A DEMOGRAFIA E A ECONOMIA
O desenvolvimento e a questão demográfica O conhecimento das dinâmicas populacionais revela-se de grande importância para fornecer informação, nomeadamente aos decisores de políticas económicas e sociais, aos políticos e aos cientistas sociais, pois permite Por exemplo Prever a procura futura de alimentos, de energia e de água. Planificar a dimensão das cidades e das respetivas infraestruturas. População ativa como fator produtivo
O crescimento mais acelerado da população mundial é um fenómeno relativamente recente na história da humanidade. Evolução da população mundial Estima-se que há 2000 anos a população mundial rondaria os 300 milhões. Em 1600, seria de 600 milhões e em 1750 de 710 milhões. Em 1900, a população mundial atingia os 1,7 mil milhões. Em 2000, a população mundial atingiu os 6 mil milhões. Prevê-se que em 2050 ultrapasse os 9 mil milhões. UNFPA, Ithe State of World Population, 2011, in www.unfpa.org
O crescimento mais acelerado da população mundial verificou-se, sobretudo a partir de 1950, devido à redução da mortalidade. Crescimento da população mundial A redução da mortalidade ficou a dever-se aos progressos da medicina à melhoria das condições de vida à melhoria da alimentação United Nations, The World at a Six Billions, in www.un.org
A distribuição da população pelas diferentes partes do globo não é uniforme. Evolução da população mundial por grandes regiões do globo (estimativas e projeções) Em 2011, 60% da população mundial, o que correspondia a 4,2 mil milhões, vivia no continente asiático. No mesmo ano, 15% da população mundial vivia no continente africano, estimando-se que aumente a uma taxa média anual de 2,3% até 2044, apresentando uma tendência de estabilização a partir desse ano. Em contrapartida, nesse ano, a população conjunta dos continentes europeu, americano e da Oceânia era de 1,7 mil milhões. UNFPA, The State of World Population, 2011, in www.unfpa.org Prevê-se que até ao final deste século a China e a Índia sejam os dois gigantes populacionais do mundo.
Transição demográfica A teoria da transição demográfica constitui um modelo de interpretação das grandes transformações demográficas ocorridas ou a ocorrer nos diferentes países. Fase 1 regime demográfico primitivo Crescimento lento da população, dada a existência de uma elevada natalidade, mas igualmente de uma mortalidade geral e infantil elevada. Fase 2 declínio da mortalidade A redução da mortalidade, e os elevados níveis de fecundidade e de natalidade, conduzem a uma aceleração do crescimento natural da população. Fase 3 declínio da fecundidade Diminuição dos níveis de fecundidade e de natalidade, continuando a mortalidade a baixar, embora a um ritmo mais lento. Como consequência, o crescimento natural da população diminui de intensidade. Fase 4 regime demográfico moderno O crescimento natural da população tende para zero, verificando-se baixos níveis de mortalidade, acompanhados igualmente de baixos níveis de fecundidade e de natalidade.
Transição demográfica Population Reference Bureau, World Population Data Sheet 2011, in http://www.prb.org/pdf11/2011population-data-sheet_eng.pdf
As melhorias na alimentação, saúde, habitação, higiene e saneamento refletemse na redução da mortalidade geral e infantil. No entanto, continuam a verificar-se elevados níveis de natalidade. O crescimento da industrialização e da urbanização fazem surgir novos estilos de vida e uma nova atitude face à vida. A divulgação de novos métodos anticoncecionais provocam a redução da natalidade. Aceleração do crescimento populacional. Estes factos, associados à redução da mortalidade, provocam um abrandamento do crescimento natural da população.
Redução da taxa de mortalidade infantil Principais fatores que estão na base da redução da natalidade Crescimento da urbanização Aumento da escolaridade das mulheres Divulgação de métodos contracetivos
Os países em desenvolvimento encontram-se na sua maioria a percorrer a segunda fase da transição demográfica. No entanto, dada a heterogeneidade de situações que estes países apresentam, alguns encontram-se na terceira fase de transição. Desta forma, podemos distinguir dois grupos de países Grupo A e Grupo B Grupo A Os países que pertencem a este grupo apresentam baixas taxas de natalidade e de mortalidade, quando comparadas com as do grupo A. Pertencem a este grupo, entre outros, Taiwan, Coreia do Sul, Chile e Costa Rica. Grupo B Os países que pertencem a este grupo apresentam uma redução das taxas de mortalidade. No entanto, permanecem elevadas as taxas de fertilidade e de natalidade. Pertencem a este grupo os países da África Subsariana e do Médio Oriente. RESOLUÇÃO DAS FICHAS DA PAGINA 50 A 53- CADERNO DE ATIVIDADES
RESOLUÇÃO DAS FICHAS DA PAGINA 50 A 53- CADERNO DE ATIVIDADES
Diversidade de estruturas demográficas Pirâmide etária dos países desenvolvidos e dos países em desenvolvimento, 2013 A estrutura demográfica constitui uma forma de análise da população segundo determinadas caraterísticas demográficas. A pirâmide etária permite-nos analisar e comparar a importância relativa dos diferentes grupos etários. Os países desenvolvidos apresentam uma pirâmide em urna, com uma base estreita e um topo mais largo. Os países em desenvolvimento apresentam uma pirâmide em acento circunflexo, com uma base larga e um topo estreito. UNFPA, The State of World Population, 2014, in www.unfpa.org
Estrutura etária dos países desenvolvidos Pirâmides etárias, 2014 A estrutura etária dos países desenvolvidos apresenta uma baixa percentagem de jovens face a elevadas percentagens de pessoas com idades mais avançadas. Envelhecimento demográfico redução da natalidade aumento da esperança de vida United States Census Bureau, in http://www.censos.gov
Caraterísticas do envelhecimento demográfico aumento da percentagem de pessoas muito idosas (80 e mais anos) feminização da terceira idade Evolução da estrutura da população na UE28 Atividades págs. 129 a 131 Eurostat, Population Structure and Ageing, in htpp:/epp.eurostat.ec.europa.eu/statistics_explained/índex.php/population_structure_and_ageing
Estrutura etária dos países em desenvolvimento A estrutura etária dos países em desenvolvimento apresenta Pirâmides etárias, 2010 taxas de natalidade e de fecundidade elevadas elevadas taxas de mortalidade As taxas de mortalidade têm-se reduzido a ritmos inferiores aos da taxa de natalidade. United Nations, World Population Prospects, The 2012 Revision, in http://esa.un.org RESOLUÇÃO DAS FICHAS DA PAGINA 54 e 55 CADERNO DE ATIVIDADES
Consequências económicas da questão demográfica Entre as diferentes regiões do mundo, estabelecem-se fluxos migratórios. Em geral, os fluxos migratórios dirigem-se das regiões de elevado crescimento populacional para as de baixo crescimento populacional. As Nações Unidas definem como migrantes internacionais todas as pessoas que possuem uma nacionalidade de origem diferente daquela dos habitantes dos países em que vivem
A maioria dos migrantes internacionais vive em países desenvolvidos e é oriunda de um país em desenvolvimento. No entanto, dos migrantes internacionais a viverem em países em desenvolvimento a maioria é oriunda de um país em desenvolvimento. Uma das caraterísticas atuais dos movimentos migratórios internacionais é o facto de estes se realizarem, sobretudo, no interior da mesma área/região, ou seja, grande parte dos migrantes internacionais nasceu na mesma área/região onde residem, embora em países diferentes.
Acréscimo médio anual no número de migrantes internacionais nos cinco principais «corredores» do mundo, 1990-2013 Nações Unidas, International Migration Report 2013, in www.unfpa.org Atividade pág. 135
Países com maior número de migrantes internacionais Mulheres migrantes, 1990-2013 Nações Unidas, International Migration 2013, in www.un.org Em 2013, os EUA eram o país com o maior stock de migrantes internacionais. Em 2013, 52% dos migrantes internacionais nos países desenvolvidos eram mulheres.
UNHCR, Protecting Refugees, in http://www.unhcr.org/509a836e9.html O desenvolvimento e a questão demográfica De acordo com a Convenção de Genebra de 1951, um refugiado é uma pessoa que, «receando com razão ser perseguida em virtude da sua raça, religião, nacionalidade, filiação em certo grupo social ou das suas opiniões políticas, se encontre fora do país de que tem a nacionalidade e não possa ou, em virtude daquele receio, não queira pedir a proteção daquele país.» (in Conselho Português para os Refugiados) Principais países de origem dos refugiados (final de 2013) (número de refugiados) Principais países de destino dos refugiados (final de 2013) (número de refugiados)
Consequências dos fluxos migratórios Para os países de origem Remessas de emigrantes por principais países de destino, 2012 alteração da estrutura demográfica alterações no mercado de trabalho modificações da distribuição regional da população melhoria das contas externas World Bank, Prospects, in http://econ.worldbank.org
Consequências dos fluxos migratórios Estrutura etária da população imigrante em Portugal, 2013 Para os países de destino rejuvenescimento das suas estruturas demográficas suprir a necessidade de mão de obra reforço dos sistemas de Segurança Social SEF, Relatório de Imigração Fronteiras e Asilo 2013, in http://sefstat.sef.pt/docs/rifa_2013.pdf RESOLUÇÃO DAS FICHAS DA PAGINA 56 a 62 CADERNO DE ATIVIDADES
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