UFCD 0577 IMPOSTOS SOBRE O PATRIMÓNIO

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Transcrição:

UFCD 0577 IMPOSTOS SOBRE O PATRIMÓNIO Imposto Municipal Sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) Formadora: Antónia Mortágua Trabalho Realizado Por: Luís Combadão Paulo Elias 29

ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO... 31 2. INCIDÊNCIA... 31 3. ISENÇÕES... 32 4. CADUCIDADE DAS ISENÇÕES... 33 5. DETERMINAÇÃO DO VALOR TRIBUTÁVEL... 35 6. TAXAS... 39 7. LIQUIDAÇÃOE PAGAMENTO... 42 8. COBRANÇA... 44 9. CONCLUSÃO... 45 10 WEBGRAFIA... 45 30

. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como questão, o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas dos Imóveis. O tema do meu trabalho é o IMT - Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas dos imóveis do qual fiz uma pequena investigação, vou falar de uma forma geral os seguintes tópicos: a incidência, isenções, determinação do valor tributário e por último a sua liquidação bem como a forma de pagamento.. INCIDÊNCIA O IMT é um imposto municipal incidente sobre as transmissões onerosas de bens imóveis situados em território português. Sobre tais transmissões poderá ainda incidir o Imposto do Selo. Para efeitos do IMT, o conceito de prédio é o definido no Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (CIMI). A incidência do IMT regula-se pela legislação em vigor ao tempo em que se constitui a obrigação tributária, a qual se constitui no momento em que ocorre a transmissão. Nos contratos de permuta de bens presentes por bens futuros, a transmissão, relativamente a estes, ocorre logo que os mesmos se tornem presentes. A incidência está presente no CIMT nos seguintes artigos: Artigo 1º (Incidência Geral) Artigo 2º (Incidência Objetiva) Artigo 3º (Incidência Simultânea a IMT e a imposto do Selo) Artigo 4º (Incidência Subjetiva) Artigo 5.º - Nascimento da obrigação tributárias A aquisição de mais de 75% do capital social de uma sociedade por quotas que seja proprietária de imóveis situados em território português determina a incidência de IMT. 31

. ISENÇÕES CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE ÉVORA Ficam isentos de IMT a) O Estado, as Regiões Autónomas, as autarquias locais e as associações e federações de municípios de direito público, bem como quaisquer dos seus serviços, estabelecimentos e organismos, ainda que personalizados, compreendidos os institutos públicos, que não tenham carácter empresarial; b) Os Estados estrangeiros pela aquisição de edifícios destinados exclusivamente à sede da respetiva missão diplomática ou consular ou à residência do chefe da missão ou do cônsul, bem como dos terrenos para a sua construção, desde que haja reciprocidade de tratamento; c) As constantes de acordo entre o Estado e quaisquer pessoas, de direito público ou privado, que são mantidas nos termos da respetiva lei; d) As pessoas coletivas de utilidade pública administrativa e de mera utilidade pública, quanto aos bens destinados, direta e imediatamente, à realização dos seus fins estatutários; e) As instituições particulares de solidariedade social e entidades a estas legalmente equiparadas, quanto aos bens destinados, direta e imediatamente, à realização dos seus fins estatutários; f) As aquisições de bens para fins religiosos, efetuadas por pessoas coletivas religiosas, como tal inscritas, nos termos da lei que regula a liberdade religiosa; g) As aquisições de prédios individualmente classificados como de interesse nacional, de interesse público ou de interesse municipal, nos termos da legislação aplicável; h) As aquisições de bens situados nas regiões economicamente mais desfavorecidas, quando efetuadas por sociedades comerciais ou civis sob a forma comercial, que os destinem ao exercício, naquelas regiões, de atividades agrícolas ou industriais consideradas de superior interesse económico e social; 32

i) As aquisições de bens por associações de cultura física, quando destinados a Instalações não utilizáveis normalmente em espetáculos com entradas pagas; j) As aquisições de prédios rústicos que se destinem à primeira instalação de jovens agricultores candidatos aos apoios previstos no Decreto-Lei n.º81/91, de 18 de Fevereiro, ainda que operadas em épocas diferentes, até ao valor previsto no artigo 9.º, independentemente do valor sobre que incidiria o imposto ultrapassar aquele limite; l) As aquisições por museus, bibliotecas, escolas, entidades públicas empresariais responsáveis pela rede pública de escolas, institutos e associações de ensino ou educação, de cultura científica, literária ou artística e de caridade, assistência ou beneficência, quanto aos bens destinados, direta ou indiretamente, à realização dos seus fins estatutários. As isenções estão presentes nos seguintes artigos do CIMT: Artigo 7.º (Isenção pela aquisição de prédios para revenda) Artigo 8.º (Isenção pela aquisição de imóveis por instituições de crédito) Artigo 9.º (Isenção pela aquisição de prédios destinados exclusivamente a habitação) Artigo 10.º (Reconhecimento das isenções) CADUCIDADE DAS ISENÇÕES Regra geral, quando deixarem de se verificar os pressupostos que fundamentaram a isenção, esta automaticamente caduca. Vejamos os casos mais relevantes: 33

A aquisição dos prédios para revenda deixará de beneficiar de isenção, logo que se verifique que aos prédios adquiridos para revenda foi dado destino diferente ou que os mesmos não foram revendidos dentro do prazo de três anos ou o foram novamente para revenda; Deixarão de beneficiar de isenção as aquisições de imóveis por instituições de crédito, se os prédios não forem alienados no prazo de cinco anos a contar da data da aquisição; Deixarão, igualmente, de beneficiar de isenção as aquisições de prédio para habitação própria e permanente que não exceda os 92.407, e de redução de taxas previstas para os valores subsequentes em todas as situações de aquisição de prédio ou fração autónoma deste destinados exclusivamente a habitação, quando aos bens for dado destino diferente daquele em que assentou o benefício, no prazo de seis anos a contar da data da aquisição (salvo no caso de venda) ou caso não sejam afetos a habitação própria e permanente no prazo de seis meses a contar da data de aquisição. Nestes casos os sujeitos passivos deverão solicitar a liquidação do imposto no prazo de 30 dias a contar do facto determinante da perda da isenção. 34

. DETERMINAÇÃO DO VALOR TRIBUTÁVEL De acordo com o Artigo 12.º, o IMT incide sobre o valor constante do ato ou do contrato ou sobre o valor patrimonial tributário dos imóveis, consoante o que for maior. Valor do ato ou contrato (Art.º 12 nº 5) Isolada ou cumulativamente: A importância paga a título de preço; Valor dos móveis dados em troca a determinar pelo Código do Imposto de Selo; Valor atual das pensões temporárias; Valor das pensões ou rendas vitalícias; O valor das prestações ou rendas perpétuas; O valor da prestação temporária no caso do direito de superfície; A importância de rendas pagas adiantadamente, enquanto arrendatário e que não sejam abatidas ao preço; A importância das rendas acordadas no caso de arrendamento com cláusula de que os bens arrendados se tornam propriedade do arrendatário depois de satisfeitas todas as rendas acordadas; O valor de qualquer encargo que o comprador ficar legal ou contratualmente obrigado. 35

O disposto nos números anteriores entende-se, porém, sem prejuízo das seguintes regras: (1ª, 2ª- a), b), 3ª a), b), 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª, 9ª, 10ª, 11ª, 12ª, 13ª, 14ª, 15ª, 16ª, 17ª, 18ª, 19ª a), b), c) e 20ª do Código do Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis) Regras da Determinação do Valor do IMT O IMT incide sobre o valor do ato ou contrato ou valor patrimonial tributário, consoante o maior, entendendo-se porém sem prejuízo das regras do nº 4 do artigo 12º e regras especiais do artigo 13º: Aquisição do direito de propriedade de bens imóveis Valor do ato ou contrato ou o valor patrimonial tributário, consoante o que for maior (Artº 12 nº 1); Na renúncia ou cedência o valor patrimonial dos respetivos bens ou valor do ato ou contrato se for maior (Artº12 nº 4, regra 6ª); Na dação de bens em pagamento o Valor patrimonial ou sobre a importância da dívida que for paga com os bens transmitidos se for superior (artº 12 nº 4, regra 5ª); 36

Na aquisição do solo, separada do direito de superfície, o valor é determinado nos termos das alíneas a) da regra 2ª e 3ª do nº 4 do Artº 12º Aquisição de figuras parcelares do direito de propriedade sobre bens imóveis Nua Propriedade Valor calculado nos termos da alínea a) do artº 13º ou sobre valor do acto ou contrato se for superior Usufruto, uso ou habitação temporário, ou vitalício Valor calculado nos termos da alínea b) do artº 13 ou sobre o valor do acto ou contrato, se for superior. Direito de superfície temporário com construção Valor a determinar nos termos da alínea b) da regra 2ª do artº 12. Direito de superfície temporário sem Construção Valor a determinar nos termos da alínea b) da regra 3ª do artº 12º Servidão de passagem Valor do acto ou contracto ou VPT consoante o maior (n.º 2 do Art.º 12.º) Arrendamento ou subarrendamento a longo prazo- Valor de 20 vezes a renda anual quando igual ou superior ao valor patrimonial tributário do respectivo prédio (Nº 4 regra 10ª) Aquisição de prédio arrendado a longo prazo pelo arrendatário - Diferença entre o valor patrimonial que os bens tinham na data do arrendamento e o da data da aquisição ou sobre o valor declarado se for superior ( nº 4 regra 10ª) Contrato-promessa de aquisição e alienação com cláusula de livre cedência de posição contratual - Parte do preço paga pelo promitente adquirente ao promitente alienante ( nº 4 regra 18ª) Artigo 13º Regras especiais São ainda aplicáveis à determinação do valor tributável do IMT, as regras constantes das alíneas seguintes: 37

a) O valor da propriedade, separada do usufruto, uso ou habitação vitalícios, obtém-se deduzindo ao valor da propriedade plena as seguintes percentagens, de harmonia com a idade da pessoa de cuja vida dependa a duração daqueles direitos ou, havendo várias, da mais velha ou da mais nova, consoante eles devam terminar pela morte de qualquer ou da última que sobreviver: Se o usufruto, uso ou habitação forem temporários, deduzem-se ao valor da propriedade plena 10% por cada período indivisível de cinco anos, conforme o tempo por que esses direitos ainda devam durar, não podendo, porém, a dedução exceder a que se faria no caso de serem vitalícios; 38

Onde se inclui também a alínea b), c), d), e), f), g), h), i) e j) Código do Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis Artigo 14.º (Avaliação nos termos do CIMI) Artigo 15.º (Aquisições consideradas a título gratuito e oneroso) Artigo 16.º (Aplicação temporal do valor patrimonial tributário). TAXAS As taxas do IMT são as seguintes: Aquisição de prédio urbano ou fração autónoma de prédio urbano destinado exclusivamente à habitação própria e permanente: 39

Aquisição de prédio urbano ou fração autónoma de prédio urbano destinado exclusivamente à habitação, não abrangido pelo quadro anterior: Prédios rústicos são os terrenos situados fora de um aglomerado urbano, que não estejam classificados como terrenos para construção, desde que tenham como destino o uso agrícola. (Taxa 5%) Prédios urbanos ou outras aquisições onerosas dividem-se em habitacionais, comerciais, industriais ou para serviços, terrenos para construção e outros. (Taxa 6,5%) Adquirente residente em paraíso fiscal (exceto pessoas singulares) (Taxa 10%). Regiões Autónomas Aquisição de prédio urbano ou fração autónoma de prédio urbano destinado exclusivamente à habitação própria e permanente: Tabela simplificada - Ano de 2014 40

Regiões autónomas - Habitação própria e permanente 2. Aquisição de prédio urbano ou fração autónoma de prédio urbano destinado exclusivamente à habitação, não abrangido pelo quadro anterior: Cálculo do IMT a pagar Para calcular o IMT a pagar pela transmissão onerosa do direito de propriedade, ou de figuras parcelares desse direito, de um bem imóvel, é necessário: Escolher a tabela de IMT correspondente à localização do imóvel (Continente ou Regiões Autónomas) e à sua utilização (habitação própria e permanente ou secundária e para arrendamento); Identificar qual o intervalo em que se encontra o valor da casa (o valor a utilizar será o mais elevado dos 2 valores existentes: o valor de aquisição e o valor patrimonial); 41

Multiplicar pela taxa aplicável; Deduzir a parcela a abater ao valor obtido. A atribuição do valor patrimonial tributário dos prédios rústicos e urbanos, não depende do proprietário do imóvel, sendo o seu valor definido pela Direcção-Geral dos Impostos (DGCI), pela Comissão Nacional de Avaliação de Prédios Urbanos e prédios Rústicos (CNAPU e CNAPR) e pela Junta de Avaliação Municipal (JAM). EXEMPLO DE COMO CALCULAR O IMT Um prédio urbano exclusivamente destinado a habitação em Portugal Continental, é adquirido pelo preço de 140.000,00, apresentando um valor patrimonial de 130.000,00. O IMT a pagar por esta transação será então de: (140.000,00 x 0,05%) 5.640,23 = 1359,77 Por segurança de cálculos ou para maior comodidade, pode experimentar um simulador de cálculo de IMT a pagar.. LIQUIDAÇÃOE PAGAMENTO Artigo 19º Iniciativa da liquidação A liquidação do IMT é de iniciativa dos interessados, para cujo efeito devem apresentar, em qualquer serviço de finanças ou por meios eletrónicos, uma declaração de modelo oficial devidamente preenchida. A liquidação é promovida oficiosamente pelos serviços de finanças que forem competentes e sempre que os interessados não tomem a iniciativa de o fazer dentro dos prazos legais, bem como quando houver lugar a qualquer liquidação adicional, sem prejuízo dos juros compensatórios a que haja lugar e da penalidade que ao caso couber. 42

A declaração prevista no n.º 1 deve também ser apresentada, em qualquer serviço de finanças ou por meios eletrónicos, antes do ato ou facto translativo dos bens, nas situações de isenção Artigo 20.º Conteúdo da declaração 1 - Para efeitos da liquidação, deve o interessado fornecer os seguintes elementos: (a), b), c), e d), do Código do Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis) 2 - Nos contratos de permuta de bens presentes por bens futuros em que estes já se encontrem determinados com base em projeto de construção aprovada pela câmara municipal, deve o interessado juntar à declaração referida no artigo anterior cópia da planta de arquitetura devidamente autenticada. 3 - Quando se tratar de alienação de heranças ou de quinhões hereditários, devem declarar-se todos os bens imóveis e indicar-se a quota-parte que o alienante tem na herança. 4 - Em caso de transmissão parcial de prédios inscritos em matrizes cadastrais, devem declararse as parcelas compreendidas na respetiva fração do prédio. Artigo 21.º Competência para a liquidação O IMT é liquidado pelos Serviços Centrais da Direcção-Geral dos Impostos, com base na declaração do sujeito passivo ou oficiosamente, considerando-se, para todos os efeitos legais (designadamente, para efeitos de avaliação, recurso, reclamação graciosa ou impugnação judicial), o ato tributário praticado no Serviço de Finanças competente, Artigo 22.º (Momento da liquidação) Artigo 23.º (Liquidações com base em documentos oficiais) Artigo 24.º (Direito de preferência) Artigo 25.º (Contratos para pessoa a nomear) 43

Artigo 26.º (Alienações de quinhão hereditário) Artigo 27.º (Liquidação relativa a prédio omisso) Artigo 28.º (Transmissão de fração de prédio ou fração de parcela cadastral) Artigo 29º (Mudança nos possuidores de bens) Artigo 30.º (Valor patrimonial tributário excessivo) Artigo 31.º (Liquidação adicional) Artigo 32.º (Isenção técnica) Artigo 33.º (Juros compensatórios) Artigo 34.º (Caducidade da isenção - Pedido de liquidação) Artigo 35.º (Caducidade do direito à liquidação). COBRANÇA Prazo para pagamento O IMT deve ser pago no próprio dia da liquidação ou no 1.º dia útil seguinte, sob pena de esta ficar sem efeito, sem prejuízo do disposto nos números seguintes. (Alínea 1,2,3,4,5,6,7,8, 9, a), b), 10, a) b) e 11 do Código do Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis) 44

8. Local de Pagamento A prova do pagamento do IMT é feita mediante a apresentação da declaração referida no artigo 19.º, acompanhada do comprovativo da cobrança. Artigo 38.º (Consequências do não pagamento) Artigo 39.º (Privilégio mobiliário e imobiliário) Artigo 40.º (Prescrição). CONCLUSÃO Com este trabalho verificámos parece que ainda subsistem áreas em que o imposto falha na sua função em promover a eficiência do sistema tributário. O IMT inova ao abarcar na sua incidência novos factos tributários. Contudo, esses factos tributários não dizem respeito a operações de cariz imobiliário, mas encontram-se relacionados com atividades geradoras de rendimento. A legislação transmite a mensagem inequívoca que, como não é possível tributar esses rendimentos de outra forma, recorre a um imposto sobre o património como substituto de um efetivo imposto sobre o rendimento, o IMT mostra-se como um imposto que incide, ainda que disfarçado, sobre outro imposto. Em suma, embora a reforma da tributação do património tivesse criado um novo enquadramento jurídico no que diz respeito ao IMT, parece que ainda subsistem áreas em que o imposto falha na sua função em promover a eficiência do sistema tributário. 45

WEBGRAFIA CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE ÉVORA http://www.imprensaregional.com.pt/jornalcarteia/~media/downloads/1730.big.jpg http://www.pwc.pt/pt/guia-fiscal/2014/imt.jhtml http://info.portaldasfinancas.gov.pt/pt/informacao_fiscal/codigos_tributarios/cimt/cimt6.htm http://images04.olx.pt/ui/34/27/63/foto-de-predio-perto-da-praia_457752463_10.jpg http://www.portal-gestao.com/item/6373-como-se-calcula-o-valor-patrimonialtribut%c3%a1rio-em-imt.html http://dimond.biz/wp-content/uploads/2014/01/tabelaimt2014.pdf http://fiscalidade-online.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=3370 Código do Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis 46