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Transcrição:

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CURSO PRÉ-VESTIBULAR UECEVEST PROPOSTAS DE REDAÇÃO IV ABRIL 2017 PROFESSORES ELABORADORES: Manoel Ivany e Rayssa Bastos PROPOSTA 01 A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, elabore um texto dissertativo-argumentativo, com o uso da norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: OS DESAFIOS ENERGÉTICOS NO BRASIL DO SÉCULO XX. TEXTO 1 Os recursos energéticos são o foco dos interesses estatais, gerando disputas geopolíticas desde a primeira Revolução Industrial. Na segunda metade do século XX, com a expansão do meio urbano-industrial, principalmente, na América Latina e Sudeste Asiático e, consequentemente, o crescimento populacional, houve o aumento exponencial da demanda energética. Nos últimos anos, a questão energética traz novas discussões: agências internacionais, estados e a sociedade, geram debate sobre consumo, recursos naturais, mudanças climáticas e, principalmente, a segurança energética dos países mais ricos. Antes de tudo, é importante conhecer os diferentes tipos de fontes de energia. Podemos classificá-las em renováveis e não renováveis; primárias e secundárias; convencionais e alternativas. Renováveis Têm capacidade de se regenerar em um tempo curto, tornando-a inesgotável. Ex.: Biomassa (óleos/biodiesel a partir de cana-de-açúcar, mamona, girassol, entre outros). Não Renováveis Oriundas de matéria orgânica decomposta por milhões de anos, não havendo tempo hábil para serem formados para uso humano. Ex.: Petróleo, gás natural e carvão. Primárias Quando utilizamos diretamente para geração de calor/energia. Ex.: Lenha queimada para uso doméstico. Secundárias Utiliza-se um meio de energia para obter outro. Ex.: Usina Nuclear enriquece o Urânio para aquecer a água e mover as turbinas, gerando energia elétrica. Convencionais São as energias base da sociedade contemporânea. Ex.: Petróleo, gás natural, carvão e hidroelétricas. Alternativas Constituem uma alternativa ao modelo energético decorrente dos últimos dois séculos, sua introdução diversifica a matriz de energia dos países, aumentando sua segurança e seu desenvolvimento econômico e ambiental. Ex.: Solar, Eólica, Geotérmica e Maremotriz. Apesar dos avanços tecnológicos das últimas quatro décadas, proporcionados pela Revolução Técnico-Científico Informacional, o principal recurso da matriz energética é o mesmo desde a Segunda Revolução Industrial (1850) o petróleo tendo o carvão como segundo maior demanda e o gás natural em terceiro. Neste caso, apesar dos investimentos em fontes

alternativas solar, eólica, geotérmica, mantêm-se os combustíveis fósseis como a principal forma de obtenção de energia em nível mundial. Combustíveis fósseis são originados a partir da decomposição de restos de seres vivos, depositados em partes mais baixas da crosta terrestre. Neste caso, podemos perceber que cerca de 85% da matriz energética mundial é baseada em recursos finitos, emitindo cada vez mais CO2 na atmosfera, alterando as condições climáticas do planeta. Fonte: http://educacao.globo.com/artigo/questao-energetica-na-atualidade.html TEXTO 2 As fontes de energia são extremamente importantes para o desenvolvimento de um país. Além disso, a qualidade e nível de capacidade das fontes de energia de um determinado local são indicativos para apontar o grau de desenvolvimento da região. Países com maiores rendas geralmente dispõem de maior poder de consumo energético. No Brasil não é diferente: à medida que o país foi se modernizando, o setor energético brasileiro foi se desenvolvendo. As principais fontes de energia do Brasil, atualmente, são: energia hidroelétrica, petróleo, carvão mineral e os biocombustíveis, além de algumas outras utilizadas em menor escala, como gás natural e a energia nuclear. O petróleo é utilizado para a geração de energia para veículos motores, através da produção de gasolina, óleo diesel, querosene. Além disso, também é responsável pelo abastecimento de usinas termoelétricas. É a principal fonte de energia brasileira. As principais bacias petrolíferas são: Bacia de Campos, a maior do Brasil; bacia de Santos, Bacia do Espírito Santo e Bacia do Recôncavo Baiano. Há alguns anos o país importava cerca de 60% do petróleo consumido internamente. Entretanto, atualmente, o país é quase completamente abastecido pela produção interna. Além disso, recentemente, foram descobertas grandes reservas de petróleo na camada do pré-sal no fundo oceânico do litoral de Santos (SP) e do Espírito Santo. A energia hidroelétrica é a principal fonte de energia utilizada para produzir eletricidade no país. Atualmente, 90% da energia elétrica consumida no país advém de usinas hidrelétricas. Apesar disso, o país só utiliza 25% do seu potencial hidráulico. Além do mais, o Brasil ainda importa parte da energia hidroelétrica, uma porção dessas importações é referente à propriedade paraguaia da Usina Binacional de Itaipu, outra parte se refere à compra de eletricidade produzida pelas usinas de Garabi e Yaciretá, na Argentina. A produção de Carvão Mineral é destinada para a geração de energia termelétrica e como matéria-prima principal para as indústrias siderúrgicas. Sua produção no Brasil está concentrada nos estados de Santa Catarina, no vale do Tubarão, e no Rio Grande do Sul, no vale do Rio Jacuí. Apesar da existência dessas reservas, o carvão mineral brasileiro não é de boa qualidade, o que faz com que o país importe cerca de 60% do que consome, uma vez que os fornos das siderúrgicas e hidrelétricas necessitam de carvões minerais de alta qualidade e que produzam poucas cinzas. O gás natural geralmente é produzido de forma conjunta ao petróleo e é responsável por quase 10% do consumo nacional de energia. Seu uso predominante é na produção de gás de cozinha, no abastecimento de indústrias e usinas termoelétricas e na produção de combustíveis automotores.

A energia nuclear também é um recurso energético utilizado no país. O seu uso foi idealizado no início da década de 1960 e implantado a partir de 1969, com a criação do Programa Nuclear Brasileiro, sob a argumentação de que a energia hidroelétrica, por si só, não seria suficiente para conduzir a matriz energética do Brasil. Tal argumento se mostrou falso primeiramente pela descoberta da real capacidade hidráulica do país (a terceira maior do mundo) e, em segundo lugar, pela descoberta posterior de novas formas de produção de energia, como os biocombustíveis. Em 1981, foi inaugurada a primeira Usina Nuclear brasileira, localizada na cidade de Angra dos Reis e, por isso, denominada de Angra I. Porém, por problemas técnicos, ela foi desativada e, atualmente, não se encontra em operação. Posteriormente, em um acordo com a Alemanha, foram iniciados os projetos de Angra II e III, que deveriam entrar em funcionamento na década de 1980. Entretanto, a usina de Angra II começou a operar em 2000 e Angra III até hoje não foi concluída. Fonte: http://www.getulionascimento.com/news/recursos-energeticos-do-brasil/ TEXTO 3 Fontes de energia: Recursos energéticos disponíveis no Brasil A energia movimenta a indústria e os meios de transporte, viabiliza as atividades comerciais e de serviços e alimenta uma parafernália de equipamentos domésticos e pessoais, como os telefones celulares, os relógios à bateria, equipamentos de som, computadores e eletrodomésticos. É transportada por gasodutos, linhas de transmissão, rodovias, ferrovias e navios. No entanto, a energia encontrada na natureza precisa ser transformada nas refinarias de petróleo, nas usinas hidrelétricas, nas termelétricas, nas termonucleares; nas carvoarias que transformam a lenha em carvão vegetal; etc. Em uma época em que o aquecimento global e a poluição ambiental são fatos incontestáveis, a necessidade de alteração da matriz energética tornou-se prioritária. Há consenso de que a solução desta questão ambiental e o controle sobre o risco de escassez de energia num futuro não distante estão no desenvolvimento e na maior utilização de fontes não convencionais. Fontes convencionais ou alternativas são aquelas que ainda são utilizadas em pequena quantidade e que estão em fase de desenvolvimento para a obtenção de maior eficácia, como é o caso da energia solar, da biomassa, dos ventos, do hidrogênio, entre outras. A matriz energética mundial A participação de energia renovável no fornecimento mundial em 2004 era de pouco mais de 10% e as renováveis limpas como a solar, eólica, geotermal eram de apenas 2% do total mundial. Em contrapartida os combustíveis fósseis, como o petróleo, o carvão mineral e o gás natural contribuíram, neste mesmo ano, com 80%. Justamente as fontes responsáveis pela maior parcela da poluição ambiental e do efeito estufa, em particular. Os combustíveis fósseis são encontrados em bacias sedimentares e formados pela decomposição de matéria orgânica. Esse processo leva milhões de anos e uma vez esgotadas essas formações fósseis não serão repostas na escala da vida humana. É por essa razão que a matriz energética atual não é sustentável. A substituição destas energias sujas por fontes alternativas é vista como meta necessária para tornar o mudo viável no século 21. Pequeno histórico

Há pouco mais de dois séculos, as principais formas de energia eram aquelas cuja disponibilidade na natureza era de fácil acesso: o vento e a água utilizados para produzir energia mecânica e a queima de madeira para a geração de calor. Com Revolução Industrial, a invenção da máquina à vapor e do tear mecânico para a a produção têxtil, o carvão mineral passou à principal fonte de energia dominante no processo fabril. Foi o carvão, também, que colocou as locomotivas em movimento. A humanidade estava pela primeira vez na história substituindo as formas de energia renováveis por formas de energia mais eficientes, porém não renováveis e poluentes. Já no final do século 19 a energia hidrelétrica e o petróleo passaram a complementar a energia retirada do carvão. O petróleo em pouco tempo transformou-se na principal forma de energia utilizada no mundo, até os dias atuais. Foi nesta época que ocorreu a invenção dos motores de combustão interna a gasolina e outros derivados de petróleo e a invenção da lâmpada elétrica. O petróleo passou a ser essencial à economia mundial, fator gerador de conflitos entre países e principal agente de poluição atmosférica. Na segunda metade do século 20, em diversos países do mundo, a energia nuclear para produção de energia elétrica passou a ser utilizada em grande escala, principalmente na Europa e nos Estados Unidos. Hoje se fala muito das possibilidades novas que podem ser criadas pela utilização do hidrogênio, uma energia limpa que pode ser retirada da água, mas muita pesquisa ainda deverá ocorrer até que se torne uma opção comercialmente viável. O hidrogênio teria a capacidade de substituir os derivados de petróleo para os veículos automotivos. Hoje quase todas as indústrias automotivas têm protótipos de veículo movido a hidrogênio. Perspectiva e vantagem brasileiras O Brasil não é auto-suficiente em energia, mas produz cerca de 90% do total que consome, importando o restante. O país é um dos poucos do mundo que apresenta possibilidade múltipla de ampliar as suas alternativas energéticas, devido à abundância dos seus recursos naturais e de sua extensão territorial. Em 2004, as fontes renováveis representavam 44% da oferta de energia gerada no país enquanto que no mundo estas fontes não ultrapassavam 14%. A crise do petróleo de 1973 incentivou mudanças significativas no tipo de energia gerada no país. Em 1975, foi implantado o Proálcool com objetivo substituir parte da gasolina nos veículos de passageiros e como aditivo à gasolina. No entanto com a queda do preço do petróleo, na década de 1990, o projeto estava praticamente encerrado. No início deste século surgiu um Novo Proálcool com o objetivo de estimular a produção e o consumo do combustível. A elevação do preço do barril do petróleo, a consciência sobre a necessidade de maior diversificação das fontes energéticas, a invenção do motor bicombustível foram os fatores que possibilitaram a reativação do projeto. A homologação do Protocolo de Kioto, por sua vez, elevou a demanda de álcool no mercado internacional e as exportações brasileiras destinadas aos países europeus e ao Japão que têm metas de redução de gases estufa. Outra perspectiva otimista é o biodiesel, fonte menos poluente e renovável de energia. O biodiesel já é um aditivo utilizado para motores de combustão, derivado do dendê, da soja, da palma, da mamona e de uma infinidade de vegetais oleaginosos. Pode ser usado puro ou misturado com o diesel, em proporções diversas e sem a necessidade de alteração de equipamentos no motor. O biodiesel puro reduz em até 68% as emissões de gás carbônico, em 90% as de fumaça e elimina totalmente as emissões de óxido de enxofre. Por ser biodegradável, atóxico e praticamente livre de enxofre é considerado um combustível ecológico. Apresenta ainda outras vantagens: o produtor rural pode produzir o seu próprio combustível, misturá-lo em qualquer

proporção com o óleo diesel ou usa-lo totalmente puro nos motores de combustão, sem necessidade de ajuste. A tropicalidade e a possibilidade de exploração da força dos ventos em diversos pontos do território complementam a pluralidade de alternativas existentes para o Brasil. Fonte: http://prof-paulo-geografia.blogspot.com.br/2012/11/fontes-de-energia-recursosenergeticos.html PROPOSTA 02 A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e das suas leituras sobre o tema: Depressão: Doença social ou frescura individual?, elabore: a) um artigo de opinião, para publicação em um jornal de grande circulação, posicionandose sobre o tema b) uma narrativa, em forma de conto, ou de crônica ou de fábula, para mostrar um acontecimento relacionado à temática. Texto I O que é Depressão? A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, entre os sintomas, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. Fonte - Adaptado: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/depressao Texto II Depressão não passa de frescura!? Aliás, qualquer transtorno psicológico é frescura! Quem quer consegue, quem não quer fica deprimido! Psicólogo, psiquiatra, remedias mentais deveriam ser todos exterminados, só prestam para gerar gastos públicos! Sou muito inteligente, meus argumentos são a pura verdade! Esses intelectuais não sabem de nada, ficam inventando "doenças" para ganhar dinheiro, isso sim! Com poucas palavras eu estabeleço verdades universais! hahahha, aceita que dói menos, eu estou com a razão, aliás, sempre tenho razão! Fonte:https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20160709164746AAE0NEK Texto III Eu, como um bom gaúcho do interior do Rio Grande do Sul, sempre achei que a afirmação contida no título fosse verdade. E sabem o que aconteceu? Tive depressão. É algo que não tem descrição, na verdade, trata-se de uma dor na alma, no fundo, no íntimo, não há remédio que cure. Quando se está em um quadro assim, não se vê saída, parece que não há saída, e até a questão do suicídio tornar-se, em alguns casos, realidade. Em todos os casos, principalmente nos mais graves, é essencial que haja a ajuda de um profissional qualificado. Eu já perdi a conta de quantos terapeutas tive, confesso que sempre tive

sorte. Foram raros os casos em que não obtive certa melhora. A questão da terapia é muito pessoal, caso não exista confiança no profissional, não há terapia, e sim uma perda de tempo de ambos os lados. Para sair desse quadro é necessário fazer um movimento de observação. Sair de dentro do ciclo e visualizá-lo como um observador. Sempre que tiramos a pedrinha do nosso olho (texto a teoria da pedrinha), fica tudo mais fácil. Só que isso às vezes demora, e a dor que se sente é muito grande. Certos profissionais, tais como os psiquiatras, adotam a medicação como paliativo, alguns como solução. Na minha humilde e leiga opinião, acredito que o uso de medicamentos deve se dar apenas em último caso, como último recurso. Já usei antidepressivos, e a melhora que tive, entendo que não esteja relacionada a eles. Essa é minha opinião, de um leigo que passou por uma depressão, ficou claro? Quem faz, fez, ou fará tratamento nesse sentido, escolha um profissional e siga suas orientações. É o correto a fazer. A depressão, apesar de todo esse lado negativo, ruim e pesado, que é de uma dor que não tem remédio, é também uma oportunidade única de crescimento, de se conhecer e com isso nunca mais estar em um quadro desses novamente. Só que há que se encarar a situação de frente, fazer terapia, a qual é, na minha opinião, a forma de se resolver a questão. É uma escolha sem volta. Enfim, a depressão é foda. Nunca brinque ou ironize de qualquer forma alguém que esteja nesse quadro, só quem passa e vive isso, sabe o quando dói e é difícil. Só que passa, como tudo e o que se aprende é levado para toda a vida. Fonte: https://fredericodaluz.com/2012/05/21/depressao-e-frescura/ Texto IV