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: Melhores expectativas, mas cuidado... Revisamos nossas projeções para, considerando uma expectativa de melhora nos resultados do Brasil e a manutenção do bom desempenho nas outras unidades. Com isso, elevamos nosso Preço Justo para GGBR4 de R$ 4,80 para R$ 8,50 por ação, mas mudamos nossa recomendação de Manutenção para Venda. As ações da, como todo o setor, sofreram muito com a crise do setor, tendo caído 73,5% nos dois últimos anos. No entanto, GGBR4 já subiu 106,2% em 2016 e, em nossa opinião, já se encontra bem precificada, mesmo considerando uma melhora expressiva nos resultados a partir do segundo semestre. Porém, com fluxos crescentes de recursos para o país, a partir do sentimento positivo que domina a bolsa desde a posse do novo governo, vemos como possibilidade real que estas ações continuem subindo. Insistimos que as altas recentes das ações de siderúrgicas, inclusive, estão indo numa onda de reprecificação do Brasil, que estão levando as cotações destes papéis para patamares distantes da realidade dos resultados das empresas. O que esperar para o restante do ano: A já está sentindo os primeiros sinais de que a crise do setor no país está passando, sendo que suas vendas no mercado interno cresceram 12,4% no 2T16, comparado ao trimestre anterior. No entanto, a empresa espera uma recuperação lenta, o que nos faz projetarr resultados ainda fracos no segundo semestre. Estimamos que os volumes vendidos no mercado brasileiro no 2S16 sejam semelhantes aos do primeiro semestre, porém, a rentabilidade deve crescer em função dos aumentos de preços que a empresa promoveu em junho último e esperamos que tenham um efeito positivo de 4% na receita líquida por tonelada do 3T16. Continuam com boas perspectivas para o restante de 2016 as operações na América do Norte, América do Sul e Aços Especiais. Na América do Norte, esperamos que o volume de vendas no ano tenha um crescimento de 2,5%, com a margem EBITDA ficando próxima daquela obtida no 2T16 (9,5%). É importante acompanhar com cuidado o metal spread (diferença entre o preço do produto final e da sucata) no 2S16. Foram promovidos aumentos de preços no 1S16, mas após isso a cotação da sucata caiu, sem que os preços do aço da tivessem diminuído, o que pode vir a ocorrer. Na operação da América do Sul, os volumes tendem a ficar estáveis em relação ao 1S16, mas a queda dos custos já verificada vai continuar mantendo elevada a rentabilidade. Em Aços Especiais, a venda da unidade espanhola fará com que os volumes vendidos sejam menores, mas isso não será ruim. Como agora haverá participação relativa maior de mercados com maior rentabilidade (ex: Brasil), deve ocorrer um expressivo aumento da margem deste segmento. Vale destacar ainda que os mercados dos Estados Unidos e Índia estão muito aquecidos. Um dos pontos de maior orgulho para a empresa nos resultados do 2T16 foi a obtenção de fluxo de caixa positivo, em função da redução do capital de giro, do corte de investimentos e maior geração de recursos. No 2T16, a apresentou uma geração líquida de caixa em R$ 807 milhões, 24,2% maior que no trimestre anterior. Luiz Francisco Caetano, CNPI* lcaetano@plannercorretora.com.br +55 11 2172-2563 Disclosure e certificação do analista estão localizados na última página deste relatório. Código GGBR4 Recomendação VENDA Cotação atual (R$) R$ /ação 9,59 Preço justo R$ /ação 8,50 Potencial % -11,3 Var. 52 sem. (Min/Max) Dados da Ação R$ /ação Total de ações milhões 1.719,7 Ações Ordinárias % 33,4 Free Float % 55,8 Vol. Méd, diário (1 mês) R$ milhões 126,8 Valor de Mercado R$ milhões 16.492 Desempenho da Ação Dia Ano 52 Sem. GGBR4-1,2% 106,2% 74,0% Ibovespa -0,5% 35,8% 23,9% Cotação de 16/08/2016 Principais Múltiplos 2015 2016E 2017E P/L (x) - 50,9 13,0 VE/EBITDA (x) 5,9 6,6 5,6 ROE (%) 5,2 1,2 4,4 Div. Liq./EBITDA (12m) (x) 4,3 3,0 2,2 Receita Líquida (R$ mm) 43.581 41.288 42.877 Lucro Líquido (R$ mm) -4.596 324 1.267 Margem Bruta (%) 9,8 10,0 11,2 Margem EBITDA (%) 3,1 10,9 11,5 Margem Líquida (%) -14,6 0,8 3,0 Payout (%) - 25,0 30,0 Retorno Dividendo (%) 2,2 0,5 2,3 Cotação/VPA (x) 1,1 0,6 0,6 Fonte: Economática. Projeções: Planner Corretora. Figura 1: Desempenho da ação em 12M 170 150 130 110 90 70 3,23-9,73 São provas da maior confiança quanto à geração de caixa futura a volta do pagamento de proventos trimestrais e a recompra de ações. Os acionistas da vão receber um total de R$ 51,5 milhões (R$ 0,03 por ação) na forma de dividendos, com o pagamento sendo iniciado no 50 ago-15 set-15 set-15 out-15 out-15 nov-15 dez-15 dez-15 jan-16 GGBR4 Fonte: Economatica. fev-16 mar-16 mar-16 abr-16 abr-16 mai-16 IBOV jul-16 jul-16 ago-16 Página 1

dia 2 de setembro e as ações sendo negociadas ex-direitos a partir de 23/agosto. O novo programa de recompra prevê a aquisição de até 10 milhões de ações preferenciais (GGBR4) ou de ADRs. Este montante representa 1,1% das ações preferenciais em circulação. O prazo para aquisição começou em 11 de agosto e vai até o dia 12 de setembro de 2016 (1 mês). Considerando as cotações de 16/agosto, se a recomprar todas as ações que foram autorizadas, dispenderá R$ 96 milhões. A crise parece estar passando: As siderúrgicas em todo o mundo enfrentaram uma forte crise nos últimos anos, sendo que no Brasil a situação não foi melhor, com a recessão agravando o quadro de baixa demanda e preços comprimidos. Porém, o pior momento da crise parece ter passado. As cotações do aço no exterior tiveram uma forte alta em 2016, permitindo as siderúrgicas nacionais também reajustarem seus preços. Exemplo disso são os preços dos aços longos, que já subiram este ano 28,4% na China e 8,2% na América do Norte. Além disso, as vendas no mercado brasileiro cresceram em junho, fato inusitado nos últimos meses. Com um maior otimismo para a economia brasileira para os próximos meses, esperamos que os volumes vendidos no mercado interno continuem a se recuperar. Em junho/2016, as vendas de produtos siderúrgicos no Brasil cresceram 0,7%, comparado ao mesmo mês de 2015, e 8,8% em relação ao mês anterior. As vendas de aços longos (especialidade da ) ainda foram 5,5% menores que em junho/15, mas 6,3% superiores às de maio/16. Não dá ainda para dizer com segurança que a crise foi superada, mas a simples observação do gráfico seguinte mostra que houve um fundo do poço (dezembro/2015) nas vendas de aços longos no Brasil e que nos meses seguintes os volumes vendidos foram crescentes. Figura 1: Vendas de Aços Longos no Brasil Mil Toneladas 1.000 950 900 850 800 750 700 650 600 550 500 450 mai-09 out-09 mar-10 ago-10 jan-11 jun-11 nov-11 abr-12 set-12 fev-13 jul-13 dez-13 mai-14 out-14 mar-15 ago-15 jan-16 Fonte: IABr Vale destacar que as exportações de longos no primeiro semestre/2016 aumentaram 28,3%, sendo que em junho houve um crescimento de 50,6%, sempre comparando aos mesmos períodos de 2015. Página 2

A evolução da Metalúrgica : As ações da Metalúrgica (GOAU4) tiveram baixas muito fortes, que começaram em 2014 (-50,8%) e foram mais expressivas em 2015 (-85,1%). A razão para estas quedas da ação foi, principalmente, a preocupação dos investidores com as dívidas da empresa, em um cenário de redução em sua geração de caixa, que é função dos dividendos recebidos da. Em junho/2016, a Metalúrgica tinha um endividamento bruto de R$ 1,3 bilhão, sendo R$ 396 milhões vencíveis no curto prazo. Neste ano estas ações já subiram 121,5%, com a melhoria no cenário para a empresa, principalmente na questão da dívida. Figura 2: GOAU4 Cotações Mensais 24 21 18 15 12 9 6 3 0 dez-13 fev-14 abr-14 jun-14 ago-14 out-14 dez-14 fev-15 abr-15 jun-15 ago-15 R$/ação out-15 dez-15 fev-16 abr-16 Fonte: Economatica Para resolver as questões financeiras, a Metalúrgica emitiu em novembro/2015 um total de 500 milhões de ações a R$ 1,80 cada, resultando numa captação bruta de R$ 900 milhões. Estes recursos foram usados para pagar dívidas de curto prazo, que tinham custo mais elevado. No momento, a Metalúrgica está finalizando a emissão de 4,5 milhões de debêntures ao preço de R$ 100 cada, totalizando R$ 450 milhões. Estes títulos vão pagar juros semestrais correspondentes a 85% do CDI. As debêntures são conversíveis em ações da Companhia a qualquer tempo. Na conversão, a quantidade de cada lote de ações resultará da divisão entre o valor nominal unitário das debêntures (R$ 100) e o preço fixo de R$ 8,25 por lote, sendo equivalente a R$ 2,75 por ação ordinária ou preferencial da Metalúrgica (sujeito a ajuste por conta de dividendos e juros sobre capital próprio que sejam distribuídos). Além disso, as debêntures poderão também ser permutadas por ações preferenciais de emissão da S.A.. A quantidade de ações GGBR4 a ser entregue aos debenturistas será o resultado da divisão entre o valor nominal unitário das debêntures e o preço fixo de R$ 7,80 por ação de GGBR4, (sujeito a ajuste por conta da distribuição de proventos). A evolução da dívida: A redução da geração de caixa, investimentos elevados e a desvalorização do real levou as siderúrgicas a patamares de endividamento muito altos com graus de alavancagens preocupantes. No caso da, a dívida líquida em reais cresceu 97,1% nos últimos cinco anos. Porém, a empresa promoveu uma política de redução do capital de giro e dos investimentos, somado a venda de ativos e nos últimos três trimestres conseguiu diminuir o endividamento líquido em 26,4%, de R$ 20,8 bilhões no 3T15 para R$ 15,8 bilhões no 2T16. Página 3

Figura 3: Evolução da Dívida Líquida 21.000 19.000 17.000 15.000 13.000 11.000 9.000 7.000 4T09 2T10 4T10 2T11 4T11 2T12 4T12 2T13 4T13 R$ milhões 2T14 4T14 2T15 4T15 2T16 Fonte: O endividamento líquido da teve uma redução de 19,2% durante o 2T16, em relação ao 2T15, devido à valorização do real no período e uma maior geração de caixa. Comparado ao 2T15, o endividamento líquido caiu 6,4%. A relação dívida líquida/ebitda no 2T16 era de 3,6x vindo de 4,1x no 1T16 e 3,0x no 2T15. O custo médio ponderado da dívida ao final do 2T16 era de 7,9% (6,7% no 2T15), com o prazo médio de pagamento em 5,9 anos (6,6 anos em junho/15). A decisão do CARF: No dia 13 de julho a informou que perdeu no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) o julgamento em que foram discutidos quatro autos de infração cujo valor somado chega a R$ 3,8 bilhões. Estas ações julgadas pelo Carf são referentes à amortização de ágio que ocorreu quando houve uma reorganização societária em 2005. A amortização de ágio ocorre quando a empresa paga um valor pela rentabilidade futura de uma empresa adquirida ou incorporada. Este valor é contabilizado como despesa na Demonstração de Resultados, reduzindo o pagamento do Imposto de Renda e da Contribuição Social. A discussão entre a Receita Federal e a se situa no ponto em que o órgão arrecadador argumenta que a restruturação efetuada pela companhia foi realizada apenas para fins tributários, não se tratando de uma operaçãoo real. A empresa, por sua vez, argumenta que não havia na época nenhuma vedação legal a uma operação intragrupo. Segundo a, esgotada a possibilidade de discussão na esfera administrativa, vai buscar a justiça, sendo que isso terá baixo custo. A empresa informou também que não vai fazer provisões para perdas nestas ações, sendo que no entendimento de seus advogados a probabilidade de ganho é possível. Resultados trimestrais: Os números da no 2T16 apresentaram quedas nas vendas, na receita e no lucro líquido. O resultado final foi impactado negativamente por uma perda de R$ 105 milhões derivada da negociação da unidade de aços especiais na Espanha, que foi concluída em junho. Página 4

No 2T16, o lucro líquido da foi de R$ 79 milhões (R$ 0,04 por ação), valor 69,0% menor que no mesmo período de 2015. Desconsiderando a perda com a venda da unidade espanhola, o lucro líquido teria sido de R$ 184 milhões (R$ 0,11/ação), 27,9% inferior ao do 2T15. - Resultados Trimestrais R$ milhões 2T15 1T16 Receita Líquida 10.759 10.085 Lucro Bruto 1.181 813 margem bruta 11,0% 8,1% EBITDA 1.184 930 margem EBITDA 11,0% 9,2% Lucro Líquido 256 14 2T16 2T16/1T16 2T16/2T15 10.249 1,6% -4,7% 1.003 23,5% -15,1% 9,8% 1,7 pp -1,2 pp 1.201 29,1% 1,4% 11,7% 2,5 pp 0,7 pp 79 458,4% -69,0% Vendas - mil t. Brasil 1.568 1.422 América do Norte 1.649 1.522 América do Sul 549 505 Aços Especiais 700 632 Total 4.271 3.851 1.629 14,6% 3,9% 1.644 8,0% -0,3% 532 5,3% -3,1% 595-5,9% -15,0% 4.240 10,1% -0,7% EBITDA Brasil 479 248 América do Norte 450 355 América do Sul 94 185 Aços Especiais 215 174 Fonte: 402 62,1% -16,1% 408 14,9% -9,3% 187 1,1% 98,9% 287 64,9% 33,5% No 2T16, as vendas consolidadas de aço da foram de 4.240 mil toneladas, volume 0,7% menor que no mesmo período do ano passado, mas 10,1% superior ao 1T16. Na unidade do Brasil, o volume de vendas neste trimestre cresceu 3,9%, sempre comparando com o 2T15, puxado pelo aumento de 30,4% nas exportações, já que as vendas no mercado interno caíram 7,7%. Isso se deve à recessão que afeta setores que demandam muito os aços longos, como a construção civil. As vendas de minério para terceiros no trimestre foram de 1.104 mil toneladas, volume 93,3% maior que no ano passado. O aumento das exportações levou a uma queda de 10,1% no preço médio de vendas do Brasil, mesmo com a forte desvalorização do real no período. A queda de volumes vendidos e preços determinou uma redução de 6,6% na receita líquida desta unidade. Isso levou a uma redução de 23,9% no lucro bruto e queda na margem bruta, mesmo tendo havido uma diminuição de 7,4% no custo dos produtos vendidos por tonelada. A redução nos custos de produção foi motivada principalmente por menores preços da sucata. Com isso, o EBITDA do Brasil de R$ 402 milhões (33,5% do EBITDA consolidado) foi 16,1% menor que no 2T15. Na América do Norte, o volume vendido ficou praticamente estável (-0,3%) em relação ao ano passado. Expressa em reais, a receita do trimestre teve uma queda de 0,9% devido à valorização da moeda nacional no período. Com isso, a unidade da América do Norte apresentou uma redução de 20,9% no lucro bruto e de 2,1 pontos percentuais nesta margem. Como esta unidade Página 5

conseguiu segurar as despesas operacionais, o EBITDA teve uma queda menor (9,3%) e a margem teve uma redução de apenas 0,9 pp para 9,5%. As vendas na unidade de negócios da América do Sul no 2T16 tiveram uma redução de 3,1% em toneladas, mas os preços foram melhores. Com isso, a receita líquida caiu menos (2,7%) que o volume. Além dos preços mais altos, esta unidade também teve custos menores (principalmente sucata), o que levou a um forte incremento no lucro bruto (45,7%) e na margem (5,1 pp). A unidade teve ainda redução das despesas operacionais, que levaram a saltos no EBITDA de 98,9% e da margem (7,9 pp), comparado ao 2T15. No trimestre as vendas de Aços Especiais somaram 595 mil toneladas, volume 15,0% menor que no 2T15. Mesmo com a queda de vendas e de 13,0% na receita líquida, a unidade de Aços Especiais conseguiu aumentar o lucro bruto em 35,5% e o EBITDA total em 24,2%. Isso ocorreu devido aos aumentos de preços no Brasil, a desvalorização do real e uma concentração de vendas em regiões que tem maior margem. No 2T16 (23/junho), a efetuou a venda de sua produtora de aços especiais na Espanha por 155 milhões de euros. Essa venda levou à contabilização de perdas (R$ 105 milhões) que impactaram negativamente o resultado do trimestre. Com esta operação, as vendas da Espanha no trimestre estão reconhecidas até maio, impactando o volume total vendido. Página 6

Parâmetros do Rating da Ação Nossos parâmetros de rating levam em consideração o potencial de valorização da ação, do mercado, aqui refletido pelo Índice Bovespa, e um prêmio, adotado neste caso como a taxa de juro real no Brasil, e se necessário ponderação do analista. Dessa forma teremos: Compra: Quando a expectativa do analistaa para a valorização da ação for superior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Neutro: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for em linha com o potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Venda: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for inferior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. EQUIPE Mario Roberto Mariante, CNPI mmariante@plannercorretora.com.br Luiz Francisco Caetano, CNPI lcaetano@plannercorretora.com.br Cristiano de Barros Caris ccaris@plannercorretora.com.br Ingrid Lima Pereira da Conceição ijesus@plannercorretora.com.br Victor Luiz de Figueiredo Martins, CNPI vmartins@plannercorretora.com.br Ricardo Tadeu Martins, CNPI rmartins@planner.com.br DISCLAIMER Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas às mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores. (*) Conforme o artigo 16, parágrafo único, da ICVM 483, declaro ser inteiramente responsável pelas informações e afirmações contidas neste relatório de análise. Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento), nos termos do art. 17 da ICVM 483 O(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento) envolvido(s) na elaboração deste relatório declara(m) que as recomendações contidas neste refletem exclusivamente sua(s) opinião (ões) pessoal(is) sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo. Declaração do empregador do analista, nos termos do art. 18 da ICVM 483 A Planner Corretora e demais empresas do Grupo declaram que podem ser remuneradas por serviços prestados à(s) companhia(s) analisada(s) neste relatório. Página 7