Palavras Chave: Arborização. Planejamento. Árvores Nativas. Árvores Exóticas.



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Transcrição:

207 A EVOLUÇÃO DA ÁREA VERDE NO CAMPUS CENTRAL DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE-UERN NO PERÍODO 2007 / 2013 Álamo Kário de LIMA¹ Ramiro Gustavo Valera CAMACHO² Antônio Queiroz ALCÂNTARA NETO³ Delvir da Silva ARAÚJO 4 Ismael Fernandes de MELO³ ¹Técnico estagiário do CEMAD/UERN. E-mail para correspondência - alamokario10@hotmail.com; ² Prof: Doutor Adjunto IV do Departamento de Ciências Biológicas, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte; ³ TNS do CEMAD; 4 TNM do CEMAD/UERN RESUMO: Para minimizar efeitos como intensa luminosidade, calor e o desconforto térmico causado pelas altas temperaturas, tem-se procurado dar continuidade ao processo de arborização nos locais que ainda são escassos de vegetação no Campus Central da UERN. Além da função paisagística, a proteção contra ação dos ventos, a diminuição da poluição sonora, a absorção de parte dos raios solares e sombreamento, as árvores favorecem a ambientação à permanência dos pássaros urbanos, proporcionam a diminuição da poluição atmosférica, absorção de poeiras e sólidos em suspensão e melhoria da saúde física e mental da população, CEMIG (2001). Esse trabalho teve como objetivo comparar e avaliar a evolução da área verde no Campus no período de 2007 a 2013. Apesar da universidade contar com uma área total de 106,1 ha, o levantamento arbóreo avaliado foi contabilizado apenas nas áreas que circundam as construções do Campus Central que juntas totalizam aproximadamente 26,9 ha. Foi realizada a contagem somente daquelas árvores que mediram igual ou acima de 1 metro de altura, excetuando-se as plantas ornamentais, pois essas não foram contabilizadas. Entre as espécies presentes no Campus, o Nim indiano (Azadirachta indica), é a que mais se destaca, seguido da Craibeira (Tabebuia aurea Benth), Mangueira (Mangífera indica Linn), Oiti (Licania tomentosa Benth), Baraúna (Schinopsis brasiliensis Engl.), Azeitona roxa (Sizygium cumini L. Skeels), Ficus (Ficus benjamina L.), Tamarindo (Tamarindus indica). Em comparação ao ano de 2007, que contabilizou na época, 526 árvores e em 2013 o número de indivíduos chegou a 835, concluiu-se que em seis anos de trabalho o número de árvores no Campus Central da UERN, levando-se em consideração a área previamente estabelecida, aumentou 59%. Palavras Chave: Arborização. Planejamento. Árvores Nativas. Árvores Exóticas. ABSTRACT: To reduce the effects such as intense light, heat and thermal discomfort caused by high temperatures, it was decided to continue the planting trees project on the UERN/Central Campus. The planting trees also has the function of making landscape more beautiful, protecting from wind action, reducing noise and air pollution, favoring the permanence of urban birds, absorbing solar rays and solids suspension in the air, improving the physical and mental health of the population, CEMIG (2001). This work aimed to compare and evaluate the growth of the green area on the UERN/Central Campus between 2007 and 2013. The study area only included the places surrounding the Central Campus buildings totaling approximately 26.9 ha. It was counting only those trees that measured at or above 1 meter in height, except the ornamental plants because these were not counted. Among the species on the UERN/Campus Central, Indian Neem - (Azadirachta indica) is one of the most stands out followed by Craibeira - (Tabebuia aurea Benth.), Mango - (Mangifera indica Linn), Oiti (Licania tomentosa Benth), Baraúna (Schinopsis brasiliensis Engl.), Azeitona roxa (Sizygium cumini L. Skeels), Ficus (Ficus benjamina L.), Tamarindo (Tamarindus indica). In 2007 there

208 were only 526 trees on UERN/Campus Central and 2013 were 835 ones, it was concluded, after six years that the number of trees on the UERN/Central Campus UERN increased 59%. Keywords: Afforestation. Planning. Native trees. Exotic trees. INTRODUÇÃO Mossoró é uma cidade típica do semiárido com períodos de secas estacionais e prolongada, baixa pluviosidade, elevada evapotranspiração e temperaturas médias acima de 30ºC. O sol brilha quase o ano inteiro e durante o dia, entre às 05h30 aproximadamente até por volta das 17h00, há intervalos de intensa luminosidade, calor e desconforto térmico. Para minimizar esses efeitos, continua-se arborizando espaços disponíveis e escassos de vegetação no campus central da UERN, inclusive áreas de estacionamento, espaços entre os blocos das salas-de-aula e as laterais das vias de acesso aos blocos. A arborização é um trabalho contínuo e principalmente no Campus Central da UERN, trata-se de um componente de grande importância na paisagem urbana. De acordo com CEMIG (2001) a arborização tem como principais vantagens, além da função paisagística, a proteção contra ação dos ventos, a diminuição da poluição sonora, a absorção de parte dos raios solares, o sombreamento, além de favorecer a ambientação à permanência dos pássaros urbanos, proporciona a diminuição da poluição atmosférica, absorção de poeiras e sólidos em suspensão e melhoria da saúde física e mental da população. Esse trabalho tem como objetivo comparar e avaliar a evolução da área verde do projeto de arborização no Campus Central da UERN no período compreendido entre 2007 a 2013. METODOLOGIA Levando-se em consideração a extensão total de 106,1 hectares do Campus Central, topografia com relevo irregular que vai do suavemente ondulado a plano, mas repleta de vegetação rasteira espinhosa e outros componentes do extrato arbustivo-arbóreo, com predominância de jurema preta (Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir); jurema branca (Piptadenia stipulacea (Benth) Ducke); marmeleiro (Croton blanchetianus Baill.); juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.); mofumbo (Combretum leprosum Mart); pereiro (Aspidosperma pyrifolium) e Catanduva (Pityrocarpa moniliformis) existentes de modo aleatório nas áreas que circundam os blocos, delimitou-se para a contagem das plantas, com uso de um aparelho GPS, polígono da área de 26,9 ha compreendida entre as coordenadas geográficas S: Setor 1: 5º12'17.78 ; Setor 8: 5º12' 24,58 ; Setor 2: 5º12'16,99 ; Setor 7: 5º12'25,06 e W: Setor

209 1: 37º19'02,78 ; Setor 8: 37º18'47,77 ; Setor 2: 37º18'54,70 e Setor 7: 37º18'56,22. Dentro desse espaço estão localizados os oito blocos de salas de aula, administração das faculdades: FACEM, FAFIC, FAD, FE, FALA/Bloco de Música, FANAT e FAEF, incluindo entre as construções, o ginásio de esportes, o parque aquático, o PRODEPE, uma biblioteca, o bloco das pró reitorias e o centro de convivência. Figura 1: Área ilustrativa incluída no Projeto de Arborização do Campus Central - UERN Fonte: Google Earth 2013 Para o procedimento da nova contagem, considerou-se somente as árvores que mediram igual ou acima de um (01) metro de altura. Para o plantio de mudas, a maior parte delas cedidas da boa parceria com a Prefeitura Municipal de Mossoró e de projetos desenvolvidos no curso de Biologia, priorizouse as plantas nativas em virtude de serem adaptadas ao clima e também, as plantas exóticas adaptadas, principalmente as que propiciam sombreamento e crescimento rápido, fortes justificativas para uso na arborização urbana do município. Vale salientar que as plantas ornamentais, mesmo aquelas acima de 1 metro de altura não foram contabilizadas. RESULTADOS E DISCUSSÃO O levantamento por contagem feito no ano de 2007 identificou 526 árvores, todas elas incluídas dentro da área já especificada neste trabalho e desse total, 19% eram nativas e 81% exóticas. Fez-se uma nova contagem e como resultado parcial, uma vez que se considera a arborização no Campus Central como um trabalho permanente, contabilizou-se, até novembro de 2013, 835 árvores,

210 sendo 22% de espécies nativas e 78% de exóticas. Entre as plantas de maior representatividade no Campus, atualmente destacam-se o Nim - Azadirachta indica, a Craibeira Tabebuia aurea Benth, Mangueira Mangífera indica Linn, Oiti Licania tomentosa Benth, Baraúna Schinopsis brasiliensis, Azeitona roxa Sizygium cumini (L.) Skeels, Ficus Ficus benjamina, Tamarindo Tamarindus indica, todas elas, em perfeito desenvolvimento. Concluiu-se, preliminarmente, que se faz necessário plantar mais árvores, de preferência as nativas, por causa da adaptação climática. Apesar do aumento de plantas, se comparado com o ano de 2007, um acréscimo de 59%, inferiu-se que esse número poderia ter sido maior, mas observou-se que a falta de manutenção, mudas quebradas e execução de podas drásticas ainda são problemas comuns no Campus Central. Além dessas variáveis, algumas ações feitas após o ano de 2007 contribuíram para o corte de árvores, entre as quais, a obra do calçamento nas áreas de estacionamento, a edificação de novos blocos de salas de aula, a construção de passarelas e calçadas e erradicação das árvores doentes, como ocorreu com grande parte dos Ficus Ficus benjamina e Acácias - Cassia angustifólia plantadas no Campus Central, essas infestadas por percevejos Nezara viridula (Lineus,1758), popularmente conhecidos como fede-fede. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOSSICIAÇÃO CAATINGA. Caatinga: um novo olhar. Fortaleza: Sindicato Nacional dos Editores de Livro, 2012. BONILLA, Oriel Herrera.; MAJOR, István. A Caatinga. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2010. CEMIG Companhia Energética de Minas Gerais. Manual de arborização. Belo Horizonte: Fundação Biblioteca Nacional, 2001. 40 p. DANTAS, Ivan Coelho, FELISMINO, Délcio de Castro, SILVA, Sandra Maria, CHAVES Thiago Pereira. Manual de arborização urbana. Campina Grande: EDUEPB, 2010. 96 p. GIULIETTI, Ana Maria et al. Espécies endêmicas da caatinga. In: Vegetação e flora da caatinga. Associação Plantas do Nordeste/Centro Nordestino de Informações sobre Plantas. SAMPAIO, Everaldo, V.S.B et al (Eds). 2002, 176 p. LACERDA, Alecksandra Vieira de. Matas ciliares no domínio das caatingas. João Pessoa: Editora Universitária UFPB, 2006.

211 LORENZI, Harri. Árvores brasileiras. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2012. SOUZA, Vinícius Castro.; LORENZI, Hari. Botânica sistemática. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2012. SOUZA, Vinícius Castro.; LORENZI, Hari. Chave de identificação: para as principais famílias de angiospermas nativas e cultivadas no Brasil. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2007.