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Transcrição:

Folha: 1/12 SUPRAM - ZM Nº: 315502/2010 Indexado ao(s) Processo(s): Licenciamento Ambiental N o : 01919/2003/001/2010 Outorga N o : XXXXXXXXX APEF N o : XXXXXXXX Reserva Legal N o : XXXXXXXX 1. IDENTIFICAÇÃO: Empreendimento (Razão Social) /Empreendedor: CENTRAL BETON LTDA. Empreendimento (Nome Fantasia): CENTRAL BETON LTDA. Município: Viçosa - MG Atividade predominante: Usinas de produção de concreto comum. Código da DN e Parâmetro: C-10-01-4 Produção: 20 m³/h Porte do Empreendimento Potencial Poluidor CNPJ / CPF: 16.548.653/0022-74 Pequeno ( ) Médio ( X ) Grande ( ) Pequeno ( ) Médio ( X ) Grande ( ) Classe do Empreendimento: I ( ) II ( ) III ( X ) IV ( ) V ( ) VI ( ) Fase Atual do Empreendimento LP ( ) LI ( ) LO ( ) LOC ( X ) Revalidação ( ) Ampliação ( ) Localizado em UC (Unidades de Conservação)? ( X ) Não ( ) Sim Bacia Hidrográfica Federal: Rio Doce Bacia Hidrográfica Estadual: Rio Piranga 2. HISTÓRICO: Inspeção/Vistoria/fiscalização Relatório de Inspeção/Vistoria/Fiscalização Nº: Data: 08/12/2010 ( ) Não ( X ) Sim 024/2010 Notificações Emitidas Nº: Advertências Emitidas Nº: Multas Nº:

Folha: 2/12 2.1. DESCRIÇÃO DO HISTÓRICO: Em 01/02/2010 foi protocolado o FCEI referente ao empreendimento e no dia 03/02/2010 foi protocolado o FOBI com a documentação necessária para a formalização do processo de licenciamento. Em 26/02/2010 foi formalizado o processo de licenciamento ambiental com a entrega dos documentos necessários, tais como RCA/PCA. Em 08/12/2010 foi realizada vistoria no empreendimento para dar andamento no processo de licenciamento ambiental. 3. CONTROLE PROCESSUAL: O empreendedor, CENTRAL BETON LTDA, requereu, validamente, através de seus representantes legais, o Diretor Superintendente Daniel Travasso da Rosa Costa e o Diretor Leonardo de Hollanda Gonçalves, conforme Contrato Social acostado às fls., e de seu procurador Kleber José de Almeida Junior, conforme procuração de fls., a presente Licença de Operação em caráter corretivo para a atividade de usina de produção de concreto comum. O empreendimento está em funcionamento desde 02/03/1995, entretanto, não há que se falar em aplicação de penalidade ao referido empreendimento, uma vez que está amparado pelo instituto da denúncia espontânea, conforme previsto no art. 15 do Decreto nº 44.844/2008. No que tange ao recolhimento dos custos de análise, o empreendedor optou pelo adimplemento de 30% do valor da tabela na formalização do processo e a quitação integral dos valores excedentes porventura apurados, antes do julgamento, ficando, deste modo, o julgamento e a emissão do respectivo certificado de licença condicionados à quitação integral dos custos, tendo em vista o que estabelece o art. 7º da Deliberação Normativa nº 74, de 9 de setembro de 2004. De se dizer que o local de instalação do empreendimento e o tipo de atividade a ser desenvolvida estão em conformidade com as leis e regulamentos administrativos do município, de acordo com Declaração emitida pela Prefeitura Municipal de Viçosa, anexada às fls.027. O empreendimento localiza-se em zona urbana, no Distrito Industrial da cidade de Viçosa, não havendo, portanto, obrigação de averbação de reserva legal conforme determina a lei (Lei 4.771/65, art.16, 8º e Lei Estadual 14.309/02, art. 16, 2º). Ademais, não foi informada nem constatada qualquer supressão de vegetação ou intervenção em área de preservação permanente. Por sua vez, a água utilizada no empreendimento é fornecida pela Concessionária local denominada Serviço Autônomo de água e esgoto (SAAE). É de se salientar, que as publicações em periódico de grande circulação, bem como em Diário Oficial, do requerimento de Licença de Operação Corretiva, encontram-se regularizadas, pelo que se percebe da documentação também anexada aos autos (fls.056 e 085).

Folha: 3/12 Importante destacar que, no caso em tela, não incide a compensação ambiental prevista na Lei nº 9.985/2000, tendo em vista não ter sido o empreendimento considerado causador de significativo impacto ambiental, de acordo com o que versa o Decreto nº 45.175/2009, que estabelece metodologia de gradação de impactos ambientais e procedimentos para fixação e aplicação da compensação ambiental. Segundo o Decreto em questão, o significativo impacto ambiental é aquele decorrente de empreendimentos e atividades considerados poluidores, que comprometam a qualidade de vida de uma região ou causem danos aos recursos naturais ; tais aspectos não foram verificados no empreendimento em questão. No que se refere à atividade do licenciamento em si, eis que toda a documentação compreendida no presente encontra-se em conformidade com o exigido para o seu requerimento. De fato, é o que se constata pela análise entre as peças listadas no FOBI de n.º 312686/2009 e as que aqui foram instruídas. 4. DISCUSSÃO: 4.1. INTRODUÇÃO: O empreendimento Central Beton Ltda. é uma unidade projetada para a fabricação de concreto comum de variados tipos para atender diferentes tipos de obras civis. Foi apresentado RCA/PCA com o intuito de regularização ambiental do empreendimento, o qual pleiteia a aquisição da Licença de Operação, em caráter corretivo, para a sua unidade industrial. O responsável técnico pela elaboração dos estudos do RCA e PCA é o Engenheiro de Minas Sr. Kleber José de Almeida Júnior, CREA MG-40949/D e ART recolhida nº 1-40623975, representando a empresa de consultoria Ecosystem Tecnologia Ambiental Ltda.. 4.2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO: O empreendimento consiste em uma unidade de médio porte do setor de usina de produção de concreto comum localizada dentro do perímetro urbano de Viçosa MG, sob as coordenadas geográficas LAT 20º44 19,9 Sul e LONG 42º53 33,8 Oeste (Datum SAD69, Fuso 23k). Encontra-se instalado em uma área total de 4.000 m², sendo que a área construída destinada as instalações de produção é de aproximadamente 400,00 m². Opera atualmente com 07 funcionários e possui capacidade nominal instalada de produção equivalente a 3.600 m³/mês de concreto usinado. O Layout geral do empreendimento contempla suas principais instalações: Pátio de estacionamento e manobras, baias de estocagem de agregados (areia e brita), silo de cimento, banheiro, tremonha/balança de agregados, cabine de comando da usina, bate lastro e caixas d água. A energia elétrica utilizada no desenvolvimento das atividades do empreendimento é fornecida concessionária local CEMIG, sendo o consumo médio estimado em torno de 450 a 700 kw/h.

Folha: 4/12 O suprimento de água utilizada no empreendimento é realizado através da concessionária local SAAE. As matérias primas utilizadas no processo de fabricação do concreto são a areia, brita e o cimento. Pode-se considerar que os insumos utilizados no empreendimento são: água, aditivos líquidos, lubrificantes, graxas e os materiais de limpeza em geral. O fornecimento de areia é realizado pela empresa José Bento Lopes da Silva ME, Autorização Ambiental de Funcionamento nº 03949/2009. O fornecimento de brita é realizado pela Pedreira Ervália Ltda., Certificado de LOC nº 0336 ZM. O fornecimento de cimento é realizado pela Lafarge Concreto Ltda., proprietária do empreendimento. A Condicionante nº 01 deste Parecer Único prevê a apresentação da comprovação da Regularização Ambiental dos fornecedores de matéria prima do empreendimento. 4.2.1. Descrição do Processo Produtivo: O processo de fabricação de concreto usinado inicia-se pelo recebimento dos materiais agregados constituídos pela areia e britas, fornecidos por terceiros. Estes agregados são dispostos em baias devidamente demarcadas e dispostos ao ar livre. Um sistema de aspersão d água controla a geração de poeiras fugitivas nas pilhas destes materiais durante o seu manuseio e pela ação dos ventos. O outro insumo importante para a fabricação do concreto é o cimento. Este é recebido via rodoviária através de caminhões graneleiros. Ao chegar na unidade, o caminhão, dotado de compressor de ar, transfere o cimento para o silo através da injeção de ar comprimido. Um sistema de filtragem constituído por tubulações e filtro de mangas realiza o despoeiramento do silo durante a descarga do cimento. Este mesmo sistema realiza o despoeiramento da balança de dosagem de cimento quando do carregamento do caminhão betoneira. O cimento retido nas mangas do filtro de mangas é recuperado e utilizado no processo de fabricação de concreto e argamassa. Os agregados são recuperados dos montes nas baias de estocagem através de uma pá carregadeira e, transportados até a tremonha e balança de agregados. O processo de dosagem inicia-se pelos cálculos do tipo e resistências desejadas do concreto a ser produzido, e a partir daí, pesa-se as quantidades de brita, depois a de areia na balança de agregados. Desta balança uma correia transportadora transfere diretamente os materiais para o caminhão betoneira. Uma vez dosadas as quantidades de materiais agregados, dosa-se a quantidade de cimento através da balança de cimento, instalada abaixo do silo de cimento e que descarrega o material diretamente na betoneira. Depois de dosados os agregados e o cimento, dosa-se a água através de uma bomba d água dotada de um medidor de vazão, através de uma tubulação junto ao silo de cimento e cabine de comando da usina. Em prática, coloca-se aproximadamente 95% d água necessária pré-

Folha: 5/12 estabelecida na dosagem do concreto, água esta, em parte, recuperada do sistema de bate lastro (expressão utilizada para a dosagem final do concreto c/ a água). Os 5% restantes da água necessária a dosagem do concreto é colocada separadamente, junto à área do bate lastro quando da lavagem do caminhão betoneira. Esta lavagem é realizada com o intuito de limpeza do caminhão de possíveis respingos de cimento e materiais agregados antes do mesmo sair para o seu destino (cliente/obra). Toda vez que um caminhão betoneira retorna do seu destino é lavado o interior da betoneira visando garantir a qualidade do produto produzido. Esta lavagem é realizada junto ao sistema de bate lastro onde o material resultante da limpeza (concreto) é, juntamente com a água de limpeza dos pátios externos, conduzido para o bate lastro. Da mesma forma que a produção de concreto, é produzida, também, a argamassa usinada, constituída de areia, cimento e água. Para alterar determinadas características dos concretos e argamassas, são utilizados aditivos líquidos (retardador plastificante), os quais são recebidos em tambores de 200 litros e/ou bombonas de 1000 litros. A dosagem é feita manualmente através de recipiente dosador e colocado no interior da betoneira quando do acerto final da dosagem da água. 4.3. IMPACTOS IDENTIFICADOS: 4.3.1. Resíduos Sólidos: Os resíduos sólidos gerados que podem ser citados: papeis, plásticos, metais, embalagens e lixo orgânico provenientes do escritório, cozinha, e sanitários; embalagens de insumos e recipientes de armazenamento de aditivo; corpos de prova e; resíduos sólidos gerados pelo bate lastro. 4.3.2. Efluentes Líquidos: Os efluentes sanitários e das instalações de apoio (cozinha) são encaminhamentos para a rede coletora municipal, depois de devido tratamento. Os efluentes líquidos industriais são compostos basicamente pela mistura da água e cimento com pequenas quantidades de areia e brita proveniente da lavagem dos caminhões betoneira. 4.3.3. Emissões Atmosféricas: As emissões atmosféricas são realizadas basicamente através de movimentação dos caminhões e carregadeiras no pátio e instalações do empreendimento, com manobra, transporte e descarregamento de matéria-prima e agregados de brita, evidenciando a emissão de particulados. 4.3.4. Emissões de Ruídos:

Folha: 6/12 De acordo com o Laudo Técnico de Avaliação de Ruído apresentado pelo empreendimento, os níveis de ruído ao entorno da empresa indica que os valores aferidos não ultrapassam os limites máximos permitidos pela legislação atual (Lei Estadual nº 10.100/90) e pelas normas brasileiras (NBR 10.151/90). 4.4. MEDIDAS MITIGADORAS: 4.4.1. Resíduos Sólidos: Os efluentes sólidos do empreendimento estão sendo dispostos de acordo com a tabela abaixo: RESÍDUOS Sólidos provenientes do bate lastro e corpos de prova GERAÇÃO (Kg/mês) 1.750 TIPO DE DESTINAÇÃO Confecção de blocos de concreto (pierrões), uso interno, destinação a bota-foras e doação a terceiros para construção civil (projeto social) Óleo lubrificante usado 3,5 Estocado na empresa e reciclagem Graxa usada 2,0 Estocado na empresa e reciclagem Lixo doméstico 25 Coleta pública municipal Os resíduos sólidos provenientes do bate lastro, conforme observado na tabela acima, possuem diferentes destinações. Os mesmos se encontram armazenados corretamente, dentro do sistema de drenagem do bate lastro. Os óleos e graxas estão sendo alocados em local apropriado, provido de cobertura, piso impermeável e bacia de contenção (Fotografia 01). Fotografia 01: Galpão de armazenagem de óleos e graxas da Central Beton Ltda. A Condicionante nº 02 deste Parecer Único prevê a apresentação do Programa de Acompanhamento de Geração e Disposição dos Resíduos Sólidos do empreendimento

Folha: 7/12 4.4.2. Efluentes Líquidos: De acordo com os estudos do RCA e também observado em vistoria, o efluente sanitário gerados pela empresa passam por um sistema de tratamento de fossa séptica e filtro anaeróbio, sendo que o descarte do esgoto tratado está sendo lançado na rede pública do município. Neste caso, será pedido na Condicionante nº 02 a apresentação do Programa de Automonitoramento Ambiental de Efluentes Líquidos. Os efluentes líquidos do esgoto sanitário gerados pela empresa deverão ser descartados conforme os parâmetros definidos pela DN CONJUNTA COPAM/CERH MG, de 05 de maio de 2008. O bate lastro coleta todo o efluente oriundo da lavagem das betoneiras e das águas pluviais provenientes do pátio de abastecimento dos caminhões. Esse sistema tem como objetivo a contenção de sólidos em suspensão e recicurlação da água na produção. 1 2 3 4 Fotografias 01, 02, 03 e 04: Sistema de Bate Lastro da Central Beton Ltda. Detalhamento: 1: primeira bacia de decantação à direita e lavagem dos caminhões a esquerda (e sistema de drenagem); 2: Sistema de drenagem de água pluvial e de lavagem dos veículos; 3: depósito de rejeitos sólidos do sistema de decantação; e 4: Caixas de sedimentação. Conforme observado nas Fotografias 01, 02, 03 e 04, este sistema de decantação, denominado de bate lastro, é constituído por três grandes caixas de sedimentação e duas caixas de água

Folha: 8/12 recuperada. Um sistema de tubos de PVC de 100 mm em forma de sifão auxilia a decantação das partículas sólidas nestas caixas. Duas bombas centrífugas recuperam a água isenta de partículas sólidas, das caixas de água recuperada, para um reservatório específico. Esta água tem sido empregada na dosagem do concreto e argamassa, aspersão das pilhas de agregados, pátios, áreas verdes e limpezas das áreas externas. Em vistoria a oficina de manutenção dos veículos do empreendimento, foram observados que as canaletas de contenção dos efluentes gerados se encontra em mal estado de conservação, apesar do local estar provido de cobertura e piso impermeável. A Condicionante nº 03 deste Parecer Único prevê a adequação desta oficina, bem como a implantação de Caixa Separadora de Água e Óleo (Caixa SAO) a jusante da mesma. 4.4.3. Emissões atmosféricas: Durante o trabalho da pá mecânica na retomada das matérias primas (areia e britas) das baias o controle da geração das poeiras fugitivas é realizado através da aspersão d água sobre estes materiais e sobre o piso do pátio (Fotografia 05). Fotografia 05: Baias de estocagem e pátio de manobras da Central Beton Ltda., em detalhe os aspersores de água para controle de geração de efluentes atmosféricos. Quanto aos efluentes atmosféricos, mais especificamente as poeiras fugitivas geradas no silo e balança dosadora de cimento, estas são captadas pelo sistema de despoeiramento constituído por tubulações e filtro estático. Um sistema constituído por um tubo contendo pequenos aspersores d água, posicionado ao longo do caminhão betoneira, junto ao silo de cimento, promove o controle das poeiras fugitivas que não foram captadas pelo sistema de despoeiramento durante o processo de dosagem do concreto e argamassa, sendo a água contendo o material particulado coletada pelas canaletas e conduzida para o bate lastro. 4.4.4. Emissões de ruído:

Folha: 9/12 Com base nos estudos, não foram constatados ruídos significativos de irregularidade gerados pelo empreendimento. 5. CONCLUSÃO: Com base no RCA, PCA, na vistoria realizada no empreendimento para verificação da efetiva execução das medidas mitigadoras, conclui-se que o empreendimento CENTRAL BETON LTDA. apresenta medidas que irão mitigar os impactos gerados pelo seu processo produtivo. Diante do exposto, SUGERIMOS O DEFERIMENTO da Licença de Operação em caráter corretivo, com validade de 06 (seis) anos, para a usina de produção de concreto comum CENTRAL BETON LTDA., condicionada ao cumprimento das condicionantes relacionadas no ANEXO I e II deste Parecer Único. Ressaltamos que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção, pelo requerente, de certidões, alvarás ou licenças de qualquer natureza, exigidos pela legislação federal, estadual ou municipal, devendo sobredita observação constar no Certificado de Licenciamento. 6. PARECER CONCLUSIVO: Favorável: ( ) Não ( X ) Sim 7. VALIDADE DA LICENÇA: 06 (seis) anos.

Folha: 10/12 8. DATA / EQUIPE AMBIENTAL:. Gestor:.Equipe Interdisciplinar: Evandro Luis Mendes Ramos (MASP: 1198021-6) Sandra Aparecida Moreira Scheffer (MASP: 1184000-6) Leonardo Sorbliny Schuchter (MASP: 1150545-0) Ciente: Diretor Técnico: Gláucio Cristiano Cabral de Barros Nogueira (MASP: 1197093-6)

Folha: 11/12 ANEXOS ANEXO I Processo COPAM Nº: 01919/2003/001/2010 Classe/Porte: 3/M Empreendimento: CENTRAL BETON LTDA. Atividade: Usina de Produção de Concreto Comum Endereço: Rua A, nº 320, Distrito Industrial Município: Viçosa - MG Referência: Condicionante da Licença de Operação Corretiva Validade: 06 (seis) anos ITEM DESCRIÇÃO PRAZO 01 Apresentar comprovação da Regularização Ambiental dos fornecedores de matéria prima. 30 dias* 02 03 Execução do Programa de Automonitoramento Ambiental de Efluentes Líquidos e Programa de Acompanhamento de Geração e Disposição dos Resíduos Sólidos, conforme ambos definidos no ANEXO II deste parecer. Instalação / adequação das canaletas de contenção da oficina mecânica e implantação de Caixa Separadora de Água e Óleo (Caixa SAO) a jusante da mesma. (*) Contados a partir da data da concessão da Licença de Operação Corretiva. Durante a vigência da licença 60 dias* ANEXO II PROGRAMA DE AUTOMONITORAMENTO AMBIENTAL DE EFLUENTES LÍQUIDOS Deverão ser efetuadas amostragens e análises dos efluentes líquidos sanitários, de acordo com o quadro abaixo: Ponto Despejo Local de Amostragem Parâmetros Freqüência das Análises 01 Efluente Bruto Entrada do Tanque Séptico 02 Efluente Final Tratado Saída do Filtro Anaeróbio ph, sólidos sedimentáveis, sólidos suspensos, DBO 5, DQO, óleos e graxas. Semestral

Folha: 12/12 Relatórios: Enviar Semestralmente à SUPRAM Zona da Mata os resultados das análises efetuadas. O relatório deverá conter a identificação, registro profissional e assinatura do responsável técnico pelas análises. Obs.: Conforme determina o artigo 8º da Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH-MG nº 01 de 05/05/2008 e complementada pela Deliberação Normativa COPAM nº 89 de 15/11/2005, os métodos de coleta e análise das águas devem ser os especificados nas normas aprovadas por órgãos competentes, como Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial INMETRO ou Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater APHA-AWWA- WPCF, última edição, ressalvado o disposto no Art. 8º. IMPORTANTE: OS PARÂMETROS E FREQUÊNCIAS ESPECIFICADAS PARA O PROGRAMA DE AUTOMONITORAMENTO PODERÃO SOFRER ALTERAÇÕES A CRITÉRIO DA ÁREA TÉCNICA DA SUPRAM ZONA DA MATA, FACE AO DESEMPENHO APRESENTADO PELOS SISTEMAS DE TRATAMENTO. PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DE GERAÇÃO E DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS Modelo de planilha para o programa de acompanhamento de geração dos resíduos sólidos: Resíduo Sólido Industrial Denominação Origem Quantidade Gerada (Kg/mês) Disposição* Transportador (nome, endereço, telefone) Empresa Recebedora (nome, endereço, telefone) Número da Licença ou AAF Observação (*)1 Reutilização; 2 Reciclagem; 3 Aterro Sanitário; 4 Aterro Industrial; 5 Incineração; 6 Co-processamento; 7 Aplicação no solo; 8 Estocagem Temporária (informar quantidade estocada); 9 Outras (especificar).