PLANO MUNICIPAL DE MOBILIDADE DE AVEIRO

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Transcrição:

PLANO MUNICIPAL DE MOBILIDADE DE AVEIRO ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO... 3 2 ZONAMENTO... 4 2.1 Âmbito do Estudo... 4 2.2 Proposta de Zonamento... 5 3 RECOLHA DIRECTA DE INFORMAÇÃO... 8 3.1 Sistema Territorial... 8 3.2 Padrões de Mobilidade... 8 3.2.1 Evolução de Movimentos Pendulares... 8 3.2.2 Inquérito à Mobilidade da População Residente... 8 3.3 Transporte Individual... 9 3.3.1 Caracterização da Oferta Viária... 9 3.3.2 Contagens de Tráfego... 11 3.4 Transporte Colectivo... 13 3.4.1 Caracterização dos Principais Pontos de Articulação Modal... 13 3.4.2 Caracterização das Paragens de Transporte Colectivo... 15 3.4.3 Inquéritos ao Transporte Colectivo... 15 3.4.4 Contagens ao Transporte Colectivo Rodoviário... 16 3.5 Sistema Ciclável... 18 3.5.1 Caracterização das Infra-estruturas Cicláveis... 18 3.5.2 Inquéritos aos Utilizadores da MoveBUGA... 18 3.6 Estacionamento... 19 3.6.1 Identificação da Oferta de Estacionamento... 20 3.6.2 Ocupação de Estacionamento... 21 3.6.3 Rotação de Estacionamento... 21 3.7 Espaço Público... 22 4 INFORMAÇÃO A RECOLHER JUNTO DA COMISSÃO TÉCNICA DE ACOMPANHAMENTO... 25 4.1 Sistema Territorial... 25 4.1.1 Caracterização Demográfica... 26 4.1.2 Caracterização Socio-Económica... 26 4.1.3 Identificação de Pólos Geradores... 27 4.1.4 Usos do Solo... 27 4.2 Transporte Individual... 28 4.3 Transporte Colectivo... 29 4.3.1 Redes MoveRIA e MoveBUS... 29 4.3.2 Caracterização da Rede Escolar... 30 4.4 Sistema Ciclável... 31 4.5 Estacionamento... 31 4.6 Espaço Público... 32 i

5 CONTACTOS A ESTABELECER... 33 5.1 Sistema Territorial... 33 5.2 Transporte Colectivo (Supra-Concelhio)... 34 5.2.1 Modo Ferroviário... 34 5.2.2 Modo Rodoviário... 35 5.3 Sistema Ciclável... 35 5.3.1 Utilizadores da Bicicleta... 36 5.3.2 Forças de Segurança... 36 5.4 Estacionamento... 37 6 PROGRAMAÇÃO DE TRABALHOS... 38 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 - Níveis de Ordenamento Propostos... 5 Figura 2 Zonamento (Área de Estudo)... 6 Figura 3 Zonamento (Detalhe da Zona Urbana)... 7 Figura 4 Zonamento (Envolvente à Área de Estudo)... 7 Figura 5 - Área abrangida pelo Modelo de Simulação Dinâmica... 10 Figura 6 - Cobertura das Estimativas de Tráfego Existentes (Área de Estudo)... 11 Figura 7 - Localização dos Postos de Contagem de Transporte Individual Propostos... 12 Figura 8 - Localização dos Pólos de Articulação Modal a Caracterizar... 13 Figura 9 - Contagens de Passageiros de Transporte Colectivo Rodoviário - Postos Moveis Propostos 17 Figura 10 - Zona abrangida pelo Levantamento de Estacionamento... 20 Figura 11 - Proposta de Localização dos Circuitos de Rotação do Estacionamento... 22 Figura 12 - Exemplos de espaços de paragem e espaços de circulação... 23 Figura 13 - Exemplos de zonas homogéneas para caracterização da rede pedonal... 23 Figura 14 - Rede de Transporte Escolar... 30 ANEXOS ANEXO A - PROPOSTA DE ZONAMENTO ANEXO B - MODELO DE INQUÉRITO À MOBILIDADE DA POPULAÇÃO RESIDENTE ANEXO C - MODELO DE INQUÉRITO AOS UTILIZADORES DO TRANSPORTE COLECTIVO ANEXO D - MODELO DE INQUÉRITO AOS UTILIZADORES DO PROJECTO BUGA ANEXO E INFORMAÇÃO SIG AVEIRO SOLICITADA ANEXO F PROGRAMAÇÃO DE TRABALHOS ÍNDICE DE QUADROS Quadro 1 - Elementos de Caracterização de Oferta Viária... 10 Quadro 2 - Elementos SIGAveiro (Bases de Levantamento e Caracterização Física)... 25 Quadro 3 - Elementos SIGAveiro (Caracterização Demográfica)... 26 Quadro 4 - Elementos SIGAveiro (Identificação de Pólos Geradores)... 27 Quadro 5 - Elementos SIGAveiro (Usos do Solo)... 28 Quadro 6 - Elementos SIGAveiro (Infra-estruturas Viárias)... 28 Quadro 7 - Elementos SIGAveiro (Sistema de Estacionamento)... 31 ii

1 INTRODUÇÃO Com o Plano Municipal de Mobilidade de Aveiro, a Câmara Municipal de Aveiro pretende dispor de um instrumento que potencie a implementação de um sistema integrado de transportes que contemple soluções que viabilizem a adopção de políticas de gestão de mobilidade sustentáveis. Desta forma, o Plano de Mobilidade abordará um leque de temáticas variadas, - analisadas a partir de uma caracterização global da mobilidade concelhia que não se restringirá exclusivamente ao contexto urbano -, e terá como produto final a elaboração de um conjunto de planos de acção no sentido do cumprimento dos objectivos de sustentabilidade equacionados no contexto da Política de Mobilidade do Concelho de Aveiro, que será igualmente aferida no desenvolvimento do presente estudo. O presente documento constitui o primeiro relatório a elaborar no âmbito do estudo e visa abordar os seguintes temas: Zonamento, onde se apresenta a proposta de agregação do território em unidades mínimas de análise, sobre as quais se codificará a informação a recolher no âmbito dos trabalhos de campo; Explicitação das tarefas de recolha directa de informação (trabalhos de campo) a desenvolver na fase de caracterização para cada uma das áreas temáticas em análise, indicando, nomeadamente: metodologias propostas, locais/abrangência dos levantamentos, aspectos condicionantes à sua realização (prioridades/relações de sequencialidade/dependências), modelos de inquérito, etc. Identificação da informação a solicitar no âmbito da Comissão Técnica de Acompanhamento, entidade que integra elementos da Câmara Municipal de Aveiro (adiante designada CTA/CM Aveiro), cobrindo as principais áreas relevantes para o desenvolvimento dos trabalhos; Identificação dos contactos a estabelecer com entidades externas à Câmara Municipal de Aveiro, elencando os principais temas a abordar com cada entidade, bem como a informação que se pretende ver disponibilizada. Neste caso serão igualmente identificadas o tipo de intervenções propostas por parte da CM Aveiro no sentido da veiculação desses contactos. A validação da informação contida no presente documento por parte da CTA/CM Aveiro constitui um aspecto essencial à prossecução atempada das tarefas propostas. O presente documento apresenta ainda uma proposta prévia de programação das principais tarefas de recolha identificadas, programação essa que deverá ser ajustada com o desenvolvimento dos trabalhos de preparação das acções de campo e recolha de informação prévia. Cada um dos temas identificados é abordado nos capítulos seguintes do presente documento, incluindo-se sempre que necessário a informação de detalhe nos anexos que o complementam. 3

2 ZONAMENTO 2.1 Âmbito do Estudo A área de intervenção do presente estudo corresponde aos limites administrativos do Concelho de Aveiro, ainda que nas análises a realizar tenham em conta as relações com a sua envolvente. Uma vez que o território concelhio não apresenta uma ocupação homogénea, considera-se que as intervenções em termos do ordenamento da mobilidade deverão ser diferenciadas consoante as diferentes tipologias de intensidade de ocupação urbana. Desta forma o território concelhio distribui-se em três níveis de desagregação funcional, a saber: Zona Urbana, correspondente às parcelas de território em que a concentração de funções urbanas (económicas e residenciais) é mais intensa. Daí resulta naturalmente uma maior densidade de utilizadores do sistema de transportes implicando numa maior concentração de interesses e conflitos que importa dirimir, assim como dos impactes negativos provocados pela mobilidade (congestionamento, poluição atmosférica, poluição sonora, por exemplo). Consequentemente, a caracterização desta zona será mais aprofundada abrangendo a totalidade das temáticas analisadas no presente estudo, uma vez que será aqui que as propostas a desenvolver terão uma maior profundidade, abrangência e detalhe. Os planos de estacionamento, logística urbana e pedonal serão exclusivamente desenvolvidos para zonas desta natureza, focando-se na zona mais central da Cidade de Aveiro, como aliás já foi efectuado no estudo realizado internamente pela Câmara Municipal de Aveiro em 2008. Será também para as zonas classificadas como urbanas que os planos de circulação, transportes colectivos e ciclável serão desenvolvidos em maior detalhe. Zona Peri-Urbana, correspondendo a zonas de menor densidade de ocupação, apresentando núcleos difusos de desenvolvimento urbano com uma distribuição esparsa no território não sustentando as funcionalidades, nem apresentando os problemas característicos das zonas urbanas. Neste tipo de zonas a caracterização a realizar terá necessariamente um menor grau de detalhe, garantindo-se no entanto a identificação das necessidades básicas de transporte das populações aí residentes (inquérito à mobilidade), bem como a análise da oferta de transporte ai proporcionada (nomeadamente rede viária e principais serviços de transporte). Os planos de circulação, transporte colectivos e ciclável terão nestas zonas o desenvolvimento necessário para garantir a coerência global do sistema de transportes. Os restantes planos englobarão esta zona a um nível conceptual. Zona Rural, correspondendo a zonas de ocupação bastante mais dispersa e com menor dimensão, em que os conflitos de partilha de espaço não se colocam com a premência evidenciada nas zonas urbana e peri-urbana. A caracterização e análises a realizar sobre esta categoria de zonas será mais sumária, sendo que as propostas que eventualmente se possam formular serão no sentido da continuidade das redes e serviços propostos e com o grau de detalhe suficiente para tal. 4

Na figura seguinte apresenta-se a classificação do território do concelho de Aveiro segundo estas três categorias, já revista à luz de informação disponibilizada pela CM Aveiro nesta fase de arranque de trabalhos. Figura 1 - Níveis de Ordenamento Propostos N Assim, no caso do Nível Urbano, esta classificação foi realizada tendo em conta a delimitação da zona urbana retida no PDM em vigor 1, desagregando-se o restante território concelhio nas categorias de Peri-urbano e Rural de acordo com as estimativas de densidade populacional realizadas com base nas sub-secções estatísticas (INE). As tarefas de caracterização, análise e elaboração de propostas no contexto urbano serão desenvolvidas em maior profundidade para a zona delimitada a Sul-Nascente pela EN109, sendo que para o restante território de nível urbano as análises a desenvolver tomarão um carácter menos extensivo. Para garantir a coerência relativamente à delimitação de lugares assumida pelo Instituto Nacional de Estatística e a contiguidade das várias zonas procedeu-se posteriormente a algumas agregações. 2.2 Proposta de Zonamento 5 km 10 km Nas figuras seguintes apresenta-se a proposta de zonamento operacional a utilizar no desenvolvimento do estudo, sendo que a sua construção teve subjacentes os seguintes princípios. No contexto do território de Nível Urbano as zonas consideradas são constituídas por sub-secções estatísticas, ou agregações das mesmas, pertencentes a uma mesma freguesia. Nas zonas mais centrais abrangidas Nível Urbano Nível Peri-Urbano Nível Rural 1 O perímetro Urbano da Cidade de Aveiro está definido no Decreto nº 45342 de 07/11/63 FONTE: Produção Própria e demarcado na Planta de Condicionantes (Planta nº4), 5

nos elementos de pré-diagnóstico, procurou-se dentro desta lógica garantir a compatibilidade possível com as unidades territoriais utilizadas nessa fonte, construindo quando necessário num zonamento mais fino necessário para um maior rigor do modelo de transportes. Figura 2 Zonamento (Área de Estudo) No âmbito dos níveis Peri-Urbano e Rural, as zonas constituídas por agregações de sub-secções estatísticas garantindo-se a exclusividade das classificações peri-urbano e rural, isto é, nenhuma zona considerada é simultâneamente peri-urbana e rural; No território envolvente à Área de Estudo, as zonas consideradas correspondem a Concelhos para o território da sub-região, sendo que para o restante território nacional se tomaram como unidades de zonamento regiões (NUT II) ou sub-regiões (NUT III) No Anexo A apresenta-se a listagem das zonas consideradas e o seu enquadramento das unidades estatísticas retidas pelo Instituto Nacional de Estatística, bem como as figuras que as ilustram em maior formato. FONTE: Produção Própria 6

Figura 3 Zonamento (Detalhe da Zona Urbana) Figura 4 Zonamento (Envolvente à Área de Estudo) FONTE: Produção Própria FONTE: Produção Própria 7

3 RECOLHA DIRECTA DE INFORMAÇÃO 3.1 Sistema Territorial Não se encontram previstas tarefas de recolha directa de informação in situ específicas no contexto da caracterização do Sistema Territorial. A caracterização a realizar será feita a partir de elementos documentais e informação estatística recolhida directamente pela equipa (ex: informação sóciodemográfica produzida pelo Instituto Nacional de Estatística, informação constante nos Quadros de Pessoal do Ministério da Segurança Social e do Trabalho e no Recenseamento Geral da Administração Pública), bem como junto da Câmara Municipal de Aveiro, através da CTA/CM Aveiro (vide secção 4.1 deste documento). Refira-se no entanto que no contexto das visitas e outros levantamentos a realizar na área de estudo, se necessário, se poderá aferir a informação documental recolhida, nomeadamente no que se refere a localizações de pólos geradores relevantes e sua caracterização qualitativa. 3.2 Padrões de Mobilidade Para a caracterização dos padrões de mobilidade da população utilizadora encontram-se previstas duas tarefas de recolha directa de informação - a realização de inquéritos à mobilidade da população residente e a recolha de informação estatística relativa às deslocações pendulares que se explicitam nas secções seguintes. 3.2.1 Evolução de Movimentos Pendulares A equipa recorrerá directamente aos serviços do Instituto Nacional de Estatística no sentido de obter a informação relativa aos movimentos pendulares nos dois últimos momentos censitários. Será solicitada a disponibilização da informação contida nos quadros 6.40 (modo de transporte) e 6.41 (tempo dispendido) dos censos de 1991 e 2001 (desagregação à freguesia e por modo de transporte) relativa aos concelhos da sub-região do Baixo Vouga, quer do lado da residência, quer do lado do local de trabalho/escola. 3.2.2 Inquérito à Mobilidade da População Residente Para a caracterização específica da Mobilidade da População Residente encontra-se prevista a realização de cerca de 800 inquéritos por entrevista telefónica (CATI Computer Aided Telefonic Interview) incidindo sobre a população residente no concelho de Aveiro com desagregação nos 3 seguintes estratos: Residentes com idade compreendida entre os 10 e os 17 anos (sendo que os indivíduos com idade inferior ou igual a 14 anos terão de ter autorização de um adulto do seu agregado familiar para responder ao inquérito); Residentes com idade compreendida entre os 18 e os 65 anos; Residentes com idade superior a 65 anos. 8

A distribuição espacial da amostra do inquérito será feita em função da distribuição populacional por segmento. Note-se que esta tarefa não carece especificamente de credenciação das equipas por parte da CM Aveiro, sendo no entanto desejável proceder à divulgação desta actividade e sensibilização à cooperação por parte dos residentes (nomeadamente através do site da CM Aveiro ou outros meios de divulgação da autarquia). O conteúdo do modelo de inquérito não apresenta alterações face ao já equacionado em fase de proposta, organizando-se em três partes: Primeira parte onde se caracterizará o agregado familiar e todos os seus elementos; Segunda parte onde se caracterizará a mobilidade, no dia útil anterior, de um dos elementos do agregado familiar; Terceira parte onde se recolherão as opiniões do inquirido relativamente a um conjunto de aspectos associados com o sistema de transportes, hábitos e estilos de vida e grau de concordância relativamente a um conjunto de políticas. No Anexo B apresenta-se o Modelo de Inquérito à Mobilidade da População proposto, que carecerá necessariamente de validação por parte da Comissão Técnica da Acompanhamento. Prevê-se que a realização do inquérito tenha uma duração de quatro semanas, carecendo de cerca de 2 semanas de preparação (programação de modelos de inquéritos e sua validação), o que torna a realização desta actividade crítica, tendo em conta o objectivo de não ultrapassar meados de Dezembro para as actividades de recolha de informação sobre a procura, admitindo-se no entanto a possibilidade de exceder esse prazo caso se verifiquem condicionamento no preenchimento de quotas específicas de cada segmento a inquirir. Face ao exposto considera-se que a validação dos modelos de inquérito à mobilidade de residentes deverá constituir uma prioridade. 3.3 Transporte Individual Na temática do transporte individual consideram-se duas tarefas de recolha directa de informação, que se explicitam nas secções seguintes: Na perspectiva da oferta, a caracterização da oferta viária; Na perspectiva da procura, a realização de contagens de tráfego em pontos-chave da rede viária existente em meio urbano; 3.3.1 Caracterização da Oferta Viária Esta tarefa compreende a identificação das características físicas e funcionais nos troços estruturantes da rede em estudo, bem como as características de 9

gestão das suas intersecções, através da recolha dos elementos listados no quadro seguinte: centrais da Cidade de Aveiro, território para o qual será construído o modelo de simulação dinâmica. Quadro 1 - Elementos de Caracterização de Oferta Viária Características Físicas (por troço) Características Funcionais (por troço) Gestão de Intersecções FONTE: Produção Própria Perfis viários (largura da plataforma) Sentidos de Circulação Nº de vias por sentido Existência de paragens de transporte público Existência de corredores reservados Pontos de atravessamento formal de peões e/ou bicicletas Sistema de Regulação (semaforizadas, não semaforizadas, rotundas, etc.) Regras de Prioridade Temporização de eventual semaforização Figura 5 - Área abrangida pelo Modelo de Simulação Dinâmica Esta caracterização terá numa fase inicial por base informação a solicitar à CM Aveiro nomeadamente elementos cartográficos, fotografia aérea, e outra informação de caracterização já contida no SIG da autarquia que será complementada e/ou confirmada através de levantamentos in situ. A caracterização abrangerá a totalidade da rede estruturante concelhia, com maior detalhe na área abrangida pelo Nível Urbano, em particular nas zonas mais FONTE: produção própria (base GoogleEarth) Esta actividade não carece necessariamente de credenciação das equipas por parte da CM Aveiro, nem se afigura temporalmente crítica, uma vez que, incidindo exclusivamente sobre a oferta, os seus outputs não serão condicionados pelo período natalício. 10

3.3.2 Contagens de Tráfego Na perspectiva da procura na temática do transporte individual recorrer-se-á a alguma informação documental disponibilizada pela CM Aveiro na fase concursal ou previamente detida pela equipa, nomeadamente: Estimativas de Tráfego realizadas para efeitos de mapa de ruído concelhio datadas de 2008 (disponibilizadas em anexo aos documentos concursais 2 ); Contagens Classificadas Soltráfego datadas de 2008 (disponibilizadas em anexo aos documentos concursais) Contagens EP/INIR nos postos do concelho de Aveiro e sua envolvente (já constantes na base de dados da equipa); Figura 6 - Cobertura das Estimativas de Tráfego Existentes (Área de Estudo) A boa cobertura da rede concelhia obtida pelos elementos acima listados que pode ser evidenciada na figura seguinte levou a que se centrassem as contagens a realizar no âmbito do presente estudo em alguns pontos-chave da área central de Aveiro. FONTE: produção própria com base em Mapa de Ruído do Concelho de Aveiro Relatório nº MR.1384/09-RB de 09/07/2009, ECO14; Contagens de Tráfego, Soltráfego, 2008; Estradas de Portugal, diversos períodos 2 Mapa de Ruído do Concelho de Aveiro Relatório nº MR.1384/09-RB de 09/07/2009, ECO14. Tratando-se de estimativas e não de valores efectivamente contabilizados, procurar-se-á recolher informação junto da CMAveiro sobre a metodologia utilizada para a sua elaboração, bem como sobre a possibilidade de disponibilizar outros elementos mais actualizados que esta entidade possa deter (ex: resultados de trabalhos de campo decorrentes de estudos de tráfego posteriores a 2008) Consideraram-se assim contagens em oito postos distribuídos sobre a rede viária estruturante da zona central de Aveiro (vide Figura 7), centradas nos dois períodos de ponta, a saber: Período de ponta da Manhã, entre as 7h00 e as 10h00; Período de ponta da Tarde, entre as 17h00 e as 20h00 11

Estas contagens serão manuais e classificadas (com desagregação nas classes de veículos adequadas: ligeiros, pesados, motociclos e bicicletas) e abrangerão os movimentos de todos os ramos das intersecções, exceptuando-se as seguintes situações. No Posto P1, localizado em sobreposição com o Posto 6 das contagens Soltráfego, proceder-se-á ao completamento destas contagens, sendo contabilizados exclusivamente os movimentos em falta nos levantamentos anteriores: ramos de acesso ao Hospital e Universidade. No Posto P8, localizado em sobreposição com o Posto P1 das contagens Soltrafego, o período de contagem de um dos ramos será estendido integralmente a 24horas de modo a permitir a extrapolação de resultados das contagens de 2008. Nesta intersecção serão apenas contabilizados os movimentos de um dos ramos. Esta tarefa de recolha deverá ter lugar em dia útil fora do período de férias escolares de forma a evitar enviesamentos nos dados recolhidos. Para além da necessária validação da localização dos postos e períodos de contagem por parte da Comissão Técnica de Acompanhamento, a realização desta tarefa de recolha estará dependente da credenciação das equipas de campo por parte da CM Aveiro, não sendo expectável a necessidade de qualquer actividade de preparação da mesma. P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 Figura 7 - Localização dos Postos de Contagem de Transporte Individual Propostos N Rotunda Hospital (Av. Padre Fernão de Oliveira /Acesso Hospital) Rotunda dos Marnotos (R. do Alavário, R. Condessa Mumadona/Acesso Nascente A25/Acesso Poente A25 Entroncamento (Av. Universidade (EN235)/R. da Assoc.Humanitária Bombeiros Voluntários) Rotunda da Policlínica (EN109Nascente/EN109Poente/Alm.Silva Rocha/Av. Dr.Vasco Branco/Acesso à R. da Sofia) Av. Dr. Lourenço Peixinho Topo Nascente (incluindo fluxos provenientes da R. Luis Gomes Carvalho e Túnel da Estação Ferroviária P5.2) Rotunda Desnivelada EN109 (EN109/R. de Ovar/R. Dr. Mário Sacramento/R. Direita (Aradas) / R. Frei Miguel de Sousa) (incluindo fluxos de atravessamento desnivelado) Rotunda EN109/Av. General Costa Cascais (EN109 Nascente/EN109 Poente/Av. Gen. Costa Cascais Sul;/Av. Gen. Costa Cascasi Norte) aoenas ramos de nível. Rotunda Topo Poente da Av. Lourenço Peixinho (movimentos direccionais de um dos ramos de entrada na rotunda) 1 km 2 km 12

FONTE: Produção própria (base GoogleEarth) 3.4 Transporte Colectivo que deverá ser validada junto dessas entidades através dos contactos que se prevêem necessários estabelecer (vide capítulo 5 deste documento). No contexto da caracterização do sistema de transporte colectivo preconiza-se a realização de actividades de recolha directa de informação na perspectiva da oferta das infra-estruturas, serviços disponibilizados e também da procura que os solicita, a saber: Caracterização dos Principais Pontos de Articulação Modal concelhios, englobando os modos rodoviário, ferroviário e fluvial, na perspectiva da oferta das infra-estruturas e serviços; Caracterização das Paragens de Transporte Colectivo Rodoviário em território concelhio, também na perspectiva da oferta; Realização de Inquéritos ao Transporte Colectivo, incidindo sobre os principais pontos de acesso em modos colectivos (rodoviário e ferroviário) à Cidade de Aveiro, que permitirão caracterizar em maior detalhe a procura suscitada a partir do exterior; Realização de Contagens de Passageiros sobre o Transporte Colectivo Rodoviário em serviços de carácter urbano e intra-concelhio, o que permitirá caracterizar níveis de procura neste modo em território concelhio; 3.4.1 Caracterização dos Principais Pontos de Articulação Modal Coma realização desta tarefa pretendem-se caracterizar em termos de infraestruturas e serviços presentes quatro pólos que sustentam funções de articulação entre modos ou serviços de transporte presente no território concelhio, a saber: Figura 8 - Localização dos Pólos de Articulação Modal a Caracterizar N Para além das tarefas acima listadas, e explicitadas em maior detalhe nos pontos seguintes desta secção, procedeu-se desde já à recolha dos horários disponibilizados pelos operadores cujas carreiras servem o concelho, informação 1 km 2 km FONTE: Produção própria (base GoogleEarth) 13

A zona da Estação Ferroviária de Aveiro (INTF1), que para além de constituir uma das portas de entrada das deslocações inter-concelhias, constitui o ponto de articulação rodo-ferroviário concelhio, já que é referido ser nesse local que grande parte dos autocarros afectos aos serviços inter-concelhios, existindo igualmente um parque de estacionamento com capacidade superior a 300 lugares de estacionamento; O topo poente da Av. Lourenço Peixinho (INTF2), junto à Ria nas imediações da R. dos Galitos, local referido como importante ponto de acesso e egresso dos passageiros dos serviços Expresso e dos serviços de carácter extra concelhio, que se apresenta como ponto de articulação entre serviços de transporte colectivo rodoviário de naturezas distintas; O terminal fluvial do Forte da Barra, ponto de articulação rodo-fluvial, localizado no concelho de Ílhavo; O terminal fluvial de S. Jacinto, ponto de articulação rodo-fluvial localizado em território concelhio; A recolha dos elementos necessários à tarefa referida será realizada dominantemente de forma directa (visita ao local suportada com material fotográfico geo-referenciável), e cruzada com os dados recolhidos directa e indirectamente no âmbito da caracterização dos serviços de transporte. Os principais parâmetros de caracterização e avaliação, são os seguintes: Localização e enquadramento na estrutura viária da envolvente; Serviços de transporte disponibilizados (sendo identificadas as paragens e serviços existentes, praças de táxi; interfaces com sistema MoveBuga, etc.) Qualidade de transbordo (distâncias entre os pontos de acesso dos diversos modos, e avaliação qualitativa dos percursos); Serviços complementares disponíveis (estacionamento, infra-estruturas de apoio ao passageiro, etc.); Informação aos passageiros. Sendo esta uma tarefa que se enquadra na caracterização de oferta, a interrupção lectiva ou o período natalício não constituem condicionantes à sua realização. No entanto, uma vez que estes locais se encontram geralmente sob gestão de entidades não camarárias, a equipa de campo carecerá autorização por parte das entidades gestoras destas infra-estruturas para a realização dos trabalhos de levantamento - questão que deverá ser tratada antecipadamente através da CTA/CM Aveiro nos contactos a estabelecer com os operadores de transporte (vide pontos 4.3 e 5.2 deste documento) que usualmente requerem credenciação da equipa de campo. 14

3.4.2 Caracterização das Paragens de Transporte Colectivo Para além da caracterização dos pólos anteriormente referidos pretende-se igualmente efectuar uma caracterização das paragens de transporte colectivo rodoviário existentes no território concelhio, uma vez que as condições de conforto e segurança nelas proporcionadas são um factor de atractividade para o sistema. Este levantamento será realizado no terreno, sendo os dados recolhidos introduzidos directamente num SIG ligado a um receptor GPS. Alguns dos dados a recolher serão: Serviços de Transporte disponibilizados; Existência de abrigo ou sinal; Existência de bancos; Existência de informação (horários, mapa da rede...); Grau de conservação / limpeza; À semelhança do referido no caso dos Pólos de Articulação, esta é uma tarefa que se enquadra na caracterização de oferta, pelo que a interrupção lectiva ou o período natalício não constituem condicionantes à sua realização. Será no entanto de salientar que, há falta de um levantamento pré-existente de paragens disponível nos operadores rodoviários, se considera necessário um acompanhamento desta tarefa por parte de um representante dos mesmos. Tal permitirá recolher de uma forma mais detalhada a informação em pontos de paragem que possam não estar formalizados e que de outra forma não serão detectados. Tal questão deverá ser tratada antecipadamente através da CTA/CM Aveiro nos contactos a estabelecer com os operadores de transporte (vide pontos 4.3 e 5.2 deste documento). 3.4.3 Inquéritos ao Transporte Colectivo Este inquérito será realizado nas paragens mais importantes do sistema, preferencialmente enquanto o utilizador espera pelo transporte. Estima-se a necessidade de realização de inquéritos em 3 postos durante o período de funcionamento de um dia útil, com inicio às 7h00 e fim às 20h00, correspondendo às seguintes paragens (as que actualmente apresentam uma maior cobertura de serviços e presumivelmente maiores volumes de passageiros movimentados): Topo Poente da Av. Lourenço Peixinho, abrangendo as paragens localizadas nos dois sentidos do extremo da Avenida (MoveBUS e chegada de Expressos), nos dois sentidos da R. dos Galitos (serviços Auto-Viação Aveirense), e ainda na R. do Batalhão Caçadores 10 (partidas de Expressos). Estação Ferroviária, abrangendo os passageiros da estação ferroviária, bem como os do ponto de terminal rodoviário localizado na R. Comandante Rocha e Cunha Universidade / Hospital, abrangendo os dois sentidos da Av. da Universidade. Estas contagens serão acompanhadas de contagens de passageiros entrados e saídos em cada veículo (com identificação do serviço em causa: destino e horário de passagem), que no caso do terminal ferroviário poderão ser substituídas por contagens dos pontos de acesso às plataformas. 15

O inquérito a realizar encontra-se organizados em quatro partes, não se propondo alterações relativamente ao apresentado em fase de proposta, a saber: Primeira parte corresponde ao registo da data da hora de realização do inquérito e identificação do serviço tomado/a tomar pelo inquirido (desembarque ou embarque); Segunda parte destina-se à caracterização do inquirido, nomeadamente sexo, idade e local de residência; Terceira parte refere-se à caracterização da viagem, sua origem ou destino, motivo, hora de inicio, existência de modos de acesso/egresso, disponibilidade de veículo, título utilizado e frequência de utilização do Transporte Colectivo; Quarta parte e última parte debruça-se sobre a Satisfação dos Clientes relativamente aos serviços de transporte e à estação ferroviária (apenas passageiros da ferrovia). Os inquéritos aos passageiros do transporte colectivo ferroviário e rodoviário possuem algumas pequenas diferenças decorrentes da especificidade de cada modo. No Anexo C apresentam-se os dois Modelos de Inquérito aos Utilizadores do Transporte Colectivo propostos, que carecerão necessariamente de validação por parte da Comissão Técnica da Acompanhamento. Prevê-se que a realização do inquérito tenha uma duração de três dias, não carecendo de um prazo de preparação prévia relevante, encontrando-se no entanto dependente da validação dos modelos de inquérito apresentados por parte da CTA/CM Aveiro, bem como da autorização prévia por parte das entidades responsáveis pelos locais de inquérito (em particular no caso da estação ferroviária) e credenciação da equipa de campo, questões a tratar no âmbito dos contactos a estabelecer com as entidades externas à CM Aveiro (vide ponto 5.2 deste documento). 3.4.4 Contagens ao Transporte Colectivo Rodoviário À luz da informação disponibilizada relativamente à rede MoveBUS 3, foram seleccionadas 4 carreiras de carácter urbano e extra-urbano (vide Figura 9) onde se propõe a realização de contagens de passageiros durante um período de 13 horas, abrangendo assim ambos os períodos de ponta e também o corpo do dia. Esta selecção sustenta-se nos níveis de procura estimados nessa fonte, procurando-se igualmente uma boa cobertura do território concelhio. As contagens propostas serão realizadas através da permanência de um membro da equipa de trabalhos de campo no interior dos veículos de transporte colectivo (Posto Móvel), que registará, em cada paragem, o número de passageiros que entram e saem e da hora e do minuto de chegada e partida das paragens. Esta contabilização será realizada em suporte informático e recurso a GPS, o que indirectamente permitirá recolher informação relativamente às velocidades praticadas pelo serviço ao longo do dia. 3 Elementos fornecidos na alínea a) do ponto 6. do Anexo ao Caderno de Encargos (Clausulas Técnicas) Plano de Mobilidade de Aveiro Parte 1:Diagnóstico, Janeiro de 2008 16

Ainda que existam carreiras com mais de um veículo alocado, o procedimento de recolha de informação será realizado sempre sobre um único veículo e durante o período de 13 horas estipulado. Na Figura 9 encontra-se igualmente indicado o veículo em que se propõe a realização desta tarefa, através da referência ao seu horário de partida da Estação Este. Figura 9 - Contagens de Passageiros de Transporte Colectivo Rodoviário - Postos Moveis Propostos N Sendo esta uma tarefa que se enquadra na caracterização da procura, a interrupção lectiva ou o período natalício constituem condicionantes à sua realização, pelo que haverá que dar prioridade à validação dos serviços e horários abrangidos por esta tarefa de recolha de modo que os trabalhos ocorram antes de 15 de Dezembro. Não havendo necessidade de preparação específica da equipa para esta actividade, estima-se que o prazo de realização desta tarefa não exceda os quatro dias úteis. Será no entanto necessário deter autorização formal antecipada por parte do operador MoveBUS - questão que deverá ser tratada antecipadamente através da CTA/CM Aveiro nos contactos a estabelecer com o operador de transporte (vide ponto 4.3 deste documento) o que usualmente requer credenciação da equipa de campo. Linha 1 MoveBUS Linha 2 MoveBUS Linha 6 MoveBUS Linha 7 MoveBUS 2 km 6 km Quintãs Solposto (contabilização no veículo com saída da Estação Este às 6h50) Eixo Nariz/Verba (contabilização no veículo com saída da Estação Este às 7h00) Estação CP Universidade (Linha Verde) (contabilização no veículo com saída da Estação Este às 7h05) Pedra Moura Cacia (contabilização no veículo com saída da Estação Este às 7h05) FONTE: Produção própria com base nos horários MoveBUS (www.moveaveiro.pt a 27/10/2010) (base GoogleEarth) 17

3.5 Sistema Ciclável As tarefas de recolha de informação directa preconizadas no âmbito da caracterização do sistema ciclável são as seguintes: Levantamento e caracterização das infra-estruturas de apoio à utilização de bicicletas; Realização de Inquérito aos utilizadores do serviço BUGA; Para além das tarefas acima referenciadas, e explicitadas nos pontos que se seguem, pretende-se estabelecer contacto directo com a MoveBUGA, com grupos representantes do modo ciclável e com forças de segurança (vide secção 5.3). 3.5.1 Caracterização das Infra-estruturas Cicláveis A sistematização desta análise para os espaços de utilização ciclável será realizada através da levantamentos directo que permitam caracterizar estes espaços, nomeadamente, através do levantamento de perfis transversais (conforme já referido no ponto 3.3.1), assim como a identificação dos principais obstáculos à circulação em bicicleta, (nomeadamente: pontos de descontinuidade, cruzamentos com falta de visibilidade, etc.) para as zonas formalmente afectas a este modo de transporte. Pretende-se portanto proceder ao levantamento exaustivo e caracterização de todas as infra-estruturas de apoio à utilização de bicicletas, nomeadamente: Ciclovias existentes (espaços afectos a circulação, sua continuidade e elementos de interferência); Locais de estacionamento de bicicletas (equipamento existente e seu estado de conservação); Semaforização dedicada (sua localização e integração com outros sistemas de regulação presentes); Estes levantamentos focar-se-ão em maior detalhe nas zonas centrais do nível urbano, tendo por base a informação que vier a ser disponibilizada pela CTA/CMAveiro, nomeadamente através da MoveAveiro/MoveBUGA. Serão realizados levantamentos in situ e acompanhados com exaustiva recolha fotográfica geo-referenciável. Estima-se que a realização desta tarefa não exceda uma semana, devendo ser realizada conjuntamente com os levantamentos das características da rede viária. 3.5.2 Inquéritos aos Utilizadores da MoveBUGA No sentido de complementar a caracterização do sistema ciclável em geral e do projecto BUGA em particular, será realizado um inquérito aos utilizadores deste serviço a ser distribuído e recolhido nas lojas BUGA em papel (prenchimento por utilizadores esporádicos no momento de recolha da bicicleta), ou através da internet em site próprio para o efeito ou directamente através de e-mail, carecendo-se neste caso de obter junto da MoveBUGA acesso aos membros do Clube Amigos da BUGA (vide ponto 5.3 deste documento). 18

Estes inquéritos incidirão sobre os seguintes temas: Caracterização do utilizador; Caracterização da última deslocação efectuada; Avaliação das infra-estruturas de apoio à circulação ciclável da cidade; Satisfação dos utilizadores do serviço BUGA. No Anexo D apresentam-se os modelos de inquérito aos utilizadores do Serviço BUGA propostos, que carecerão necessariamente de validação por parte da Comissão Técnica da Acompanhamento. Prevê-se que a realização não careça de um prazo de preparação prévia relevante, encontrando-se no entanto dependente da validação dos modelos de inquérito apresentados por parte da CTA/CM Aveiro, bem como da colaboração dos elementos da MoveBUGA na distribuição dos inquéritos e sua veiculação entre os utilizadores frequentes. Considera-se recomendável que este inquérito esteja disponível para resposta por um período mínimo de 15 dias. 3.6 Estacionamento Levantamento da Ocupação do estacionamento em via pública e principais parques de acesso gratuito em períodos representativos do dia e da noite; Levantamento da Rotação do estacionamento ao longo do dia em percursos representativos da sua utilização; Para além das tarefas acima mencionadas procurar-se-á recolher junto de entidades gestoras de parques de estacionamento relevantes (em termos de capacidade ou localização estratégica) informação relativa às características de oferta e procura de estacionamento nesses espaços. Tal tarefa deverá ser tratada no contexto dos contactos a estabelecer com entidades não representadas na CTA/CM Aveiro (vide ponto 5.4 deste documento). A recolha de informação a realizar na fase de caracterização do estudo visa actualizar e/ou detalhar a informação contida na fase de pré-diagnóstico incidindo exclusivamente sobre as zonas centrais que se ilustram na Figura 10. Toda a informação será recolhida troço a troço e introduzida simultaneamente em base SIG, permitindo a detecção de eventuais problemas à escala da rua ou quarteirão. No contexto da análise de estacionamento encontram-se previstas três tarefas de recolha directa de informação: Levantamento da oferta de estacionamento em via pública e principais parques de acesso gratuito; 19

Figura 10 - Zona abrangida pelo Levantamento de Estacionamento N LEGENDA: Limite do Concelho de Aveiro Os levantamentos oferta/ocupação de estacionamento incidirão sobre a em via pública, abrangendo igualmente os principais parques de estacionamento de acesso público gratuito inseridos na área de levantamento. Pretende-se portanto proceder à actualização da informação disponibilizada nos elementos de prédiagnóstico 4, garantindo-se o levantamento de informação nas zonas de estacionamento gratuito constantes nesta fonte, a saber: Limite da Zona Urbana Parque POLIS; Parque Sr. dos Aflitos Parque da Estação Parque da Baixa de Santo António 5 km Área Central abrangida pelos levantamentos de Estacionamento N Parque do Hospital Parque das Piscinas (IND Parque dos Galitos Instituto Nacional do Desporto) Será conveniente que a CTA/CM Aveiro proceda à credenciação das equipas de campo para a realização da totalidade das tarefas de caracterização do estacionamento. 3.6.1 Identificação da Oferta de Estacionamento Os procedimentos de levantamento da Oferta de Estacionamento serão realizados com uma desagregação por troço de via, identificando o número de lugares de estacionamento disponibilizados legalmente. Será também identificada a existência e número de lugares de acesso condicionado (cargas e descargas, FONTE: Produção própria (base GoogleEarth) 1 km 2 km 4 Elementos fornecidos na alínea a) do ponto 6. do Anexo ao Caderno de Encargos (Clausulas Técnicas) Plano de Mobilidade de Aveiro Parte 1:Diagnóstico, Janeiro de 2008 20

reservados, etc) ou tarifado. Esta tarefa terá por base a informação em formato digital existente junto CTA/CMAveiro (nomeadamente a contida no SIG da autarquia), a qual será confirmada e/ou completada nos casos de omissão ou desactualização. Os levantamentos de oferta a realizar ocorrerão em simultâneo com os levantamentos de ocupação do estacionamento, carecendo da preparação das bases de recolha de informação, tarefa que se estima não exceder duas semanas, condicionada pela recepção da informação cartográfica/sig da autarquia. 3.6.2 Ocupação de Estacionamento Os procedimentos de levantamento da Ocupação de Estacionamento serão realizados com uma desagregação por troço de via ou parque, identificando o número de lugares veículos estacionados legal e ilegalmente em cada uma das unidades de recolha, identificando-se neste caso duas situações relativamente às situações de ilegalidade: Ilegais de grau I em que o estacionamento é realizado fora do espaço permitido para tal, mas que não coloca directamente em causa a segurança de circulação e fluidez de circulação de peões ou outros veículos; Ilegal de Grau II, em que o estacionamento condiciona a circulação de peões ou veículos Estes levantamentos serão realizados para dois períodos do dia útil, com uma passagem por período e troço, a saber: Período diurno, entre as 10h30 e as 12h30 ou entre as 14h30 e as 16h30 ; Período nocturno, entre as 22h00 e as 07h00 Nas zonas em que se constate que a procura em período nocturno poderá ser dominantemente suscitada pela existência de actividades não residenciais será repetido o levantamento em horas em que essas actividades se encontrem concluídas. Uma vez que a informação a recolher nesta tarefa se enquadra na caracterização de procura, deverá ser realizada em data anterior a 15 de Dezembro, sob pena de os resultados obtidos serem enviesados pelas alterações introduzidas pelo período natalício e interrupção das actividades lectivas da Universidade. Estimase que esta actividade, em conjunto com os levantamentos de oferta, possa ter uma duração máxima de 2 semanas. 3.6.3 Rotação de Estacionamento A metodologia proposta para a recolha de elementos sobre a Rotação de Estacionamento, corresponde ao levantamento periódico sem interrupção entre as 7h00 e as 21h00 das matrículas dos veículos estacionados com intervalos entre passagens da ordem dos 30 minutos. Este levantamento será efectuado em bolsas de estacionamento representativas das diferentes pressões sentidas ao 21

nível do estacionamento, que apresentarão uma capacidade em termos de oferta de cerca de 50 lugares. N Figura 11 - Proposta de Localização dos Circuitos de Rotação do Estacionamento Admite-se à partida a necessidade de estabelecer circuitos nas zonas mais centrais da cidade de Aveiro, o que permitirá extrapolar para o restante perímetro alvo de análise, estimando-se desta forma um total de 3 circuitos de rotação, que se encontram identificados na Figura 11. Tal como os levantamentos de ocupação de estacionamento, a recolha de elementos sobre a rotação também se enquadra na caracterização de procura, pelo que deverá ser realizada em data anterior a 15 de Dezembro, (colocando-se o mesmo problema d enviesamento referido anteriormente). Estima-se que esta actividade, em conjunto com os levantamentos de oferta, possa ter uma duração máxima de 3 dias. 3.7 Espaço Público O correcto desenvolvimento dos trabalhos de campo para caracterização do espaço público e da rede pedonal terá como base uma metodologia de análise que privilegia a classificação do espaço público de acordo com duas tipologias: espaços de paragem e espaços de circulação (vide Figura 12) 0.5 km 1 km Circuito 1 Av. Dr. Lourenço Peixinho Circuito 2 R. José Luciano de Castro Circuito 3 R. Orlando Oliveira (Loja do Cidadão) FONTE: Produção própria (base GoogleEarth) De acordo com esta classificação será preparada cartografia à escala 1/5000 (espaços de circulação) e 1/2000 (espaços de paragem) que servirá de apoio aos levantamentos a realizar sobre toda a área territorial definida para o nível urbano de análise. Os trabalhos incluirão o preenchimento de fichas individuais para caracterização de cada um dos espaços de paragem (praças, largos, terreiros e jardins públicos) e de fichas para caracterização dos espaços de circulação por tipologias e zonas (vide Figura 13). 22

Figura 12 - Exemplos de espaços de paragem e espaços de circulação 1- Espaço de paragem Largo fronteiro ao Mercado Manuel Firmino; Figura 13 - Exemplos de zonas homogéneas para caracterização da rede pedonal 1- Zona homogénea em área de tecido urbano menos consolidado; 2- Espaço de circulação Rua das Tricanas; 3- Espaço de circulação e de paragem Rua do Clube dos Galitos e Margem da Ria de Aveiro 2- Zona homogénea integrada no tecido urbano mais consolidado (zona central de Aveiro) FONTE: Fotografias Produção própria FONTE: Produção própria (base GoogleEarth) 23

Toda a cartografia (apoio ao levantamento e fichas) será desenvolvida a partir das fontes cartográficas que informam o sector em análise, solicitadas nos pontos 4.1 e 4.6 do presente relatório. Para a caracterização da rede pedonal, que focará sobretudo a articulação entre as duas tipologias de espaço numa óptica de continuidade e de suporte à circulação pedonal, serão também identificados os pólos geradores de grandes fluxos como os equipamentos colectivos e outros recintos, para avaliação da rede pedonal nas respectivas áreas de influência e de irradiação (quando aplicável). Esta análise será sistematizada através de observações no terreno que permitam classificar qualitativamente a rede pedonal urbana consoante o volume de peões que a solicita. Assim, os diversos locais e eixos analisados serão classificados de acordo com a escala de intensidade em que se destacarão as zonas fortemente e moderadamente solicitadas em termos de circulação pedonal, daí resultando diagramas que identifiquem a distribuição dos principais fluxos pedonais e sua articulação com os mais importantes equipamentos e interfaces de transporte público. Estas actividades carecerão de preparação das bases cartográficas de apoio, estimando-se que a duração dos levantamentos a realizar nesta fase de caracterização não exceda uma semana. Prevê-se que possam existir outros levantamentos (de pormenor) no decorrer da fase de elaboração de propostas. 24

4 INFORMAÇÃO A RECOLHER JUNTO DA COMISSÃO TÉCNICA DE ACOMPANHAMENTO desenvolvimento. Neste contexto destacam-se os elementos cartográficos ou de referenciação necessários à construção das bases de levantamento, já seleccionados a partir da listagem SIGAveiro que se identificam no Quadro 2. Nos pontos seguintes do presente relatório identifica-se a informação que se pretende recolher junto da CTA/CM Aveiro quer através de elementos documentais detidos por esta entidade, quer através de reuniões em que se possam identificar ou clarificar temas em que a CM Aveiro, enquanto entidade gestora do território em estudo, terá um conhecimento mais directo e aprofundado. Identifica-se desde já a realização de uma reunião de arranque dos trabalhos, envolvendo a recolha e discussão da informação solicitada: Reunião 0 CTA/CM Aveiro De entre os elementos documentais referidos será de destacar a informação contida no Sistema de Informação Geográfica construído pela CM Aveiro (em diante designado por SIGAveiro), cuja listagem de conteúdos já foi disponibilizada à equipa. No Anexo E apresenta-se a listagem integral dos elementos necessários, sendo que nos pontos seguintes deste capítulo os mesmos se identificam por Área Temática. 4.1 Sistema Territorial Enquanto base à generalidade dos temas abordados no presente estudo, haverá também que recolher informação básica de caracterização do espaço físico em análise, essenciais à espacialização das actividades e/ou condicionantes ao seu Quadro 2 - Elementos SIGAveiro (Bases de Levantamento e Caracterização Física) ÁREA 1. TOPONÍMIA 9. CARTOGRAFIA (Vectorial) 12. CARTOGRAFIA (Raster) 13. FOTOGRAFIA AÉREA TEMA Números de Polícia - Div. Informação Geográfica Nomes de Ruas - Div. Informação Geográfica Nomes das principais Povoações Nomes de Freguesias Pontos de Referência Rede de Apoio Topográfico - Nivelamento - (NÍVEL- 2003) Rede de Apoio Topográfico - Planimetria (NÍVEL - 2003) Levantamentos Topográficos - Div. Vias e Conservação Quadrículas de Georreferência da Cartografia Cartografia Vectorial 1/1.000 (SMA - 1981) Cartografia Vectorial 1/10.000 (AMRIA - 2000) Hidrografia Estádio Municipal de Aveiro - DDPT Limites Administrativos Cartografia Raster Mapa Rodoviário - DIG (2004) Ortofotos (DGRF/IGP - 2005) Ortofotos (IGeoE - 1999) Ortofotos (AMRIA - 2000) FONTE: Produção própria (base Listagem SIGAveiro) 25

A caracterização do sistema territorial, conforme equacionada em fase de proposta, assentará em quatro tarefas essenciais que se detalha nos pontos seguintes, a saber: A caracterização demográfica; A caracterização sócio-económica; Identificação dos principais pólos de geração atracção de viagens; Caracterização dos Usos do Solo Com vista á eficaz preparação dos trabalhos, solicita-se que as peças enunciadas Quadro 3 - Elementos SIGAveiro (Caracterização Demográfica) ÁREA TEMA Censos 2001 - Subsecções 10. ESTATÍSTICAS Censos 1991 - Subsecções FONTE: Produção própria (base Listagem SIGAveiro) Sempre que possível esta informação será actualizada tendo por base as estimativas realizadas pelo INE para anos mais recentes. 4.1.2 Caracterização Socio-Económica no quadro anterior e seguintes sejam disponibilizadas em formato digital editável. Tratando-se de peças desenhadas, as extensões preferenciais serão:.shp (shape file) e/ou.dwg 2000 (drawing format em versão AutoCAD 2000) 4.1.1 Caracterização Demográfica A caracterização demográfica a realizar visa essencialmente avaliar a evolução da concentração e distribuição da população concelhia, uma vez que estas condicionam naturalmente a mobilidade e a estrutura de deslocações. Assim, as análises a desenvolver basear-se-ão na informação disponibilizada pela BGRI/NE referentes aos Recenseamentos Gerais da População e Habitação de 1991 e 2001, constante na listagem SIGAveiro, que se sintetiza no quadro seguinte. No contexto da caracterização sócio-económica, no presente estudo será dada particular atenção às dinâmicas do emprego, procurando-se quantificar e espacializar esta informação com o rigor possível. Para tal será recolhida informação constante nos Quadros de Pessoal do Ministério da Segurança Social e do Trabalho e no Recenseamento Geral da Administração Pública. Serão igualmente integrados na caracterização e diagnóstico a informação proveniente de outros elementos documentais que a CTA/CM Aveiro possa deter sobre esta temática. 26