Vacinas de DNA contra dengue combinadas a outras estratégias. Ada M. B. Alves (ada@ioc.fiocruz.br)



Documentos relacionados
Arbovírus: arthropod-born virus 400 vírus isolados 100 patógenos humanos. Febres indiferenciadas Encefalites Febres hemorrágicas

Arthropod-borne vírus Mosquitos e carrapatos Diferentes famílias de vírus. Togaviridae Bunyaviridae Flaviviridae. Arboviroses

Imunidade aos microorganismos

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ-UECE

CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

Sistemas de genética reversa do ZIKV: desenvolvimento, aplicações e perspectivas

Construindo um País mais Saudável 40 anos do Programa Nacional de Imunizações. 4 de Setembro de 2013 Senado Federal Brasília

ZOONOSES VIRAIS HELTON FERNANDES DOS SANTOS. Méd. Veterinário (UFRGS / IPVDF)

Dengue NS1 Antígeno: Uma Nova Abordagem Diagnóstica

Múmia de Ramsés V com marcas sugestivas de varíola

VIROLOGIA RETROVÍRUS 1. HIV

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia

Vacinação em massa contra febre amarela na África 4.

Suspeita clínic a de doença celíaca. + IgA sérica POSITIVO 3? Anti-gliadina IgG POSITIVO?

Desafios no desenvolvimento de uma vacina contra dengue. Expedito Luna Instituto de Medicina Tropical Universidade de São Paulo

Organização do genoma dos Flavivirus Esta organização é válida para todos os Flavivirus, não somente para o da dengue.

Geração de anticorpos monoclonais para alvos neurológicos


Exercícios de Monera e Principais Bacterioses

VIROLOGIA HUMANA. Professor: Bruno Aleixo Venturi

Hepatite B: Vacina R. PARANÁ

O que um estudante de medicina deve saber? Edvaldo Souza

Vacina para Rotavírus

VÍRUS (complementar o estudo com as páginas do livro texto)

HEPATITES. Prof. Fernando Ananias HEPATITE = DISTÚRBIO INFLAMATÓRIO DO FÍGADO

Doenças Virais - Humanas

Vírus - Características Gerais. Seres acelulares Desprovidos de organização celular. Não possuem metabolismo próprio

A partícula viral infectante, chamada vírion, consiste de um ácido nucléico e de uma capa protéica externa (capsídeo). O conjunto do genoma mais o

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias

Tipos virais, aspectos clínicos e epidemiológicos da dengue

INTRODUÇÃO À VIROLOGIA MORFOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO VIRAL. Larissa dos Santos Professora Auxiliar de Virologia larissa.ss@gmail.com

IMUNOBIOLÓGICOS UTILIZADOS NA UNIDADE NEONATAL

VÍRUS. DISCIPLINA: BIOLOGIA

DISTURBIOS HEMATOLÓGICOS CAUSADOS POR DENGUE

Prevenção e controle das infecções virais

VI Congresso Brasileiro de Biossegurança Simpósio Latino-Americano de Produtos Biotecnológicos

Arbovírus (arthropod-born virus)

Rede Pública ou Particular?

Ministério da Saúde FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz Instituto Carlos Chagas - ICC- Fiocruz - PR

Resposta imune à vacina de febre amarela e outras arboviroses

Patogênese Viral Instituto de Ciências Biomédicas Departamento de Microbiologia Prof. Dr. Charlotte Marianna Hársi

PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES DENGUE

I Simpósio de Pesquisa e Inovação do Instituto Oswaldo Cruz 110º aniversário de junho de 2010 PROGRAMA

SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE PÚBLICA DO RIO GRANDE DO NORTE COORDENAÇÃO DE PROMOÇÃO À SAÚDE SUBCOORDENADORIAS DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E AMBIENTAL

Diagnóstico Laboratorial de Chikungunya

DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA (DVE) CIEVS/COVISA Novembro/2014

GLOSSÁRIO VIROLOGIA VETERINÁRIA

Introdução. Febre amarela. A mais famosa arbovirose (virose transmitida por artrópodes) Causa de morbidade importante desde o século XVII até hoje

Agente Infectante. Vetor / Transmissão. Doença. Sinais e Sintomas Hemorragias na pele, no nariz e em outros locais. Febre, fraqueza, dores musculares.

Vanguard HTLP 5/CV-L Vacina contra Cinomose, Adenovírus Tipo 2, Coronavírus, Parainfluenza, Parvovirose e Leptospirose Canina

AIDS Síndrome da Imunodeficiência Humana

Calendário de Vacinação do Prematuro e da Criança

Declaração de Conflitos de Interesse. Nada a declarar.

HIV como modelo de estudo de retrovírus e patogênese

ANTICORPOS. CURSO: Farmácia DISCIPLINA: Microbiologia e Imunologia Clínica PROFESSORES: Guilherme Dias Patto Silvia Maria Rodrigues Querido

Vacinas contra o pneumococo

Curso Nutrição do Recém-Nascido Pré-Termo. Elsa Paulino Hospital dos Lusíadas

Dengue diagnóstico e manejo clínico. Lúcia Alves da Rocha

A importância hematofágica e parasitológica da saliva dos insetos hematófagos. Francinaldo S.Silva.

ESTRUTURA VIRAL. Visualização: apenas ao ME. Não apresentam estrutura celular (acelulares) Estrutura básica: Cápsula protéica (capsídeo)

Resposta imune às infecções virais ou DEFESAS DO HOSPEDEIRO CONTRA OS VÍRUS

A LINGUAGEM DAS CÉLULAS DO SANGUE LEUCÓCITOS

Hepatites Virais. Vírus da hepatite B (HBV); DNA de fita dupla, envelopado. Vírus da hepatite C (HCV); RNA de fita simples, envelopado

TEXTO BÁSICO PARA SUBSIDIAR TRABALHOS EDUCATIVOS NA SEMANA DE COMBATE À DENGUE 1

Virulogia. Vírus. Vírus. características 02/03/2015. Príons: Proteína Viróides: RNA. Características. Características

AMPLIFICAÇÃO DO GENE DA PROTEÍNA E DO VÍRUS DENV ATRAVÉS DA TÉCNICA DE REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE (PCR)

Nova vacina frente à cura para a AIDS

ESTRATÉGIAS MOLECULARES PARA UTILIZACÃO DO VÍRUS DA FEBRE AMARELA COMO VETOR VACINAL

Professor Fernando Stuchi M ETABOLISMO DE C ONSTRUÇÃO

C n o c n e c i e tos o s i ni n ci c ai a s C n o c n e c i e tos o s i ni n ci c ai a s

Open innovation. A realidade e os desafios do complexo da saúde no Brasil

Diagnóstico Imunológico das Infecções Congênitas

DIAGNÓSTICO E CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DO VÍRUS DENGUE CIRCULANTE NA CIDADE DE SALVADOR, BAHIA, BRASIL

Combate à dengue recebe maior volume de recursos da história 4

A genética do vírus da gripe

Encontro Nacional de Vigilância Sanitária sobre a Pandemia de Influenza

Capítulo 2. Janice Reis Ciacci Zanella Nelson Morés Rejane Schaefer Paulo Augusto Esteves Liana Brentano

PROVA FORMAÇÃO DE AGENTE DE COMBATE A ENDEMIAS Prefeitura Municipal de Ouro Preto 1- Assinale a alternativa que define o que é epidemiologia.

Fundação Oswaldo Cruz

Biologia - Grupos A e B - Gabarito revisto

DENGUE: ASPECTOS HISTÓRICOS

Vacina contra Febre Amarela VIGILÂNCIA DE EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINA

Antes da descoberta dos sirnas oligonucleotídeos antisenso (ASO) eram usados para silenciar genes

ARBOVÍRUS & ARBOVIROSES. Walter Reed

Secretaria Municipal de Saúde. Atualização - Dengue. Situação epidemiológica e manejo clínico

Em abril de 1947, o vírus Zika

Adultos e idosos também precisam se vacinar

Colónias satélite: ao fim de 2 dias (a e b) e de 4 (c)

A Empresa RESUMO DA EMPRESA FARMACORE BIOTECNOLOGIA LTDA. BIO LATIN AMERICA Rio de Janeiro 10 de Setembro de 2014

TERAPIA GÊNICA. Brasília DF, Julho de 2010.

Cartilha da Influenza A (H1N1)

Complexo principal de histocompatibilidade

Diagnóstico de infecções virais

HELMA PINCHEMEL COTRIM FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

Transcrição:

Vacinas de DNA contra dengue combinadas a outras estratégias Ada M. B. Alves (ada@ioc.fiocruz.br)

DENGUE Hospedeiro invertebrado - mosquito Aedes Hospedeiro vertebrado - humanos Vírus: Arbovírus Família Flaviviridae Quatro Sorotipos: DENV1, DENV2, DENV3, DENV4

Países/áreas de risco de transmissão de dengue

DF DHF San Martin et al. Am J Trop Med Hyg. 2010 82(1):128-35

Susceptibilidade e Imunidade - Imunidade permanente para o mesmo sorotipo - Imunidade temporária para outro sorotipo

O VÍRUS DA DENGUE Modelo esquemático M E C RNA Modificado de Lindenbach & Rice 2001 RNA

INFECÇÃO VIRAL Célula infectada Lindenbach & Rice 2001

VÍRUS DA DENGUE

Vacinas de subunidades: E Vacinas contra dengue Maior dificuldade: Vacina contra os 4 sorotipos - Proteína E dos 4 sorotipos (produzida em células de Drosófila) - Hawaii Biotechnology/Merck (ensaios clínicos) - Baixa imunogenicidade (necessidade de várias doses), adjuvantes Vacinas inativadas: - Vírus produzido em cultura de células e inativados (GSK) - Baixa imunogenicidade (adjuvantes) Vacinas atenuadas: Obtidas por passagens em cultura de células (de macaco e cachorro) Problemas: - Conseguir uma dose ideal com diferentes concentrações dos diversos sorotipos - Walter Reed Army Institute / GSK ensaios clínicos Fase II

Vacinas com Vírus Quiméricos: - Vírus vacinal da Febre Amarela com alguns genes dos vírus da dengue (BioManguinhos testes em primatas; Sanofi-Pasteur ensaios clínicos Fase III) - Vírus DENV4 atenuado (DEN4 30) contendo genes dos outros sorotipos (NIH ensaios clínicos) - Vírus DENV2 atenuado contendo genes dos outros sorotipos (Inviragen ensaios clínicos Fase I) Vacinas de DNA: - Proteínas prm/e (Navel Medical Research Center, USA ensaios clínicos Fase I) - Proteína C - Proteína NS1 - Proteína NS3

Vacinas de DNA contra dengue

Proteína E e prm/m Anticorpos Neutralizantes

Proteína do Envelope Modis et al., 2003 Protein E: três domínios (I, II and III); Domínio III - Interação com receptores presentes na superfície das células hospedeiras (internalização do vírus); - Anticorpos neutralizantes.

Construções plasmidiais 80% Envelope Protein (pe1d2) amino acids 1 52 132 191 278 296 398 stem-anchor region 493 Domain I Domain II Domain III (pe2d2) pe1d2 t-pa E80% pe2d2 t-pa E Dom III

Expressão in vitro das proteínas recombinantes (células BHK) Imunofluorescência pe1d2 pe2d2 pctpa Marcação metabólica e imunoprecipitação (sobrenadante das culturas) KDa pe1d2 pe2d2 pctpa Azevedo et al., Plos One 2011, 6: e20528

TESTES DE DESAFIO Inoculação por via intracerebral (i.c.) de DENV-2 neuroadaptado a camundongos

% of Survival Imunicação (i.m.) de camundongos Balb/c e desafio (i.c.) com DENV-2 Sobrevivência 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 pe1d2 pe2d2 pctpa DENV-2 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Days after challenge Azevedo et al., Plos One 2011, 6: e20528

% of Morbidity Degree of Morbidity Morbidade (Paralisia dos membros posteriores e comprometimento da coluna vertebral) ** *** * 100 pe1d2 + DENV-2 3 80 60 pe2d2 + DENV-2 pctpa + DENV-2 DENV-2 2 40 1 20 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 101112131415161718192021 Days after Challenge 0 pe1d2 pe2d2 pctpa DENV-2 Azevedo et al., Plos One 2011, 6: e20528

(PRNT 50 titer) Anticorpos neutralizantes contra DENV-2 700 ** 600 500 400 300 200 100 0 pe1d2 * pe2d2 pe1d2 after challenge pe2d2 after challenge Azevedo et al., Plos One 2011, 6: e20528

Imunizações Combinadas Vacina de DNA + Vírus Quimérico YF17D-D2 17DD2 C prm E NS1 NS2a NS2b NS3 NS4a NS4b NS5

Vacina Tetravalente (CYD) Sanofi Pateur Cerca de 4.000 crianças na Tailândia (4-11 anos) Três doses (0, 6 e 12 meses) Acompanhamento 25 meses

Casos de dengue Anticorpos Neutralizantes Sabchareon et al. 2012 Lancet 380:1559-67

Imunizações Combinadas Vacina de DNA + Vírus Quimérico YF17D-D2 17DD2 C prm E NS1 NS2a NS2b NS3 NS4a NS4b NS5

Desafio com DENV2 pe1d2 + 17DD2 Dose / Reforço (prime/boost) Azevedo et al. 2013 Plos One 8: e58357

Desafio com DENV2 pe1d2 + 17DD2 Imunização Simultânea (mix) Azevedo et al. 2013 Plos One 8: e58357

Anticorpos neutralizantes Dose / Reforço Imunziação Simultânea

Elispot IFN-g Azevedo et al. 2013 Plos One 8: e58357

Proteína NS1

Altamente imunogênica: pacientes convalescentes apresentam altos níveis de anticorpos contra NS1 Anticorpos com fixação de complemento, lise de células infectadas Sem o risco de ADE Proteção Resposta imune de células citotóxicas T CD8+ Patogênese Ativação do complemento aumento da permeabilidade vascular (DHF/DSS) Anticorpos que reagem com proteínas do organismo (fibrinogênio, trombócitos, células endoteliais)

Vacinas de DNA com o gene que codifica a NS1 de DENV-2 pctpans1anc t-pa NS1 ANC pctpans1 t-pa NS1 C prm E NS1 NS2a NS2b NS3 NS4a NS4b NS5 5 3 pcens1 E NS1 pcens1anc E NS1 ANC

Western Blot Extrato celulares Sobrenadantes das culturas kda kda 49.1 134 82 34.8 40.6 Costa et al., Virology 358: 413-23, 2007

Titers Especificidade dos anticorpos anti-ns1 40000 30000 20000 10000 pctpans1 / intact NS1 pctpans1 / denatured NS1 pcens1 / intact NS1 pcens1 / denatured NS1 0 0 2 4 6 8 10 Weeks Costa et al., Virology 358: 413-23, 2007

Produção de IFN-g (Elispot)

Desafio I com DENV-2 Inoculação por via intracerebral (i.c.) de DENV-2 neuroadaptado a camundongos

% of Morbidity % of Survival % of Morbidity % of Survival pctpans1 (a) 100 80 pctpans1 + DENV-2 pctpa + DENV-2 DENV-2 (b) 100 80 60 60 40 20 40 20 pctpans1 + DENV-2 pctpa + DENV-2 DENV-2 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Days 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Days pcens1 (c) 100 80 pcens1 + DENV-2 pcdna3 + DENV-2 DENV-2 (d) 100 80 60 60 40 40 pcens1 + DENV-2 pcdna3 + DENV-2 DENV-2 20 20 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Days Days Costa et al., Virology 358: 413-23, 2007

Desafio II com DENV-2 Inoculação por via i.p. ou i.v. de DENV-2 isolado de um paciente no Rio de Janeiro e não adaptado a camundongos

Histopatologia (fígado) Paes et al., Laboratory Investigation 89:1140-51, 2009

Níveis séricos de enzimas hepáticas (ALT e AST) Paes et al., Laboratory Investigation 89:1140-51, 2009

% hemorragia Imunização com pctpans1 ou pcens1 e quantificação das alterações hepáticas Hemoragia 1.2 * 1.0 0.8 0.6 0.4 0.2 0.0 pctpans1 pcens1 pcdna3 DENV2 GL 200x Costa et al., to be submited

Tumefação Esteatose 5 * 4 *** ** 5 * 4 ** 3 3 2 2 1 1 0 pctpans1 pcens1 pcdna3 DENV2 0 pctpans1 pcens1 pcdna3 DENV2 HE 200x HE 400x Costa et al., to be submited

U/L U/L 800 600 ALT 1000 800 AST 400 200 600 400 200 0 Non-infected pctpans1 pcens1 pcdna3 DENV2 0 Non-infected pctpans1 pcens1 pcdna3 DENV2 1000 Plaquetas 800 10 3 / mm 3 600 400 200 0 Non-infected pctpans1 pcens1 pcdna3 DENV2 Costa et al., to be submited

Lab. Biotecnologia e Fisiologia de Infecções Virais Ada M. B. Alves Simone M. Costa, PhD Antônio J.S. Gonçalves, PhD Marciano V. Paes, PhD Adriana S. Azevedo, PhD Ana Cristina Nogueira, PhD Edson R.A. de Oliveira, PhD student Márcio M. Barradas, M.Sc Kíssela Rabelo, M.Sc student Juliana F.A. da Silva, M.Sc student Paolla Beatriz A. Pinto, graduate student Eduardo R.P. Veltri, graduate student Rafael L.C. Silva, graduate student

COLABORATIONS BioManguinhos/ FIOCRUZ, Brazil Dr. Ricardo Galler Dr. Marcos S. Freire IOC/FIOCRUZ, Brazil Dra. Cecília J. Almeida UFRJ Dr. Ronaldo Mohana Borges Hospital Gafrée Guinle/UNIRIO Brazil Dr. Carlos Alberto Basílio de Oliveira USP, Brazil Dr. Luis Carlos S. Ferreira Dra. Silvia Boscardin Ohio State University Medical Center, USA Dr. Gerard J. Nuovo

Financial Support FIOCRUZ PDTIS PRONEX - DENGUE