Software de Telecomunicações Introdução aos requisitos Prof RG Crespo Software Telecomunicações Requisitos:1/10 Introdução (1) A identificação dos requisitos do sistema, a projectar, exige participação de diversos intervenientes Clientes, utilizadores: indicam os serviços pretendidos e as limitações não-funcionais (frequentemente de forma vaga) Analistas: ajudam no esclarecimento das imprecisões e verificam practibilidade dos objectos indicados pelos clientes/analistas Legislação: impõem restrições aos projectos (ex: bases de dados são obrigatoriamente registadas e qualquer pessoa tem direito a aceder à informação armazenada sobre si) Prof RG Crespo Software Telecomunicações Requisitos:2/10
Introdução (2) A fase de identificação dos requisitos do sistema desenvolve-se ao longo de três dimensões: especificação, representação e acordo. A fase de identificação de requisitos parte de uma representação informal, especificação opaca e de vistas individuais. Especificação Completa Razoável Opaca Acordo Início Vista comum Vista individual Informal Semi-formal Formal Objectivo final (desejável) Representação Prof RG Crespo Software Telecomunicações Requisitos:3/10 Introdução (3) Especificação: o grau da especificação pode ser Opaco (i.e., totalmente desconhecida), Razoável, Completa (dentro do domínio fixado na fase de requisitos pelos intervenientes). Acordo Vista individual (os requisitos apenas refletem posições individuais). Normalmente, os requisitos são contraditórios nesta fase. Vista comum. Os requisitos são resultantes do acordo entre os diversos intervenientes com objectivo de eliminar as contradições e estabelecer as pontes entre os pontos de vista individuais. Prof RG Crespo Software Telecomunicações Requisitos:4/10
Introdução (4) Representação: os requisitos funcionais do sistema a desenvolver podem ser formulados em 3 esquemas de representação 1. Informal: a representação informal é orientada ao utilizador e consiste na linguagem natural, descrição por exemplos e animações. Vantagens: muito fáceis de utilizar, máximo poder de expressividade e liberdade. Inconvenientes: ambguidade, inconsistência e contradições Prof RG Crespo Software Telecomunicações Requisitos:5/10 Introdução (5) 2. Semi-formal: A representação semi-formal é baseada na visualização gráfica do sistema ( SA-Structured Analysis ). Vantagens: representações claras do sistema (NB! uma imagem vale 1000 palavras ), semântica formalmente definida. Inconvenientes: semântica de representações semi-formais é muito pobre, pelo que a maior parte do conhecimento representado não pode ser usado para raciocínio. A representação semi-formal é praticamente standard na indústria. Prof RG Crespo Software Telecomunicações Requisitos:6/10
Introdução (6) 3. Formal, i.e. baseada na matemática, é orientada ao sistema e possui a semântica mais rica entre os 3 esquemas de representação. Vantagens: não-ambiguidade, possibiliade de gerar protótipos, prova da correcção do sistema,detecção precoce de erros diminuição do tempo de codificação (mas à custa de maior tempo na análise). Inconvenientes: não inclui aspectos do mundo real (segurança, tempo-real, ), passagem da especificação para código executável não é trivial e existem dificuldades na modularização de especificações. O facto da especificação ser formal não impede a necessidade da sua validação pelo cliente. A tendência é tornar obrigatório o uso de especificações formais em sistemas críticos (medicina, aviação, ). Prof RG Crespo Software Telecomunicações Requisitos:7/10 Introdução (7) Existem várias classes de especificações formais Algébricas (ACT ONE, OBJ, CLEAR, ): o estado do sistema não é acessível. Os objectos são especificados em termos dos relacionamentos entre as operações que podem actuar sobre os objectos Baseadas em modelos (Z, VDM, ): começa-se por descrever o espaço de estados possíveis e depois descrevem-se as operações que podem alterar o estado do sistema. Orientadas a objectos (OBLOG, ) Processos (LOTOS,...) Prof RG Crespo Software Telecomunicações Requisitos:8/10
SDL (1) Recomendação Z.100 da ITU (International Telecommunications Union-antiga CCITT) Orientada para sistemas de telecomunicações distribuídos, baseados ecomputadores. Baseada em processos comunicantes, modelados por máquina estendidade de estados. Representação gráfica Mas, a semântica é muito complexa (ao contrário do LOTOSproposto pela OSI) A linguagem mais usada Prof RG Crespo Software Telecomunicações Requisitos:9/10 SDL (2) Primeira proposta em1980. Em cada 4 anos são propostas extensões. Em SW Tele abordamos a versão 88, a mais divulgada 1992: introduzidos conceitos orientação por objectos 2004: influenciada pelo UML 2 Usada em combinação com MSC, ASN.1 e TTCN para englobar diversas facetas dos sistemas. Prof RG Crespo Software Telecomunicações Requisitos:10/10