INFLUÊNCIA DO NÚMERO DE APLICAÇÕES DE RAIO LASER DE BIOESTIMULAÇÃO SOBRE A REPARAÇÃO DE FERIDAS DE EXTRAÇÃO DENTÁRIA. ESTUDO HISTOLÓGICO EM RATOS



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Transcrição:

INFLUÊNCIA DO NÚMERO DE APLICAÇÕES DE RAIO LASER DE BIOESTIMULAÇÃO SOBRE A REPARAÇÃO DE FERIDAS DE EXTRAÇÃO DENTÁRIA. ESTUDO HISTOLÓGICO EM RATOS THE INFLUENCE OF THE NUMBER OF BIOSTIMULATION LASER RAY APPLICATIONS ON WOUND HEALING AFTER DENTAL EXTRACTION. HISTOLOGICAL STUDY IN RATS Valdir Gouveia Garcia Professor titular de Periodontia da Faculdade de Odontologia de Lins, UNIMEP e da Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Unesp Professora assistente de Periodontia da Faculdade de Odontologia de Lins, UNIMEP Letícia Helena Theodoro Luiz Sérgio Colman Professor assistente de Periodontia da Faculdade de Odontologia de Lins, UNIMEP Renata Garcia Fonseca Professora de Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia de Araraquara, Unesp Professor titular (aposentado) de Cirurgia e Traumatologia Buco- Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Unesp Tetuo Okamoto RESUMO O objetivo do estudo foi analisar histologicamente em ratos a influência do número de aplicações do Raio Laser de bioestimulação sobre o processo de reparo em feridas de extração dental. Os animais foram divididos em quatro grupos. O Grupo I (Controle) não recebeu nenhum tratamento. O Grupo II recebeu uma aplicação de Raio Laser imediatamente após a exodontia. O Grupo III recebeu aplicação de raio laser imediatamente e 24 horas após a cirurgia. O Grupo IV recebeu aplicação imediata, 24 horas e 48 horas após a cirurgia. De acordo com os resultados obtidos três, sete, 14 e 21 dias de pós-operatório, pudemos concluir que: 1. As feridas dos grupos experimentais (II, III e IV) tratadas com Raio Laser demonstraram reparação alveolar diferenciada, caracterizada por formação mais rápida do tecido de granulação cicatricial, neoformação óssea precoce e maior grau de ossificação, e fechamento mais rápido das bordas epiteliais das feridas; 2. Os eventos biológicos mostraram-se mais evidentes nos períodos iniciais de três e sete dias, persistindo mais favoráveis nos grupos experimentais durante toda a pesquisa; 3. Os grupos tratados com mais de uma aplicação de Raio Laser (III e IV) demonstraram maior aceleração do processo de reparação alveolar, sendo isso mais evidente no grupo IV, que recebeu três aplicações; 4. Não houve efeitos indesejáveis nas feridas tratadas com Raio Laser. UNITERMOS: laser reparo alveolar fotobioestimulação bioestimulação. SUMMARY The main aim of this study is to analyze the effecs of Laser Ray aplications on wound healing of dental sockets after tooth extraction in rats. The animals were divided into four groups: Group I (Control) had no treatment. Group II received one Laser application immediately after extraction. Group III received Laser application immediately and 24 hours after extraction. Group IV received Laser application immediately, 24 and 48 hours after extraction. The results after 3, 7, 14 and 21 days were: 1. The experimental groups showed differenciated alveolar process healing when compared to control group. It was characterized by: accelerated developing of granulation tissue; advanced repair of alveolar bone tissue; and accelerated closing wound border; 2. The biological events were more evident in the initial periods of three and seven days and more persistent in the experimental groups; 3. Groups III and IV showed more acelerated healing and were more favorable in the experimental groups during all the process; 4. The study did not show undesirable effects in the experimental groups. UNITERMS: laser wound healing photobiostimulation biostimulation. 29

30 INTRODUÇÃO A reparação de feridas de extração dentária tem sido objeto de estudo de vários pesquisadores, ao longo dos anos. Em meados de 1923, Euler 13 estudou pela primeira vez, em cães, o processo de reparação de feridas de extração dentária. A partir dele, surgiram vários outros estudos experimentais e clínicos, com critérios variáveis de avaliação, quer radiográfico, histológico ou histoquímico, objetivando estabelecer os padrões normais do reparo alveolar em condições normais 3;27 e em feridas infectadas. 1;2 Por outro lado, a literatura demonstra um grande número de trabalhos que documentam a resposta alveolar frente a diferentes fatores locais e/ou sistêmicos. Entre os fatores sistêmicos estudados, observam-se várias opções terapêuticas como administração de paratormônio, 32 de glicocorticóides, 3 estados diabéticos, 18 condições de tiroparatirodectomia, 17 hipertensão renal crônica, 6 lesão da eminência média hipotalâmica, 10 desidratação, 5 estado gestacional 34 e administração de aguardente de cana 37, que evidenciaram retardo na cronologia do processo de reparo alveolar. Outros estudos têm procurado avaliar a efetividade de fatores locais como a utilização de Proplast, 33 estimulação ultra-sônica na área alveolar, 41 osso anorgânico, 35 osso sintético, 7 gesso Paris, 39 cera óssea 36 e colágeno microcristalino 19, cujos resultados também demonstraram, quase na totalidade, retardo do reparo alveolar. Com o advento do Raio Laser, em 1960, 22 seus possíveis efeitos biológicos foram bem salientados na literatura. Esses efeitos se processam de diferentes formas, quer induzindo a atividade mitótica das células epiteliais, 21 quer modificando a densidade capilar, 23 estimulando a microcirculação local 11;14 e, principalmente, aumentando a síntese do colágeno, tanto in vitro 1;8 quanto in vivo. 3;9 No entanto, entre os poucos trabalhos que avaliaram a ação do Raio Laser sobre o processo de reparo de feridas de extração dentária em condições normais 24;38 ou em feridas infectadas, 15;28 observa-se que o Laser acelerou a cronologia do reparo alveolar, muito embora haja dados metodológicos conflitantes segundo o tipo de aparelho utilizado, o comprimento de onda, o tempo de exposição e a forma de aplicação da radiação. Por outro lado, a literatura é escassa de trabalhos que comprovem a influência do número de aplicações do Raio Laser sobre os eventos biológicos envolvidos na reparação alveolar. Dessa forma, constitui propósito do presente trabalho avaliar histologicamente, em ratos, a influência do número de aplicações do Raio Laser de bioestimulação sobre o processo de reparação alveolar. MATERIAL E MÉTODOS Foram utilizados 64 ratos (Rattus norvergicus, albinus, Wistar) machos, com peso variando entre 160 e 220 gramas, provenientes do biotério da Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Unesp. Os animais foram mantidos em gaiolas individuais, tratados com ração granulada comercial (Ração Produtor) e água ad libitum antes e durante todo o período de duração da pesquisa. Para sofrer os procedimentos cirúrgicos, os ratos foram submetidos a anestesia geral pela inalação de éter sulfúrico, e, em seguida, foi realizada a exodontia do incisivo superior do lado direito por intermédio de instrumentos adaptados por Okamoto & Russo. 27 A seguir, os animais foram divididos em quatro grupos, com 16 animais cada, que receberam os seguintes procedimentos: Grupo I, também denominado de Grupo Controle: Após a exodontia do incisivo superior do lado direito, os animais não receberam qualquer tratamento intra ou extra-aveolar, havendo apenas sutura das bordas alveolares com fio de seda 4-0 ( Sutupack Ethicon Johnson & Johnson); Grupo II: Após a exodontia do incisivo superior do lado direito e sutura das bordas da ferida, os animais foram submetidos a aplicação única de Raio Laser realizada imediatamente após a sutura das bordas da ferida; Grupo III: Após a exodontia do incisivo superior do lado direito e sutura das bordas da ferida, os animais foram submetidos a duas aplicações de Raio Laser, sendo uma imediatamente e a outra 24 horas após o ato cirúrgico; Grupo IV: Após a exodontia do incisivo superior direito e sutura das bordas da ferida, os animais foram submetidos a três aplicações de Raio Laser, sendo uma imediata e as demais 24 horas e 48 horas após o ato cirúrgico. UNIMEP Universidade Metodista de Piracicaba

O aparelho de Raio Laser utilizado no presente estudo foi o CAVITY-D1-UP (Space Laser) com as seguintes especificações: laser de emissão infra-vermelha; emissor de Arsênio e Gálio (As-Ga); 904 nanômetros de comprimento de onda; potência de pico de 10 Watts; potência média de saída de 0,5 a 3,5 mw; freqüência de repetição de 500 a 3.700 Hertz e 200 nanosegundos de duração de pulso. O Raio Laser foi aplicado nos animais dos grupos II, III e IV por intermédio de fibra ótica de um mm de diâmetro, de forma pontual e diretamente sobre a mucosa gengival vestibular na altura da porção média do alvéolo dental. Foi utilizada a freqüência de pulso de 2.100 Hertz, dois mw de potência e três minutos de tempo de exposição, totalizando 0,36 Joules/cm2. Decorridos três, sete, 14 e 21 dias do ato cirúrgico, quatro animais de cada grupo foram sacrificados com inalação de éter sulfúrico. Depois do sacrifício, o maxilar superior esquerdo foi separado do direito com uma lanceta. Com uma tesoura de ponta romba, foi executado um corte tangenciando a face distal do terceiro molar, o que possibilitou a obtenção da porção do maxilar contendo o alvéolo dental tratado ou não com Raio Laser. As peças obtidas foram fixadas em formalina 10% por um período mínimo de 24 horas, e, em seguida, descalcificadas em solução de citrato de sódio e ácido fórmico em partes iguais. 24 Concluída a descalcificação, as peças foram incluídas em parafina, orientadas de forma a permitir cortes dos alvéolos dentais no seu sentido longitudinal. Foram obtidos cortes semi-seriados com seis micrômetros de espessura, que foram corados pela técnica da hematoxilina e eosina. RESULTADOS TRÊS DIAS Grupo de controle O alvéolo dental encontra-se, em quase toda a sua extensão, preenchido por coágulo sangüíneo com grande quantidade de macrófagos em seu interior. Remanescentes do ligamento periodontal, ricos em fibroblastos e vasos sangüíneos, são encontrados junto à parede óssea lingual. Moderado número de polimorfonucleares, como os neutrófilos, podem ser observados na altura do terço cervical próximo à abertura alveolar. No nível do terço médio e apical, observa-se, adjacente ao ligamento periodontal, moderado número de fibroblastos e de capilares neoformados (fig. 1) junto ao coágulo sangüíneo. O epitélio da mucosa gengival mostra discreta proliferação, e o conjuntivo adjacente exibe moderado número de linfócitos e macrófagos. Grupo II O alvéolo dental acha-se parcialmente preenchido por coágulo sangüíneo que mostra as mesmas características observadas no grupo anterior. Junto à parede óssea alveolar, observam-se remanescentes do ligamento periodontal bem vascularizados e ricos em fibroblastos. Junto ao terço cervical, notase moderado número de polimorfonucleares neutrófilos. Adjacente ao ligamento periodontal, nota-se, no nível do terço médio e apical, intensa proliferação fibroblástica e capilar (fig. 2). Evidencia-se pouco coágulo san güíneo na área de neoformação conjuntiva com linfócitos e macrófagos em moderado número. O epitélio da mucosa gengival mostra solução de continuidade, com discreta proliferação, e o conjuntivo subjacente, moderado número de linfócitos e macrófagos. Grupo III O alvéolo dental está parcialmente preenchido por coágulo sangüíneo, mostrando as mesmas características observadas no grupo II. Junto à parede óssea lingual podem ser evidenciados remanescentes do ligamento periodontal bem vascularizados e ricos em fibroblastos. Também neste grupo observa-se, junto ao terço cervical, moderado número de polimorfonucleares neutrófilos. Próximo ao ligamento periodontal, nos terços médio e apical, ocorre intensa proliferação fibroblástica e capilar (fig. 3). O epitélio da mucosa gengival mostra as mesmas características observadas no grupo anterior. Grupo IV O alvéolo dental encontrase parcialmente preenchido por coágulo sangüíneo com as mesmas características notadas no grupo anterior. O mesmo ocorre em relação aos remanescentes do ligamento periodontal e infiltrado inflamatório no nível do terço cervical. Junto ao ligamento periodontal, evidenciam-se, além da intensa proliferação fibroblástica e capilar, moderadas áreas ocupadas por substância fundamental amorfa com pouco coágulo sangüíneo (fig. 4). Discreto número de linfócitos e macrófagos podem 31

32 ser evidenciados na região. O epitélio da mucosa gengival mostra as mesmas características observadas no grupo II. SETE DIAS Grupo I O alvéolo dental está preenchido por tecido conjuntivo neoformado imaturo, com grande número de fibroblastos e capilares neoformados. Em várias áreas, persiste ainda coágulo sangüíneo sem organização. Próximo à superfície óssea no lado lingual, observam-se pequenas espículas ósseas neoformadas, com quantidade numerosa de osteoblastos em suas bordas (fig. 5). O epitélio da mucosa gengival, na maioria dos casos, recobre aproximadamente dois terços da abertura alveolar. Grupo II Com exceção de pequenas áreas junto ao terço cervical, o alvéolo dental acha-se ocupado por tecido conjuntivo neoformado. Assim, são poucas as áreas ainda ocupadas por coágulo sangüíneo, e, junto à parede óssea lingual, notam-se discretas áreas com pequenas trabéculas ósseas imaturas, com numerosos osteoblastos em suas bordas (fig. 6). Nas proximidades, observa-se tecido conjuntivo rico em fibras colágenas. Nas demais áreas, o tecido conjuntivo é imaturo, exibindo elevado número de fibroblastos e vasos sangüíneos. O epitélio da mucosa gengival recobre totalmente a abertura do alvéolo. Grupo III O alvéolo dental encontra-se praticamente preenchido por tecido conjuntivo neoformado, apresentando diferentes características. Junto à parede óssea lingual, evidenciam-se moderadas áreas exibindo pequenas espículas ósseas imaturas, com numerosos osteoblastos em suas bordas (fig. 7). Nas demais áreas, notadamente junto ao terço cervical, observam-se áreas com tecido conjuntivo imaturo, rico em fibroblastos e vasos sangüíneos. O epitélio da mucosa gengival recobre o alvéolo em toda sua extensão, mostrando características semelhantes às do grupo anterior. Grupo IV Com exceção de discretas áreas junto ao terço cervical, o alvéolo dental acha-se preenchido por tecido conjuntivo mostrando características semelhantes às do grupo III. Em dois espécimes, evidenciou-se neoformação óssea, mais pronunciada junto aos terços médio (fig. 8) e apical. Em alguns pontos, observa-se coágulo sangüíneo sem organização. O epitélio da mucosa gengival recobre totalmente a abertura alveolar, mostrando as mesmas características dos grupos anteriores. QUATORZE DIAS Grupo I O alvéolo encontra-se ocupado por tecido conjuntivo neoformado, apresentando diferentes características conforme o terço considerado. Junto ao terço médio (fig. 9) e apical, podem ser evidenciadas trabéculas ósseas delgadas ocupando quase a metade da extensão da área alveolar. O tecido conjuntivo entre as trabéculas ósseas é bem vascularizado e rico em fibroblastos. Junto ao terço cervical, nota-se tecido ósseo neoformado apenas junto à parede óssea alveolar. Nas demais áreas, observa-se tecido conjuntivo com moderado número de fibroblastos. O epitélio da mucosa gengival recobre totalmente o alvéolo dental. Grupo II Os três terços alveolares encontram-se ocupados por trabéculas ósseas neoformadas, apresentando diferentes características. No nível dos terços médio e apical, as trabéculas ósseas são bem desenvolvidas, ocupando aproximadamente dois terços da área. Nos espaços intertrabeculares, pode ser evidenciado tecido conjuntivo bem vascularizado e rico em fibroblastos (fig. 10). Junto ao terço cervical, as trabéculas são mais delgadas e ocupam aproximadamente metade da área alveolar. No espaço intertrabecular, notase tecido conjuntivo bem vascularizado e rico em fibroblastos. O epitélio da mucosa gengival recobre totalmente o alvéolo dental. Grupo III O alvéolo dental acha-se ocupado por trabéculas ósseas neoformadas apresentando diferentes características, de acordo com os terços considerados. Junto aos terços médio e apical, as trabéculas ósseas são bem desenvolvidas (fig. 11), sendo comparáveis às observadas no grupo anterior. Em alguns espécimes, preenchem aproximadamente mais de 2/3 da área considerada. Junto ao terço cervical, o tecido ósseo é menos desenvolvido, com amplos espaços intertrabeculares ocupados por tecido conjuntivo rico em fibroblastos e vasos sangüíneos. Aproximadamente mais da metade da área está ocupada por tecido ósseo. O epitélio da mucosa gengival recobre o alvéolo em sua totalidade. Grupo IV O alvéolo dental, em toda a sua extensão, acha-se preenchido por tecido ósseo neoformado, com diferentes características morfológicas. No nível dos terços médios e apical, as trabéculas são bem desenvolvidas (fig. 12), ocupando aproximadamente mais de 2/3 da área considerada. Junto ao terço cervical, as trabéculas ósseas são delga- UNIMEP Universidade Metodista de Piracicaba

das, deixando amplo espaço intertrabecular ocupado por tecido conjuntivo bem vascularizado e rico em fibroblastos. Aproximadamente metade da área é ocupada por tecido ósseo neoformado. O epitélio da mucosa gengival recobre a totalidade do alvéolo. VINTE E UM DIAS Grupo I Com exceção de algumas áreas, os terços médio e apical do alvéolo dental mostram-se preenchidos por trabéculas ósseas espessas, com canais medulares bem definidos (fig. 13). Junto ao terço cervical, observa-se, na maioria dos espécimes, áreas sem diferenciação óssea, com tecido conjuntivo ora com moderado ora com elevado número de fibroblastos. Grupo II Em todos os espécimes, os três terços observados encontram-se praticamente ocupados por trabéculas ósseas espessas, com canais medulares geralmente reduzidos (fig. 14). Ocasionalmente podem ser notadas pequenas áreas com trabéculas ósseas delgadas de forma mais constante, junto ao terço cervical. Grupos III e IV Em ambos os grupos, toda a extensão do alvéolo dental encontra-se preenchido por trabéculas ósseas espessas e com canais medulares praticamente definidos (fig. 15 e 16). DISCUSSÃO Analisando os resultados do presente estudo, observa-se que as feridas dos Grupos experimentais (Grupos II, III e IV) submetidas ao tratamento com Raio Laser, quando comparadas com as do Grupo controle (Grupo I), mostram organização mais rápida do coágulo sangüíneo, intensa proliferação fibroblástica, formação óssea mais precoce e intensa, além do fechamento mais rápido da ferida. Estes achados são corroborados por Garcia et al., 16 que estudaram o processo de reparação alveolar submetido a apenas uma aplicação de Raio Laser de Arsênio e Gálio, com comprimento de onda de 904 nm, realizada imediatamente após a exodontia. Nossos resultados revelam que as feridas alveolares submetidas a mais de uma aplicação de Raio Laser mostraram reparação alveolar com características mais favoráveis, formação mais precoce do tecido de granulação cicatricial, caracterizado pela rápida organização e reabsorção do coágulo sangüíneo, além da intensa proliferação fibroblástica e vascular. Essas observações tornaram-se mais evidentes nos períodos de três e sete dias, o que fortalece as evidências de que a ação do Raio Laser de bioestimulação se processa em nível vascular e celular e com maior intensidade nas fases iniciais do processo de reparo. Neste estudo foi possível observar que o aumento do número de aplicações de uma para duas, ou três, acelerou o reparo alveolar de forma proporcional ao número de aplicações. Tal fato torna-se evidente na análise comparativa dos achados histológicos das feridas do Grupo II (uma aplicação) com as do Grupo IV (três aplicações), principalmente no período de sete dias, quando se observa tecido conjuntivo mais diferenciado e atividade de neoformação óssea mais pronunciada nas feridas do Grupo IV. A intensa proliferação vascular observada também nas fases iniciais dos grupos tratados com Raio Laser é corroborada por inúmeros trabalhos que demonstraram a capacidade do Raio Laser em estimular a microcirculação local. 8;11;14 Por outro lado, a intensa proliferação fibroblástica dos grupos tratados com Raio Laser, principalmente nos grupos III e IV, provavelmente se deve à ação do Laser nas células remanescentes do ligamento periodontal. Essa observação é reforçada pelas observações de vários autores, que têm demonstrado a capacidade do Raio Laser em estimular a atividade dos fibroblastos não só in vitro como in vivo. 8;21 Com relação ao processo de maturação do tecido ósseo, podemos verificar que, aos 14 dias, as feridas do Grupo I (controle) apresentaram toda a extensão alveolar preenchida por tecido conjuntivo neoformado e com evidências de trabéculas ósseas junto ao terço médio e apical, enquanto nas feridas dos Grupos II, III, e IV, os três terços alveolares mostravam-se preenchidos por trabéculas ósseas neoformadas em diferentes estágios de desenvolvimento, sendo que as trabéculas ósseas estavam menos desenvolvidas no terço cervical. Por outro lado, nas feridas dos Grupos III e IV, a ossificação foi mais acentuada, com espaços trabeculares ricos em vasos sangüíneos e fibroblastos. Aos 21 dias, o processo de maturação mostrou-se completo em todos os grupos, evidenciando ossificação mais acentuada nas feridas dos Grupos III e IV. 33

FIGURA 1. GRUPO I. TRÊS DIAS. TERÇO MÉDIO PRÓXIMO DO LIGAMENTO PERIODONTAL EVIDENCIANDO MODERADO NÚMERO DE FIBROBLASTOS E CAPILARES NEOFORMADOS. H. E. 160 X. FIGURA 2. GRUPO II. TRÊS DIAS. TERÇO MÉDIO PRÓXIMO AO LIGAMENTO PERIODONTAL EXIBINDO INTENSA PROLIFERAÇÃO DE FIBROBLASTOS E CAPILARES. H. E. 160 X. FIGURA 3. GRUPO III. TRÊS DIAS. TERÇO MÉDIO PRÓXIMO AO LIGAMENTO PERIODONTAL COM INTENSA PROLIFERAÇÃO FIBROBLÁSTICA E CAPILAR. H. E. 160 X. FIGURA 4. GRUPO IV. TRÊS DIAS. JUNTO AO LIGAMENTO PERIODONTAL, ALÉM DA PROLIFERAÇÃO FIBROBLÁSTICA E VASCULAR INTENSA, OBSERVAM-SE MODERADAS ÁREAS COM SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL AMORFA. H. E. 160 X. 34 Muito embora o mecanismo de ação do Raio Laser sobre a reparação óssea não esteja totalmente esclarecido, acreditamos que ele possa estimular as células mesenquimais indiferenciadas presentes nos remanescentes do ligamento periodontal, e, consequentemente, promover maior diferenciação celular e osteoblástica. Isso provocaria formação óssea alveolar mais intensa nos grupos experimentais, com maior ossificação e diferenciação osteoblástica nos grupos que receberam mais de uma aplicação. Esses fatos observados no presente estudo provavelmente devem-se, também, à dose energética aplicada sobre as feridas, pois a dosimetria constitui um dos fatores que pode influenciar a ação do Raio Laser sobre os tecidos biológicos. O fechamento mais rápido das feridas alveolares dos grupos experimentais, evidente principalmente no período de sete dias, corrobora os achados preliminares de outros estudos. 14,21 Garcia 14 salienta que várias são as hipóteses que procuram explicar a proliferação epitelial mais acelerada no processo de reparo das feridas. Entre elas figura o Raio Laser, que poderia interferir em diferentes mecanismos, como a produção de trefonas, 30 estimular a formação de complexo adrenalina-calona, 4 promover a interrupção do fornecimento de catecolaminas para a área cirúrgica 31 e provocar o aumento da tensão de oxigênio local por meio do aumento da vascularização local. 29 Dessa forma, com a metodologia utilizada no presente estudo, torna-se difícil esclarecer o processo da influência do número de aplicações de Raio Laser sobre o processo de reparação tecidual quanto a diferentes eventos biológicos favoráveis à reparação. No entanto, é válido ressaltar que o Raio Laser promoveu maior aceleração do processo de reparação tecidual nas feridas que receberam mais de uma aplicação. Outras pesquisas deverão ser realizadas para verificar o efeito de aplicações de doses energéticas maiores que as utilizadas em três aplicações de Raio Laser sobre feridas de extração dentária, visto que encontramos na literatura relatos de que, enquanto doses energéticas pequenas promovem bioestimulação dos tecidos, doses maiores que 1,5 Joules/cm2 provocam destruição de células neoplásicas. Esse fato provavelmente se deve ao aumento exagerado da tensão de oxigênio na área. 26 UNIMEP Universidade Metodista de Piracicaba

CONCLUSÃO Baseados na análise dos resultados obtidos no presente estudo, parece-nos lícito concluir que: 1. As feridas dos grupos experimentais (II, III e IV) tratadas com Raio Laser demonstraram processo de reparação alveolar mais diferenciado, caracterizado por: a. formação mais rápida do tecido de granulação cicatricial; b. neoformação óssea precoce e maior grau de ossificação; c. fechamento mais rápido das bordas epiteliais das feridas; 2. Os grupos experimentais que receberam mais de uma aplicação de Raio Laser (III e IV) demonstraram processo de reparação alveolar mais acelerado, com maiores evidências no grupo IV, que recebeu três aplicações; 3. Os eventos biológicos mostraram-se mais evidentes nos períodos iniciais de três e sete dias, persistindo com características mais favoráveis nos grupos experimentais durante toda a pesquisa; 4. Não houve efeitos indesejáveis nos grupos tratados com Raio Laser (II, III, IV) durante toda a pesquisa. FIGURA 5. GRUPO I. SETE DIAS. TERÇO MÉDIO PRÓXIMO À SUPERFÍCIE ÓSSEA EVIDENCIANDO PEQUENAS ESPÍCULAS ÓSSEAS NEOFORMADAS COM OSTEOBLASTOS EM SUAS BORDAS. H. E. 63 X. FIGURA 6. GRUPO II. SETE DIAS. JUNTO À PAREDE ÓSSEA LINGUAL, NOTAM-SE DISCRETAS ÁREAS COM TRABÉCULAS ÓSSEAS IMATURAS COM NUMEROSOS OSTEOBLASTOS EM SUAS BORDAS. H. E. 63 X. AGRADECIMENTO À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) pela Bolsa de Iniciação Científica, Processo 94/0036-2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ABERGEL, R.P.; LAM, S.; MEEKER, C.A.; DWYER, R.M. & UITTO, J. Low energy lasers stimulate colagen production in human skin fibroblast cultures. Clin. Res., v. 32, pp. 16-25, 1984. 2. ABERGEL, R.P.; LYONS, R.F.; CASTEL, J.C.; DWYER, R.M. & VITTO, J. Biostimulation of wound healing by lasers; experimental approaches in animal models and in fibroblast cultures. J. Dermat. Surg. Oncol., v. 13, pp. 127-133, 1987. 3. ABREU, E.M. Reparação alveolar em cães. Estudo clínico, radiográfico e histopatológico em condições normais e sob ação hormonal. Piracicaba, 1970. Tese (doutoramento) Faculdade de Odontologia, Unicamp. 4. BULLOUGH, W.S. & LAURENCE, E.B. Mitotic control by internal secretion: the role of the chalone-adrenalin complex. Exp. Cell. Res., v. 33, pp. 176-194, 1964. 5. CABRERA, M.A. Estudo histológico do processo de reparo de alvéolos dentais em ratos desidratados. Araçatuba, 1982. Dissertação (mestrado) Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Unesp. 6. CARVALHO, A.A.F. Processo de reparo em feridas de extração em ratos com hipertensão renal. Estudo histológico em ratos. Araçatuba, 1980. Dissertação (mestrado) Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Unesp. 7. CASTRO, A.C.P. & OKAMOTO, T. Sinthetic bone implants following extractions. A histological study in rats. Bull. Tokio Dent. Coll., v. 4, pp. 193-199, 1970. FIGURA 7. GRUPO III. SETE DIAS. JUNTO À PAREDE ÓSSEA LINGUAL, APARECEM ÁREAS COM PEQUENAS ESPÍCULAS ÓSSEAS IMATURAS COM OSTEOBLASTOS EM SUAS BORDAS. H. E. 63 X. FIGURA 8. GRUPO IV. SETE DIAS. JUNTO AO TERÇO MÉDIO E APICAL, OBSERVA-SE NEOFORMAÇÃO ÓSSEA MODERADAMENTE MAIS PRONUNCIADA. H. E. 63 X. 35

FIGURA 9. GRUPO I.14 DIAS. TERÇO MÉDIO EVIDENCIANDO TRABÉCULAS ÓSSEAS DELGADAS OCUPANDO APROXIMADAMENTE QUASE A METADE DA ÁREA. H. E. 63 X. FIGURA 10.GRUPO II.14 DIAS. TERÇO MÉDIO E APICAL COM TRABÉCULAS ÓSSEAS BEM DESENVOLVIDAS, OCUPANDO QUASE 2/3 DA ÁREA. H. E. 63 X. FIGURA 11.GRUPO III. 14 DIAS. TERÇO MÉDIO E APICAL COM TRABÉCULAS ÓSSEAS BEM DESENVOLVIDAS, OCUPANDO APROXIMADAMENTE MAIS DE 2/3 DA ÁREA. H. E. 63 X. FIGURA 12. GRUPO IV. 14 DIAS. TERÇO MÉDIO EAPICAL COM TRABÉCULAS BEM DESENVOLVIDAS, OCUPANDO APROXIMADAMENTE MAIS DE 2/3 DA ÁREA. H. E. 63 X. 36 8. CHOMETTE, G.; AURIOL, R.M. & ZEITOUN, R. Effect du soft laser sur le tissu conjonctif gingival. I. Effect sur les fibroblastes. Étude histoenzymologie et microscopie electronique. J. Biol. Buc., v. 15, pp. 45-49, 1987. 9. CHOMETTE, G.; AURIOL, M.; ZEITOUN, R. & MOUSQUES, T. Effect du soft-laser sur le tissu conjonctif gengival II. Effect sur la cicatrization. Étude en microscopie optique, histoenzymologie et microscopie electronique. J. Biol. Buc., v. 15, pp. 51-57, 1987. 10. CINTRA, P.A. Efeito da lesão da eminência média hipotalâmica no processo de reparo em feridas de extração dental. Estudo histológico em ratos. Araçatuba. 1981. Dissertação (mestrado) Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Unesp. 11. COLLS, J. La terapia laser actual. Barcelona: Centro de Documentación Laser-Medtec, 1984 12. D ANTONIO, G.M. Contaminação pós-exodôntica do alvéolo dental de ratos. Estudo microbiológico e histológico. Araçatuba,1984. Tese (doutoramento) Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Unesp. 13. EULER, H. Die Heilung von extraktions wounden. Detsch. Manat. Ank., v. 41, pp. 685-689, 1923. 14. GARCIA, V.G. Comportamento de feridas cutâneas submetidas à ação do Raio Laser. Estudo clínico, biométrico e histológico em ratos. Araçatuba, 1992. Tese (livre-docência) Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Unesp. 15. GARCIA, V.G.; CARVALHO, P.S.P. & OLIVEIRA, J.A.G.P. Ação da radiação laser na reparação de feridas de extração dental infectadas. Estudo histológico em ratos. Rev. Gaúcha Odont. v. 43, pp. 191-194, 1995. 16. GARCIA, V.G.; OKAMOTO, T.; KINA, J.R.; FONSE- CA, R.G. & THEODORO, L.H. Reparação de feridas de extração dental submetidas ao tratamento com Raio Laser. Estudo histológico em ratos. Rev. Fac. Odont. Lins, v. 9, n. 1, pp. 33-42, 1996. 17. GOSUEN, L.C.; SANTOS-PINTO, R.; OKAMOTO, T. & AZOUBEL, R. Processo de reparo em feridas de extração dental após tiroparatirodectomia. Estudo histológico em ratos. Rev. Br. Pesq. Med. Biol., v. 5, p. 229, 1972. 18. GRANDINI, S.A.; MIGLIORINI, R.H. & OKAMOTO, T. Processo de reparo em feridas de extração dental em ratos com diabete aloxânico. Estudo histológico. Bol. Fac. Farm. Odontol. Ribeirão Preto, v. 7, pp. 41-71, 1970. 19. HUNT, L.M. & BENOIT, P.W. Evaluation of a microcristaline collagen preparation in extraction wounds. J. Oral. Surg., v. 4, pp. 407-414, 1976. 20. HUNTER, J.; LEONARD, L. & WILSON, R. Effects of low energy laser on wound healing in porcine model. Lasers Surg. Med., v. 3, pp. 285-290, 1984. 21. KANA, J.S.; HUTSCHENREITER, G.; JAINA, D. & WANDELICH, W. Effect of low power density laser radiation on healing of open skin wounds in rats. Arch. Surg., v. 116, p. 293, 1981. 22. MAIMAN, T.H. Stimulated optical radiation in ruby. Nature, v. 187, pp. 493-494, 1960. 23. MESTER, E.; NAGYLUCSKAY, S.; TESZA, S. & MESTER, A. Stimulation of wound healing means of laser rays. III. Investigation of the effect on immune competent cells. Acta Chir. Acad. Sci Hung., v. 19, pp. 163-170, 1978. 24. MORSE, A. Formic Acid-Sodium citrate descalcification and butyl alcohol dehydratation of teeth and bone for sectioning in paraffine. J. Dent. Res., v. 24, p. 143, 1945 25. NICCOLI FILHO, W.D. Efeito dos raios laser tipo Hélio Neônio (He-Ne) no processo de reparo em feridas de extração dental. Estudo histológico em ratos. Araçatuba, 1991. Tese (doutoramento) Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Unesp. UNIMEP Universidade Metodista de Piracicaba

26. OCANA-QUERO, J.M.; GOMEZ-VILLAMANDOS, R.; MORENO-MILLAN, M. & SANTISTEBAN- VALENZUELA. Effect of Helium-Neon (He-Ne) Laser irradiation on dog neoplasm cells in culture. Lasers Med. Sci., v. 13, pp. 143-147, 1998. 27. OKAMOTO, T. & RUSSO, M.C. Wounds healing following tooth extraction. Histochemical study in rat. Rev. Fac. Odont. Araçatuba, v. 2, pp. 153-169, 1973. 28. OLIVEIRA, J.A.G. Ação da radiação laser (Arsênio-Gálio) no reparo alveolar de feridas de extração dental infectadas. Estudo histológicos em ratos. Araçatuba, 1992. Dissertação (mestrado) Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Unesp. 29. PAI, M.P. & HUNT, T.K. Effect of varying oxygen tensions on healing of open wounds. Surg. Gynec. Obstet., v. 135, p. 756, 1972. 30. ROBINS, S.L. Patologia. 3.ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara- Koogan, pp. 67-68, 1969 31. ROBBINS, S.L.; COTRAN, R.G. & KUMAR, V. Inflamation and Repair. In: ROBBINS, S.L.; COTRAN, R.S. & KUMAR, V. Pathologic Basis of Diseases. 3.ª ed. Philadelphia: W. S. Saunders., pp. 40-84. 1984. 32. RUSSO, M.C.; OKAMOTO, T. & SANTOS PINTO, R. Parathormone effect on the healing of extraction wounds in rat. Histological study. Bull. Tokio Dent. Coll., v. 10, pp. 12-18, 1969. 33. SAAD NETO, M.; CARVALHO, A.C.P. & OKAMOTO, T. Proplast implantation in the dental sockets. Histological study in rats. Rev. Odontol. Unesp, v. 8-9, pp. 27-33, 1979-1980. 34. SANCHES, M.G. Influência da gestação sobre a cronologia do processo de reparo em feridas de extração dental em ratos. Estudo histológico e bioquímico. Araçatuba, 1983. Tese (doutoramento) Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Unesp. 35. SANCHES, M.G.; OKAMOTO, T. & CARVALHO, A.C.P. Processo de reparo em feridas de extração dental após implante de osso anorgânico. Estudo histológico em ratos. Rev. Fac. Odont. Araçatuba, v. 26, pp. 125-128, 1972. 36. SANCHES, M.G.; CARVALHO, A.C.P.; OKAMOTO, T. & CALLESTINI, E.A. Comportamento do processo de reparo em feridas de extração dental após implante de cera óssea. Estudo histológico em ratos. Rev. Fac. Odont. Araçatuba, v. 5, pp. 31-40, 1976. 37. SOUBHIA, A.M.P. Processo de reparo alveolar em ratos tratados com aguardente de cana. Estudo histológico. Araçatuba, 1984. Dissertação (mestrado) Faculdade de Odontologia, Unesp. 38. TAKEDA, Y. Irradiation effect of low energy laser in alveolar bone after tooth extraction. Experiment study in rats. Int. J. Oral Maxillofac. Surg., v. 17, pp. 388-391, 1988. 39. VICTOR, J.O.; SANTOS-PINTO, R.; OKAMOTO, T. & CASTRO, A.L. Implante de gesso Paris em alvéolos dentais. Estudo histológico em ratos. Rev. Fac. Odont. Araçatuba, v. 4, pp. 71-80, 1975. 40. VILLELA SANTOS, P.Jr. Implante de Proplast em alvéolo dental após exodontia por alveolectomia total. Estudo histológico em cães. Araçatuba, 1980. Dissertação (mestrado) Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Unesp. 41. VILLELA SANTOS, P.Jr. Efeitos da estimulação ultrasônica sobre o processo de reparo em ferida de extração dental. Estudo histológico em ratos. Araçatuba, 1984. Tese (doutorado) Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Unesp. Recebimento: 09/jun./00 Aprovação: 3/out./00 FIGURA 13. GRUPO I. 21 DIAS. TERÇO MÉDIO PREENCHIDO POR TRABÉCULAS ÓSSEAS ESPESSAS COM CANAIS MEDULARES BEM DEFINIDOS. H. E. 63 X. FIGURA 14.GRUPO II. 21 DIAS. TERÇO CERVICAL MÉDIO E APICAL OCUPADOS POR TRABÉCULAS ÓSSEAS BEM DESENVOLVIDAS COM CANAIS MEDULARES REDUZIDOS. H. E. 63 X. FIGURA 15. GRUPO III. 21 DIAS. TODO O ALVÉOLO DENTAL ENCONTRA-SE PREENCHIDO POR TRABÉCULAS ÓSSEAS ESPESSAS COM CANAIS MEDULARES DEFINIDOS. H. E. 63 X. FIGURA 16. GRUPO IV. 21 DIAS. TODO O ALVÉOLO DENTAL ENCONTRA-SE PREENCHIDO POR TRABÉCULAS ÓSSEAS ESPESSAS COM CANAIS MEDULARES DEFINIDOS. H. E. 63 X. 37