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Transcrição:

Boletimj Manual de Procedimentos Fascículo N o 30/2014 Amazonas Federal IPI Recolhimento espontâneo em atraso.... 01 Estadual ICMS Inscrição estadual do substituto tributário relativa às operações interestaduais.... 02 IOB Setorial Estadual/Municipal Entretenimento - ISS/ICMS - Discotecas, danceterias, salões de dança e similares.... 04 IOB Comenta Federal IPI - Suspensão - Pessoa jurídica preponderantemente exportadora. 04 IOB Perguntas e Respostas IPI ALC - Crédito fiscal - Manutenção - Possibilidade.... 06 Cigarros - Exportação - Obrigatoriedade de marcação.... 06 Drawback - Prazo para exportação.... 06 Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Scorpios a ICMS - Serviço de transporte ICMS/AM Certidão Negativa do Débito Fiscal - Exigência... 06 Não incidência - Importação - Setor produtivo... 06

2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Capa: Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo) 0800-724-7900 (Outras Localidades) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ICMS, IPI e outros : IPI : recolhimento espontâneo em atraso.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic EBS - SAGE, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos) ISBN 978-85-379-2203-3 1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série. 14-07258 CDU-34:336.223(81) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81) Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei n o 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998). Impresso no Brasil Printed in Brazil Boletim IOB

Boletimj Manual de Procedimentos a Federal IPI Recolhimento espontâneo em atraso SUMÁRIO 1. Introdução 2. Acréscimos legais 3. Exemplo 1. Introdução O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a exemplo de outros tributos, deve ser apurado e recolhido nos prazos fixados pela legislação. Quando o recolhimento do montante devido for efetuado fora do prazo, os valores devem ser recolhidos com os respectivos acréscimos legais. Neste texto, examinaremos as disposições pertinentes aos acréscimos legais (juros e multa) incidentes no recolhimento do IPI fora do prazo, com base no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010. (RIPI/2010) 2. Acréscimos legais 2.1 Multa A multa de mora deve ser calculada à taxa de 0,33% por dia de atraso, até o limite de 20%, que incidirá sobre o valor do imposto devido. Destacamos que a multa deverá ser calculada a partir do 1º dia útil subsequente ao do vencimento do débito até o dia em que ocorrer o efetivo pagamento. (Lei nº 9.430/1996, art. 61, caput, 1º e 2º; RIPI/2010, art. 553, caput, 1º) A multa de mora deve ser calculada à taxa de 0,33% por dia de atraso, até o limite de 20%, que incidirá sobre o valor do imposto devido o pagamento, até o último dia do mês anterior ao do recolhimento, e de 1% no mês de recolhimento. (Lei nº 9.430/1996, art. 5º, 3º, e art. 61, 3º; RIPI/2010, art. 554, caput) 2.3 Pagamento efetuado após o prazo, mas dentro do mês do vencimento É importante observar, ainda, que os juros de mora incidem a partir do 1º dia do mês subsequente ao do vencimento. Assim, caso o pagamento seja efetuado após o prazo, porém dentro do próprio mês do vencimento, o contribuinte ficará sujeito apenas à multa de mora na forma descrita no subitem 2.1. (Lei nº 9.430/1996, art. 61, 3º) 3. Exemplo 3.1 Cálculo dos acréscimos legais O contribuinte do IPI, sujeito à apuração mensal, sob o código de receita a ser inserido no Darf 5123, apura no mês de abril/2014 o valor a recolher de R$ 100.000,00, vencido em 23.05.2014, com recolhimento efetuado em 16.06.2014. Sobre o valor do principal incidem os seguintes acréscimos legais: a) valor do principal: R$ 100.000,00; b) multa: R$ 7.260,00 (0,33% x 22 dias) = 7,26%; e c) juros: R$ 1.000,00 (1% relativo ao mês do pagamento: junho/2014). 2.2 Juros O valor do débito do IPI deve ser acrescido de juros equivalentes à Taxa Referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente, calculada a partir do 1º dia do mês subsequente ao do vencimento do prazo para Recolhimento: Principal...R$ 100.000,00 Multa... R$ 7.260,00 Juros... R$ 1.000,00 Total a recolher...r$ 108.260,00 Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 30 AM30-01

3.2 Darf O Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) relativo ao recolhimento do IPI deverá ser preenchido da seguinte forma: Deixe em branco Nota Este modelo de Darf foi emitido com a utilização do programa Sicalc Auto-Atendimento, disponível no site da Secretaria da Receita Federal do Brasil (www. receita.fazenda.gov.br). N a Estadual ICMS Inscrição estadual do substituto tributário relativa às operações interestaduais SUMÁRIO 1. Introdução 2. Regime de substituição tributária 3. Inscrição de contribuinte responsável localizado em outra Unidade da Federação 4. Recolhimento do ICMS 5. Não concessão da inscrição estadual 6. Fiscalização do substituto tributário 7. Penalidades 1. Introdução A responsabilidade pelo pagamento do ICMS e pelo cumprimento das obrigações tributárias recorrentes, em geral, é da pessoa que promove a circulação de mercadorias e/ou a prestação de serviços de transporte ou de comunicação. Contudo, a legislação do ICMS estabelece que o contribuinte que realizar operações com produtos sujeitos ao pagamento do imposto pelo regime jurídico-tributário de sujeição passiva por substituição com retenção antecipada do imposto deverá observar o tratamento específico a esse regime. Analisaremos, neste texto, os procedimentos necessários para a inscrição estadual do substituto tributário no caso de operações interestaduais com produtos sujeitos à substituição tributária, com base no Convênio ICMS nº 81/1993, incorporado à legislação interna pelo Decreto nº 15.680/1993. Antes de analisarmos os aspectos pertinentes à inscrição do substituto tributário, veremos alguns conceitos do referido regime. 2. Regime de substituição tributária A responsabilidade direta pelo pagamento do ICMS é daquele que promove a circulação de mercadorias e/ou a prestação de serviços de transporte interestadual ou intermunicipal ou de comunicação. No entanto, em determinadas situações, a legislação atribui a terceiros a obrigação de reter e recolher o imposto devido pelas operações e/ou prestações subsequentes, por participarem dessas operações e/ ou prestações em determinada fase do ciclo econômico. 30-02 AM Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 30 - Boletim IOB

Assim, a substituição tributária, segundo a doutrina, é a transferência da responsabilidade pelo cumprimento da obrigação tributária a terceiro que não praticou o fato gerador, mas possui vinculação indireta com o contribuinte. A substituição tributária não implica necessariamente a cobrança antecipada do imposto, que, na verdade, pode ser para frente ou para trás. No Brasil, a substituição tributária mais utilizada é a chamada substituição para frente, em que é atribuída ao fabricante ou ao distribuidor a condição de contribuinte substituto dos adquirentes de seus produtos. Nesse caso, o legislador parte do princípio da ocorrência de operações futuras. Na substituição tributária, existem 2 figuras: a) a do contribuinte substituto, que é alguém que substitui outra coisa ou pessoa, ou seja, aquele que, embora não tenha relação direta com a obrigação tributária, torna-se responsável pelo cumprimento de determinada obrigação em decorrência de norma legal a ele imposta; e b) a do contribuinte substituído, que é aquele cuja atribuição de responsabilidade pelo recolhimento do imposto relativo à operação que pratica foi transferida a terceiro que possua relação com a operação. 3. Inscrição de contribuinte responsável localizado em outra Unidade da Federação Nas operações interestaduais, realizadas por con - tribuinte, com as mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária, serão aplicadas as normas a que se referem os correspondentes Convênios ou Protocolos. Nas referidas operações, fica atribuída ao remetente a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto em favor do Estado destinatário, na qualidade de sujeito passivo por substituição, mesmo que o imposto já tenha sido retido anteriormente. (Convênio ICMS nº 81/1993, cláusulas primeira e segunda) 3.1 Concessão O sujeito passivo por substituição definido em Protocolo e Convênio, estabelecido em outra Unidade da Federação, deverá inscrever-se no Cadastro de Contribuintes do Estado do Amazonas (CCA). Para obter a inscrição no CCA, o interessado deverá endereçar requerimento à Secretaria da Fazenda, instruído com cópia dos seguintes documentos: a) ato constitutivo da empresa e respectivas alterações; b) inscrição no cadastro de contribuintes do seu Estado; c) inscrição no CNPJ/MF. (RICMS-AM/1999, art. 110, 3º) 4. Recolhimento do ICMS O imposto retido pelo sujeito passivo por substituição deverá ser recolhido por meio da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE), em agência do banco oficial da Unidade da Federação destinatária ou, na sua falta, em agência de qualquer banco oficial signatário do Convênio patrocinado pela Associação Brasileira dos Bancos Comerciais Estaduais (Asbace), localizada na praça do estabelecimento remetente, em conta especial, a crédito do Governo em cujo território se encontra estabelecido o adquirente das mercadorias, ou, ainda, na falta desse, em agência de banco credenciado pela Unidade da Federação interessada. Deverá ser utilizada GNRE específica para cada Convênio ou Protocolo, sempre que o sujeito passivo por substituição operar com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária regido por normas diversas. (Convênio ICMS nº 81/1993, cláusula sexta e 1º; Convênio ICMS nº 95/2001, cláusula segunda) 5. Não concessão da inscrição estadual Se não for concedida a inscrição estadual ao sujeito passivo por substituição ou se ele não providenciá-la, deverá efetuar o recolhimento do imposto devido ao Estado destinatário, em relação a cada operação, por ocasião da saída da mercadoria de seu estabelecimento, por meio de GNRE, devendo uma via acompanhar o transporte da mercadoria. Nesse caso, deverá ser emitida uma GNRE distinta para cada um dos destinatários, na qual conste, no campo Informações Complementares, o número da nota fiscal a que se refere o respectivo recolhimento. (Convênio ICMS nº 81/1993, cláusula sétima, 2º e 3º) 6. Fiscalização do substituto tributário A fiscalização do estabelecimento responsável pela retenção do imposto será exercida, conjunta ou isoladamente, pelas Unidades da Federação envolvidas nas operações, condicionando-se a do Fisco da Unidade da Federação de destino a credenciamento prévio na Secretaria da Fazenda, Economia ou Finanças da Unidade da Federação do estabelecimento a ser fiscalizado. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 30 AM30-03

O credenciamento prévio será dispensado quando a fiscalização for exercida sem a presença física da autoridade fiscal no local do estabelecimento a ser fiscalizado. (Convênio ICMS nº 81/1993, cláusula nona) 7. Penalidades a IOB Setorial Estadual/Municipal Entretenimento - ISS/ICMS - Discotecas, danceterias, salões de dança e similares O setor de entretenimento oferece muitas opções, especialmente nas áreas de eventos, shows, teatros, cinemas, boates, discotecas, clubes, turismo etc. O público desse mercado é basicamente formado por pessoas que buscam novidades e atrações diferenciadas. O gestor de entretenimento deve estar atento não somente a proporcionar inovações, mas também às mudanças tributárias e fiscais previstas para os estabelecimentos. A exploração da atividade de diversão pública prestada nesses locais está sujeita ao imposto de competência municipal, ISS, prevista no item 12 da lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116/2003: 12 - Serviços de diversões, lazer, entretenimento e congêneres. a IOB Comenta Federal IPI - Suspensão - Pessoa jurídica preponderantemente exportadora O Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, estabelece tratamento fiscal específico A suspensão da inscrição no CCA será declarada de ofício a qualquer momento no caso de faltar cumprimento das obrigações tributárias acessórias por período igual ou superior a 6 meses. A inscrição no Cadastro de Contribuintes do Estado do Amazonas (CCA) deverá ser cancelada de ofício, a critério do Fisco, caso deixe de apresentar à repartição fiscal por 3 exercícios consecutivos os documentos de informação, ainda que sem movimento. (RICMS-AM/1999, art. 84, IV, e art. 85, VI) 12.06 Boates, taxi-dancing e congêneres. 12.12 - Execução de música. Consoante determina o Regulamento do ICMS, este imposto incide sobre o fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao ISS, de competência dos municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual. Observa-se que o referido regulamento dispõe que dentre os contribuintes do ICMS está o comerciante que forneça mercadoria juntamente com prestação de serviços. É o que ocorre nas discotecas, danceterias e similares que fornecem bebidas, alimentação e outras mercadorias, hipóteses que caracterizam o fato gerador do ICMS. Assim, esses estabelecimentos estão sujeitos ao pagamento do ISS pela prestação dos serviços e ao ICMS em relação ao fornecimento de mercadorias. (RICMS-AM/1999, arts. 2º, I; Lei Complementar nº 116/2003, lista de serviços, subitens 12.06 e 12.12) N para as empresas preponderantemente exportadoras de produtos saídos do estabelecimento industrial com a suspensão do imposto. Nesse sentido, o art. 46, I, do RIPI/2010, dispõe que sairão do estabelecimento industrial com suspensão do imposto as matérias-primas, os produtos intermediários e os materiais de embalagem destinados a esta- N 30-04 AM Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 30 - Boletim IOB

belecimento que se dedique, preponderantemente, à elaboração de produtos classificados nos Capítulos 2 a 4, 7 a 12, 15 a 20, 23 (exceto códigos 2309.10.00 e 2309.90.30 e Ex-01 no código 2309.90.90), 28 a 31, e 64, no código 2209.00.00, e nas posições 21.01 a 2105.00, da TIPI, inclusive aqueles a que corresponde a notação NT (não tributados). Para a aplicação da suspensão mencionada, o 1º do referido dispositivo estabelece que esse tratamento fiscal se aplica ao estabelecimento industrial cuja receita bruta decorrente dos produtos ali mencionados, no ano-calendário imediatamente anterior ao da aquisição, tenha sido superior a 60% de sua receita bruta total no mesmo período. Logo, se a receita bruta total dos produtos constantes da Tabela de Incidência do IPI (TIPI), anteriormente citados, observadas as respectivas exceções, tiver sido, por exemplo, de R$ 1.000.000,00, a suspensão do imposto somente poderá ser aplicada se, no mesmo período, as aquisições realizadas pelos destinatários dos produtos tiverem sido superiores a R$ 600.000,00 (60% x R$ 1.000.000,00). Além disso, as empresas adquirentes deverão: a) atender aos termos e às condições estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB); e b) declarar ao vendedor, de forma expressa e sob as penas da lei, que atendem a todos os requisitos estabelecidos. Vale observar que, em relação à letra a, a Instrução Normativa RFB nº 948/2009 disciplina a suspensão do IPI de que tratam o art. 5º da Lei nº 9.826/1999 e o art. 29 da Lei nº 10.637/2002, dispondo em especial, em seu Capítulo IV, sobre a pessoa jurídica preponderantemente exportadora. Para facilitar a identificação dos produtos relacionados aos diversos capítulos, códigos e posições da TIPI, amparados pela suspensão do IPI de que trata o art. 46, I, do RIPI/2010, elaboramos a tabela a seguir reproduzida: Capítulo Descrição 2 Carnes e miudezas, comestíveis 3 Peixes e crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos 4 Leite e laticínios; ovos de aves; mel natural; produtos comestíveis de origem animal, não especificados nem compreendidos em outros capítulos 7 Produtos hortícolas, plantas, raízes e tubérculos, comestíveis 8 Frutas; cascas de cítricos e de melões 9 Café, chá, mate e especiarias 10 Cereais 11 Produtos da indústria de moagem; malte; amidos e féculas; inulina; glúten de trigo 12 Sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e frutos diversos; plantas industriais ou medicinais; palhas e forragens 15 Gorduras e óleos animais ou vegetais produtos da sua dissociação; gorduras alimentares elaboradas; ceras de origem animal e vegetal 16 Preparações de carne, de peixes ou de crustáceos, de moluscos ou de outros invertebrados aquáticos 17 Açúcares e produtos de confeitaria 18 Cacau e suas preparações 19 Preparações à base de cereais, farinhas, amidos, féculas ou leite; produtos de pastelaria 20 Preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de outras partes de plantas 21 2101 - Extratos, essências e concentrados de café, de chá ou de mate e preparações à base destes produtos ou à base de café, chá ou mate; chicória torrada e outros sucedâneos torrados do café e respectivos extratos, essências e concentrados 2102 - Leveduras (vivas ou mortas); outros micro-organismos monocelulares mortos (exceto as vacinas da posição 30.02); pós para levedar, preparados 2103 - Preparações para molhos e molhos preparados; condimentos e temperos compostos; farinha de mostarda e mostarda preparada 2104 - Preparações para caldos e sopas; caldos e sopas preparados; preparações alimentícias compostas homogeneizadas 2105.00 - Sorvetes, mesmo que contenham cacau 22 2209.00.00 - Vinagres e seus sucedâneos obtidos a partir do ácido acético, para usos alimentares 23 Resíduos e desperdícios das indústrias alimentares; alimentos preparados para animais Nota Exceto os códigos 2309.10.00 e 2309.90.30 e Ex-01 no código 2309.90.90. 28 Produtos químicos inorgânicos; compostos inorgânicos ou orgânicos de metais preciosos, de elementos radioativos, de metais das terras raras ou de isótopos 29 Produtos químicos orgânicos 30 Produtos farmacêuticos 31 Adubos (fertilizantes) 64 Calçados, polainas e artefatos semelhantes, e suas partes (Lei nº 10.637/2002, art. 29; RIPI/2010, art. 46, caput, I, 1º e 4º; TIPI - Decreto nº 7.660/2011; Instrução Normativa RFB nº 948/2009) N Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 30 AM30-05

a IOB Perguntas e Respostas IPI ALC - Crédito fiscal - Manutenção - Possibilidade 1) O estabelecimento industrial em relação aos produtos que fabrica poderá manter o crédito do IPI nas operações de remessa de mercadorias para as Áreas de Livre Comércio (ALC)? Sim. O estabelecimento industrial poderá manter o crédito de matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem utilizados na fabricação de produtos que são remetidos para as ALC. (Lei nº 9.779/1999, art. 11) Cigarros - Exportação - Obrigatoriedade de marcação 2) Os cigarros destinados à exportação não poderão ser vendidos no Brasil. Como identificar essa informação no produto? Os cigarros destinados à exportação não poderão ser vendidos nem expostos à venda no Brasil e deverão ser marcados, nas embalagens maço ou rígida de cada carteira, pelo Sistema de Controle e Rastreamento da Produção de Cigarros (Scorpios), de que trata a Instrução Normativa RFB nº 769/2007. A marcação será efetuada com códigos na face lateral inferior das embalagens, maço ou rígida, das carteiras de cigarros, de forma a possibilitar a identificação de sua legítima origem e a reprimir a introdução clandestina desses produtos no território nacional. (Instrução Normativa RFB nº 769/2007; Instrução Normativa RFB nº 1.155/2011, art. 2º, 1º) Drawback - Prazo para exportação 3) Qual é o prazo para exportação na operação de importação por regime de drawback na modalidade de suspensão? O regime de drawback, na modalidade de suspensão, poderá ser concedido e comprovado, observadas as condições estabelecidas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), com base unicamente na análise dos fluxos financeiros das importações e exportações, bem como da compatibilidade entre as mercadorias a serem importadas e aquelas a exportar, desde que atendidas, também, as demais disposições pertinentes à concessão do regime. A vigência do regime será de 1 ano, podendo ser prorrogado por igual período. Quando a importação se destinar à fabricação de bens de capital cuja produção demanda tempo maior, o prazo máximo será de 5 anos. Os prazos serão fixados no momento da concessão do regime. (Regulamento Aduaneiro - Decreto nº 6.759/2009, arts. 387 e 388) ICMS/AM Certidão Negativa do Débito Fiscal - Exigência 4) Em quais casos a Certidão Negativa do Débito Fiscal será exigida no Amazonas? No Estado do Amazonas, a Certidão Negativa do Débito Fiscal será exigida nos seguintes casos: a) pedido de restituição de tributos e/ou multas indevidamente recolhidos; b) pedido de reconhecimento de isenção; c) pedido de incentivos fiscais; d) transação de qualquer natureza com órgãos públicos ou autárquicos estaduais; e) recebimento de crédito decorrente das transações referidas no inciso anterior; f) pedido de regime especial; g) inscrição como contribuinte, salvo no caso de produtor rural VIII - baixa de inscrição como contribuinte; h) baixa de registro na junta comercial; i) obtenção de favores fiscais e de qualquer natureza; j) transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos. (Decreto nº 4.564/1979, art. 156, I a XI, 1º e 2º) Não incidência - Importação - Setor produtivo 5) Quais são as condições que o contribuinte do ICMS no Amazonas deve respeitar para poder ter o benefício da não incidência do referido imposto na importação de máquina para o ativo vinculado ao setor produtivo da empresa? Para obter a não incidência do ICMS na importação de máquina que é integrada ao setor produtivo da empresa como ativo, é necessário cumprir as seguintes condições: a) contabilização do bem como Ativo Imobilizado; b) manutenção do bem no estabelecimento por um período mínimo de 5 anos, hipótese em que o imposto não cobrado na entrada será exigido monetariamente corrigido, proporcionalmente à razão de 20% ao ano ou fração que faltar para completar o quinquênio; c) vida útil superior a 12 meses; d) em se tratando de partes e peças, integração ao bem objeto da não incidência. (RICMS-AM/1999, art. 4º, 3º, I a IV) 30-06 AM Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascículo 30 - Boletim IOB