OFERECIMENTO BOLETIM NÚMERO DO DIA 15mil Dólares foi a multa aplicada pela NBA ao brasileiro Nenê Hilário pela briga com Dewayne Dedmon em partida da liga. EDIÇÃO 748 QUINTA-FEIRA, 4 DE MAIO DE 2017 Bridgestone ativa jogo, mas Conmebol pode atrapalhar A Bridgestone é a principal patrocinadora da Libertadores, e a empresa resolveu fazer uma ação de venda com o torneio, com a presença do Palmeiras em São Paulo e até com o uso do principal nome da equipe paulista. No entanto, uma punição da Conmebol pode atrapalhar os planos da companhia, que seria mais uma a ter prejuízos com as cenas de barbárie presenciadas POR DUDA LOPES em Montevidéu, na última semana. A ideia da Bridgestone é levar 400 convidados para a partida entre Palmeiras e Atlético Tucumán, que será realizada no Allianz Parque, em São Paulo. A ação consiste em dar um par de ingressos aos 200 primeiros torcedores que comprarem quatro pneus da marca japonesa, em ação válida no Estado de São Paulo. Promoção da Bridgestone foi anunciada há alguns dias, mas empresa poderá ter dor de cabeça com a iniciativa. Graças às confusões no jogo entre Palmeiras e Peñarol, time brasileiro poderá ser punido com partidas sem torcida no estádio. 1
FLAMENGO FAZ AÇÕES COM SÓCIOS O Flamengo fará ação com 60 sócios-torcedores durante a final do Campeonato Carioca, no próximo domingo, contra o Fluminense. O clube irá abrir, nesta quinta-feira (dia 4), vagas para experiências na decisão. Haverá desde ingressos no concorrido setor norte até participação nos bastidores do jogo. Entre as ações, estão tour no Maracanã e até visita ao gramado do estádio durante o intervalo. CAP FAZ BBQ FEST EM ARENA Para aumentar a divulgação da ação, a marca até recorreu a um post pago no Facebook do atacante Dudu, um dos principais jogadores do Palmeiras. O atleta tem quase 200 mil seguidores na rede social, e o post já teve quase mil interações. A ação não teria nenhum problema se não fosse a notícia divulgada pela Conmebol na tarde de quarta-feira (03): a entidade denunciou o Palmeiras pela confusão no jogo contra o Peñarol, na última semana. A questão não foi só a briga entre os jogadores, mas a desordem nas arquibancadas. E, segundo estatuto da entidade, o clube é responsável pelos seus fãs nos estádios. Com a denúncia, dificilmente o Palmeiras escaparia de jogar uma partida com os portões fechados. Nos últimos anos, Corinthians e Boca Juniors, da Argentina, já atuaram nessa situação pela competição, justamente por mau comportamento de seus torcedores nas arquibancadas. Segundo a Máquina do Esporte apurou, a Bridgestone não conta com uma punição de torcida para o jogo no Allianz Parque, o que acarretaria no impedimento da ativação em rigor e um constrangimento com consumidores. A companhia acredita que haverá apenas uma punição ao jogador Felipe Melo, pivô da confusão em Montevidéu. Por ora, a Bridgestone conta com a continuidade da ação, considerada importante na estratégia do patrocínio. Entendemos que a competição reforça a associação da Bridgestone com o esporte que apaixona milhões de torcedores em todo o mundo e, assim, possibilita que a nossa marca esteja cada vez mais próxima dos consumidores, comentou a diretora de marketing da Bridgestone, Concheta Feliciano, em nota oficial. O Atlético-PR promove neste sábado (dia 6), na Arena da Baixada, o BBQ Fest. O evento gastronômico que reúne algumas das melhores churrascarias de Curitiba (PR). O público terá a chance de experimentar as especialidades de cada participante no setor 9 do estádio, das 10h às 22h. O evento também terá shows musicais com bandas locais, como Hillbilly Rawhide, Milk N Blues e Lenhadores da Antártida. PORSCHE CUP TERÁ BOSCH A Bosch fechou contrato de patrocínio com a Porsche Império GT3 Cup para esta temporada. Pelo acordo, a marca terá direito à exposição em todos os veículos da categoria. A empresa também irá fornecer equipamentos tanto na pista quanto na oficina. Neste ano, a Porsche Império GT3 Cup vendeu o naming right do campeonato para a cervejaria Império. 2
OPINIÃO Esporte se equilibra entre novos e antigos fãs Na quarta-feira, o presidente da Formula One Group, Chase Carey, deu uma entrevista coletiva em Barcelona, na Espanha. O dirigente reforçou o desejo de ter mais entretenimento na competição e traçou críticas ao seu antecessor pelo conservadorismo. Sob o comando de Bernie (Ecclestone), a Fórmula 1 era um negócio que dizia não a tudo. Agora, queremos dizer sim a muitas coisas, afirmou. O plano é claro: criar novas conexões com os torcedores para ter mais seguidores na competição. O exemplo citado foi o Superbowl, com suas diversas atrações durante o evento. Basicamente, a Fórmula 1 quer deixar de ser do fanático por automobilismo para chegar a um público mais amplo. Ela quer sair de seu nicho. Curiosamente, na semana passada o Canal Combate fez evento em São Paulo para sinalizar algo parecido. Para a emissora, o superfã de MMA representa uma limitação de alcance ao público consumidor. Abrir novos conteúdos significa mais público e mais assinantes. Sair do nicho também era o objetivo. O problema da indústria do esporte é manter o equilíbrio entre o conteúdo que foca apenas o fanático com POR DUDA LOPES novos negócios da Máquina do Esporte aquele que o desagrada. Afinal, esse superfã pode não ser o suficiente, mas ele não deixa de ser o principal consumidor desse mercado. Em estádios de futebol no Brasil, vê-se claramente essa dificuldade, com a rejeição a algumas ações de marketing. No fim, a receita mais segura é que o entretenimento que envelope o evento esportivo faça parte do universo do próprio esporte, com ações que impressione os leigos e empolguem os fãs. Ainda que essa não seja, nem de perto, a receita do Superbowl. Confederação Brasileira de Rúgbi fecha com fornecedora de bolas até 2024 POR REDAÇÃO A CBRu (Confederação Brasileira de Rúgbi) acertou contrato com a Gilbert, que será a fornecedora oficial de bolas para as seleções brasileiras até 2024. A marca é considerada a principal do setor no mundo, tendo contrato com potências da modalidade, como Nova Zelândia, Austrália, África do Sul, Argentina e potências europeias. Estamos muito animados pela nossa nova parceria com a Gilbert. Na CBRu temos um plano muito ambicioso para acelerar o crescimento do rúgbi no Brasil e internacionalmente durante os próximos anos, afirmou Agusitn Danza, CEO da confederação. Para sermos bem-sucedidos, precisamos trabalhar em parceria com os melhores. A Gilbert é reconhecida há muito tempo como a fornecedora das melhores bolas de rúgbi no mundo. Eles serão parceiros estratégicos para elevar os estandards de performance no ambiente de treinamento diário e nas nossas competições locais, acrescentou o dirigente. O acordo faz parte da estratégia de Gilbert de ampliação de sua presença pelo mundo. Já há alguns anos que a Gilbert assumiu a responsabilidade de apoiar o desenvolvimento do rúgbi seriamente. É, portanto, um grande prazer podermos apoiar o enorme potencial do rúgbi no Brasil. Através desse acordo, pretendemos ajudar a CBRu com seus objetivos de longo prazo, comentou Richard Gray, diretor de marketing da empresa. 4
Especial MLS: números contam história diferente da realidade O fato mais amplamente divulgado como motivo para o aumento da popularização do futebol é a média de publico da Major League Soccer, a MLS. No ano 2000, quando a liga tinha apenas seis anos de idade, pouco mais de 13 mil pessoas iam aos estádios a cada jogo. Em 2016, esse número saltou para quase 22 mil. Como base de comparação, o Campeonato Brasileiro levou, em média, menos de 18 mil torcedores por partida em 2016. Olhando friamente para os números, poderia se afirmar que o futebol é mais popular nos Estados Unidos do que no Brasil, o que não é verdade. Na televisão, a audiência também cresceu. Segundo a Major League Soccer, que assinou recentemente um contrato de oito anos com ESPN, Fox Sports e Univisión esta última é uma rede de televisão mexicana retransmitida POR FABRÍCIO MIGUES como canal aberto para a população hispânica nos Estados Unidos - a média de telespectadores chegou perto de 300 mil por jogo. A final do ano passado entre Seattle Sounders e Toronto FC foi assistida por 3.5 milhões incluindo o vizinho Canadá. O curioso é que o campeonato de futebol mais assistido pela televisão nos Estados Unidos em 2016 foi o mexicano, com média de 1.1 milhão telespectadores por jogo, segundo dados da Univisión. Em segundo apareceu a Premier League, da Inglaterra, com 514 mil por partida, de acordo com a NBC, detentora do direito de transmissão da competição em solo americano. Esses dados parecem minúsculos quando comparados a outros esportes, como o o futebol americano. Segundo dados da Sports Media Watch, mais de 100 milhões conferiram a grande virada do Patriots para cima do Falcons no Super Bowl 51, enquanto a média de telespectadores por jogo esteve na casa dos milhões. As finais do beisebol e da NBA tiveram uma média de público assistindo pela televisão superior a 20 milhões. O detalhe aqui é que todos esses esportes possuem mais partidas exibidas por canais abertos que o futebol. O hóquei, disparado o menos popular dos quatro esportes, até obteve resultados de audiência na TV próximos ao do futebol. Atraiu uma média de 4 milhões de telespectadores nas finais em 2016, segundo a Sports Media Watch, enquanto a média de telespectadores na temporada ficou próxima de 400 mil por partida. Um fato que dificulta ainda falar sobre a popularidade do futebol nos Estados Unidos é a imigração. Segundo dados do governo, em 2014 havia mais de 40 milhões de imigrantes (legais ou ilegais) no país, muitos vindo de locais onde o futebol é popular. Então a pergunta que fica é: o aumento da popularidade do futebol está ligado com o aumento da imigração? É claro que se encontra americanos que gostam de futebol - assim como há brasileiros que curtem o futebol americano, basquete e beisebol. Mas esses fãs são poucos se comparados à maioria. 5