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Transcrição:

1.º SEMESTRE 215 RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE SEGURADORA ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões

Relatório de evolução da atividade seguradora 1.º Semestre 215 I. Produção e custos com sinistros 1. Análise global 2. Ramo Vida 3. Ramos Não Vida a. Acidentes de Trabalho b. Doença c. Incêndio e Outros Danos d. Automóvel II. Provisões técnicas e ativos representativos 1. Cobertura das provisões técnicas 2. Composição das carteiras de investimento III. Resultados e Margem de Solvência 1. Resultados líquidos 2. Margem de solvência SUMÁRIO A inclusão, no início de 215, de um operador dos ramos Não Vida que exercia atividade em Portugal sob a forma de sucursal, no universo das empresas supervisionadas, veio implicar a necessidade de efetuar alguns ajustamentos na análise da evolução da atividade seguradora. Assim, retirando o efeito da inclusão deste operador, no primeiro semestre de 215, a produção de seguro direto, relativa à atividade em Portugal, das empresas de seguros sob a supervisão da ASF apresentou, em termos globais, uma variação de 4,2% face ao período homólogo de 214 ( 6,6% em Vida e +2,9% em Não Vida). Sem essa correção, a variação seria de 3,2%, com +6,8% em Não Vida. No mesmo período, os custos com sinistros de aumentaram 22,2%, em resultado do crescimento de 26,9% no ramo Vida e 4,9% nos ramos Não Vida. No primeiro semestre, observou se uma redução do valor das carteiras de investimento das empresas de seguros de,1%, face aos montantes sob gestão no final de 214. O resultado líquido global apurado neste período atingiu os 432 milhões de euros. A taxa de cobertura da margem de solvência das empresas supervisionadas pela ASF fixou se, em junho de 215, em 216%. I. Produção e custos com sinistros 1. Análise global A produção global de seguro direto relativa à atividade em Portugal das empresas de seguros sob supervisão prudencial da ASF, verificou, neste primeiro semestre de 215, um decréscimo de 3,2% face ao período homólogo de 214, situando se em cerca de

6,5 mil milhões de euros. Para este decréscimo foi determinante a quebra de 6,6% na produção do ramo Vida. Os ramos Não Vida, por sua vez, apresentaram um aumento de 6,8%, para o qual também contribuiu a entrada, no período em análise, de uma empresa de seguros Não Vida no universo das empresas supervisionadas (crescimento real de 2,9% retirando o efeito deste operador). Produção de seguro direto em Portugal Valores em 1 3 Euro jun 13 jun 14 jun 15 Total 5 65 82 6 73 156 6 486 847 Ramo Vida 3 897 28 5 8 543 4 676 624 Ramos Não Vida 1 78 774 1 694 613 1 81 224 Os valores registados no ramo Vida conduziram a uma diminuição do seu peso no total da carteira de prémios de seguro direto de cerca de dois pontos percentuais, face ao semestre homólogo do ano anterior. Estrutura da carteira (1.º semestre de 215) Ramos Não Vida 27,9% Ramo Vida 72,1% Trimestralmente, continua a verificar se uma produção relativamente estável nos ramos Não Vida, com uma média, nos últimos nove trimestres, de cerca de 83 milhões de euros, sendo o desenvolvimento global ditado pelo ramo Vida. 2 Relatório de evolução trimestral da atividade seguradora

Evolução da produção de seguro direto 4 3 5 3 2 5 2 1 5 1 5 jun 13 set 13 dez 13 mar 14 jun 14 set 14 dez 14 mar 15 jun 15 Ramo Vida Ramos Não Vida Total No período em referência, o valor global dos custos com sinistros de seguro direto, ao contrário do verificado na produção, apresentou um aumento de 22,2%, face ao idêntico semestre do ano anterior, bastante mais acentuado do que o verificado no semestre homólogo de 214. O ramo Vida viu os seus custos com sinistros aumentarem 26,9%, enquanto os ramos Não Vida apresentaram um acréscimo de 4,9%. Custos com sinistros de seguro direto em Portugal Valores em 1 3 Euro jun 13 jun 14 jun 15 Total 5 353 24 5 33 999 6 516 91 Ramo Vida 4 155 436 4 195 111 5 324 858 Ramos Não Vida 1 197 768 1 135 888 1 192 44 Evolução dos custos com sinistros de seguro direto em Portugal 4 3 5 3 2 5 2 1 5 1 5 jun 13 set 13 dez 13 mar 14 jun 14 set 14 dez 14 mar 15 jun 15 Ramo Vida Ramos Não Vida Total Relatório de evolução trimestral da atividade seguradora 3

2. Ramo Vida A produção de seguro direto do ramo Vida registou uma variação negativa de cerca de 332 milhões de euros. Para esta diminuição contribuíram as variações negativas em quase todas as modalidades, à exceção dos contratos de investimento e de seguro ligados a fundos de investimento e das operações de capitalização. Produção de seguro direto em Portugal Valores em 1 3 Euro jun 13 jun 14 jun 15 Total 3 897 28 5 8 543 4 676 624 Contratos de Seguro 1 142 978 1 786 28 1 713 312 Vida Não Ligados 1 119 24 1 761 967 1 681 86 Vida Ligados 23 835 24 56 31 55 Operações de Capitalização 118 5 1 Contratos de Investimento 2 754 51 3 222 516 2 963 312 Vida Não Ligados 1 953 793 2 225 61 1 691 221 Vida Ligados 8 258 992 18 1 26 34 Operações de Capitalização 4 735 11 751 De salientar a evolução positiva, embora moderada, dos Planos Poupança Reforma (PPR), que registaram um aumento de 3% face ao primeiro semestre de 214. Desta forma, este tipo de produtos reforçou, mais uma vez, o seu peso na estrutura do ramo Vida (em termos globais, representam 25,9% da produção dos primeiros seis meses de 215, comparando com 22,5%, 17% e 15% no mesmo período de 214, 213 e 212, respetivamente). Os gráficos seguintes, que comparam trimestres homólogos, evidenciam a evolução verificada no conjunto do ramo Vida, nos contratos não ligados e nos contratos ligados. 4 Relatório de evolução trimestral da atividade seguradora

Ramo Vida Produção de seguro direto em Portugal (períodos homólogos) 3 2 5 2 1 5 1 829 2 662 2 549 2 789 2 511 2 582 2 46 2 434 2 68 2 14 1 5 213 214 215 2 5 2 1 5 Vida Não Ligados Produção de seguro direto em Portugal (períodos homólogos) 2 26 2 14 2 1 2 26 1 978 1 96 1 966 1 597 1 476 1 347 1 5 213 214 215 Vida Ligados Produção de seguro direto (períodos homólogos) 7 635 657 6 5 536 471 552 48 467 474 527 4 353 3 2 1 213 214 215 As alterações verificadas na produção do ramo Vida implicaram uma diminuição de 8,3 pontos percentuais no peso relativo dos contratos de investimento não ligados. Em Relatório de evolução trimestral da atividade seguradora 5

contrapartida, registou se um aumento de cerca de 7,1 pontos percentuais na quotaparte dos contratos de investimento ligados. Estrutura da carteira do Ramo Vida (1.º semestre de 215) Operações de Capitalização,% Vida Ligados,7% Não Ligados 36,2% Contratos de Investimento Ligados 26,9% Vida Não Ligados 36,% Operações de Capitalização,3% Os custos com sinistros de seguro direto do ramo Vida aumentaram 27% face ao semestre homólogo, conforme indicado no seguinte quadro: Custos com sinistros de seguro direto em Portugal Valores em 1 3 Euro jun 13 jun 14 jun 15 Total 4 155 436 4 195 111 5 324 858 Contratos de Seguro 1 164 196 1 226 568 1 686 887 Montantes pagos 1 179 337 1 255 929 1 699 958 Vida Não Ligados 1 163 15 1 24 842 1 678 559 Vida Ligados 16 46 14 778 21 322 Operações de Capitalização 276 39 78 Variação da provisão para sinistros 15 141 29 361 13 71 Vida Não Ligados 14 198 28 787 13 66 Vida Ligados 914 525 543 Operações de Capitalização 29 49 46 Contratos de Investimento 2 991 241 2 968 544 3 637 971 Vida Não Ligados 1 28 632 1 418 717 1 598 622 Vida Ligados 1 656 987 1 34 56 1 155 95 Operações de Capitalização 125 621 245 77 884 253 Esta evolução é determinada pelo comportamento dos resgates, que apresentaram um aumento muito significativo de cerca de 117% face ao semestre homólogo, tendo 6 Relatório de evolução trimestral da atividade seguradora

representado cerca de 68,7% dos custos com sinistros do semestre em análise (4,1% em junho de 214). Refira se que o valor dos resgates cresceu em todas as modalidades, sendo de destacar os seguros de vida não ligados cuja taxa foi superior a 145%. ( 22% em junho de 214). A taxa de resgate, medida em função do valor das provisões e passivos financeiros dos produtos resgatáveis, foi de 9%, valor superior ao verificado no primeiro semestre do ano anterior (4,3%). O gráfico seguinte evidencia o desenvolvimento trimestral do peso relativo de cada modalidade nos custos com sinistros do ramo Vida. Evolução da estrutura de custos com sinistros de seguro direto do Ramo Vida 1% 8% 6% 4% 2% % jun 13 set 13 dez 13 mar 14 jun 14 set 14 dez 14 mar 15 jun 15 Não Ligados Ligados Operações de Capitalização Relatório de evolução trimestral da atividade seguradora 7

3. Ramos Não Vida No primeiro semestre de 215, a produção dos ramos Não Vida ultrapassou 1 81 milhões de euros, mais cerca de 115 milhões do que em igual período do ano anterior. Contudo, retirando o efeito da referida entrada de um novo operador, verifica se um incremento real de cerca de 2,9% face aos primeiros seis meses de 214. Produção de seguro direto em Portugal Valores em 1 3 Euro jun 13 jun 14 jun 15 Total 1 78 774 1 694 613 1 81 224 Acidentes de Trabalho 229 68 23 788 262 43 Doença 31 749 39 128 341 58 Incêndio e Outros Danos 352 144 348 47 357 594 Automóvel 627 161 69 66 639 517 Restantes Ramos 198 112 196 63 29 625 Acidentes Pessoais e Pessoas Transportadas 47 818 48 615 51 614 Transportes e Mercadorias Transportadas 29 145 26 764 26 714 Responsabilidade Civil Geral 5 11 5 9 53 799 Diversos 71 138 71 16 77 499 Contratos de Prestação de Serviços Ramos Não Vida Produção de seguro direto em Portugal (períodos homólogos) 1 2 1 8 932 924 984 826 777 77 796 84 78 782 6 4 2 213 214 215 8 Relatório de evolução trimestral da atividade seguradora

Não obstante o facto da estrutura de prémios do primeiro semestre se ter mantido relativamente estável, a modalidade de Acidentes de Trabalho aumentou cerca de um ponto percentual no cômputo dos ramos Não Vida, por contrapartida de decréscimos pouco significativos do peso nos outros ramos/modalidades. Estrutura da carteira dos Ramos Não Vida (1.º semestre de 215) Merc. Transportadas,6% Marítimo e Transportes,6% Resp. Civil Geral 3,% C. Prestação Serviços,% Incêndio e Outros Danos 19,8% Diversos 4,3% Acidentes e Doença 36,2% Automóvel 35,3% Aéreo,2% Os custos com sinistros de seguro direto apresentaram um acréscimo de 4,9%, tendo a quase totalidade dos ramos/modalidades seguido esta evolução positiva (exceção para, Incêndio e Outros Danos, Acidentes Pessoais e Pessoas Transportadas e Diversos). De referir que, retirando a entrada do novo operador, os custos com sinistros cresceram apenas,5%. Relatório de evolução trimestral da atividade seguradora 9

Custos com sinistros de seguro direto em Portugal Valores em 1 3 Euro jun 13 jun 14 jun 15 Total 1 197 768 1 135 888 1 192 44 Montantes pagos 1 258 454 1 198 187 1 23 168 Acidentes de Trabalho 228 898 226 13 252 128 Doença 29 136 21 778 226 788 Incêndio e Outros Danos 248 786 198 967 159 5 Automóvel 51 96 52 85 53 87 Restantes Ramos 61 539 59 462 61 332 Acidentes Pessoais e Pessoas Transportadas 18 491 19 966 18 171 Transportes e Mercadorias Transportadas 13 766 14 665 16 791 Responsabilidade Civil Geral 15 782 13 844 15 569 Diversos 13 5 1 988 1 81 Contratos de Prestação de Serviços Variação da provisão para sinistros 6 686 62 299 11 124 Acidentes de Trabalho 12 668 1 45 1 131 Doença 97 1 51 5 711 Incêndio e Outros Danos 24 132 12 722 126 Automóvel 8 63 58 432 29 663 Restantes Ramos 8 383 2 647 2 571 Acidentes Pessoais e Pessoas Transportadas 135 1 38 6 18 Transportes e Mercadorias Transportadas 7 463 763 4 815 Responsabilidade Civil Geral 1 487 4 355 529 Diversos 71 1 983 1 87 A estrutura dos custos com sinistros de seguro direto dos ramos Não Vida tem sido semelhante ao longo dos trimestres homólogos. Saliente se, contudo, que no segundo trimestre de 215, o ramo Incêndio e Outros Danos registou uma diminuição na ordem de 3 pontos percentuais. Por seu lado, os ramos/modalidades Acidentes de Trabalho e Automóvel viram o seu peso aumentar no conjunto dos custos com sinistros dos ramos Não Vida 1,2 e,7 pontos percentuais, respetivamente. 1 Relatório de evolução trimestral da atividade seguradora

1% Evolução da estrutura de custos com sinistros de seguro direto dos Ramos Não Vida 8% 6% 4% 2% % jun 13 set 13 dez 13 mar 14 jun 14 set 14 dez 14 mar 15 jun 15 2% AT Doença Incêndio Automóvel Restantes Ramos C. Prestação Serviços Analisando o rácio de sinistralidade (custos com sinistros / prémios brutos emitidos) do segundo trimestre de 215, verifica se que o mesmo aumentou um ponto percentual face ao ano anterior, em resultado do aumento ocorrido nos custos com sinistros ter sido superior ao dos prémios. 82% Ramos Não Vida Rácio de sinistralidade de seguro direto em Portugal (períodos homólogos) 77% 72% 67% 69% 73% 72% 72% 68% 68% 71% 71% 62% 57% 63% 6% 52% 213 214 215 De referir, que este rácio, quando calculado para o acumulado dos seis meses decorridos, decresceu 1,2 pontos percentuais, situando se em 65,9% (67% em igual período de 214 e 7,1% em 213), fruto das referidas evoluções de prémios (6,8%) e custos com sinistros 4,9%). Relatório de evolução trimestral da atividade seguradora 11

Autoridade de Supervisão de Seguros e de Fundos de Pensões 2 1 8 1 6 1 4 1 2 1 8 6 4 2 Ramos Não Vida Rácio de sinistralidade de seguro direto em Portugal jun 13 jun 14 jun 15 Prémios Custos com sinistros Rácio de sinistralidade 75% 7% 65% 6% a. Acidentes de Trabalho A produção de seguro direto de Acidentes de Trabalho, apresentou, em junho de 215, um crescimento de 13,7%, superior ao verificado em junho do ano anterior. Em termos comparativos, retirando o efeito do novo operador, o aumento real foi de cerca de 7,7%, refletindo o resultado dos esforços efetuados pelo setor segurador, nomeadamente na sequência das recomendações da ASF e das medidas tomadas pelos operadores no sentido do restabelecimento do equilíbrio técnico desta modalidade. Acidentes de Trabalho Produção de seguro direto em Portugal (períodos homólogos) 16 14 12 1 8 6 4 2 123 141 124 121 16 17 17 111 19 19 213 214 215 12 Relatório de evolução trimestral da atividade seguradora

O rácio de sinistralidade do segundo trimestre diminuiu cerca de 11 pontos percentuais, situando se em 16%. Tal evolução surge, na sequência do aumento da dos prémios brutos emitidos. Acidentes de Trabalho Rácio de sinistralidade de seguro direto em Portugal (períodos homólogos) 15% 133% 13% 117% 118% 131% 11% 9% 7% 16% 1% 95% 14% 9% 86% 213 214 215 De igual modo, analisando o rácio de sinistralidade relativo aos primeiros seis meses de 215, verifica se um decréscimo deste indicador em 2,6 pontos percentuais (99,9% face a 12,5% em junho de 214). 3 Acidentes de Trabalho Rácio de sinistralidade de seguro direto em Portugal 15% 25 2 15 1 5 1% 95% 9% 85% jun 13 jun 14 jun 15 Prémios Custos com sinistros Rácio de sinistralidade 8% Relatório de evolução trimestral da atividade seguradora 13

b. Doença A produção de seguro direto do ramo Doença apresentou um aumento de 1,3% (5,7%, retirando o efeito do novo operador) face ao semestre homólogo do ano anterior. Doença Produção de seguro direto em Portugal (períodos homólogos) 25 2 18 184 24 15 137 122 125 118 122 119 123 1 5 213 214 215 O rácio de sinistralidade trimestral decresceu dois pontos percentuais, atingindo os 83%. 1% Doença Rácio de sinistralidade de seguro direto em Portugal (períodos homólogos) 9% 8% 85% 83% 83% 87% 83% 93% 89% 7% 6% 5% 59% 58% 57% 213 214 215 O mesmo rácio, quando calculado para o semestre, baixou,3 pontos percentuais, para os 68,2% (68,5% em junho de 214). 14 Relatório de evolução trimestral da atividade seguradora

4 35 3 25 2 15 1 5 Doença Rácio de sinistralidade de seguro direto em Portugal jun 13 jun 14 jun 15 Prémios Custos com sinistros Rácio de sinistralidade 7% 69% 68% 67% 66% 65% c. Incêndio e Outros Danos No primeiro semestre de 215, a produção de seguro direto do ramo Incêndio e Outros Danos cresceu 2,6% (retirando o efeito do novo operador, esta evolução foi de,3%) face ao mesmo semestre do ano anterior. Incêndio e Outros Danos Produção de seguro direto em Portugal (períodos homólogos) 25 2 15 198 198 22 154 15 155 171 172 144 146 1 5 213 214 215 Atendendo às diversas modalidades que compõem o ramo, torna se conveniente analisar o impacto que algumas delas têm na variação global. Assim, em termos relativos, apesar de quase metade das modalidades apresentarem um decréscimo nos Relatório de evolução trimestral da atividade seguradora 15

prémios brutos emitidos, este foi compensado pela evolução positiva das modalidades de Riscos Múltiplos Habitação e Industrial, que em conjunto detêm um peso no cômputo do ramo de cerca de 69,2%. Estrutura do ramo Incêndio e Outros Danos (1.º semestre de 215) Riscos Múlt. Outros 1,97% Riscos Múlt. Industrial 12,72% Inc. Elem. Natureza 2,6% Roubo,62% Agrícola Incêndio,8% Agrícola Colheitas 3,43% Avaria Máquinas 2,4% Cristais,4% Det. Bens Refrigerados,1% Outros Danos Pecuário 3,5%,1% Riscos Múlt. Comerciantes 17,44% Riscos Múlt. Habitação 56,53% O rácio de sinistralidade do segundo trimestre aumentou de 45% em 214 para 59% em 215 em resultado do aumento dos custos com sinistros (34,2%). Incêndio e Outros Danos Rácio de sinistralidade de seguro direto em Portugal (períodos homólogos) 1% 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 82% 71% 62% 6% 59% 45% 49% 57% 48% 34% 213 214 215 16 Relatório de evolução trimestral da atividade seguradora

Para o período acumulado (primeiro semestre), este rácio registou uma melhoria de cerca de 9 pontos percentuais face a 214, atingindo o valor de 44,6%, em consequência da redução de 14,5% verificada nos custos com sinistros. 4 35 3 25 2 15 1 5 Incêndio e Outros Danos Rácio de sinistralidade de seguro direto em Portugal jun 13 jun 14 jun 15 Prémios Custos com sinistros Rácio de sinistralidade 8% 75% 7% 65% 6% 55% 5% 45% 4% d. Automóvel O ramo Automóvel registou uma variação positiva dos prémios brutos emitidos de seguro direto, tendo se verificado um aumento de 4,9% (retirando o efeito do novo operador, esta evolução foi de 1,3%) face ao semestre homólogo do ano anterior. Automóvel Produção de seguro direto em Portugal (períodos homólogos) 6 5 4 3 2 1 323 311 323 34 31 321 298 316 31 317 213 214 215 Relatório de evolução trimestral da atividade seguradora 17

Os custos com sinistros do ramo Automóvel cresceram cerca de 5% face ao segundo trimestre de 214. Como consequência, o rácio de sinistralidade apresentou uma diminuição de um ponto percentual. Automóvel Rácio de sinistralidade de seguro direto em Portugal (períodos homólogos) 85% 8% 75% 7% 65% 6% 55% 76% 73% 71% 75% 7% 7% 66% 68% 61% 58% 213 214 215 Em termos acumulados, para o primeiro semestre, o aumento dos custos com sinistros de seguro direto do ramo em questão, originou um rácio de 74,2%, 1,3 pontos percentuais acima do calculado para o mesmo período de 214. 7 6 5 4 3 2 1 Automóvel Rácio de sinistralidade de seguro direto em Portugal jun 13 jun 14 jun 15 Prémios Custos com sinistros Rácio de sinistralidade 76% 74% 72% 7% 68% 66% 18 Relatório de evolução trimestral da atividade seguradora

II. Provisões técnicas e ativos representativos 1. Evolução trimestral da cobertura das provisões técnicas No primeiro semestre de 215 observou se um ligeiro decréscimo do valor das carteiras de investimentos das empresas de seguros de,1%, face a dezembro de 214. Esta variação é influenciada pela redução das aplicações alocadas ao ramo Vida (,7%). O rácio de cobertura das provisões técnicas registou um acréscimo de,3 pontos percentuais em relação ao final de 214, provocado pelo aumento no ramo Vida, como se verifica nos quadros seguintes: Provisões técnicas do ramo Vida Valores em 1 3 Euros jun 14 set 14 dez 14 mar 15 jun 15 Total Ativos 44 8 94 44 654 43 44 99 971 46 96 65 44 678 98 Total PT 42 618 688 42 534 781 43 126 238 43 826 795 42 632 249 Vida excluindo ligados e PPR 15 434 315 15 719 177 16 384 83 16 271 222 16 58 684 PPR 13 187 489 13 249 494 13 571 34 14 113 3 13 942 699 Ligados 13 996 884 13 566 19 13 17 374 13 442 57 12 63 865 Cobertura das PT Vida 15,1% 15,% 14,3% 15,2% 14,8% Vida 47 16% 46 45 44 43 42 15% 14% Cobertura PT 41 4 13% jun 14 set 14 dez 14 mar 15 jun 15 Total ativos Total PT Cobertura das PT Vida Provisões técnicas dos ramos Não Vida Valores em 1 3 Euros jun 14 set 14 dez 14 mar 15 jun 15 Total Ativos 6 41 879 6 538 93 6 254 827 6 855 839 6 51 5 Total PT 5 413 531 5 413 432 5 34 599 5 63 379 5 587 549 Acidentes de Trabalho 1 92 988 1 951 416 1 981 77 2 61 687 2 64 775 Outros seguros Não Vida 3 492 542 3 462 16 3 323 521 3 541 691 3 522 774 Cobertura das PT Não Vida 118,3% 12,8% 117,9% 122,4% 116,4% Relatório de evolução trimestral da atividade seguradora 19

Não Vida 7 124% 6 8 6 6 122% 6 4 6 2 12% 6 5 8 118% 5 6 5 4 116% 5 2 5 114% jun 14 set 14 dez 14 mar 15 jun 15 Cobertura PT Total ativos Total PT Cobertura das PT Não Vida 2. Evolução trimestral da composição das carteiras de investimentos A estrutura das carteiras de investimentos afetas à cobertura das provisões técnicas do ramo Vida e dos ramos Não Vida é semelhante à observada em dezembro de 214. No entanto, importa salientar no ramo Vida, o aumento do peso das ações e a diminuição do peso dos títulos de dívida. No final de junho de 215 os valores de mercado dos instrumentos de dívida representavam 72% das carteiras do ramo Vida e 58% das carteiras dos ramos Não Vida. Composição das carteiras de investimento do ramo Vida jun 14 set 14 dez 14 mar 15 jun 15 Total ativos (1 3 Euros) 44 8 94 44 654 43 44 99 971 46 96 65 44 678 98 Dívida pública 34% 37% 37% 37% 35% Obrigações privadas 42% 38% 38% 37% 37% Ações 1% 2% 3% 4% 6% Fundos de investimento 1% 1% 1% 1% 1% Depósitos bancários 11% 12% 11% 12% 1% Outros 1% 1% % 1% 1% 2 Relatório de evolução trimestral da atividade seguradora

Composição das carteiras de investimento dos ramos Não Vida jun 14 set 14 dez 14 mar 15 jun 15 Total ativos (1 3 Euros) 6 41 879 6 538 93 6 254 827 6 855 839 6 51 5 Dívida pública 27% 24% 24% 26% 25% Obrigações privadas 3% 29% 3% 29% 33% Ações 8% 13% 14% 13% 13% Fundos de investimento 9% 8% 7% 7% 5% Imóveis 11% 1% 11% 1% 1% Depósitos bancários 6% 5% 5% 6% 5% Outros 9% 11% 8% 9% 1% No final do primeiro semestre de 215 a composição das carteiras de investimentos representativos das provisões técnicas, dividida pelas carteiras Vida Não Ligados, Vida Ligados e Não Vida, era a seguinte: Composição das carteiras de investimentos em 3 6 215 Vida Não Ligados Vida Ligados Não Vida Total ativos (1 3 Euros) 32 45 544 % 12 633 364 % 6 51 5 % 51 18 48 % Dívida Pública 12 893 346 4% 2 727 583 22% 1 612 694 25% 17 233 622 34% Obrigações Privadas 12 55 249 38% 4 546 26 36% 2 114 578 33% 18 716 33 37% Ações 2 792 654 9% 13 9 1% 836 929 13% 3 732 673 7% Fundos de investimento 1 799 211 6% 2 751 39 22% 341 63 5% 4 892 231 1% Imóveis 77 163 % % 675 765 1% 752 928 1% Depósitos remunerados 1 577 952 5% 1 786 869 14% 128 794 2% 3 493 615 7% Disponibilidades à vista 643 618 2% 56 56 4% 169 871 3% 1 374 48 3% Derivados 38 591 % 177 36 1% 6 166 % 222 63 % Empréstimos 2 75 % % 16 56 % 18 582 % Créditos sobre ress. 173 455 1% 3 176 % 112 599 2% 289 231 1% Outros ativos aceites 7 771 % 22 816 % 485 969 7% 455 382 1% Total III. Resultados e Margem de Solvência 1. Resultados Líquidos Globalmente, no primeiro semestre de 215, os resultados líquidos das empresas de seguros sob supervisão prudencial da ASF atingiram 432 milhões de euros (das 46 empresas de seguros, 37 apresentaram valores positivos). Relatório de evolução trimestral da atividade seguradora 21

2. Margem de solvência A taxa de cobertura da margem de solvência das empresas supervisionadas pela ASF situou se em junho de 215, na ordem dos 216%, representando um acréscimo de 1 pontos percentuais face a dezembro de 214. Como é usual, as entidades especializadas no ramo Vida apresentaram uma taxa de cobertura inferior à dos operadores dos ramos Não Vida (23% e 234% respetivamente). As empresas mistas apresentaram um rácio na ordem dos 221%. 5 4 5 4 3 5 3 2 5 2 1 5 1 5 Margem de solvência das empresas de seguros Mistas Não Vida Vida Total MSD MSE Taxa de cobertura 24% 23% 22% 21% 2% 19% 18% 17% 16% 15% 22 Relatório de evolução trimestral da atividade seguradora