A Água Está Acabando A água está acabando; O povo acabando com água E gente que está na piscina; O rio hoje nem deságua; Porque acabamos com água. Um dia fui na represa; E tive uma decepção; Só tinha a terra seca; Até falei um palavrão A tristeza foi tão grande; Parecia coisa do cão. Mas do cão não tinha nada; Era mesmo coisa do povo; De um povo inconsciente; Que não pensa em que é novo Gasta água adoidado E depois vai comer ovo. Esse povo não pensa; Não pensa no amanhã Não lembra de quem vai nascer E nem da pobre piranha; Quem não vai sobreviver; Por causa dessa artimanha. Que o ser humano faz; sem pensar então se ferra; Passa dias sem água; E vai cavando a terra; Procurando terra úmida; Mas aí ele vê que erra. Tenta arrumar o erro; Mas quando vê já é tarde Então fica de água passando; De água passando vontade E então vai adoecendo; E não é pela idade
A geração se acaba Por causa daquela gente; Que nunca pensava em nada Era um povo descrente Quando a água acaba A vida não segue em frente
Escola Na escola tem de tudo Lápis, tesoura e papel Tem aula de português; Onde escrevemos pra dedel Mas, também lá se aprende Literatura de cordel. Tem aula de culinária; Onde aprende a fazer torta Tem lanchinho bem gostoso Tudo isso em na escola; Tem educação física; Onde brincamos de bola. No final tem geografia Que é o estudo da Terra Tem os seis continentes Tudo isso em uma esfera E o nome dessa bola; É Planeta Terra.
A Casa Pequenininha Eu moro em uma casa; Pequena, pequenininha Quando chove, tudo molha E tem que usar flanelinha E se for só uma garoa; É só usar sapatilinha Eu moro em uma casa; Pequena, pequenininha Se faz Sol; Ela fica torradinha Como não tem ventilador; Eu me abano com a mãozinha. Eu moro em uma casa; pequena, pequenininha Quando esfria; A casa fica geladinha E se faz uma nevasca Fica bem congeladinha; Eu moro em uma casa; Pequena, pequenininha Quando faz neblina; Fica toda embaçadinha Se tentar olhar no espelho; Não vai ver nada, nadinha.
A Tecnologia A tecnologia, está em todo o lugar; A criança vive jogando; Escute o que eu escutei; Por aí tem mais chegando Ela vem com toda força; E a gente está brincando. Felipe foi na lan-house ; mexer no computador; Porque o fio da internet cortou o meditador; Porque não aguentava mais O barulho não senhor. Não que eu prefira agenda; Prá escrever um cordel assim; E lógico que eu prefiro; O computador sim Que isso faz mal; E o fim. Sem internet não vivo Sei que você também não A tecnologia é boa sim senhor; Mas preste muita atenção; Vicia tão rapidinho; Parece coisa do cão. A batedeira e o freezer; Ajudam la na cozinha; O som e o DVD; Ajudam em uma festinha Hoje em dia tem aparelho; Até pra cortar cebolinha.
Mas e um pouco prejudicial; A sua saúde e a minha; Tome sempre muito cuidado; E siga a regra certinha Use o fone de ouvido Só se ele for em uma festinha. Aqui está meu cordel; Sobre a tecnologia; Se não entender, leia de novo Se preciso todo dia Se quiser também pode ler Como se fosse melodia.
Amor de Pobre por Granfino Vou te dizer uma coisa; O que é que você tem? E linda e maravilhosa; Nem parece coisa do bem você fez feitiçaria; Ou é de nascença também? Um dia eu estava andando; quando você encontrei; Meu coração disparou; E eu até desmaiei Da beleza que tinha visto; Nunca mais me esquecerei. Me apaixonei por você; Desde a primeira vez que a vi Com você eu sonho acordado Na estação Tucuruvi; No estudo e no trabalho até vendo o bem-te-vi. Eu penso tanto em você; Que você nem imagina seus cabelos preto-azulados sao lindos oh Regina Sou tão louco por você Regina tu me alucina. Se um dia me vês pensando; E por você minha querida Te amo profunda e intensamente depois de conhecer, nem vejo mais a corrida Só fico te admirando Na foto que tirei-te um dia. Queria que você gostasse; Desse pobre moço aqui Mas você só passa perfumes; E eu tento sentir daqui Você está a comer caviar; E eu a comer caqui.
Você é maravilhosa; Só usa ouro, prata e marfim E eu como sou tão pobre; Só uso do latão ruim Você é uma ricaça; E eu pobre até o fim. Encerrando este cordel; Que pra você eu escrevi; Digo agora que te amo E te amando eu cresci Não sou feliz em minha vida; Por não ser amado por ti.
Vou contar uma história; Sobre um povo encostado; Vivia a custa dos outros; Era tudo esfarrapado Andavam pedindo tudo; E andavam aglomerado. Um dia eu fui a feira; Prá comprar a goiabada; Vieram pedir dinheiro; Eu disse que palhaçada Não trabalhavam por preguicite; Viviam a pedir rabada. Viviam em um barraco; Lá no barranco da estrada Construído com madeira; Que era sujo igual a nada Moravam 50 pessoas Gente muito esfarrapada. Era coisa do além Um povo tão preguiçoso E era o Zé Molésio; Que mandava no povo espaçoso Ele era rei da preguiça E ainda era ansioso. O povo não trabalhava Queria vadiação Andavam pedindo tudo Não tinham nenhum tustão Fazia maravilhosa; Maravilhosa encostação. Aqui meu cordel eu encerro; Sobre o povo da preguiça; Que tira razão do homem Até do homem de justiça Cuidado com esse povo Porque senão a coisa se estica.