ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

Documentos relacionados
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DIREITO TRIBUTÁRIO XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL

Revisão de casos práticos

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO

SIMULADO 2ª FASE XVII EXAME DE ORDEM DIREITO TRIBUTÁRIO GABARITO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO

Para tanto, no valor da prestação dos seus serviços, inclui o asfalto e o concreto produzidos no local da prestação.

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXV EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO

2º Simulado OAB XXVII Exame de Ordem

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

2ª Fase Prática Tributaria Prof. Roberta Boldrin

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXV EXAME DE ORDEM UNIFICADO

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. RECURSO DE APELAÇÃO Artigos ao do Código de Processo Civil Recurso de Apelação Aula n.37

SIMULADO 2ª FASE XVII EXAME DE ORDEM DIREITO TRIBUTÁRIO CADERNO DE RASCUNHO

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA RECURSO DE APELAÇÃO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DIREITO TRIBUTÁRIO XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL

DIREITO TRIBUTÁRIO ENUNCIADO - PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL GABARITO COMENTADO

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PRIMEIRA PARTE PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO

(Valor: 5,00) 0, Endereçamento ao Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da Vara Federal da Seção Judiciária de São Paulo

DIREITO TRIBUTÁRIO INSTRUÇÕES 3º SIMULADO - CADERNO DE PROVA

: : : Órgão Classe N. Processo

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO SIMULADO GRATUITO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores RICARDO FEITOSA (Presidente) e FERREIRA RODRIGUES.

CAPÍTULO 1 TRIBUTO. CONCEITO E ESPÉCIES...19 CAPÍTULO 2 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA...21 CAPÍTULO 3 PRINCÍPIOS DO DIREITO TRIBUTÁRIO...

Revisão de casos práticos

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

DIREITO TRIBUTÁRIO. Crédito Tributário Suspensão da Exigibilidade. Prof.ª Luciana Batista

Sumário PARTE 1 TEORIA DIREITO MATERIAL CAPÍTULO 1 TRIBUTO. CONCEITO E ESPÉCIES CAPÍTULO 2 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA... 19

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL

Temas Repetitivos STJ (últimos) Matéria: Execução Fiscal Prof. Mauro Luís Rocha Lopes

05ª Vara Federal de Execução Fiscal do Rio de Janeiro ( ) EMENTA

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. Aula n. 79 Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde Recursos nas ações em Direito Médico e da Saúde

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA RECURSOS ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO

DIREITO TRIBUTÁRIO ENUNCIADO - PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL GABARITO COMENTADO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL TERCEIRA TURMA CÍVEL APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO - N /

ESTADO DO RIO DE JANEIRO PODER JUDICIÁRIO

TEORIA GERAL DOS RECURSOS

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 07/12/2017

Sumário PARTE 1 TEORIA DIREITO MATERIAL CAPÍTULO 1 TRIBUTO. CONCEITO E ESPÉCIES CAPÍTULO 2 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA... 19

ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº , da Comarca de Salesópolis, em que é apelante FAZENDA DO

1-O Município Z ingressa com execução fiscal por conta de débito do ISS em face da empresa Bom Negócio Arrendamento Mercantil, da qual o Banco Bom

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXV EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXV EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM DIREITO TRIBUTÁRIO

RECURSOS ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO

Poder Judiciário da União TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO

*ATENÇÃO: ANTES DE INICIAR A PROVA, VERIFIQUE SE TODOS OS SEUS APARELHOS ELETRÔNICOS FORAM ACONDICIONADOS E LACRADOS DENTRO DA EMBALAGEM PRÓPRIA

Sumário. Capítulo 1. Considerações Iniciais Capítulo 2. Conceito de Fazenda Pública Capítulo 3

PARTE I ASPECTOS PROCESSUAIS GERAIS

I ao III FONEF Fórum Nacional de Execução Fiscal

Assegurar que a parte executada em um processo realize o pagamento do valor discutido, caso venha a ser comprovado que esse é devido.

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

MARCELO PEREIRA DA SILVA

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

Sumário PARTE I ASPECTOS PROCESSUAIS GERAIS

COMARCA DE PORTO ALEGRE 6ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA 1º JUIZADO PROCESSO Nº 001/ NATUREZA: IMPETRANTE: IMPETRADO:

AGRAVO DE INSTRUMENTO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO

D E C I S Ã O M O N O C R Á T I C A

Organização da Justiça do Trabalho, Competência... 25

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM DIREITO TRIBUTÁRIO

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL E EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO E EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA RECURSOS ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL

Poder Judiciário da União TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM DIREITO TRIBUTÁRIO

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

Técnico Judiciário Área Administrativa

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

RELATÓRIO PROCESSOS TRIBUTÁRIOS (ABRIL/2016)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO CEARÁ RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 07/11/2017

RELATÓRIO DE PROCESSOS TRIBUTÁRIOS - DEZEMBRO / 2014

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores LUIS CARLOS DE BARROS (Presidente sem voto), ÁLVARO TORRES JÚNIOR E CORREIA LIMA.

Ação Anulatória do Débito Fiscal

SUMÁRIO Conceito de certidão da dívida ativa Requisitos da certidão da dívida ativa Il- DA CERTIDÃO DA DÍVIDA ATIVA

Transcrição:

PADRÃO DE RESPOSTA - PEÇA PROFISSIONAL Em janeiro de 2007, a Fazenda Nacional lavrou auto de infração em face da pessoa jurídica ABC, visando à cobrança de contribuições previdenciárias dos anos de 2005 e 2006. Não houve impugnação administrativa por parte do contribuinte. Em janeiro de 2014, a Fazenda Nacional ajuizou execução fiscal em face da pessoa jurídica ABC visando à cobrança do referido tributo. Antes mesmo da citação da contribuinte, a Fazenda Nacional requereu a inclusão, no polo passivo da execução fiscal, de Carlos, gerente da pessoa jurídica ABC, por entender que o não recolhimento da contribuição é motivo para o redirecionamento da execução, o que foi acolhido pelo Juízo da 2ª Vara de Execuções Fiscais da Seção Judiciária do Estado X. Após garantia do Juízo, Carlos opôs embargos de execução alegando a prescrição do crédito tributário, a ausência de responsabilidade tributária e, por fim, a nulidade da certidão de dívida ativa, uma vez que não constava na Certidão de Dívida Ativa (CDA) o número do auto de infração que originou o crédito tributário. No entanto, ao proferir a sentença nos embargos à execução, o juiz julgou improcedente o pedido, determinando o prosseguimento da execução fiscal, por entender que: (i) inexiste prescrição dos créditos tributários, uma vez que às contribuições previdenciárias se aplicam os artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/91; (ii) o mero inadimplemento gera responsabilidade tributária; e (iii) a inexistência do número do auto de infração na CDA não gera a referida nulidade. Diante do exposto, elabore, como advogado(a) de Carlos, a medida judicial cabível contra a decisão publicada na quarte feira, dia 21/09/2016, dia útil, para a defesa dos interesses de seu cliente, abordando as teses, o prazo recursal, todos os fundamentos legais que poderiam ser usados em favor do autor, ciente de que inexiste qualquer omissão, contradição e/ou obscuridade na decisão. (Valor: 5,00) Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não será pontuada. Gabarito Comentado O examinando deverá elaborar uma apelação em face da sentença que julgou improcedentes os embargos à execução. A apelação deverá ser endereçada ao Juízo da causa (2ª Vara de Execuções Fiscais da Seção Judiciária do Estado X), com as razões recursais dirigidas ao Tribunal Regional Federal, que as apreciará. O apelante é Carlos que restou sucumbente e, a apelada, a União ou a Fazenda Nacional. No mérito, o examinando deverá demonstrar que o crédito tributário foi alcançado pela prescrição, uma vez que a matéria (prescrição) é reservada à lei complementar, conforme o Art. 146, inciso III, alínea b, da CRFB/88, sendo a Lei nº 8.212/91 inconstitucional. Na hipótese, se aplica o Art. 174 do CTN, norma que foi recepcionada como lei complementar pela CRFB/88. No mesmo sentido, é a Súmula Vinculante nº 08 e a decisão do Supremo Tribunal Federal no RE 559943, no qual foi reconhecida a repercussão geral. Padrão de Resposta Página 1 de 6

Ademais, o examinando deverá apontar que, ao contrário do decidido pelo Juízo a quo, o mero inadimplemento da obrigação tributária não gera responsabilidade tributária, nos termos do Art. 135 do Código Tributário Nacional. Tal responsabilidade só surge com o inadimplemento resultante de atos praticados com excesso de poder ou infração de lei, contrato social ou estatutos, conforme teor da Súmula 430 do Superior Tribunal de Justiça. O examinando deve demonstrar que a CDA é nula, uma vez que o Art. 2º, 5º, inciso VI, da Lei nº 6.830/80 e o Art. 202, inciso V, do CTN, determinam que a CDA indique o número do auto de infração ou processo administrativo no qual foi originado o débito. Tal dispositivo assegura ao devedor e/ou responsável tributário o devido processo legal. Endereçamento da apelação: 0,00/0,10 Juízo da causa: 2ª Vara de Execuções Fiscais da Seção Judiciária do Estado X (0,10). Apelante: Carlos (0,10). Apelada: a União ou a Fazenda Nacional (0,10). 0,00/0,10/0,20 Requerimento de remessa dos autos ao Tribunal Regional Federal, após abertura de 0,00/0,10 vistas ao recorrido para manifestação (0,10). Descrição dos Fatos (0,10) 0,00/0,10 Prazo do recurso: 15 dias úteis, na forma do Art. 1.003, 5º, c/c o Art. 212 do CPC 0,00/0,10 (0,10) Fundamentação para a pretensão de reforma da decisão: Fundamento 1-A: Prescrição dos créditos, uma vez que se aplica o prazo de cinco 0,00/0,70/0,80 anos (0,70), conforme o Art. 174 do CTN (0,10). Fundamento 1-B: Inconstitucionalidade dos artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/91, pois se trata de matéria reservada à lei complementar (0,60), conforme previsto no Art. 146, 0,00/0,60/0,70/0,80 inciso III, alínea b, da CRFB/88 (0,10). Nesse sentido, é o entendimento do STF, consolidado na Súmula Vinculante nº 08 (0,10). Fundamento 2: Inexistência de responsabilidade tributária de Carlos, uma vez que o mero inadimplemento do crédito tributário não gera responsabilidade tributária 0,00/0,60/0,70/0.80 (0,60), na forma do Art. 135 do CTN (0,10) e da Súmula 430 do STJ (0,10). Fundamento 3: Nulidade da CDA, por violação ao devido processo legal, uma vez que não há referência ao auto de infração no qual o débito foi originado (0,60), conforme 0,00/0,60/0,70 previsão do Art. 2º, 5º, inciso VI, da Lei nº 6.830/80 e/ou o Art. 202, inciso V, do CTN (0,10). Pedidos: 1. Requer que o relator dê provimento monocraticamente ao recurso, uma vez que a decisão recorrida viola Súmulas do STF e do STJ (0,30), nos termos do Art. 932, inciso 0,00/0,30/0,40 V, alínea a, do CPC (0,10). 2. Caso assim não entenda, requer, via decisão do colegiado, a reforma da sentença 0,00/0,10/0,15/0,20 para que seja reconhecida a prescrição do crédito tributário (0,20); a inexistência de 0,30/0,35/0,45 responsabilidade de Carlos (0,15) e a nulidade da CDA (0,10). 3. Condenação ao pagamento de custas e honorários (0,25). 0,00/0,25 Preparo do recurso (0,10) 0,00/0,10 Fechamento da Peça (Data, Local, Advogado, OAB...) (0,10) 0,00/0,10 Padrão de Resposta Página 2 de 6

PADRÃO DE RESPOSTA QUESTÃO 1 A pessoa física X ajuizou ação de indenização por danos morais em face da pessoa jurídica W Ltda., em razão da inclusão indevida do seu nome no cadastro de inadimplentes. A pessoa jurídica foi condenada ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais). A União, ao tomar ciência da condenação, lavrou auto de infração visando à cobrança de imposto sobre a renda da pessoa física, incidente sobre a indenização recebida. A pessoa física X apresenta impugnação ao auto de infração, que está pendente de julgamento. Sobre a hipótese, responda aos itens a seguir. A) A indenização recebida pela pessoa física X está sujeita ao imposto sobre a renda? Fundamente. (Valor 0,65) B) Na hipótese, a União poderá negar certidão de regularidade fiscal ao contribuinte? (Valor 0,60) A) Segundo o Art. 43 do CTN, o fato gerador do imposto sobre a renda é a aquisição de disponibilidade econômica ou jurídica decorrente de acréscimo patrimonial. Na indenização por dano moral, inexiste acréscimo patrimonial e, portanto, não é devido o imposto sobre a renda. Nesse sentido, é o teor da Súmula 498, do STJ: Não incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais. B) Na hipótese, como a pessoa física X apresentou impugnação ao auto de infração, hipótese de suspensão de exigibilidade do crédito, na forma do Art. 151, inciso III, do CTN, ele terá direito à certidão positiva com efeitos de negativa, nos termos do Art. 206 do CTN. A. Não, o imposto sobre a renda não incide sobre a indenização por danos morais, pois inexiste acréscimo patrimonial, fato gerador do imposto sobre a renda (0,55), conforme o Art. 43 do CTN, OU conforme entendimento exposto na Súmula 498 do STJ (0,10). Obs.: a mera citação ou transcrição do artigo e/ou da Súmula não será pontuada. B. Não, uma vez que a impugnação ao auto de infração suspende a exigibilidade do crédito (0,50), na forma do Art. 151, inciso III, combinado com o Art. 206, ambos do CTN (0,10). Obs.: a mera citação ou transcrição do artigo não será pontuada. 0,00 / 0,55 / 0,65 0,00 / 0,50 / 0,60 Padrão de Resposta Página 3 de 6

PADRÃO DE RESPOSTA QUESTÃO 2 O Estado X ajuizou em face da pessoa jurídica W execução fiscal visando à cobrança de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) incidente sobre (i) serviço de transmissão de televisão a cabo, realizada de forma onerosa pela pessoa jurídica; e (ii) serviço de provedor de acesso à Internet. Após penhora de bem imóvel, a pessoa jurídica opôs embargos à execução. Posteriormente, a pessoa jurídica requereu a substituição da penhora do imóvel por fiança bancária. O Estado X se manifestou contrariamente à substituição e o juiz indeferiu o pedido. A) O ICMS incide sobre os serviços acima? Fundamente. (Valor: 0,80) B) Está correta a decisão do juiz? Fundamente. (Valor: 0,45) A) Sobre a transmissão do sinal de televisão a cabo, quando realizada de forma onerosa, incide ICMS, nos termos do Art. 2º da Lei Complementar nº 87/96, por ser considerado serviço de comunicação. No entanto, o ICMS não incide sobre a prestação de serviço de acesso à Internet, por se tratar de serviço de valor adicionado e não de comunicação, nos termos da Súmula 334 do STJ. B) Não, a substituição de penhora por fiança bancária é direito subjetivo do executado, na forma do Art. 15, inciso I, da Lei nº 6.830/80 e do Art. 835, 2º, do CPC/15. A 1 ) O ICMS incide sobre a transmissão do sinal de televisão a cabo, pois se trata de serviço de comunicação (0,30), conforme disposto no Art. 2º, da Lei Complementar nº 87/96 (0,10) Obs.: a pontuação relativa à menção ao dispositivo legal (0,10) será atribuída também ao examinando que indicar o próprio dispositivo constitucional que contempla o ICMS (Art. 155, inciso II, da CRFB/88). A 2 ) O ICMS não incide sobre a prestação de serviço de acesso à Internet, por se tratar de serviço de valor adicionado e não de comunicação (0,30), nos termos da Súmula 334 do STJ (0,10). B) Não, a substituição de penhora por fiança bancária é direito subjetivo do executado (0,35), na forma do Art. 15, inciso I, da Lei nº 6.830/80 e do Art. 835, 2º, do CPC/15. (0,10). 0,00 / 0,30 / 0,40 0,00 / 0,30 / 0,40 0,00 / 0,35 / 0,45 Padrão de Resposta Página 4 de 6

PADRÃO DE RESPOSTA QUESTÃO 3 O Município M ajuizou execução fiscal para a cobrança de Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) do contribuinte Z. A cobrança foi embasada na Lei nº 1.234, que determinou alíquotas diferentes para o IPTU em razão da data de construção do imóvel. Citado, o contribuinte Z, certo de que a cobrança é manifestamente infundada, imediatamente apresenta embargos à execução, antes de qualquer garantia ao Juízo. Diante disso, responda aos itens a seguir. A) Está correta a cobrança feita pelo Município M? (Valor: 0,65) B) Os embargos à execução podem ser admitidos? (valor: 0,60) A) Não. A cobrança feita pelo Município M não está correta, uma vez que, de acordo com o Art. 156, 1º, da CRFB/88, o IPTU somente pode ter alíquotas diferentes de acordo com o valor, a localização e o uso do imóvel, o que não é o caso. B) Os embargos não podem ser admitidos, já que, de acordo com o Art. 16, 1º, da Lei nº 6.830/80, não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução. A. Não. O IPTU apenas pode ter alíquotas diferentes de acordo com o valor, a localização e o uso do imóvel (0,55), conforme o Art. 156, 1º, da CRFB/88 (0,10). Obs.: a mera citação ou transcrição do artigo não será pontuada. B. Não, pois não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução (0,50), na forma do Art. 16, 1º, da Lei nº 6.830/80 (0,10). Obs.: a mera citação ou transcrição do artigo não será pontuada. 0,00/0,55/0,65 0,00/0,50/0,60 Padrão de Resposta Página 5 de 6

PADRÃO DE RESPOSTA QUESTÃO 4 O Estado X estabeleceu alíquotas diferenciadas de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), entre veículos nacionais e importados. Segundo a legislação estadual, a alíquota dos veículos importados será superior à dos veículos nacionais. Caio, proprietário de um automóvel importado, ajuizou ação questionando a diferença entre as alíquotas. No entanto, o juiz de 1ª instância determinou a realização do depósito integral do montante discutido, sob pena de extinção do processo sem julgamento de mérito, por entender que o depósito é requisito de admissibilidade de ação judicial. Sobre a hipótese, responda aos itens a seguir. A) O contribuinte tem razão quanto ao questionamento da diferença de alíquotas? (Valor: 0.60) B) Ao determinar a realização do depósito, o juiz está correto? (Valor: 0.65) A) Sim. O Art. 155, 6º, inciso II, da CRFB/88 só admite a diferenciação da alíquota do IPVA em razão do tipo e da utilização do veículo, o que afasta a possibilidade de alíquota diferenciada em razão da origem do bem. B) O juiz não está correto. A exigência de depósito prévio, como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário, é inconstitucional, conforme redação da Súmula Vinculante nº 28 do Supremo Tribunal Federal. A. Sim. A CRFB/88 só admite a diferenciação da alíquota do IPVA em razão do tipo e da utilização do veículo, o que afasta a possibilidade de alíquota diferenciada em razão da origem do bem (0,50), conforme o Art. 155, 6º, inciso II, da CRFB/88 (0,10). B. O juiz não pode exigir a realização do depósito como condição para admissibilidade da ação judicial na qual se pretende discutir a exigibilidade do crédito (0,55), conforme a Súmula Vinculante nº 28 do STF (0,10). 0,00 / 0,50 / 0,60 0,00 / 0,55 / 0,65 Padrão de Resposta Página 6 de 6