Boletim meteorológico para a agricultura

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Nº2, Fevereiro 2011 RESUMO

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Transcrição:

Boletim meteorológico para a agricultura CONTEÚDOS Nº 60, dezembro 2015 IPMA,I.P. 01 Resumo 02 Situação Sinóptica 03 Descrição Meteorológica 05 Informação Agrometeorológica 11 Previsão 12 Situação agrícola 13 Anexos RESUMO O mês de dezembro caracterizou-se como um mês muito quente e seco. Boletim Meteorológico para a Agricultura Dezembro 2015 Produzido por Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. Nas três décadas do mês de dezembro os valores médios da temperatura média do ar foram superiores ao valor normal em praticamente todo o território. Este mês foi o 2º mais quente desde 1931 com uma temperatura média do ar de 11.80 C (1.8 C acima do valor médio). O valor médio da temperatura máxima do ar foi o mais alto desde 1931 e o valor da temperatura mínima do ar foi o 11º mais alto desde 1931 e o mais alto dos últimos 15 anos (desde 2000). Os valores de percentagem da precipitação em relação à média foram inferiores a 75% em todo o território, sendo mesmo inferiores a 50% em alguns locais do Norte e Centro e em quase toda a região Sul; apenas a região de Setúbal apresenta um valor de percentagem superior ao normal (130 %), esta situação deveu-se à passagem de linhas convectivas sobre a região de Setúbal no dia 14 de dezembro, a qual originou valores elevados de precipitação acumulada durante várias horas. No final de dezembro mantémse a área em situação de seca meteorológica fraca a moderada nalguns locais da região Centro e em quase toda a região Sul. O número de horas de frio (temperaturas inferiores a 7.2 C) acumulado entre 1 de outubro e 31 de dezembro foi inferior a 500 horas em todo o território, exceto nalguns locais do interior Norte e Centro onde são superiores. O valor mais elevado verificou-se em Bragança (760 horas). Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 1 14

Descrição meteorológica e agrometeorológica Situação Sinóptica 1ª Década, 01-10 de dezembro de 2015 Durante a primeira década de dezembro a situação meteorológica foi caracterizada por uma situação de bloqueio cujo eixo do anticiclone se localizava na Península Ibérica (entre 5ºW e 5ºE, aproximadamente) e com o núcleo principal na região de Salamanca. O fluxo predominante no território do Continente foi de leste ou sueste, com o consequente transporte de ar do sul da Península Ibérica ou do Norte de África. As condições meteorológicas predominantes foram de céu pouco nublado, em especial nas regiões do Centro e Sul, vento em geral fraco do quadrante leste, por vezes moderado ou forte nas terras altas, e valores relativamente elevados da temperatura do ar. Ocorreram, frequentemente, neblinas e nevoeiros que, no nordeste transmontano e parte norte da Beira Alta, persistiram, em geral, até ao meio da tarde ou durante todo o dia. Episodicamente, superfícies frontais de fraca atividade atingiram a região noroeste do território continental (dias 3, 7, 8), originando aumento de nebulosidade e precipitação, em geral fraca, atingindo em especial o Minho e Douro Litoral. 2ª Década, 11-20 de dezembro de 2015 Na segunda década de dezembro, a situação meteorológica continuou a ser caracterizada por um anticiclone, cujo eixo se localizou, entre a Península Ibérica e o Mediterrâneo Oriental. Flutuações na localização e intensidade daquele anticiclone, ocorreram nos dias 12 e 13, devido à penetração de uma depressão nos níveis altos da troposfera no lado ascendente da crista daquele anticiclone, e à aproximação de superfícies frontais frias nos dias 14, 15, 19 e 20. Nos dias 11 a 13, com um núcleo anticiclónico intenso, localizado na região de Salamanca, predominou a nebulosidade alta, o vento soprou do quadrante leste em geral fraco e, no nordeste trasmontano e parte norte da Beira Alta o nevoeiro foi persistente. Nos dias 12 e 13, na região Sul, ocorreram aguaceiros. No período de 14 a 20, devido a episódios de aproximação e passagem de superfícies frontais pelo território do Continente, houve ocorrência de precipitação, em especial no Minho e Douro Litoral. Nos dias 14, 19 e 20 a precipitação generalizou-se a quase todo o território, sendo fraca nas regiões mais interiores e, por vezes forte, nas regiões do litoral oeste, tendo ocorrido trovoada nos dias 19 e 20. No vento, verificou-se uma rotação para o quadrante sul e, nos dias 14,15 e 19, houve um aumento significativo da sua intensidade, em especial no litoral oeste e nas terras altas, onde soprou por vezes forte e com rajadas entre 70 km/h a 100 km/h. Ocorreu neblina ou neveiro, em especial nas regiões Norte e Centro, mas que se dissiparam durante a manhã. A temperatura registou algumas flutuações, registando, em geral, valores acima dos valores normais para a época do ano. 3ª Década, 21-31 de dezembro de 2015 A situação meteorológica da terceira década de dezembro, até ao dia 27, foi caraterizada pelo anticiclone subtropical dos Açores se apresentar com dois núcleos principais, localizados, um no Sul da Europa e outro a oeste ou sudoeste dos Açores. Na região atlântica entre os Açores e o Reino Unido, situada na corrente perturbada de oeste, verificava-se a passagem frequente de ondulações frontais de forte atividade. O cavamento do campo da pressão na região entre os Açores, Madeira e o Continente, a partir do dia 25, veio permitir a passagem de ondulações frontais ativas na Península Ibérica, alterando significativamente as condições meteorológicas nesta região. As condições meteorológicas predominantes até ao dia 27, foram de céu em geral pouco nublado, por vezes muito nublado na região Norte e com ocorrência de chuva fraca, vento em geral fraco predominando do quadrante leste e formação de neblina ou nevoeiro, que tendeu a ser persistente no nordeste transmontano e Beira Alta. No dia 23 a situação de nevoeiro persistente atingiu também o Vale do Tejo, incluindo a região de Lisboa, e no dia 25 atingiu o distrito de Castelo Branco. A partir do dia 27, houve um aumento da nebulosidade, ocorreu precipitação em todo o território, sendo forte no dia 28 e com ocorrência de trovoada, e o vento tornou-se do quadrante sul, soprando por vezes forte e com rajadas que, no dia 28, atingiram 100 km/h. Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 2 14

1. Descrição Meteorológica 1.1 Temperatura Nas três décadas do mês de dezembro os valores médios da temperatura média do ar foram superiores ao valor normal em praticamente todo o território. Na 1ª década os desvios variaram entre -0.8 C em Mirandela e +4.4 C em Portalegre. Na 2ª década os desvios variaram entre +0.8 C em Bragança e +4.4 C em Porto/Pedras Rubras e na 3ª década variaram entre -0.1 C em Setúbal e +3.1 C em Monção (Quadro I e Figura 1). Quadro I - Temperatura média do ar e respetivas anomalias ( C) nas 3 décadas do mês de dezembro de 2015 Valores da temperatura média do ar e respetivas anomalias ( C) Estações 1ª Dec 2ª Dec 3ª Dec Tmed Anomalia Tmed Anomalia Tmed Anomalia Bragança 5.7-0.4 6.5 +0.8 5.9 +1.0 Vila Real 7.9 +0.4 9.7 +2.4 8.3 +2.2 Coimbra 13.6 +2.3 14.7 +3.7 12.6 +2.4 Castelo Branco 11.4 +2.0 11.5 +2.4 8.8 +0.2 Santarém 13.4 +2.3 14.7 +3.8 11.3 +1.0 Lisboa 13.3 +1.1 14.7 +2.8 11.5 +0.1 Viana do Alentejo 12.9 +1.6 14.2 +3.2 10.7 +0.3 Beja 14.3 +3.1 15.0 +4.1 11.7 +1.4 Faro 15.8 +2.3 16.9 +3.6 15.3 +2.5 1ªd. 2ªd. 3ªd. Figura 1 - Distribuição espacial da temperatura média do ar na 1ª, 2ª e 3ª décadas de dezembro de 2015 1.2 Precipitação acumulada Na Figura 2 apresentam-se os valores da quantidade de precipitação mensal e acumulada no ano hidrológico 2015/16, assim como o valor acumulado da normal 1971-2000 nas regiões agrícolas do Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve. Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 3 14

Figura 2 - Precipitação mensal acumulada no ano hidrológico 2015/16 e média da quantidade de precipitação mensal acumulada (1971-2000) em algumas estações meteorológicas e mapa com a percentagem da precipitação acumulada no ano hidrológico em Portugal Continental Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 4 14

1.3 Temperatura e Precipitação a Norte e a Sul do Tejo Apresentam-se os valores médios decendiais da temperatura e da precipitação a Norte e a Sul do rio Tejo e respetivos desvios em relação a 1971-2000 para o mês de dezembro de 2015 (Quadro II). Quadro II - Temperatura e Precipitação a Norte e a Sul do Tejo dezembro de 2015 Dezembro de 2015 Norte do Tejo Sul do Tejo 1ª Década 2ª Década 3ª Década 1ª Década 2ª Década 3ª Década Valor médio da temperatura média (ºC) 10.4 11.5 9.4 13.6 14.3 11.7 Desvio do valor normal (ºC) 0.9 2.3 0.9 1.8 2.8 0.8 Valor médio da precipitação (mm) 7.6 44.2 43.9 0.8 15.2 28.3 Desvio do valor normal (mm) -33.5-0.2-10.8-27.3-19.3-7.8 2. Informação Agrometeorológica 2.1 Temperatura acumulada 1 /Avanço-Atraso das Culturas Na Figura 3 apresentam-se para alguns locais das regiões Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve (de acordo com as regiões agrícolas) os valores da temperatura acumulada desde o início do ano hidrológico (1 de outubro de 2015) considerando a temperatura base de 0 C e desde 1 de janeiro de 2015 para a temperatura base de 6 C. 1 Método das temperaturas acumuladas (Ta)/graus-dia: permite analisar o efeito da temperatura na fenologia das plantas. Admitindo que a temperatura base (Tb) é aquela a partir da qual determinada espécie se desenvolve, num período de n dias a Ta é o somatório das diferenças entre a temperatura média diária e a Tb. Sempre que a temperatura média diária for inferior à Tb, a Ta considera-se nula. Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 5 14

BOLETIM METEOROLÓGICO PARA A AGRICULTURA Figura 3 Temperaturas acumuladas calculadas para a temperatura base de 0 C para o ano hidrológico (outubro de 2015 a setembro de 2016) e para a temperatura base de 6 C no ano civil (janeiro a dezembro de 2015). Comparação com valores normais 1971-2000. Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 6 14

No Quadro III apresentam-se os valores da temperatura acumulada e o número de dias potencial do avanço e atraso das culturas no mês de dezembro de 2015, para algumas localidades do Continente, para temperaturas base de 0, 4, 6 e 10 C. Quadro III - Temperaturas acumuladas (graus-dia) e número de dias potencial do avanço e atraso das culturas no mês de dezembro de 2015 para diferentes temperaturas base Temperaturas acumuladas Estações T0 ºC Nº dias avanço atraso T4 ºC Nº dias avanço atraso T6 ºC Nº dias avanço atraso T10 ºC Bragança 187.4 2.9 71.6 14.0 24.8 0.0 0 - Vila Real 267.3 7.4 144.2 19.0 88.9 30.9 13.6 - Nº dias avanço atraso Porto 429.2 8.6 305.2 13.6 243.2 19.3 119.2 39.0 Viseu/C.C. 338.4 10.3 214.4 20.3 152.4 39.4 41.6 - Coimbra 421.3 7.7 297.3 12.3 235.3 17.4 111.3 37.7 Castelo Branco 324.9 4.9 200.9 8.7 139.7 14.1 31.2 20.0 Portalegre 388.8 9.6 264.8 16.4 202.8 25.4 80.3 30.0 Lisboa/I.G. 430.2 3.8 306.2 5.6 244.2 7.3 122.4 19.3 Évora 367.3 4.3 243.3 6.9 181.3 9.9 64.6 41.4 Beja 421.7 7.9 297.7 12.5 235.7 17.6 114.2 46.0 Faro 495.2 6.4 371.2 9.1 309.2 11.7 185.2 26.4 2.2 Número de horas de frio Na Figura 4 apresenta-se o número de horas de frio (temperaturas inferiores a 7.2 ⁰C) acumulado desde 1 de outubro de 2015 e estimado a partir de análises do modelo numérico ALADIN 2. Verifica-se que o número de horas de frio acumulado é inferior a 500 horas em todo o território, exceto nalguns locais do interior Norte e Centro onde são superiores. No quadro IV apresentam-se os valores do número de horas de frio acumulado entre 1 de outubro e 31 de dezembro de 2015 nas sedes de distrito de Portugal Continental, com o valor mais elevado em Bragança (760 horas). No quadro V apresentam-se as horas de frio para a pera rocha, estimado para os concelhos da região Oeste, os 8 maiores valores médios do número de horas de frio, assim como os respetivos valores máximos e mínimos e na sede de concelho. 2 Modelo de previsão numérica, de área limitada, desenvolvido e aplicado no âmbito do consórcio europeu ALADIN Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 7 14

Quadro IV - Número de horas de frio entre 01 de outubro e 31 de dezembro de 2015 Distrito Valor sede distrito V. Castelo 110 Bragança 760 Vila Real 424 Braga 251 Porto/P.R 134 Viseu 292 Aveiro 113 Guarda 609 Coimbra 105 C. Branco 142 Leiria 130 Portalegre 115 Santarém/F.B 106 Lisboa/I.G. 29 Setúbal 189 Évora 64 Beja 118 Faro 2 Figura 4 - Número de horas de frio acumulado entre 01 de outubro e 31 de dezembro de 2015 em Portugal Continental (análises do modelo Aladin). Quadro V - Número de horas de frio entre 01 de outubro e 31 de dezembro de 2015 na região Oeste (análises do modelo numérico Aladin) Estações Média do Concelho Mínimo no Concelho Máximo no Concelho Sede de Concelho Porto de Mós 194 141 250 175 Batalha 193 134 260 140 Leiria 141 34 231 131 Alcobaça 130 19 197 129 Arruda dos Vinhos 124 105 133 130 Cadaval 118 90 140 109 Alenquer 114 90 141 107 Rio Maior 112 88 179 118 Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 8 14

2.3 Evapotranspiração de referência (ET0) Na Figura 5 apresenta-se a distribuição espacial, por décadas, dos valores de evapotranspiração de referência (ET 0. Penman-Monteith) em dezembro de 2015, estimada com base em análises do modelo numérico ALADIN e segundo o método da FAO. Apresenta-se também a distribuição espacial da evapotranspiração de referência (ET 0. Penman-Monteith) acumulada entre 1 de outubro e 31 de dezembro de 2015 (ano hidrológico). 1ªd. 2ªd. 3ªd. Figura 5 Evapotranspiração de referência nas 1ª. 2ª e 3ª décadas de dezembro de 2015 e evapotranspiração de referência acumulada de 1 de outubro a 31 de dezembro de 2015 Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 9 14

2.4 Balanço hídrico climatológico Na Figura 6 apresenta-se a evolução decendial, durante o ano de 2015, do défice e excesso de água. Este procedimento segue a metodologia adotada por Thornthwaite & Mather (1955). Consideraram-se os valores de capacidade máxima de água disponível no solo, para os diferentes tipos de solo, propostos pela FAO. Figura 6 Balanço hídrico climatológico decendial em 2015 Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 10 14

2.5 Água no solo Na Figura 7 apresentam-se os valores em percentagem de água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, no final de dezembro de 2015. Verifica-se que os valores são inferiores a 50% em quase todo o território do Continente, exceto em alguns locais da região Nordeste, na região de Setúbal e na região do Algarve. Nestas regiões os valores estavam acima dos valores normais para esta época do ano. Figura 7 - Percentagem de água no solo a 31 de dezembro de 2015 Previsão 2.6 Previsão de precipitação para 5 dias Para os próximos 5 dias prevê-se precipitação acima do normal para as regiões do Norte e Centro. Figura 8 Previsão da precipitação total acumulada do ECMWF (período: de 08/01/2016 a 12/01/2016) Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 11 14

2.7 Previsão mensal 3 Período de 11/01 a 07/02 de 2016: Na precipitação total semanal preveem-se valores acima do normal, para as regiões norte e centro, na semana de 11/01 a 17/01, e valores abaixo do normal, para todo o território a sul do sistema montanhoso Montejunto-Estrela, na semana de 01/02 a 07/02. Nas semanas de 18/01 a 24/01 e de 25/01 a 31/01 não é possível identificar a existência de sinal estatisticamente significativo. Na temperatura média semanal não é possível identificar a existência de sinal estatisticamente significativo para as quatro semanas abrangidas pela previsão e compreendidas entre 11/01 e 07/02 de 2016. 3. Situação agrícola (Fonte: INE) As previsões agrícolas, em 30 de novembro, apontam para aumentos significativos na produção de azeitona para azeite (+25%) e de castanha (+30%), recuperando ambas de uma campanha anterior marcada por acidentes fitossanitários que comprometeram decisivamente os resultados alcançados. Em sentido contrário, no milho de regadio prevê-se uma redução da produção (-15%) determinada principalmente pela diminuição da área semeada. A preparação dos terrenos e as sementeiras das culturas de outono/inverno tem decorrido sem incidentes. 3 Previsão com base no modelo do Centro Europeu de Previsão do Tempo a Médio Prazo (ECMWF) Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 12 14

Anexo I - Valores de alguns elementos meteorológicos em dezembro de 2015 por década (1ª. 2ª e 3ª) Estação Tmin (ºC) Tmáx (ºC) Prec (mm) HR (%) V (Km/h) ( a 10m) Década 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª V. Castelo 7.5 10.9 8.7 16.2 17.3 15.3 20.2 63.6 55.9 - - - - - - Bragança 0.5 3.2 2.0 10.9 9.9 9.8 5.2 39.9 24.5 96.8 97.6 95.6 2.0 3.0 4.7 Vila Real 3.7 6.7 4.9 12.0 12.7 11.8 2.7 25.9 30.2 95.7 91.9 94.8 1.5 2.6 3.3 Braga 5.0 7.0 5.8 18.1 18.9 16.6 32.5 93.7 84.1 - - - - - - Porto/P.R. 9.6 12.4 9.4 17.4 18.2 16.2 25.6 60.8 67.1 76.4 63.9 80.0 12.1 19.3 15.2 Viseu 8.4 8.1 6.1 15.2 15.1 12.9 2.7 51.4 51.6 78.3 81.9 89.4 10.4 13.4 12.0 Aveiro 9.8 12.9 9.4 18.9 19.1 18.0 10.5 25.5 39.0 80.6 68.6 80.6 6.0 11.4 10.3 Guarda 6.5 6.5 4.2 12.2 10.5 9.2 1.2 41.9 63.3 80.8 88.9 96.1 11.0 16.6 13.8 Coimbra 7.8 10.2 7.7 19.4 19.2 17.4 2.2 21.9 35.4 86.9 76.5 91.5 8.1 16.3 11.4 C. Branco 7.3 7.8 5.9 15.5 15.1 11.6 0.1 43.3 32.8 89.1 95.9 100.0 6.3 7.5 6.5 Leiria 8.2 11.3 8.3 19.2 18.8 16.6 1.2 41.8 49.3 87.0 76.0 86.8 5.5 10.7 10.2 Portalegre 11.1 10.2 7.7 17.3 16.0 13.3 0.1 39.0 28.5 63.6 75.7 86.2 8.6 14.5 10.9 Santarém/F.B 8.7 10.3 7.2 18.2 19.0 15.4 0.9 29.2 27.9 - - - 5.4 8.4 6.6 Lisboa/G.C. 10.0 11.1 8.3 16.6 18.3 14.8 1.1 37.6 12.9 94.0 94.4 99.8 8.7 12.3 10.5 Setúbal 6.5 7.5 4.9 19.5 19.7 16.7 0.9 127.8 46.7 - - - 3.5 4.3 4.4 Évora 6.7 7.8 5.4 18.2 18.4 14.8 0.7 8.3 20.5 - - - 5.7 9.4 8.6 Beja 9.7 10.7 7.6 19.0 19.3 15.6 1.5 16.7 41.1 83.5 84.4 94.1 - - - Faro 12.7 14.2 12.0 19.0 19.6 18.5 0.0 0.3 34.2 72.1 80.9 85.8 13.0 14.3 13.0 No Anexo I apresentam-se os valores médios decendiais da temperatura mínima (Tmin), temperatura máxima (Tmax), humidade relativa às 09UTC (HR) a 1.5 m, os valores totais decendiais da precipitação (Prec) e o vento médio diário (V) a 10 m. Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 13 14

Anexo II - Valores de alguns elementos agrometeorológicos em dezembro de 2015 por década (1ª. 2ª e 3ª) Estação Trelva (ºC) Tsolo 5cm(ºC) Tsolo 10cm(ºC) ET0 (mm) Água Solo (%) Acumulado Década 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 31 dezembro V. Castelo 5.6 9.3 6.6 8.6 10.4 9.2 9.1 10.8 9.8 11.1 12.6 13.8 128.7 34.0 Bragança -0.5 3.3 0.7 - - - - - - 6.7 6.7 7.4 104.3 55.0 Vila Real 1.4 5.5 3.1 5.6 8.1 6.4 6.6 8.7 7.2 8.0 8.3 8.4 108.8 43.0 Braga 2.7 4.6 3.4 - - - - - - 9.6 11.4 12.1 120.0 41.0 Porto/P.R. - - - - - - - - - 12.9 16.5 15.3 148.9 32.0 Viseu - - - - - - - - - 9.7 9.8 9.8 125.0 48.0 Aveiro 5.5 8.2 5.7 10.6 12.2 10.7 12.7 13.0 11.9 11.7 15.6 16.4 143.6 31.5 Guarda - - - 11.2 10.7 10.0 9.2 9.1 8.2 10.1 9.4 9.7 120.1 51.0 Coimbra 7.4 8.5 7.1 11.6 12.5 11.7 12.0 12.7 12.1 13.4 16.8 16.1 151.1 31.0 C. Branco 5.0 6.2 5.1 7.1 8.2 7.7 8.2 9.0 8.5 13.6 10.2 10.6 152.8 47.0 Leiria 8.2 9.9 7.6 10.8 11.7 10.0 - - - 12.9 16.3 16.5 152.6 32.1 Portalegre 9.8 9.5 7.0 - - - 8.4 9.1 7.6 14.2 13.0 12.0 154.9 46.0 Santarém/F.B 8.1 9.1 7.1 13.6 14.0 12.8 14.2 14.5 13.3 13.1 15.2 14.9 169.1 38.6 Lisboa/G.C. 7.9 9.6 6.1 12.7 13.8 12.3 13.1 14.1 12.7 12.0 13.1 13.1 153.2 45.0 Setúbal 5.8 7.0 4.7 10.5 11.8 10.1 10.9 12.1 10.5 12.6 16.0 15.6 166.7 92.0 Évora 2.3 4.1 2.7 9.6 10.3 9.5 10.5 11.1 10.2 13.6 14.4 13.5 165.4 48.0 Beja 4.4 8.3 4.8 11.8 12.7 11.5 12.1 12.8 11.7 13.5 15.2 13.5 170.2 44.0 Faro 15.2 15.8 14.1 16.0 16.6 15.2 16.5 17.1 15.7 17.9 14.7 15.4 181.1 70.2 No Anexo II apresentam-se os valores decendiais da temperatura da relva (Trelva), temperatura do solo a 5 e a 10cm de profundidade (Tsolo), da evapotranspiração de referência (ET0 das 00UTC às 24UTC) estimada com base em análises do modelo numérico ALADIN e segundo o método da FAO para as 3 décadas do mês e o valor acumulado no ano hidrológico em curso (com início a 1 de outubro e fim a 30 de setembro) e percentagem de água no solo em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas. Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 14 14