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Transcrição:

Boletim 897/2015 Ano VII 18/12/2015 Desemprego cai, mas tem maior taxa para novembro desde 2008 Taxa recuou de 7,9% para 7,5% na comparação mensal, a primeira queda em dez meses; rendimento médio, no entanto, encolheu - Texto atualizado às 12h30 DANIELA AMORIM - O ESTADO DE S. PAULO RIO - A taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 7,5% em novembro, ante 7,9% em outubro. Apesar da queda, a primeira em dez meses, a taxa é a mais elevada para novembro desde 2008. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos peloae Projeções, que iam de 7,40% a 8,40%, mas abaixo da mediana de 8,00%. "Ainda que pequena, houve geração de ocupação em novembro", afirmou Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE. "Está havendo uma geração de ocupação que absorve essas pessoas, ou elas interrompem a busca (por trabalho). O desalento não cresce", acrescentou. Em novembro, o comércio não registrou geração significativa de postos de trabalho, o que pode indicar uma expectativa de crescimento menor nas vendas ou contratação de trabalhadores temporários apenas em dezembro. Os jovens puxaram a queda na taxa de desemprego no País em novembro. Embora a desocupação seja maior entre a população jovem, a taxa de desemprego para a faixa etária de 18 a 24 anos de idade recuou de 19,5% em outubro para 18% em novembro. O resultado é um indício de que houve reflexo do movimento sazonal de abertura de vagas de trabalho temporárias, avaliou o IBGE. "Foi justamente entre esses jovens que a ocupação mais expandiu no mês, o que pode estar relacionado ao fato de que esse grupo pode estar mais inserido nos trabalhos temporários no comércio", disse Adriana. Em novembro ante outubro, a fila do desemprego teve uma redução de 4,2% ou 80 mil pessoas a menos. Quanto ao total de ocupados, houve crescimento de 0,3%, o equivalente a 72 mil postos de trabalho a mais. Mas na comparação com o mesmo mês de 2014, a situação é preocupante: alta de 53,8% na população desocupada ou 642 mil pessoas a mais em busca de uma vaga. O rendimento médio real dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.177,20, o menor valor para novembro desde 2011, segundo o IBGE. Trata-se de uma queda de 1,3% ante outubro e de 8,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Esse recuo anual é o mais acentuado desde dezembro de 2003. Houve redução em todas as atividades pesquisadas, com destaque para a perda na renda dos trabalhadores da indústria: -12,5%. Em seguida ficaram os serviços prestados a empresas (-12,1%) e construção (-11,9%). Já a massa de renda real habitual dos ocupados no País somou R$ 49,7 bilhões em novembro, queda de 0,9% em relação a outubro e de 12,2% ante o mesmo mês de 2014. Setores. A indústria foi o setor que mais dispensou trabalhadores no último ano. A atividade registrou fechamento de 315 mil vagas em novembro em relação ao mesmo período do ano 1

passado, o equivalente a uma queda de 8,8% no total de empregados. "A indústria tem cerca de 75% dos ocupados com carteira. Nos serviços prestados a empresas, mais de 80% das vagas são com carteira de trabalho. Sendo essas atividades as que mais têm dispensado, isso acaba impactando a carteira assinada", disse Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE. Em novembro, o País registrou extinção de 540 mil postos de trabalho com carteira assinada, em relação ao patamar de um ano antes, novembro de 2014. No comércio, a queda foi de 3,2%, 140 mil vagas a menos, enquanto os serviços prestados a empresas recuaram 3,7%, 141 mil vagas extintas. Nos outros serviços - que incluem serviços financeiros, imobiliários e pessoais -, o corte foi de 150 mil vagas no período de um ano, queda de 3,4% na ocupação. A construção, por sua vez, dispensou 25 mil empregados (queda de 1,4% no total de ocupados); serviços domésticos eliminaram 8 mil postos de trabalho (-0,6%); e educação, saúde e administração pública encolheram em 72 mil vagas (-1,8%). Pretendemos recuperar empregos em 2016, diz ministro do Trabalho Miguel Rossetto afirmou que dados de novembro indicam estabilização do desemprego, mas que números ainda não são bons MÁRIO BRAGA - O ESTADO DE S.PAULO SÃO PAULO - O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, comentou nesta quinta-feira, 17, que a redução da taxa de desemprego de 7,9% em outubro para 7,5% em novembro sinaliza uma estabilização. "Mas os números não são bons. Tivemos perda líquida de emprego neste ano e pretendemos recuperar em 2016. Todo o esforço está sendo feito para iniciar uma recuperação econômica do Brasil no ano que vem", respondeu aobroadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, sinalizando que a retomada do crescimento viria acompanhada de um aumento do nível de emprego e da renda. Rossetto reconheceu que a renda do brasileiro está encolhendo e apontou como causa "uma inflação não desejada". Ele destacou, porém, que em 1º de janeiro o salário mínimo será reajustado para R$ 868, beneficiando diretamente 46 milhões de trabalhadores e aposentados. "O reajuste do salário mínimo terá um efeito positivo na qualidade de vida desses milhões de brasileiros e, seguramente, na economia porque vai dinamizar a economia brasileira", disse. O titular do Trabalho e Previdência Social ressaltou ainda a importância do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que, segundo ele, já acumula 104 acordos entre empresas e sindicatos, afetando diretamente 48 mil trabalhadores. "O PPE, me parece, terá um papel importante na proteção ao emprego", afirmou. (Fonte: Estado de SP dia 18-12-2015). 2

Ministro nega reajuste menor aos aposentados - O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, descartou, ontem, a tese defendida por alguns economistas de que o reajuste da aposentadoria deve ser mais baixo que o do salário mínimo para contribuir no reequilíbrio das contas públicas. "Não há hipótese alguma da desvinculação do salário mínimo como piso previdenciário e de acesso aos programas do governo", disse. De acordo com o ministro, o salário mínimo será reajustado no dia 1º de janeiro de 2016 para R$ 868. Rossetto afirmou que o ministério pretende reduzir o processo de judicialização dos conflitos trabalhistas, e estimular diálogo direto entre empresas e sindicatos, e destacou que o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) foi construído a partir da iniciativa de centrais sindicais e em conversas com empresas. "Queremos que as empresas e sindicatos conheçam o programa e que ele seja uma ferramenta de proteção ao emprego", disse o ministro. Desemprego O ministro também comentou que a redução da taxa de desemprego de 7,9% em outubro para 7,5% em novembro, divulgada pelo IBGE, sinaliza uma estabilização. "Todo o esforço está sendo feito para iniciar uma recuperação econômica do Brasil no ano que vem", afirmou. Rossetto reconheceu que a renda do brasileiro está encolhendo e apontou como causa "uma inflação não desejada". Ele destacou, porém, o reajuste do salário mínimo beneficiará 46 milhões de trabalhadores e aposentados. No dia do discurso de Rossetto, no entanto, sindicalistas protestavam na entrada principal do prédio, pedindo a manutenção dos direitos trabalhistas e "salários condizentes com a realidade", além de se mostrarem contrários a "acordos ilícitos", em referência ao PPE, que permite a redução da carga horária e do salário de trabalhadores por meio de acordos entre empresas com dificuldades financeiras e sindicatos. /Estadão Conteúdo 3

Inflação pesa e rendimento médio dos brasileiros despenca 8,8% em um ano Com a alta dos preços superando os dois dígitos e a retração da atividade econômica, os ganhos mensais registraram quedas nas comparações mensal e anual; a indústria foi a principal afetada São Paulo - Os ganhos mensais dos trabalhadores brasileiros caíram a uma média de R$ 2.177,20 no mês passado, ante R$ 2.388,29 em novembro de 2014, uma queda de 8,8%. Para especialistas, a culpa disso é do aumento dos preços. Em 2015, a inflação tem evoluído mais rapidamente que as receitas dos brasileiros "e está correndo os salários", afirmou Paulo Dutra, coordenador do curso de ciências econômicas da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) já acumula alta de 10,48% em 12 meses encerrados em novembro último. O economista acrescenta que parte da população está deixando empregos com salários melhores por ocupações com remunerações inferiores. "Em um cenário de crise, muitos brasileiros são demitidos e aceitam trabalhar por menos, voltando ao mercado com rendimentos menores", explicou. E a trajetória de queda nos ganhos também é percebida na comparação mensal. O rendimento médio caiu 1,3% entre outubro e novembro deste ano, baixando de R$ 2.205,43 para os R$ 2.177,20. Todas as informações são da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Essa diminuição vem ocorrendo muito em função da queda de rendimento em atividades com 4

maior número de dispensas", ressaltou Adriana Beringuy, técnica do IBGE. "Isso acontece, por exemplo, nos grupos de serviços prestados a empresas e na indústria", concluiu. Na comparação entre outubro e novembro, registraram retração nos rendimentos as atividades de indústria (-4,5%), serviços prestados a empresas (-2,2%), serviços financeiros, imobiliários e pessoais (-1,3%), construção (-0,5%) e comércio (-0,3%). Por outro lado, houve estabilidade para serviços domésticos e leve alta para educação, saúde, serviços sociais e administração pública (1,3%). Tiago Cabral, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) disse que "podemos esperar uma queda mais leve dos salários no ano que vem". Segundo ele, o descontrole dos preços "passa a incorporar um futuro inflacionário pior", o que colabora para reajustes mais elevados nos salários e quedas menores no rendimento médio. Desemprego Ainda segundo a PME, o País registrou um corte de 540 mil postos de trabalho com carteira assinada no período de um ano, o equivalente a uma queda de 4,6% em novembro em relação a igual mês de 2014. O emprego sem carteira no setor privado também caiu (-7,2%), são 147 mil empregados a menos. No entanto, aumentou o trabalho por conta própria em 0,9% no período, 41 mil pessoas a mais nessa condição no País. Em relação a outubro, houve expansão de 0,5% nas vagas formais, 52 mil postos a mais com carteira assinada no setor privado em novembro. O emprego sem carteira cresceu 3,3%, 60 mil pessoas a mais. Enquanto o trabalho por conta própria recuou 0,2%, menos 9 mil pessoas nessa condição. A fila do desemprego cresceu 53,8% em novembro em relação ao mesmo mês de 2014. O montante equivale a 642 mil pessoas a mais em busca de uma vaga. Já o total de ocupados diminuiu 3,7%, 858 mil vagas extintas. Na comparação com outubro, entretanto, houve redução de 4,2% no número de desocupados, 80 mil desempregados a menos. Quanto ao total de ocupados, houve crescimento de 0,3%, o equivalente a 72 mil postos de trabalho a mais. O setor mais afetado novamente foi a indústria. Foi registrado fechamento de 315 mil vagas em novembro em relação ao mesmo período do ano passado o equivalente a uma queda de 8,8% no total de empregados, segundo o IBGE. No comércio, a queda foi de 3,2%, patamar próximo das retrações apontadas em serviços prestados a empresas (-3,7%) e serviços financeiros, imobiliários e pessoais (-3,4%). Para o ano que vem, a previsão dos especialistas entrevistados pelo DCI não é boa. "Deve haver aumento do desemprego, causado pela redução da atividade econômica, que é intensificada por políticas fiscais e monetárias de retração, e pela inabilidade do governo para resolver essa situação", afirmou Dutra. Renato Ghelfi e Agências 5

BB é punido por acidente de gerente que viajava a serviço São Paulo - O Tribunal Superior do Trabalho (TST) reconheceu a responsabilidade objetiva do Banco do Brasil (BB) por um acidente de carro sofrido por um gerente que viajava a serviço da instituição. De acordo com nota publicada no site do TST, o entendimento da 3ª Turma do TST reforma o do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Minas Gerais, que afastou do trabalhador o direito à indenização por dano moral, material e estético. Para o relator do processo no TST, desembargador convocado Cláudio Soares Pires, ficou provado que o empregado era obrigado a se deslocar constantemente entre cidades, a trabalho, sujeitando-se a riscos superiores aos enfrentados por outros trabalhadores. Segundo a nota, o gerente viajava pelo menos três vezes por semana, principalmente entre as cidades mineiras de Juiz de Fora e Varginha. Na ação, ele sustentou que, na função que exercia, respondia pelo próprio deslocamento, que era submetido a jornadas extenuantes e que, no dia do acidente, acumulava mais de 10 horas de trabalho. De acordo com a perícia policial juntada ao processo, não foi possível identificar a real causa do acidente. "O veículo que o gerente conduzia teria invadido a contramão e atingido outro veículo, por perda do comando direcional, mas os exames não conseguiram indicar se houve falha humana, mecânica, ou adversidades na pista". Diante disso, o juízo de primeira instância atribuiu a culpa pelo acidente ao próprio gerente O TRT-MG também afastou a teoria da responsabilidade objetiva da empresa, por não ter ficado comprovado o nexo de causalidade entre o acidente e a atividade. Para o Regional, o fato de o gerente ser responsável pelo próprio deslocamento não configurou ato ilícito ou culpa do banco. Para a 3ª Turma do TST, porém, o fato de o gerente se deslocar entre cidades e assumir o papel de motorista demonstra que o dano era virtualmente esperado, não havendo como negar a responsabilidade objetiva do BB. Segundo o relator, a frequência com que o trabalhador era submetido a viagens "o expunha a uma maior probabilidade de sinistro, o que configura risco no exercício da atividade". Por violação ao artigo 927 do Código Civil, os ministros do TST, por unanimidade, determinaram o retorno dos autos ao TRT de Minas para novo julgamento do pedido de indenização. Da redação 6

(Fonte: DCI dia 18-12-2015). 7

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