime do Golden Visa

Autorização de Permanência e Residência. O Regime do Golden Visa

Golden Visa Autorização de Residência para Atividade de Investimento*

'VISTO GOLD' ou 'GOLDEN VISA'

GOLDEN VISA I VISTOS GOLD NOVAS CONDIÇÕES E REQUISITOS PARA A OBTENÇÃO E RENOVAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA PARA INVESTIMENTO EM PORTUGAL

SÍNTESE DO MANUAL DE PROCEDIMENTOS RELATIVO À AUTORIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA PARA INVESTIMENTO (ARI)


Residentes Não Habituais. Regime jurídico-fiscal aplicável

À DISTÂNCIA DE UM PASSO AUTORIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA PARA ATIVIDADE DE INVESTIMENTO Golden Visa

Constituição de Empresa em Portugal por cidadãos de países terceiros à UE e aspetos de permanência em território nacional

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 288/XII. Exposição de Motivos

DECRETO N.º 360/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.

RUA DE SÃO NICOLAU, O LISBOA VISTO GOLD ARI. Autorização de Residência para Investimento

VISTO GOLD A porta de entrada na Europa

PORTUGAL COMO PLATAFORMA DE INVESTIMENTO

GOLDEN VISA EM PORTUGAL

Residentes Não Habituais. Regime jurídico-fiscal aplicável

PORTUGAL COMO PLATAFORMA DE INVESTIMENTO INTERNACIONAL

Sociedade de Advogados em Lisboa, fundada pelos sócios Ana Sofia Lamares e Diogo Capela, com robusta experiência multidisciplinar e transnacional.

OBJECTIVOS. Elencar (a principal) legislação existente em matéria de obtenção de autorização de residência para atividade de investimento (ARI);

Visto Gold Português Autorização de Residência para Atividade de Investimento (ARI)

@Telmo Miller GOLDEN VISA. Autorização de Residência para Actividade de Investimento

PORTUGAL COMO PLATAFORMA DE INVESTIMENTO. 30 de Setembro de Quintela e Penalva - Sessão de Formação

Newsletter. Junho 2017

OPORTUNIDADES DE OURO EM PORTUGAL

Prestações de Encargos Familiares (inscritos na CGA)

Blink. janeiro 2016 Nº 31

Consulado Geral de Portugal em Luanda Avenida de Portugal n.º 50 1º andar Tel.:

AUTORIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA PARA ACTIVIDADE DE INVESTIMENTO GOLDEN VISA

GOLDEN VISA 7 PERGUNTAS

Reagrupamento familiar 61

Reabilitação para uso residencial em Lisboa'18 Oferta e regimes legais para estrangeiros

Consulado Geral de Portugal em Luanda Avenida de Portugal n.º 50 1º andar Tel.:

AUTORIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA PARA ACTIVIDADE DE INVESTIMENTO GOLDEN VISA

AUTORIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA PARA ACTIVIDADE DE INVESTIMENTO GOLDEN VISA

INSCRIÇÃO DE ADVOGADO BRASILEIRO

AUTORIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA PARA ATIVIDADE DE INVESTIMENTO (ARI) PERGUNTAS MAIS FREQUENTES

Flash News. Dinis Lucas e Almeida Santos Sociedade de Advogados RL. ARI / Golden Visa NOVAS REGRAS

Visto de Curta Duração: Visita Familiar: ( Todas as traduções tem que ser para português ou inglês, autenticadas no notário):

ATRAIR INVESTIMENTO ESTRANGEIRO PARA PORTUGAL

MEDIDA ESTIMULO 2012 Regulamento do Instituto do Emprego e Formação Profissional

Visto de Residência para actividade docente, altamente qualificada ou cultural e actividade altamente qualificada exercida por trabalhador subordinado

Visto de Residência para investigação, estudo, intercâmbio de estudantes do ensino secundário, estágio e voluntariado

Visto de Estada Temporária para trabalho sazonal por período superior a 90 dias (e máximo de 270 dias)

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

VISTO DE ESTADA TEMPORÁRIA: Transferência de Trabalhadores

Reabilitação para uso residencial em Lisboa'17 Oferta e regimes legais para estrangeiros

REGIME JURÍDICO-FISCAL APLICÁVEL À RESIDÊNCIA NÃO-HABITUAL

Registos e Notariado ª Edição. Atualização nº 3

VISTO DE ESTADA TEMPORÁRIA: Atividade Profissional de Carácter Temporário

Newsletter. Abril 2017

NOVIDADES FISCAIS ALTERAÇÕES NO IRS SOBRE RENDIMENTOS PREDIAIS

Visto de Residência para o exercício de actividade profissional independente ou para emigrantes empreendedores

El Salvador Atualizado em:

VISTO DE RESIDÊNCIA: Trabalho Independente

Visto de Residência para efeitos de reagrupamento familiar

VISTO DE ESTADA TEMPORÁRIA: Atividade Profissional de Carácter Temporário

Visto de Residência para exercício de actividade profissional subordinada

VISTO DE ESTADA TEMPORÁRIA: Saúde

VISTO DE ESTADA TEMPORÁRIA: Intercâmbio de Estudantes, Estágio Profissional e Voluntariado

VICE-CONSULADO DE PORTUGAL CURITIBA

Visto de Residência para a fixação de residência de reformados, religiosos e pessoas que vivam de rendimentos

PROJETO DE LEI N.º 906/XIII/3.ª

Visto de Estada Temporária para acompanhamento de familiar sujeito a tratamento médico

REGULAMENTO DO PERÍODO DE ADAPTAÇÃO

Ao abrigo do disposto no n.º 2 do artigo 36.º do Decreto-Lei n.º 211/2004, de 20 de Agosto:

Regime fiscal dos Residentes não Habituais (RNH)

Consulado Geral de Portugal em Luanda Avenida de Portugal n.º 50 1º andar Tel.:

FLASH 11 de Setembro, 2018 REGISTO CENTRAL DO BENEFICIÁRIO EFETIVO

BENEFÍCIOS FISCAIS E CUSTOS PARA PROPRIETÁRIOS

ABONO DE FAMÍLIA PARA CRIANÇAS E JOVENS E ABONO DE FAMÍLIA PRÉ-NATAL INFORMAÇÕES E INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DO REQUERIMENTO

Visto de Estada Temporária para o exercício de uma actividade de desportiva amadora

MANUAL DE PROCEDIMENTOS RELATIVO À AUTORIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA PARA INVESTIMENTO (ARI)

DECRETO N.º 286/XIII. Aprova medidas de contingência a aplicar na eventualidade de uma saída do Reino Unido da União Europeia sem acordo

VISTO DE RESIDÊNCIA: Fixação de Residência (para religiosos e pessoas que vivam de rendimentos próprios)

Visto de Trabalho. Documentos necessários:

ADSE - BENEFICIÁRIOS

FAQs - Perguntas Frequentes ao StartUp Visa

CARTA DE CAÇADOR. A carta de caçador pode ser emitida a favor dos requerentes que reunam simultaneamente as seguintes condições :

INCENTIVO FISCAL AO ABATE DE VEÍCULOS EM FIM DE VIDA. Condições de acesso ao incentivo 2016/2017

Golden Visa em. Portugal

COMO POSSO ENTRAR EM STP

Assunto. Aprova o Regulamento sobre a Actividade do Gestor de Navios. - Revoga toda a legislação que contrarie o disposto no presente Diploma.

INSCRIÇÃO DE ADVOGADO INSCRITO NA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL

Newsletter. Maio 2017

TRANSFERÊNCIA DE RESIDÊNCIA FISCAL DE ESPANHA PARA PORTUGAL: O REGIME FISCAL DE RESIDENTES NÃO HABITUAIS 1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO REGIME

6336 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-B N. o de Outubro de 2004

Residentes Não Habituais

GOLDEN VISA Junho 2013 AUTORIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA ATRAVÉS DE INVESTIMENTO EM PORTUGAL

Guia do Senhorio Arrendamento Residencial

Alojamento local Alteração de dados

Transcrição:

Regime Jurídico da Autorização de Residência para Atividade de Investimento em Portugal

Regime Jurídico da Autorização de Residência para Atividade de Investimento em Portugal

ÍNDICE INTRODUÇÃO............................................. 5 PORQUÊ PORTUGAL?..................................... 7 O VISTO GOLD............................................ 9 1. Requisitos gerais da atividade de investimento.............. 9 2. Modalidades de investimento.............................. 9 3. Requisitos específicos de cada modalidade de investimento..........................................11 4. Requisitos gerais da atividade de investimento............. 16 5. Documentos gerais da atividade de investimento........... 17 6. Procedimentos, formalidades e tramitação do pedido....... 18 7. Períodos de permanência e renovações................... 20 8. Reagrupamento Familiar................................ 20 9. Taxas..................................................22 PORQUÊ A TFRA?........................................ 25 CONCLUSÃO............................................. 27

INTRODUÇÃO Regime criado em 2012 com o objetivo de potenciar a captação de investimento estrangeiro para Portugal através da simplificação dos requisitos da entrada e permanência dos investidores estrangeiros em Portugal. Destina-se aos cidadãos nacionais de Estados terceiros que pretendam realizar atividades de investimento em Portugal através de: (i) da transferência de capitais; (ii) criação de postos de trabalho; ou (iii) aquisição de imóveis. Apresenta como principais vantagens: A dispensa da obtenção prévia de um visto de residência; A diminuição significativa dos períodos mínimos obrigatórios de permanência dos seus titulares em território português; A possibilidade de livre circulação em todo o Espaço Schengen.

PORQUÊ PORTUGAL?

PORQUÊ PORTUGAL? Evolução económica e financeira favorável comprovada pela superação com sucesso do resgate financeiro supervisionado pela Troika. Regime fiscal atrativo na tributação de Residentes Não Habituais. Estabilidade política e índice reduzido de violência. Mercado imobiliário altamente competitivo com ampla oferta de imóveis diversificados e a preços muito apelativos. Vasta oferta turística com inúmeros resorts de luxo localizados em paisagens deslumbrantes e em zonas de baixa densidade populacional. Riqueza e diversidade paisagística, incluindo inúmeras zonas classificadas como Património Mundial da Humanidade e consideradas como principais destinos turísticos a nível mundial. Excelente localização geográfica com aeroportos internacionais e ligações regulares às principais cidades do Mundo e uma boa rede de estradas. Clima temperado com invernos suaves e temperaturas amenas na maioria do ano. Diversidade gastronómica e produção de vinhos mundialmente reconhecidos, provenientes de regiões vinícolas demarcadas, como é o caso da Região Vinhateira do Alto Douro. Vasta rede de cuidados de saúde a nível nacional. Ensino básico e superior de qualidade, com cinco Universidades Portuguesas classificadas no ranking de Shangai. www.tfra.pt 7

O VISTO GOLD

O VISTO GOLD 1. Requisitos gerais da atividade de investimento Realização de uma atividade de investimento em Portugal que deverá ser mantida por um período mínimo de cinco anos contados desde a data da concessão do visto gold. A atividade de investimento poderá ser exercida: a) a título pessoal, pelo requerente do visto gold; ou b) através de uma sociedade comercial unipessoal por quotas com sede em Portugal ou noutro Estado-Membro da União Europeia e com estabelecimento estável em Portugal. 2. Modalidades de investimento a) Transferência de capitais de montante igual ou superior a um milhão de euros o qual poderá ser realizado através de aplicações financeiras em Portugal ou aquisição de ações ou quotas de sociedades; b) Criação de um número mínimo dez postos de trabalho devendo os trabalhadores encontrar-se devidamente inscritos na Segurança Social Portuguesa; c) Aquisição de bens imóveis sitos em Portugal de valor igual ou superior a 500 mil euros (este valor pode ser reduzido para 400 mil euros caso o imóvel esteja localizado em zonas de baixa densidade populacional); www.tfra.pt 9

d) Aquisição de bens imóveis, cuja construção tenha sido concluída há, pelo menos, 30 anos OU localizados em área de reabilitação urbana e realização de obras de reabilitação dos bens imóveis adquiridos, no montante global (aquisição + obras) igual ou superior a 350 mil euros (este valor pode ser reduzido para 280 mil euros caso o imóvel esteja localizado em zonas de baixa densidade populacional); e) Transferência de capitais no montante igual ou superior a 350 mil euros o qual deverá ser aplicado em atividades de investigação desenvolvidas por instituições públicas ou privadas de investigação científica, integradas no sistema científico e tecnológico nacional; f) Transferência de capitais no montante igual ou superior a 250 mil euros para aplicação em investimento ou apoio à produção artística, recuperação ou manutenção do património cultural nacional (através de serviços da administração direta central e periférica, institutos públicos, entidades que integram o setor público empresarial, fundações públicas, etc.); e g) Transferência de capitais no montante igual ou superior a 500 mil euros para aquisição de unidades de participação em fundos de investimento ou de capital de risco vocacionados para a capitalização de pequenas e médias empresas, que apresentem o respetivo plano de capitalização viável. 10 www.tfra.pt

IMOBILIÁRIO O investidor que optar pelo investimento no imobiliário português pode: Adquirir os imóveis em regime de compropriedade desde que cada comproprietário invista um valor igual ou superior a 500 mil euros ou 350 mil euros, no caso de reabilitação; Adquirir os imóveis através de contrato promessa de compra e venda, com pagamento de sinal de valor igual ou superior a 500 mil euros, devendo o respetivo título de aquisição definitiva do imóvel ser apresentado antes do segundo pedido de renovação do visto gold (ou seja, no prazo de 3 anos); Onerar os imóveis a partir de um valor superior a 500 mil euros ou 350 mil euros, no caso de reabilitação; Arrendar imóveis ou explorá-los para fins comerciais, agrícolas ou turísticos 3. Requisitos específicos de cada modalidade de investimento a) TRANSFERÊNCIA DE CAPITAIS NO MONTANTE IGUAL OU SUPERIOR A 1 MILHÃO DE EUROS: (i) Declaração que ateste a realização da transferência de capitais, em montante igual ou superior a 1 milhão de euros, para a conta de que o requerente seja único ou primeiro titular ou para a aquisição de ações ou quotas de sociedades, emitida por uma instituição financeira autorizada; www.tfra.pt 11

(ii) Certidão de registo comercial, atualizada, que ateste a detenção de participação social da sociedade, caso o investimento tenha sido realizado através da aquisição de ações ou quotas de sociedades; e (iii) No caso de o investimento ser realizado através de sociedade unipessoal por quotas, certidão de registo comercial, atualizada, que demonstre ser o requerente o sócio da sociedade unipessoal por quotas. b) AQUISIÇÃO DE BENS IMÓVEIS SITOS EM PORTUGAL, DE VALOR IGUAL OU SUPERIOR A 500 MIL EUROS (*): (i) Título de aquisição ou de promessa de compra dos imóveis no valor mínimo de 500 mil euros, do qual conste declaração de uma instituição financeira autorizada, atestando a transferência efetiva de capitais para a aquisição dos bens imóveis ou para efetivação de sinal de promessa de compra de valor igual ou superior a quinhentos mil euros; (ii) Certidão da Conservatória do Registo Predial, atualizada, da qual deve constar, no caso de contrato-promessa e sempre que legalmente viável, o respetivo registo; (iii) Caderneta Predial do imóvel; e (iv) No caso de o investimento ser realizado através de sociedade unipessoal por quotas, certidão de registo comercial, atualizada, que demonstre ser o requerente o sócio da sociedade unipessoal por quotas. NOTA (*) No caso de promessa de compra e venda, a aquisição definitiva deve ser concluída até ao momento da 2.ª renovação do visto gold (prazo total de 3 anos). 12 www.tfra.pt

c) CRIAÇÃO DE UM NÚMERO MÍNIMO DE DEZ POSTOS DE TRABALHO: (i) Certidão da Segurança Social Portuguesa, atualizada, que ateste a criação dos dez postos de trabalho e a inscrição dos trabalhadores empregados nessa entidade. d) AQUISIÇÃO DE BENS IMÓVEIS, CUJA CONSTRUÇÃO TENHA SIDO CONCLUÍDA HÁ, PELO MENOS, 30 ANOS OU LOCALIZADOS EM ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA E REALIZAÇÃO DE OBRAS DE REABILITAÇÃO DOS BENS IMÓVEIS ADQUIRIDOS, NO MONTANTE GLOBAL (AQUI- SIÇÃO + OBRAS) IGUAL OU SUPERIOR A 350 MIL EUROS: (i) Declaração de instituição financeira autorizada, atestando a transferência efetiva de capitais para a aquisição dos bens imóveis e realização de obras de reabilitação urbana, no montante igual ou superior a 350 mil euros; (ii) Título aquisitivo do bem imóvel; (iii) Certidão da Conservatória do Registo Predial, atualizada, com os registos; (iv) Caderneta Predial do imóvel; (v) Comprovativo de apresentação de pedido de informação prévia ou comunicação prévia ou do pedido de licenciamento, para a realização da operação urbanística de reabilitação e, quando aplicável, declaração da entidade gestora da operação de reabilitação urbana competente, que atesta que o imóvel se situa em área de reabilitação urbana, OU, contrato de empreitada para a realização de obras de reabilitação nos imóveis objecto de aquisição, celebrado com pessoa jurídica que se encontre devidamente habilitada pelo Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P.; www.tfra.pt 13

(vi) No caso de o investimento ser realizado através de sociedade unipessoal por quotas, certidão de registo comercial, atualizada, que demonstre ser o requerente o sócio da sociedade unipessoal por quotas e) TRANSFERÊNCIA DE CAPITAIS NO MONTANTE IGUAL OU SUPERIOR A 350 MIL DE EUROS (ATIVIDADE DE INVESTIGAÇÃO): (i) Declaração bancária que ateste a realização da transferência de capitais, em montante igual ou superior a 350 mil euros, para a conta de que o requerente seja único ou primeiro titular; (ii) Declaração emitida por instituição pública ou privada de investigação científica integrada, atestando a transferência efetiva daquele capital; (iii) No caso de o investimento ser realizado através de sociedade unipessoal por quotas, certidão de registo comercial, atualizada, que demonstre ser o requerente o sócio da sociedade unipessoal por quotas. f) TRANSFERÊNCIA DE CAPITAIS NO MONTANTE IGUAL OU SUPERIOR A 250 MIL DE EUROS (ATIVIDADE DE PRO- DUÇÃO ARTÍSTICA): (i) Declaração bancária que ateste a realização da transferência de capitais, em montante igual ou superior a 250 mil euros, para a conta de que o requerente seja único ou primeiro titular; e 14 www.tfra.pt

(ii) Declaração emitida pelo Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais, atestando a transferência efetiva daquele capital; (iii) No caso de o investimento ser realizado através de sociedade unipessoal por quotas, certidão de registo comercial, atualizada, que demonstre ser o requerente o sócio da sociedade unipessoal por quotas. g) TRANSFERÊNCIA DE CAPITAIS NO MONTANTE IGUAL OU SUPERIOR A 500 MIL DE EUROS (FUNDO DE INVESTI- MENTO/CAPITAL DE RISCO): (i) Declaração bancária que ateste a realização da transferência de capitais, em montante igual ou superior a 500 mil euros, para a conta de que o requerente seja único ou primeiro titular, para a realização do investimento; e (ii) Certificado comprovativo da titularidade das unidades de participação, livre de ónus e encargos; (iii) Declaração emitida pela sociedade gestora do respetivo fundo de investimento, atestando a viabilidade do plano de capitalização; e (iv) No caso de o investimento ser realizado através de sociedade unipessoal por quotas, certidão de registo comercial, atualizada, que demonstre ser o requerente o sócio da sociedade unipessoal por quotas. www.tfra.pt 15

4. Requisitos gerais da atividade de investimento a) Encontrar-se presente em território português*; b) Regularizar a respetiva estadia em Portugal no período máximo de 90 dias contados desde a data da primeira entrada em território português; c) Possuir meios de subsistência; d) Dispor de alojamento em território português; e) Estar inscrito na Segurança Social e nas Finanças Portuguesas (quando aplicável); f) Não ter sido condenado por crime punível com pena de prisão superior a um ano; g) Não se encontrar em período de interdição de entrada no território Português na sequência da aplicação de uma medida de afastamento; h) Não constar do Sistema de Informação Schengen e do Sistema de Informações Integrado (SII) do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) para efeitos de não admissão; e i) Não ter praticado qualquer facto que obste à concessão do visto de residência nos termos gerais. NOTA (*) Os cidadãos de Estados Terceiros que pretendam entrar em Portugal deverão: (i) ser portadores de um visto Schengen válido; ou (ii) estar isentos da obrigação de obtenção de um visto Schengen 16 www.tfra.pt

Os cidadãos brasileiros, titulares de passaportes comuns válidos do Brasil, que desejem entrar e permanecer no território português por um período de até 90 dias para fins artísticos, culturais, científicos, empresariais, de estágio académico, jornalísticos, desportivos ou turísticos estão isentos de visto ao abrigo do Acordo entre a República Portuguesa e a República Federativa do Brasil sobre a Facilitação de Circulação de Pessoas, de 11 de Julho de 2003. 5. Documentos gerais da atividade de investimento a) Passaporte ou outro documento de viagem válido; b) Comprovativo da entrada e permanência legal em território nacional; c) Comprovativo de seguro de saúde válido, cuja cobertura inclua Portugal; d) Certificado do registo criminal emitido pelo país de origem ou do País onde resida há mais de um ano; e) Certificado do registo criminal emitido pelas entidades competentes Portuguesas; f) Declaração negativa de dívida emitida pela Autoridade Tributária e Aduaneira Portuguesa, se aplicável; g) Declaração negativa de dívida emitida pela Segurança Social Portuguesa, se aplicável; h) Declaração sob compromisso de honra a atestar o exercício da atividade de investimento em Portugal por um período mínimo de cinco anos; e i) Comprovativo do pagamento das taxas devidas. www.tfra.pt 17

NOTA Todos os documentos emitidos por entidades estrangeiras deverão ser previamente legalizados e certificados pelas entidades competentes (por ex. Consulados Portugueses ou Serviço de Apostila). Caso os documentos não se encontrem redigidos em Língua Portuguesa deverão ser objeto de tradução devidamente certificada e legalizada. Para além dos documentos indicados, o SEF poderá, a qualquer momento, exigir prova adicional dos requisitos quantitativos e temporais mínimos exigidos para a obtenção e manutenção do visto gold. 6. Procedimentos, formalidades e tramitação do pedido O pedido do visto gold poderá ser apresentado através de uma das seguintes formas: a) Junto do Portal da internet do SEF b) Nos Postos diplomáticos e consulares Portugueses no estrangeiro; ou c) Nas Direções e Delegações Regionais do SEF em Portugal O requerente do visto gold terá sempre de se deslocar pessoalmente à Direção ou Delegação Regional do SEF competente, no mínimo uma vez, para recolha dos seus dados biométricos. De acordo com as informações oficiais fornecidas pelas autoridades portuguesas competentes o pedido de visto gold está sujeito às seguintes etapas e prazos correspondentes: 18 www.tfra.pt

1. SUBMISSÃO DO PEDIDO O pedido de visto a submeter deverá incluir: (i) o formulário oficial; (ii) todos os documentos relevantes (*); e (iii) a prova do pagamento da taxa administrativa. (*) Atualmente, a entrega do processo no SEF deverá ser acompanhada, desde logo, pela documentação relativa à prova do investimento ou, no máximo com uma dilação de 20 (vinte) dias, a contar da data da instrução do processo, sob pena de decisão de indeferimento por não preencher os requisitos mínimos exigidos. 2. DECISÃO O pedido de concessão de visto gold deve ser decidido no prazo legalmente previsto de 90 dias. O prazo legalmente previsto para decisão da renovação do visto gold situa-se nos 60 dias. 3. EMISSÃO DO TÍTULO O visto gold é emitido pela Casa da Moeda Portuguesa e deve ser entregue ao requerente no prazo de, aproximadamente, 4 (quatro) semanas, após o pagamento das taxas da sua emissão. www.tfra.pt 19

7. Períodos de permanência e renovações (i) O visto gold tem a duração inicial de 1 (um) ano, contado desde a data de emissão do respetivo título, podendo o seu titular requerer a sua renovação por períodos sucessivos de 2 (dois) anos. (ii) Para efeitos de renovação do visto gold, o requerente deverá demonstrar ter cumprido os seguintes requisitos mínimos de permanência em território português: a) Sete dias, seguidos ou interpolados, no primeiro ano de duração do visto gold; e b) Catorze dias, seguidos ou interpolados, nos subsequentes períodos de dois anos, (iii) Após 5 anos de titularidade do visto gold, o requerente poderá requer a autorização de residência permanente. (iv) A titularidade de um visto gold permite o acesso à nacionalidade Portuguesa, nos termos da legislação em vigor. 8. Reagrupamento familiar Os membros da família do titular do visto gold que se encontrem na sua dependência podem requerer o visto gold ao abrigo do regime do reagrupamento familiar, nos termos gerais previstos na lei portuguesa. O titular do visto gold válido tem direito ao reagrupamento familiar com os membros da família que: (i) estejam fora do território português; 20 www.tfra.pt

(ii) tenham vivido com o titular do visto gold noutro país; ou (iii) dependam ou coabitem com o titular do visto gold, independentemente dos laços familiares serem anteriores ou posteriores à entrada do titular do visto gold em território português. CONSIDERAM-SE MEMBROS DA FAMÍLIA DO TITULAR DO VISTO GOLD: a) O cônjuge; b) Os filhos menores ou incapazes a cargo do casal ou de um dos cônjuges; c) Os menores adotados pelo titular do visto gold quando este não seja casado, pelo titular do visto gold ou pelo cônjuge, por efeito de decisão da autoridade competente do país de origem, desde que a lei desse país reconheça aos adotados direitos e deveres idênticos aos da filiação natural e que a decisão seja reconhecida por Portugal; d) Os filhos maiores, a cargo do casal ou de um dos cônjuges, economicamente dependentes, que sejam solteiros e se encontrem a estudar num estabelecimento de ensino, independentemente do país onde se situa; e) Os ascendentes na linha reta e em primeiro grau do titular do visto gold ou do seu cônjuge, desde que se encontrem a seu cargo; e f) Os irmãos menores, desde que se encontrem sob tutela do titular do visto gold, de harmonia com decisão proferida pela autoridade competente do país de origem e desde que essa decisão seja reconhecida por Portugal. www.tfra.pt 21

O DIREITO AO REAGRUPAMENTO FAMILIAR PODERÁ SER EXTENSÍVEL A: a) Pessoa que mantenha com o titular do visto gold, em território português ou fora dele, uma união de facto devidamente comprovada, nos termos da legislação aplicável; e b) Filhos solteiros menores ou incapazes, incluindo os filhos adotados do parceiro de facto, desde que estes lhe estejam legalmente confiados. 9. Taxas Receção e análise do pedido de concessão ou renovação de cada visto gold 520,40 EUR Receção e análise do pedido de concessão ou renovação de cada visto gold no âmbito do reagrupamento familiar 81,10 EUR Emissão de cada título de visto gold 5.202,60 EUR Emissão dos cada título do visto gold nas subsequentes renovações 2.601,30 EUR Estes valores estão sujeitos a atualizações anuais, a partir de 01 de Março de cada ano, com base na variação do índice médio de preços no consumidor em Portugal Continental relativo ao ano anterior, excluindo habitação, publicado pelo Instituto Nacional de Estatística. 22 www.tfra.pt

PORQUÊ A TFRA?

PORQUÊ A TFRA? Vasta experiência na assistência jurídico-legal a empresas e investidores nacionais e estrangeiros, abrangendo desde o estudo e planeamento dos investimentos até à respetiva implementação, desenvolvimento e acompanhamento no quotidiano das operações inerentes. Equipa plenamente apta para apoiar os seus clientes na obtenção de vistos gold e nas operações de investimento subjacentes ao mesmo. Disponibilidade para auxiliar o investidor na aquisição de imóveis em Portugal, uma vez que uma das principais formas de investimento escolhida pelos cidadãos estrangeiros para aceder ao golden visa é a aquisição de património imobiliário em território português. Assessoria em toda a tramitação subjacente à realização de atividades de investimento em Portugal, preparação e submissão do pedido de visto gold. www.tfra.pt 25

CONCLUSÃO O programa do visto gold pretende captar novos investimentos e atrair capitais estrangeiros para Portugal através da desburocratização e, simultaneamente, da flexibilização deste tipo de título de residência, de forma a criar um mecanismo mais adequado ao perfil e às necessidades dos potenciais investidores. O programa dos vistos gold tem suscitado o interesse crescente dos investidores internacionais, em especial, cidadãos da China, Rússia e Brasil, refletindo-se no número crescente de concessão destes vistos. Assim, segundo dados oficiais do Governo Português, desde a aprovação do regime do visto gold há cerca de 5 anos, foram concedidos mais de 5000 vistos gold, e o total dos investimentos realizados através deste programa superou os 2.700 milhões de euros apenas em imobiliário.

PORTUGAL LISBOA Av. da República, 32-4.º Esq. 1050-193 Lisboa T +351 217 815 660 F +351 217 815 679 lawfirm@tfra.pt FUNCHAL Edifício Marina Forum, Av. Arriaga, 77-6.º 9000-060 Funchal Madeira T +351 291 232 374 F +351 291 230 32 ANGOLA LUANDA Masuika Office Plaza Rua Centro de Convenções S8, Bloco B, 4.º Andar A. Talatona - Luanda T +244 938 709 036 F +244 927 121 466 lga@legalgroupafrica.com

Junho 2017