Boletim meteorológico para a agricultura

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Nº2, Fevereiro 2011 RESUMO

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Transcrição:

CONTEÚDOS Boletim meteorológico para a agricultura Nº 55, julho 2015 IPMA,I.P. 01 Resumo 02 Situação Sinóptica 03 Descrição Meteorológica 05 Informação Agrometeorológica 11 Previsão 11 Situação agrícola 12 Anexos RESUMO O mês de julho foi caracterizado como um mês quente e seco. Boletim Meteorológico para a Agricultura Julho 2015 Produzido por Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. Em 31 de julho de 2015 e segundo o índice meteorológico de seca PDSI, mantém-se a situação de seca em todo o território do Continente com 21% em seca fraca a moderada e 79% em seca severa a extrema. O valor médio da temperatura média do ar foi superior ao valor normal. Os valores médios mensais da temperatura mínima e máxima do ar foram superiores ao normal, sendo o valor da temperatura máxima o 9º mais alto desde 1931 e 5º mais alto desde 2000. As duas últimas décadas do mês registaram valores mais elevados de temperatura média. Durante o mês ocorreu 1 onda de calor com a duração de 6 dias nas estações meteorológicas de Mirandela, Guarda, Portalegre, Évora e Mértola. Os valores de temperatura acumulada para a vinha são superiores a 1000 graus dias em grande parte do território. Apenas em algumas áreas de maior altitude das regiões Norte e Centro, os valores são inferiores a 500 graus dia. Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 1 13

Situação Sinóptica Descrição meteorológica e agrometeorológica 1ª Década, 01-10 de julho de 2015 A situação meteorológica foi determinada por um anticiclone no Atlântico, cuja localização variou entre a região dos Açores e o Golfo da Biscaia. A passagem de ondulações frontais de fraca actividade afectou as regiões do Norte e Centro, em alguns dias da década. Devido à sua acção verificou-se, no dia 1, céu geralmente muito nublado em todo o território e precipitação fraca nas regiões do Norte e Centro. No dia 4, o céu apresentou períodos de muito nublado e, no Minho, ocorreu precipitação fraca. Nos restantes dias da década o céu apresentou-se pouco nublado ou limpo, temporariamente muito nublado por nuvens baixas, duarante a madrugada e manhã, e com ocorrencia de neblina ou nevoeiro, em especial no litoral oeste. O vento foi em geral fraco, do quadrante oeste, nos primeiros três dias da década e de noreoeste nos restantes dias. Contudo, durante a tarde nas regiões do litoral oeste, o vento soprou temporariamente moderado de noroeste. Durante a década, nas regiões do interior, a temperatura do ar não registou variações significativas. Nas regiões do litoral, registou-se descida de temperatura até aos dias 6 /7 e subida entre o dia 7 e o final da década. 2ª Década, 11-20 de julho de 2015 A situação meteorológica na segunda década de Julho foi condicionada por um anticiclone localizado a sul do arquipélago dos Açores que, na primeira metade da década, por vezes se estendeu em crista sobre o Golfo da Biscaia. A partir do dia 17, a ação de uma corrente perturbada de oeste, a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela, condicionou também o estado do tempo. Desde o início da década até dia 16, o céu apresentou-se geralmente pouco nublado ou limpo, temporariamente muito nublado por nuvens baixas no litoral a norte do Cabo da Roca, até ao meio da manhã. Ocorreram neblinas ou nevoeiros matinais, tendo persistido por vezes até ao meio da manhã, no litoral entre o Cabo Carvoeiro e o Cabo da Roca. O vento foi em geral fraco de noroeste, temporariamente moderado durante a tarde, no litoral oeste. A partir de dia 17, a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela, devido à acção da já mencionada corrente perturbada de oeste, o céu apresentou períodos de muita nebulosidade, ocorreram períodos de chuva fraca ou aguaceiros que, no dia 17 foram acompanhados de trovoada durante a tarde. Neste período, em todo o território, o vento, em geral fraco, predominando do quadrante oeste, temporariamente moderado a forte de noroeste, no litoral oeste a sul do Cabo Carvoeiro e moderado de sudoeste, no litoral sul. A temperatura máxima do ar registou uma descida entre os dias 14 e 19 que foi mais significativa nas regiões do Norte. 3ª Década, 21-31 de julho de 2015 A situação meteorológica na terceira década de Julho foi condicionada por um anticiclone localizado a sul do arquipélago dos Açores que, por vezes, se estendeu em crista sobre o Golfo da Biscaia e pelo desenvolvimento de uma depressão de origem térmica no interior da Península. A passagem de superfícies frontais frias de fraca atividade bem como de um vale em altitude a partir de dia 29 influenciaram também o estado do tempo. Desde o início da década até dia 28 o céu esteve pouco nublado ou limpo apresentando, até ao fim da manhã no litoral a norte do Cabo da Roca, períodos de maior nebulosidade, tendo sido registada, no litoral a norte do Rio Mondego, a ocorrência de períodos de chuva fraca ou chuvisco nos dias 24, 26 e 27. Houve neblina ou nevoeiro em alguns locais que persistiram, por vezes, até ao fim da manhã no litoral a norte do Cabo da Roca. A partir de dia 29, verificou-se um aumento de nebulosidade, em especial nas regiões a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela. Durante a tarde, no interior destas regiões, ocorreram aguaceiros que foram nos dias 30 e 31 por vezes fortes e acompanhados de trovoada. Durante a década o vento foi fraco a moderado de noroeste, soprando moderado a forte no litoral oeste a sul do Cabo Mondego e nas terras altas, em especial durante a tarde. No sotavento algarvio, o vento soprou de sudoeste a partir do meio da manhã e até ao final da tarde. Registou-se uma subida de temperatura máxima entre os dias 24 e 26 e da temperatura mínima entre os dias 28 e 30. Nas regiões do interior verificou-se uma descida de temperatura máxima a partir de dia 28. Nas regiões do Sul, verificou-se uma subida de temperatura entre os dias 26 e 28. Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 2 13

1. Descrição Meteorológica 1.1 Temperatura No mês de julho os valores médios da temperatura média do ar foram superiores ao valor normal em praticamente todo o território (Quadro I e Figura 1). As duas últimas décadas do mês registaram valores mais elevados de temperatura média. Na 1ª década os desvios variaram entre -0.6 C em Zambujeira e +3.2 C em Portalegre. Na 2ª década os desvios variaram entre -0.1 C no Porto e +3.9 C em Miranda do Douro e na 3ª década variaram entre +0.3 C em Montalegre e +3.3 C em Faro. Quadro I - Temperatura média do ar e respetivas anomalias ( C) nas 3 décadas do mês de julho de 2015 Valores da temperatura média do ar e respetivas anomalias ( C) Estações 1ª Dec 2ª Dec 3ª Dec Tmed Anomalia Tmed Anomalia Tmed Anomalia Bragança 23.2 +3.0 25.1 +3.5 23.3 +1.4 Vila Real 22.5 +1.6 23.9 +2.1 22.5 +0.6 Coimbra 21.5 +0.6 22.5 +0.6 22.7 +0.8 Castelo Branco 25.2 +1.9 26.8 +0.6 27.0 +1.5 Santarém 22.9 +1.3 23.6 +0.6 24.3 +1.3 Lisboa 22.7 +0.9 24.1 +0.9 24.5 +1.4 Viana do Alentejo 24.0 +1.1 25.5 +0.8 25.8 +1.2 Beja (*) 25.5 +1.9 26.3 +1.1 26.2 +1.0 Faro 24.2 +1.4 26.9 +2.8 27.4 +3.3 (*) Valores da estação meteorologica de Mértola 1ªd. 2ªd. 3ªd. Figura 1 - Distribuição espacial da temperatura média do ar na 1ª, 2ª e 3ª décadas de julho de 2015 1.2 Precipitação acumulada Na Figura 2 apresentam-se os valores da quantidade de precipitação mensal e acumulada no ano hidrológico 2014/15, assim como o valor acumulado da normal 1971-2000 nas regiões agrícolas do Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve. Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 3 13

Figura 2 - Precipitação mensal e acumulada no ano hidrológico 2014/15 e média da quantidade de precipitação mensal acumulada (1971-2000) em algumas estações meteorológicas e mapa com a percentagem da precipitação acumulada no ano hidrológico em Portugal Continental Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 4 13

1.3 Temperatura e Precipitação a Norte e a Sul do Tejo Apresentam-se os valores médios decendiais da temperatura e da precipitação a Norte e a Sul do rio Tejo e respetivos desvios em relação a 1971-2000 para o mês de julho de 2015 (Quadro II). Quadro II - Temperatura e Precipitação a Norte e a Sul do Tejo julho de 2015 2. Informação Agrometeorológica 2.1 Temperatura acumulada 1 /Avanço-Atraso das Culturas Na Figura 3 apresentam-se para alguns locais das regiões Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve (de acordo com as regiões agrícolas) os valores da temperatura acumulada desde o início do ano hidrológico (1 de outubro de 2014) considerando a temperatura base de 0 C e desde 1 de janeiro de 2015 para a temperatura base de 6 C. De referir que no gráfico do Alentejo, para a estação de Beja utilizou-se os dados de temperatura média diária da estação de Mértola, devido a avaria no sensor de temperatura, da estação de Beja, durante o mês de julho. 1 Método das temperaturas acumuladas (Ta)/graus-dia: permite analisar o efeito da temperatura na fenologia das plantas. Admitindo que a temperatura base (Tb) é aquela a partir da qual determinada espécie se desenvolve, num período de n dias a Ta é o somatório das diferenças entre a temperatura média diária e a Tb. Sempre que a temperatura média diária for inferior à Tb, a Ta considera-se nula. Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 5 13

Figura 3 Temperaturas acumuladas calculadas para a temperatura base de 0 C para o ano hidrológico (outubro de 2014 a setembro de 2015) e para a temperatura base de 6 C no ano civil (janeiro a dezembro de 2015). Comparação com valores normais 1971-2000. Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 6 13

No Quadro III apresentam-se os valores da temperatura acumulada e o número de dias potencial do avanço e atraso das culturas no mês de julho de 2015, para algumas localidades do Continente, para temperaturas base de 0, 4, 6 e 10 C. Quadro III - Temperaturas acumuladas (graus-dia) e número de dias potencial do avanço e atraso das culturas no mês de julho de 2015 para diferentes temperaturas base Temperaturas acumuladas Estações T0 ºC Nº dias avanço atraso T4 ºC Nº dias avanço atraso T6 ºC Nº dias avanço atraso T10 ºC Nº dias avanço atraso Bragança 739.0 +2.9 615.0 +3.5 553.0 +3.9 429.0 +5.3 Vila Real 711.2 +2.0 587.2 +2.5 525.2 +2.8 401.2 +3.8 Porto 611.0 +0.5 487.0 +0.6 425.0 +0.7 301.0 +1.0 Viseu/C.C. 685.1 +1.1 561.1 +1.4 499.1 +1.5 375.1 +2.1 Coimbra 689.0 +0.9 565.0 +1.1 503.0 +1.3 379.0 +1.7 Castelo Branco 816.3 +1.6 692.3 +2.0 630.3 +2.2 506.3 +2.8 Portalegre 792.2 +2.6 668.2 +3.2 606.2 +3.6 482.2 +4.7 Lisboa/I.G. 737.5 +1.4 613.5 +1.7 551.5 +1.9 427.5 +2.5 Évora 754.7 +2.5 634.7 +3.0 574.7 +3.3 454.7 +4.3 Beja (*) 807.6 +2.1 683.6 +2.5 621.6 +2.8 497.6 +3.6 Faro 813.0 +3.1 689.0 +3.8 627.0 +4.2 503.0 +5.4 (*) Utilizados dados de temperatura média diária de Mértola 2.3 Temperatura acumulada da Vinha Na Figura 4 apresenta-se a distribuição espacial da temperatura acumulada para a vinha entre 01 de janeiro e 31 de julho de 2015, para Portugal Continental e no Quadro IV apresentam-se os valores da temperatura acumulada no mesmo período para as regiões vitivinícolas, estimados a partir de análises do modelo numérico ALADIN. Figura 4 - Temperaturas acumuladas entre 01 de janeiro e 31 de julho de 2015 para uma temperatura base de 3.5ºC, estimadas a partir de análises do modelo numérico ALADIN Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 7 13

Quadro IV - Temperaturas acumuladas entre 01 de janeiro e 31 de julho de 2015 para a temperatura base de 3.5ºC na vinha T acumuladas (ºC) desde 01 de janeiro 2015 Tb = 3.5ºC Regiões Vitivinícolas Média Mínimo Máximo Valor na Sede distrito Algarve 1813 1242 2241 Faro 2117 Alentejo 1781 1360 2041 Portalegre - 1560 Évora 1752 Beja 1876 Península Setúbal 1736 1461 1930 Setúbal 1868 Tejo 1642 1118 1923 Santarém 1737 Douro 1392 737 1734 Lisboa 1379 1066 1923 Beiras 1378 524 2047 Minho 1137 509 1458 Porto 1286* Vila Real 1147 Pinhão 1505 Lisboa - 1729 Leiria 1302 Viseu - 1266 Aveiro - 1315 Guarda - 986 Coimbra - 1418 Castelo Branco 1892 Viana do Castelo - 1181 Braga 1258 Trás-os-Montes 1125 579 1720 Bragança - 1129 * Inclui-se o valor da sede do distrito do Porto apesar de não pertencer à região vitivinícola Douro e Porto 2.2 Evapotranspiração de referência (ET0) Na Figura 5 apresenta-se a distribuição espacial, por décadas, dos valores de evapotranspiração de referência (ET 0, Penman-Monteith) em julho de 2015, estimada com base em análises do modelo numérico ALADIN, e segundo o método da FAO. Apresenta-se também a distribuição espacial da evapotranspiração de referência (ET 0, Penman-Monteith) acumulada entre 1 de outubro 2014 e 31 de julho de 2015 (ano hidrológico). 1ªd. 2ªd. 3ªd. Figura 5 Evapotranspiração de referência nas 1ª, 2ª e 3ª décadas de julho de 2015 e evapotranspiração de referência acumulada de 1 de outubro 2014 a 31 de julho de 2015 Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 8 13

2.3 Balanço hídrico climatológico Na Figura 6 apresenta-se a evolução decendial, durante o ano de 2015, do défice e excesso de água. Este procedimento segue a metodologia adotada por Thornthwaite & Mather (1955). Consideraram-se os valores de capacidade máxima de água disponível no solo, para os diferentes tipos de solo, propostos pela FAO. Figura 6 Balanço hídrico climatológico decendial em 2015 Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 9 13

2.4 Água no solo Na Figura 7 apresentam-se os valores em percentagem de água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, no final de julho de 2015. Em relação a 30 de junho, verificou-se uma diminuição da percentagem de água no solo, sobretudo nas regiões a Sul do Rio Tejo. Os valores estavam abaixo dos valores normais para esta época do ano em grande parte do território. Figura 7 - Percentagem de água no solo a 31 de julho de 2015 Previsão Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 10 13

2.5 Previsão de precipitação para 5 dias Para os próximos 5 dias apenas se prevê precipitação em alguns locais do Norte e Centro, mas prevê-se que sejam valores inferiores ao normal. Figura 8 Previsão da precipitação total acumulada do ECMWF (período: de 11/08/2015 a 15/08/2015) 2.6 Previsão mensal 2 Período de 10/08 a 06/09 de 2015: Na precipitação total semanal preveem-se valores abaixo do normal, para a região centro, na semana de 10/08 a 16/08 e valores acima do normal, para toda a faixa litoral ocidental, na semana de de 24/08 a 30/08. Nas semanas de 17/08 a 23/08 e de 31/08 a 06/09 não é possível identificar a existência de sinal estatisticamente significativo. Na temperatura média semanal preveem-se valores abaixo do normal, para todo o território, nas semanas de 10/08 a 16/08, de 17/08 a 23/08 e de 24/08 a 30/08. Na semana de 31/08 a 06/09 não é possível identificar a existência de sinal estatisticamente significativo. 3. Situação agrícola (Fonte: INE) As previsões agrícolas, em 30 de junho, apontam para uma redução da área de milho para grão. A campanha de cereais de outono/inverno tem decorrido com normalidade, prevendo-se aumentos de produtividade que, ainda assim, deverão ser inferiores aos esperados. No tomate para a indústria a produtividade deverá ultrapassar as 90 toneladas por hectare, o que corresponde a um aumento de 20% face à campanha anterior. No setor da fruticultura prevêem-se aumentos de produção na maioria das fruteiras, sendo a pera uma exceção, uma vez que na região do Oeste ocorreu uma queda abundante de frutos que condicionou o rendimento unitário (-20%). 2 Previsão com base no modelo do Centro Europeu de Previsão do Tempo a Médio Prazo (ECMWF) Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 11 13

Anexo I - Valores de alguns elementos meteorológicos em julho de 2015 por década (1ª, 2ª e 3ª) Estação Tmin (ºC) Tmáx (ºC) Prec (mm) HR (%) V (Km/h) ( a 10m) Década 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª V. Castelo 13.8 14.4 15.4 24.1 23.6 24.6 3.1 0.3 17.6 75.0 90.0 82.5 - - - Bragança 14.5 16.6 15.3 31.9 33.6 31.3 0.0 0.0 2.4 53.6 50.3 61.2 7.4 8.2 9.3 Vila Real 14.0 15.5 15.4 30.9 32.3 29.6 0.0 0.1 2.7 60.4 60.6 69.2 6.5 6.5 7.8 Braga 13.3 14.0 14.6 28.1 28.5 27.9 1.0 0.0 9.3 - - - - - - Porto/P.R. 15.3 16.0 16.2 23.3 23.2 24.1 0.1 0.0 8.9 66.6 77.7 76.0 12.3 10.9 13.1 Viseu 13.2 14.5 14.4 30.2 30.9 29.5 0.2 0.0 0.3 63.1 63.4 73.6 12.2 10.7 13.3 Aveiro 16.6 17.6 17.6 24.5 24.3 24.5 0.0 0.0 1.7 75.2 82.1 80.1 8.0 8.0 8.8 Guarda 13.8 15.3 14.5 29.3 30.2 27.6 0.0 24.8 0.0 55.9 56.3 74.3 13.4 15.6 20.7 Coimbra 14.6 16.0 16.1 27.7 27.6 27.7 0.1 0.0 1.5 - - - 8.6 8.1 9.7 C. Branco 16.0 17.6 18.7 34.4 35.9 35.2 0.0 8.2 0.0 47.3 45.0 49.5 9.1 9.6 12.4 Leiria 13.8 15.2 16.9 26.2 25.1 25.7 0.0 0.0 1.4 74.3 82.7 77.9 8.6 10.2 11.1 Portalegre 17.2 17.7 16.3 33.6 34.9 33.8 0.0 0.0 0.0 54.2 62.7 61.0 11.1 11.9 17.7 Santarém/F.B 11.8 14.5 15.9 31.5 32.0 32.8 - - - 75.0 81.1 76.7 8.5 9.6 11.7 Lisboa/G.C. 17.2 18.3 19.4 28.2 29.9 29.5 3.0 0.0 0.1 66.5 68.0 63.4 14.4 14.1 18.8 Setúbal 13.8 16.2 18.5 30.5 32.4 31.7 0.3 0.0 0.0 - - - 8.5 9.5 12.1 Évora 13.9 15.2 17.0 34.4 35.5 35.0 0.0 0.0 0.0 - - - 13.4 14.1 18.8 Beja (*) 15.4 16.6 16.8 35.6 36.3 35.6 0.0 0.1 0.9-60.4 63.1 14.0 14.8 5.1 Faro 20.0 22.0 22.0 28.5 31.8 32.9 0.0 0.0 0.0 49.0 46.8 49.2 11.6 11.8 13.5 No Anexo I apresentam-se os valores médios decendiais da temperatura mínima (Tmin), temperatura máxima (Tmax), humidade relativa às 09UTC (HR) a 1.5 m, os valores totais decendiais da precipitação (Prec) e o vento médio diário (V) a 10 m. (*) Valores de temperatura do ar da estação meteorológica de Mértola Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 12 13

Anexo II - Valores de alguns elementos agrometeorológicos em julho de 2015 por década (1ª, 2ª e 3ª) Estação Trelva (ºC) Tsolo 5cm(ºC) Tsolo 10cm(ºC) ET0 (mm) Água Solo (%) Acumulado Década 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 31 julho V. Castelo 12.0 12.7 14.0 20.8 21.7 20.8 21.5 22.6 21.9 46.0 43.2 44.6 752.3 15.0 Bragança 10.9 13.7 13.4 - - - - - - 64.5 66.0 63.1 869.1 15.6 Vila Real 10.4 11.6 12.5 24.3 25.9 25.2 23.6 25.1 24.9 57.0 58.1 55.9 805.5 13.6 Braga - - - - - - - - - 52.6 51.2 50.0 800.1 15.3 Porto/P.R. - - - - - - - - - 48.2 44.9 46.6 801.9 14.6 Viseu - - - - - - - - - 57.6 58.7 57.3 848.9 8.9 Aveiro 12.8 17.0 16.5 24.4 24.5 25.6 23.2 23.4 23.9 45.4 41.1 44.4 760.0 15.7 Guarda 10.3 12.4 13.0 20.4 21.8 22.0 22.9 24.0 23.5 63.7 65.2 65.2 883.4 15.0 Coimbra 12.2 14.9 14.5 23.7 25.0 24.9 23.9 25.1 25.1 51.8 49.1 51.5 837.4 10.0 C. Branco 14.0 16.0 16.8 - - - - - - 78.8 81.5 89.1 1142.7 8.7 Leiria 11.1 12.8 15.6 24.4 24.9 25.0 - - - 50.8 45.0 49.0 822.4 9.0 Portalegre - - - - - - - - - 72.2 75.5 84.2 1057.1 12.5 Santarém/F.B 7.0 9.7 10.1 - - - - - - 62.0 61.9 68.8 1027.5 10.3 Lisboa/G.C. 14.4 16.1 17.4 21.2 22.4 22.9 19.4 20.4 21.1 53.6 54.0 59.7 942.2 9.0 Setúbal 13.1 15.9 17.6 24.0 25.6 26.7 23.3 24.9 26.0 64.6 67.7 73.4 1064.5 7.6 Évora 11.1 12.7 15.3 25.9 26.6 27.1 25.3 26.1 26.7 79.8 83.7 92.1 1139.7 7.9 Beja 13.4 15.2 14.4 27.5 28.6 28.0 28.4 29.5 27.8 80.2 83.6 93.6 1169.3 8.7 Faro 25.6 26.9 27.3 27.6 28.8 29.1 28.0 29.2 29.7 65.4 65.5 76.0 1072.2 5.4 No Anexo II apresentam-se os valores decendiais da temperatura da relva (Trelva), temperatura do solo a 5 e a 10cm de profundidade (Tsolo), da evapotranspiração de referência (ET0 das 00UTC às 24UTC) estimada com base em análises do modelo numérico ALADIN e segundo o método da FAO para as 3 décadas do mês e o valor acumulado no ano hidrológico em curso (com início a 1 de outubro e fim a 30 de setembro), e percentagem de água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas. Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 13 13