É mais fácil ser justo do que prudente. Diogo Antonio Feijó

Documentos relacionados
Período Regencial e Revoltas Regenciais

HISTÓRIA. aula Regências e o 2º Reinado

HISTÓRIA PERÍODO REGÊNCIAL

O PERÍODO REGENCIAL ( ):

Período Regencial Prof. Thiago História C Aula 11

BRASIL IMPÉRIO ( )

Nome: Nº: Turma: Este caderno contém questões de: Português Matemática História Geografia Ciências - Inglês

Regências e o 2º Reinado

BRASIL IMPÉRIO PERÍODO REGENCIAL

14. Brasil: Período Regencial PÁGINAS 18 À 29.

Período Regencial Prof. Marcos Roberto

PERÍODO REGENCIAL ( )

PERÍODO REGENCIAL HISTÓRIA DO BRASIL

BRASIL IMPÉRIO REVOLTAS REGENCIAIS. Professor: Edson Martins

Está correto o que se afirma somente em a) II e III. b) I. c) I e II. Página 1 de 5

H13 - Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.

É mais fácil ser justo do que prudente. Diogo Antonio Feijó

O Primeiro Reinado

Nome: Nº: Turma: Este caderno contém questões de: Português Matemática História Geografia Ciências - Inglês

Primeiro reinado

Rio de Janeiro Brasil Império

Revoltas provinciais no período Regencial Brasil século XIX. Colégio Ser! História 8º ano Profª Marilia Coltri

História do Brasil Período Regencial

PERÍODO REGENCIAL O Período Regencial corresponde ao período da História, em que o Brasil foi governado por Regentes

BRASIL IMPÉRIO. Primeiro e Segundo Reinados. Prof. Rodrigo Toledo

A CONSTRUÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO PRIMEIRO REINADO ( ) E PERIODO REGENCIAL. Professor: Cristóvão antônio

MATERIAL COMPLEMENTAR DE HISTÓRIA OITAVO ANO ENSINO FUNDAMENTAL II PROFESSORA: ROSE LIMA

Aula 10 - Primeiro Reinado

REVOLUÇÃO FARROUPILHA OU GUERRAS DOS FARRAPOS. 20 de setembro de de setembro de 1845 LOCAL RIO GRANDE DO SUL

Recursos para Estudo / Atividades

PERÍODO REGENCIAL ( ) Experiência Republicana

PRIMEIRO REINADO ( )

Período Regencial. Prof. Filipe Carota

ROF.º OTTO TERRA BRASIL: 1º REINADO ( )

Rev. Liberais do Século XIX e Período Regencial

Período Regencial ( )

Período Regencial ( )

REVISÃO 1ª VI MULTIDISCIPLINAR

CONSERVADORES LIBERAIS

PRIMEIRO REINADO NO BRASIL ( )

Independência do Brasil 1822

Instituição de Ensino Academia Horácio Berlinck

Primeiro Reinado. Professora Adriana Moraes História

AS VÉSPERAS DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

GOVERNO DE D.PEDRO I ( ) Livro 4 / Módulo 13 (Extensivo Mega) 3º ano / Pré-vest Ano 2018 Prof. Abdulah

O Período Regencial

BRASIL: SEGUNDO REINADO

1840 ATÉ 1889 POLÍTICA E MOVIMENTOS SOCIAIS PROF. FELIPE KLOVAN

7 de setembro de 1822 Independência do Brasil.

Aula 15- A Crise do Império de Novembro de 1889

02- O conturbado processo político do período Regencial foi sintetizado por Justiniano José da Rocha:

BRASIL IMPÉRIO PRIMEIRO REINADO

O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL COLÉGIO PEDRO II PROFESSOR: ERIC ASSIS

SEGUNDO REINADO

O texto dos Confederados de 1824 revela um momento de insatisfação política contra a:

2- POR QUE a família real portuguesa se mudou, em 1808, para sua colônia na

DOM PEDRO I E PERÍODO REGENCIAL

O imperador nomeava um presidente conservador ou liberal de acordo com a conjutura política

Período Regencial ( )

HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 29 AS REVOLTAS DO PERÍODO REGENCIAL

Aula 15- A Monarquia Brasileira. O Primeiro Reinado (1822/1831)

HISTÓRIA. aula Período Joanino e 1º Reinado

TD HISTÓRIA GERAL I PROF. RAONI MACIEL

PRIMEIRO REINADO NO BRASIL ( ) Professora : Daianne Luz.

O Império se fortalece

QUESTÃO 01 EXPLIQUE o processo político que resultou na abdicação de D. Pedro I em 1831.

7 de setembro de 1822 Independência do Brasil.

SEGUNDO REINADO D. PEDRO II

Primeiro Reinado ( )

3º ANO / PRÉVEST PROF. Abdulah

Disciplina: HISTÓRIA Professora: ALESSANDRA PRADA

O Primeiro Reinado ( ) MARCOS ROBERTO

COLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação

INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA LEIA COM MUITA ATENÇÃO

UDESC 2017/1 HISTÓRIA. Comentário

FAMÍLIA REAL NO BRASIL E OS PERÍODO REGENCIAl

Brasil Império Período Regencial ( )

CP/CAEM/2005-2ª AVALIAÇÂO SOMATIVA FICHA AUXILIAR DE CORREÇÃO HISTÓRIA. 1ª QUESTÃO ( Valor 6,0 )

Aula 03 1B REVOLUÇÃO FRANCESA I

O golpe nada mais foi que a antecipação da maioridade de D. Pedro II, que contava então com um pouco mais de 14 anos.

A) POLÍTICA INTERNA L be b rais: Conservadores:

Crise dos monopólios e pactos. Contestação do antigo regime, eclosão das revoluções liberais, ascensão burguesa.

Revoltas Coloniais / Nativistas. História do Brasil

HISTÓRIA. aula Era Napoleônica, Congresso de Viena e Revoluções Liberais

SEGUNDO REINADO ( ) Política Interna

Brasil: Nasce a República

Lutas e processo de independência. Patrícia Albano Maia

A construção do estado democrático. O período regencial ( )

História do Brasil Império

O Segundo Reinado Golpe da Maioridade

O Primeiro Reinado ( )

HISTÓRIA Professor Marcelo Lameirão PROVAS ESA

O Brasil Império. Primeiro Reinado. Situação econômica

PRIMEIRO REINADO RESUMO

His. William Gabriel Renato Pellizzari (Karenn Correa)

História e Geografia de Portugal

História. Revolta dos Cabanos. Professor Thiago Scott.

Transcrição:

É mais fácil ser justo do que prudente. Diogo Antonio Feijó

SUMÁRIO: 1. ANTECEDENTES (LINHA DO TEMPO); 2. ORGANIZAÇÃO DO ESTADO; 3. REGÊNCIA TRINA PROVISÓRIA; 4. REGÊNCIA TRINA PERMANENTE; 5. TENDÊNCIAS (PARTIDOS) POLÍTICAS; 6. O ATO ADICIONAL DE 1834; 7. A REGÊNCIA UNA; 8. O GOLPE DE MAIORIDADE; 9. AS REBELIÕES REGENCIAIS; 10. CABANAGEM; 11. SABINADA; 12. BAILAADA; 13. REVOLTAS ESCRAVAS (CARRANCAS, MALÊS E MANOEL CONGO); 14. FARROUPILHAS; 15. GOLPE DA MAIOR IDADE; 16. CONCLUSÃO; 17. AVALIAÇÃO (QUESTÕES).

BRASIL IMPÉRIO 1822-1889 PRIMEIRO REINADO 1822-1831 PERIODO REGENCIAL 1831-1840 SEGUNDO REINADO 1840-1889

1830-1832 Revolução Liberal Curso de filosofia positiva 1830-42 1. ANTECEDENTES 1839-1842 Guerra do Ópio 830 1º IMPÉRIO D Pedro I 17 JUN 1831 Regência Trina Provisória REGÊNCIA TRINA PERMANENTE Idade Contemporânea Século XIX 12 OUT 1835 REGÊNCIA UNA Pe FEIJÓ 19 SET 1837 REGÊNCIA UNA ARAÚJO LIMA Min Capacidades 1835 1840 31 32 36 37 33 34 38 39 16Dez1830 Código Criminal 7Abr1831 Abdicação Tutor: José Bonifácio 29Nov1832 Código Processo Criminal ( Liberal ) 24Set1834 Morte D. Pedro I Duque de Bragança 12Ago1835 Ato Adicional Constituição 1824 23Jul1840 Golpe da Maioridade 12Maio1840 Lei Interpretativa Ato Adicional 18Ago1831 Criação da Guarda Nacional 7Nov1831 - Lei Feijó Proíbe o Tráfico de Escravos 1832-1835 Revolta dos Cabanos PE 1833 Carrancas - MG 1835 Revolta dos Malês BA 1835-1845 Revolução Farroupilha RS/SC 1835-1840 Cabanagem PA 1837-1838 Sabinada BA 1838 Manuel Congo RJ 1838-1841 Balaiada MA D. Pedro José Bonifácio Feijó Araújo Lima

13ª/14ª AULAS OBJETO DE CONHECIMENTO 09: PERÍODO REGENCIAL OBJETIVOS: -ENTENDER A ORGANIZAÇÃO DAS REGÊNCIAS TRINAS E O PROCESSO POLÍTICO QUE AS SUBSTITUIU PELA REGÊNCIA UNA; -RELACIONAR O GOLPE DA MAIORIDADE ÀS REVOLTAS OCORRIDAS NO PERÍODO; -ENTENDER AS PRINCIPAIS REVOLTAS POPULARES OCORRIDAS AO LONGO DO PERÍODO REGENCIAL, IDENTIFICANDO OS GRUPOS ENVOLVIDOS E SEUS INTERESSES E AS CONSEQUÊNCIAS DOS LEVANTES.

Transição até a maioridade de D. Pedro II. Instabilidade política (agitações internas). Fases: Regência Trina Provisória (Abr/Jun. 1831); Regência Trina Permanente (1831 1834); Regência Una do Padre Feijó (1835 1837); Regência Una de Araújo Lima (1838 1840). AVANÇO LIBERAL REGRESSO CONSERVADOR

2. Organização do Estado Constituição Política Imperial de 1824 Poder MODERADOR Conselho de Estado Imperador Poder LEGISLATIVO Assembleia Geral Senado Câmara Poder EXECUTIVO Poder JUDICIÁRIO Supremo Tribunal de Justiça Imperador Gabinete Presidente (*) Ministros Províncias Presidente Conselhos (*) 1847

Regências e revoltas no Brasil CARACTERÍSTICAS GERAIS DO PERÍODO REGENCIAL -Transição até a maioridade; -Instabilidade política (agitações internas); -Crises e revoltas; -Ameaças à unidade territorial; -Formação de três grupos políticos; -Alternância de medidas centralizadoras com medidas descentralizadoras. Regência Trina Provisória Abr/Jul1831 Regência Trina Permanente Jul1831-1834 Regência Una do Pe Feijó 1835-1837 AVANÇO LIBERAL Regência Una de Araújo Lima 1837-1840 REGRESSO CONSERVADOR

O agravamento da situação econômica e o anseio das camadas popular e média por uma maior participação política vão gerar revoltas em vários pontos do país, sempre esmagadas com rigor pelas forças governistas.

3. REGÊNCIA TRINA PROVISÓRIA Abr/Jul 1831 SENADOR JOSÉ JOAQUIM CARNEIRO DE CAMPOS (BAHIA) SENADOR NICOLAU PEREIRA DE CAMPOS VERGUEIRO (SÃO PAULO) BRIGADEIRO FRANCISCO DE LIMA E SILVA

4. REGÊNCIA TRINA PERMANENTE Jul1831- Out 1835 DEPUTADO JOÃO BRÁULIO MUNIZ (MARANHÃO) DEPUTADO JOSÉ DA COSTA CARVALHO (BAHIA) BRIGADEIRO FRANCISCO DE LIMA E SILVA Gabinete Moderado* Ministro da Justiça: Padre Diogo Antonio Feijó Homem forte da Regência.

REGÊNCIA TRINA PERMANENTE Jul1831-24 Out 1835 18 Ago 1831 Guarda Nacional (Feijó conter agitações) 7 Nov 1831 Proibição do Tráfico de Escravos 29 Nov 1832 Código de Processo Criminal 24 Set 1834 Morte D. Pedro I (Duque de Bragança) 10 Jun 1835 Pena de morte aos escravos revoltosos 12 Ago 1835 Ato Institucional 1832 Revolta dos Cabanos / PE 1833 Revolta de Carrancas / MG 1835 Revolta dos Malês / BA 1835 Cabanagem / PA 1835 Revolução Farroupilha / RS 1831-1835: 13 rebeliões militares

Regência Trina Permanente (1831 1834): 1- Composição FRANCISCO DE LIMA, BRÁULIO MUNIz ( Norte) e COSTA CARVALHO (Sul). Caráter mais liberal e menos conservador. Objetivo manter o status Quo- combater as revoltas. 2- Grupos políticos são redesenhados. Os Exaltados( Liberais radicais)- defendiam o federalismo e a democratização da sociedade. Os Moderados(PB)- queriam conservar a estrutura política do Império e o fim da vitaliciedade do senado. Os Restauradores( PP+PB)- manter o Império do Brasil ligado a Portugal.

Ministro da Justiça- Padre Feijó( Moderado). -Criação da Guarda Nacional- Composta membros da elite e cidadãos com direito ao voto. -Extinguiu as revoltas liberais. -Fortalecimento de Feijó..Tenta derrubar José Bonifácio (restaurador) Responsável por D. Pedro II..Organizou o golpe + moderador (Assembleia não deu apoio)..com o poder esvaziado Feijó abdicou o cargo de Ministro da Justiça.

-O golpe fracassou mais as reformas foram implementadas- Avanço Liberal. Código de Processo Criminal (1832) Habeas Corpus Ato Adicional 1834- Reforma a Constituição 1824. Institui o federalismo ( Assembleias Legislativa Provinciais). Substitui a Regência Trina pela Regência Una -Com a morte de D. Pedro I é redesenhado novamente os partidos políticos. Fim dos restauradores. Progressista- concorda com o Ato Adicional e descentralização política. Regressista- contra o Ato adicional e defendia o centralismo

REGÊNCIA TRINA PERMANENTE Jul 1831/24 Out 1835 Lei de 7 de Novembro de 1831 Declara livres todos os escravos vindos de fóra do Império, e impõe penas aos importadores dos mesmos escravos.... Art. 1º Todos os escravos, que entrarem no territorio ou portos do Brazil, vindos de fóra, ficam livres. Art. 2º Os importadores de escravos no Brazil incorrerão [...], imposta aos que reduzem á escravidão pessoas livres... Obs.: A Lei não teve efetividade e não foi devidamente aplicada. O tráfico continuou.

5. TENDÊNCIAS (PARTIDOS) POLÍTICOS PRIMEIRO REINADO PORTUGUÊS BRASILEIRO 1831 RESTAURADORES Caramurus LIBERAIS MODERADOS Chimangos PERÍODO REGENCIAL 1834/1836 Partido REGRESSISTA 1840 SEGUNDO REINADO Partido CONSERVADOR Saquaremas Gabinete da Conciliação 1853-1858 Liga Progressista 1862-1868 LIBERAIS EXALTADOS Farroupilhas Partido PROGRESSIST A Partido LIBERAL Luizas

RESTAURADORES Caramurus LIBERAIS MODERADOS Chimangos LIBERAIS EXALTADOS Jurujubas - Farroupilhas Comerciantes e militares portugueses (José Bonifácio) Retorno de D. Pedro I Absolutismo monárquico Desaparecem em 1834 Aristocracia rural (Padre Feijó) Federalismo, depois...monarquia centralizada Voto censitário Ordem interna e unitarismo Classe média urbana Descentralização Federalismo Autonomia provincial Voto direto Obs.: O abolicionismo e o republicanismo ainda não estavam na pauta.

Tendências políticas do período: Restauradores ou Caramurus: Portugueses, descendentes de portugueses e burocratas ligados ao antigo governo de D. Pedro I. Contrários a qualquer reforma política (conservadores). Absolutistas. Objetivo: volta de D. Pedro I. Liberais Moderados ou Chimangos: Proprietários rurais especialmente do Sudeste. Monarquistas e escravistas. Federalismo com forte controle do RJ (centralizadores). Principal força política que controlava o governo na época.

Liberais Exaltados ou Farroupilhas ou Jurujubas: Proprietários rurais de regiões periféricas sem influência do RJ, classe média urbana e setores do exército. Fim da monarquia e proclamação da República. Federalismo (grande autonomia provincial). Alguns pregavam ideais democráticos inspirados na Revolução Francesa. Foco de revoltas.

DESENVOLVIMENTO DOS PARTIDOS POLÍTICOS:

6. O ATO ADICIONAL DE 1834; Lei nº 16, de 12 de Agosto de 1834 ATO INSTITUCIONAL Altera a Constituição Política do Império de 1824. - Criou as Assembleias Legislativas Provinciais (L) - Transformou a Regência Trina em Regência Una (Regente eleito por voto direto, para um período de 4 anos) - Suprimiu o Conselho de Estado (L) - Rio de Janeiro: município neutro Obs.: Nesse ato, os liberais não conseguiram inserir o fim da vitaliciedade do Senado.

7. REGÊNCIA UNA 7.1. DIOGO ANTÔNIO FEIJÓ(24 Out 1835 / 19 Set 1837) AVANÇO LIBERAL Líder moderado de tendência Progressista Momento de graves agitações e forte oposição política 19 Set 1837: renúncia => oposição crescente e insucessos na repressão no PA e RS 1835/1840 Cabanagem / PA 1835/1845 Revolução Farroupilha / RS 1835 Malês / BA 1837 /1838 Sabinada / BA 1838 Revolta de Manuel Congo / RJ O vulcão da anarquia ameaça devorar o Império: aplicai a tempo o remédio. Passe-os a ferro e a fogo. Feijó

Regência de Feijó (1835-1837) Várias revoltas pelo país (Cabanagem, Sabinada e Revolução Farroupilha). Divisão nos Liberais Moderados (ver quadro do slide 4): Progressistas (posteriormente liberais): classe média urbana, alguns proprietários rurais e alguns membros do clero. Favoráveis a Feijó e ao Ato Adicional. Regressistas (posteriormente conservadores): maioria dos grandes proprietários, grandes comerciantes e burocratas. Centralizadores e contrários ao Ato Adicional. Feijó renuncia em 1837 (oposição crescente).

7.2. PEDRO DE ARAÚJO LIMA - Marquês de Olinda 19 Set 1837 / 23 Jul 1840 Regresso Conservador Ascensão política dos barões do café Coesão da Aristocracia Rural: enfrentamento das rebeliões Programa Regressista: reduzir as medidas descentralizadoras 12 Maio 1840 Lei Interpretativa do Ato Adicional Reação progressista: Clube da Maioridade (15Abr1840) 1835/1840 Cabanagem / PA 1835/1845 Revolução Farroupilha / RS 1837/1838 Sabinada / BA 1838/1841 Início da Balaiada / MA 1838 Revolta de Manuel Congo / RJ Ordem, elemento essencial da liberdade.

Medidas -Criação da Guarda Nacional (liberal) -Lei Feijó -Código de Processo Criminal (liberal) -Ato Adicional (liberal) -Combate aos movimentos revoltosos -Lei Interpretativa do Ato Adicional (Conservadora)

Regência de Araújo Lima (1837 1840) -Regressistas no poder. -Retorno da centralização monárquica. -Criação do Colégio Pedro II, Arquivo Público Nacional e Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro ( Ministério das Capacidades Bernardo Pereira de Vasconcelos, ministro da Justiça). -Lei Interpretativa do Ato Adicional (Mai /1840): anulação prática do Ato Adicional. -Capital (RJ) com poderes para nomear funcionários públicos, controlar órgãos da polícia e da justiça nos Estados. -Aumento de disputas entre Regressistas X Progressistas.

-Fundação do Clube da Maioridade (1840): -Grupo Progressista (ou Liberais). Antecipação da maioridade de D. Pedro II. Imperador = paz interna. Golpe da Maioridade vitória do grupo liberal. Fim do período regencial.

O agravamento da situação econômica e o anseio das camadas popular e média por uma maior participação política vão gerar revoltas em vários pontos do país, sempre esmagadas com rigor pelas forças governistas.

Revoltas Regenciais Minas Gerais Carrancas (1833) RJ Manuel Congo (1838)

10. CABANAGEM (1835 1840) Grão-Pará (PA e AM) REVOLTAS DAS ELITES -Elites locais com participação popular (indígenas, negros e mestiços); -FÉLIX MALCHER, PEDRO VINAGRE E EDUARDO ANGELIM; -Ressentimento pelo centralismo do poder central; -As elites reivindicavam o direito de escolher o Presidente da Província; -Inconformismo com as precárias condições de vida da população; -1834: morte de um proprietário rural (Manuel Vinagre); -1835: rebeldes tomam Belém e matam o Presidente da Província; -Governam por 10 meses divergência das lideranças; -Tropas imperiais recuperam a capital; -O movimento permaneceu no interior até 1840; Estima-se que resultou na morte de 30% da população da Província.

CABANAGEM - PARÁ (1835-1840)

-No início do Período Regencial, a situação da população pobre do Grão-Pará era péssima. Mestiços e índios viviam na miséria total. Sem trabalho e sem condições adequadas de vida, os cabanos sofriam em suas pobres cabanas às margens dos rios. Esta situação provocou o sentimento de abandono com relação ao governo central e, ao mesmo tempo, muita revolta. -A Cabanagem explodiu no Pará, região frouxamente ligada ao Rio de Janeiro. A estrutura social não tinha aí estabilidade de outras províncias, nem havia uma classe de proprietários rurais bem estabelecida. Era um mundo de índios, trabalhadores, escravos ou independentes, e de uma minoria branca, formada por comerciantes portugueses e uns poucos ingleses e franceses. Boris Fausto"

CAUSAS: Isolamento da província, discordância dos participantes com o governo de D. Pedro I OBJETIVOS: Independência da Província e Proclamação de uma república LÍDERES: ANTÔNIO E FRANCISCO VINAGRE; TERMINOU: Reação violenta do governo: houve entre 30 ou 40 mil mortos; CARACTERÍSTICAS Ampla participação popular (índios, negros, mestiços, escravos ou livres, porém, todos sem posses). Luta contra desigualdades. Sem programa político definido. Chegaram a tomar o poder mas foram traídos (Antônio Malcher, Francisco Vinagre e Eduardo Angelim).

-primeiro movimento popular que chegou ao poder no Brasil, apesar de ter sido mal conduzido e rapidamente derrotado pela regência. -Por ser a mais popular das revoltas, foi a mais severamente reprimida (30 mil mortos ou 25% da população total da Província). -As lideranças anônimas da Cabanagem: DOMINGOS ONÇA, MÃE DA CHUVA, JOÃO DO MATO, SAPATEIRO, REMEIRO, GIGANTE DO FUMO, CHICO VIADO, PEPIRA, ZEFA DE CIMA, ZEFA DE BAIXO, MARIA DA BUNDA, etc.

-Contando com o apoio inclusive de tropas de mercenários europeus, o governo central brasileiro usou toda a força para reprimir a revolta, que ganhava cada vez mais poder. Após cinco anos de sangrentos combates, o governo regencial conseguiu reprimir a revolta. Em 1840, muitos cabanos tinham sido presos ou mortos em combates. A revolta terminou sem que os cabanos conseguissem atingir seus objetivos.

11.SABINADA (Nov 1837 Mar 1838) Bahia REVOLTAS DAS ELITES -Profissionais liberais, pequenos comerciantes, funcionários públicos, artesãos e militares. -Líder: médico FRANCISCO SABINO -Reação dos grupos liberais exaltados ao domínio do governo central -Desejo inicial de separação (República Baiense) -Revolta das tropas do forte de São Pedro -Governo Imperial reprimiu a rebelião e retomou Salvador -Os líderes foram condenados à morte, mas foram anistiados em 1840* -Estima-se que resultou na morte de 1.200 pessoas e a prisão de 3 mil pessoas. (*) Decreto Imperial de 22 de Agosto de 1840 (D. Pedro II)

SABINADA BAHIA (1837) Bandeira da República Bahiense, proclamada durante a rebelião.

-CAUSAS: Oposição ao centralismo, renuncia de Feijó e eleição de Araújo Silva -OBJETIVO: Falta de propostas concretas, não tinha caráter separatista. -LÍDER: FRANCISCO SABINO ÁLVARES DA ROCHA. -TERMINOU: prisão ou morte.

CARACTERÍSTICAS -Dificuldades econômicas da Província (causa principal) e recrutamento forçado para lutar contra os Farrapos no sul (causa imediata). -Objetivo: República Provisória até a maioridade de D. Pedro II. -Adesão da classe média urbana. -Líderes presos ou mortos e expulsos da Bahia.

12.BALAIADA (1838 1841) Maranhão REVOLTAS DAS ELITES -Liberais ( bem-te-vis ) + proprietários rurais e segmentos médios; -Vários grupos sociais (vaqueiros, pequenos produtores, artesãos), com adesão dos escravos; -Líderes: Raimundo Gomes, Manoel dos Anjos e Preto Cosme; -Divergências entre as elites conservadoras e liberais; -Reação dos liberais ao governo conservador (perseguições políticas); -Reação ao recrutamento forçado de pequenos agricultores; -Caso do vaqueiro RAIMUNDO GOMES; -Caso do agricultor e fabricante de cestos MANOEL DOS ANJOS; -Insurreição de 3 mil escravos liderados por PRETO COSME (proposta de união); -A cidade de Caxias foi tomada. -Luís Alves de Lima e Silva venceu os rebeldes em 1841. (barão de Caxias) -Mais de 3 mil mortos. Preto Cosme foi executado em 1842.

BALAIADA MARANHÃO 1838-1841

CAUSAS: crise econômica do algodão e divergências entre grupos locais OBJETIVO: Falta de propostas concretas e atitudes anti-lusitanas LÍDER:-BALAIOS: Raimundo Gomes, Manuel Francisco dos Anjos e o preto Cosme -LEGALISTAS: Barão de Caxias TERMINOU: prisão e condenação à morte.

CARACTERÍSTICAS Manuel dos Anjos Ferreira (o Balaio ), Raimundo Gomes (o Cara Preta ) e Negro Cosme Bento: principais líderes. Causas: pobreza generalizada, concorrência com algodão dos EUA, privilégios de latifundiários e comerciantes portugueses. Vinganças pessoais (sem projeto político). Desunião entre participantes. Manipulados e traídos pelos liberais locais ( bem-te-vis ). Reprimidos por Luís Alves de Lima e Silva (futuro Duque de Caxias).

13. REVOLTAS ESCRAVAS Década de 1830: aumento do tráfico => revoltas e formação de quilombos. Escravos de diferentes origens étnicas: dificultava a formação de identidades culturais. Estavam acostumados a situação escrava. O escravos nascidos no Brasil, os crioulos, pouco participavam dos movimentos. Lutavam para manter melhores condições de cativeiro, para se libertar e para tomar outros seus escravos. O Decreto Imperial de 11 de abril de 1829 não deixava brechas para o pedido de graça e comutação. Instrumento de coerção para os demais.

13.REVOLTAS ESCRAVAS 13.1. CARRANCAS (1833) Minas Gerais -Escravos; Local: curato de São Tomé das Letras, freguesia de Carrancas e comarca do Rio das Mortes. -Líder: VENTURA MINA; -Péssimo tratamento recebido pelos escravos no cativeiro; -VENTURA e dezenas de escravos se amotinaram, inicialmente na Fazenda Campo Alegre, mataram 10 pessoas (filho do proprietário) e alguns fugiram para o interior; -Resistência dos proprietários. Ventura foi morto; -Castigo exemplar: 16 escravos condenados ao enforcamento.

REVOLTAS ESCRAVAS 13.2REVOLTA DOS MALÊS (1835) (Salvador) Bahia -Malês: escravos ou libertos mulçumanos nascidos na África. -Cerca de 600 africanos. -Repressão das autoridades locais a suas manifestações religiosas -Destruição de uma mesquita e interrupção de uma festa islâmica -Prepararam um levante, cujo objetivo era transformar os brancos e cativos nascidos no Brasil em escravos. -O movimento foi descoberto, antecipando a ação das forças policiais. -Os revoltosos reagiram e foram derrotados. Cerca de 70 foram mortos. -Centenas foram presos. Quatro foram executados. Incentivada pela insurreição das Carrancas e pelo Levante dos Malês, foi promulgada a Lei de 10 de junho de 1835, estabelecendo a pena de morte aos escravos que matarem o ferirem seus senhores.

13.REVOLTAS ESCRAVAS 13.3. REVOLTA DE MANUEL CONGO (1838) (Paty do Alferes) Rio de Janeiro 600 escravos Criar um quilombo. Líder: Manuel Congo Luís Alves de Lima e Silva conseguiu reprimir a rebelião. Os rebeldes foram perseguidos e presos. Manuel Congo foi executado por insurreição. A sociedade aristocrática, onde o trabalho servil era sua base de sustentação, acreditava que apenas o medo da morte atenuaria a revolta escrava.

14. FARROUPILHA (1835 1845) Rio Grande do Sul e Santa Catarina Revolta Farroupilha ou Guerra dos Farrapos; -Elite dos estancieiros (criadores de gado e mulas) e Charqueadores Militares, um grupo italianos e escravos; -Líderes: Bento Gonçalves, David Canabarro e Giuseppe Garibaldi; Causas:.Centralismo;.Questão dos impostos sobre o charque;.nomeação do Presidente da Província -20 Set 1835 - os rebeldes tomam Porto Alegre (Marciano Pereira assume) -Adesão de oficiais do Exército -Repressão do governo -1836 Proclamam a República Rio-Grandense ou República de Piratini -1837 derrota para tropas imperiais Bento Gonçalves é preso e foge 1838 vitórias Farroupilhas: República de Piratini

FARROUPILHA (1835 1845) Rio Grande do Sul e Santa Catarina -Pressão do Governo Imperial -Os rebeldes avançam sobre Santa Catarina tomam Laguna -Proclamam a República Juliana -Divergências entre os líderes (moderados monarquistas) -1840 - Imposto sobre o charque importado -1842 Caxias no Comando (Combate e concessão) -1844 Batalha de Porongos (Lanceiros Negros) -1845 Acordo (Paz do Poncho Verde) - Anistia - Incorporação de oficiais farroupilhas ao Exército - Transferência de dívidas - Devolução das terras confiscadas - Estima-se que o conflito tenha causado mais de 47 mil mortes.

REPÚBLICA JULIANA David Canabarro REPÚBLICA PIRATINI Giuseppe Garibaldi Laguna Anita Garibaldi Porto Alegre Piratini Rosas Bento Gonçalves Caxias

Também conhecida como Revolução Farroupilha, a Guerra dos Farrapos foi um conflito regional contrário ao governo imperial brasileiro e com caráter republicano. Ocorreu na província de São Pedro do Rio Grande do Sul, entre 20 de setembro de 1835 e 1 de março de 1845. Não se pode afirmar com segurança que os farrapos desejavam separar-se do Brasil, formando um novo país com o Uruguai e as províncias do Prata. Seja como for, um ponto comum entre os rebeldes era o de fazer o Rio Grande do Sul, pelo menos, uma província autônoma, com rendas próprias, livre da centralização de poder imposta pelo Rio de Janeiro. Boris Fausto

Sob a liderança do barão de Caxias, as forças imperiais tentavam instituir a repressão ao movimento; a partir daí, Duque de Caxias iniciou os diálogos que deram fim ao movimento separatista; em 1844, depois da derrota farroupilha na batalha de Porongos, um grupo de líderes separatistas foi enviado à capital federal para dar início as negociações de paz. Após várias reuniões, estabeleceram os termos do Convênio do Ponche Verde, em março de 1845; com a assinatura do acordo, foi concedida anistia geral aos revoltosos, o saneamento das dívidas dos governos revolucionários e a libertação dos escravos que participaram da revolução;

15. O GOLPE DA MAIORIDADE -Devido às crescentes agitações políticas do período, além das revoltas que ocorriam em algumas províncias, a unidade territorial e política do Brasil estava abalada. Este temor, claro, era observado com maior vivacidade pela ala conservadora da política brasileira, formada por pessoas ligadas à corte. - O clima era bem instável e já havia, desde 1835, vontade de que D. Pedro II ocupasse o trono, mesmo sem idade para tal. - Com o tempo foi crescendo a ideia de que a figura do jovem Pedro II ocupando o trono e ditando os rumos do país seria a única salvação para os problemas do Brasil.

-De acordo com a Constituição, Dom Pedro II só atingiria a sua maioridade quando completasse 18 anos de idade. -Foi fundado o Clube da Maioridade pelos Liberais, que acionou a Campanha da Maioridade, um movimento que defendia a ideia de que Dom Pedro II, mesmo com menos de 15 anos, estava preparado para assumir o governo do Brasil; -Esse Partido apresentou um projeto para a antecipação da maioridade do Imperador, declarando Dom Pedro II como maior de idade, mas as forças conservadoras se colocaram em oposição aos liberais, que por sua vez foram às ruas fazer manifestações e recebendo o apoio do povo. E, com toda essa pressão popular em meados de 1840, Dom Pedro II foi considerado maior de idade, com 15 anos incompletos, dando início ao Segundo Reinado (1840 1889).

16. CONCLUSÃO. - O desgaste político crescente de D.Pedro I resultou em sua abdicação em 07 de abril de 1831. Foram fatores determinantes para esse fato a derrota na Guerra da Cisplatina, as dificuldades financeiras e a crise sucessória de Portugal, após a morte de D. João VI. -O período regencial foi uma das fases políticas de maior agitação ocorrida no Brasil. -Ao longo desse período, muitas províncias se rebelaram contra o centro do poder regencial situado no Rio de Janeiro e, em alguns casos, declararam-se independentes (Sabinada, na Bahia; Balaiada, no Maranhão, e Farrapos, no Sul);

- As principais mudanças ocorridas pelos regentes foram a criação da Guarda Nacional e do o Ato Adicional de 1834 (criação das Assembleias Provinciais aspiração dos liberais exaltados e da Regência Una aspiração dos liberais moderados) - A diversidade de projetos políticos e de sociedade para a nação alimentou movimentos separatistas e rebeliões contra o poder central, unindo a população carente e escravos à elite em suas necessidades contra o poder real. - Os líderes dos balaios e escravizados no Maranhão tiveram uma punição mais rigorosa (pena capital) do que os separatistas do sul (estanceiros) que foram anistiados e tiveram suas necessidades atendidas. -Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, foi o grande líder militar que pacificou o país e manteve a unidade da grande extensão territorial

17. VERIFICAÇÃO 1ª QUESTÃO (ENEM 2010 adaptada) Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil atravessou um período marcado por inúmeras crises: as diversas forças políticas lutavam pelo poder e as reivindicações populares eram por melhores condições de vida e pelo direito de participação na vida política do país. Os conflitos representavam também o protesto contra a centralização do governo. Nesse período, ocorreu também a expansão da cultura cafeeira e o surgimento do poderoso grupo dos "barões do café", para o qual era fundamental a manutenção da escravidão e do tráfico negreiro. O contexto do Período Regencial foi marcado: ( ) por revoltas populares que reclamavam a volta da monarquia. ( ) por várias crises e pela submissão das forças políticas ao poder central. ( ) pela luta entre os principais grupos políticos que reivindicavam melhores condições de vida. ( X ) pela convulsão política e por novas realidades econômicas que exigiam o reforço de velhas realidades sociais. X

2ª QUESTÃO (UNIFOR/CE adaptada) Analise o mapa que indica os locais onde explodiram as principais rebeliões durante o período regencial: (COSTA Luis C.A. MELLO; Leonel I.A. História do Brasil. São Paulo:Scipione, 1999. p. 175) Sobre os movimentos indicados no mapa pode-se afirmar que: ( X )para além das disputas partidárias e das crises institucionais, as raízes das revoltas podiam ser encontradas no regime escravista, na pobreza urbana e no abandono do sertão; ( )de modo geral, todos os movimentos possuíam caráter políticoideológico sobre uma base social definida: a defesa dos ideais de igualdade e de liberdade dos escravos negros do país; ( ) embora houvesse divergências entre os grupos participantes, o sucesso dos movimentos promoveu transformações sociais significativas, sobretudo quanto ao latifúndio e à escravidão; ( ) o quadro social era favorável à radicalização política, canalizada para a rebelião pelos liberais exaltados, incentivados pelos fazendeiros e por setores populares descontentes com os regentes;

3ª QUESTÃO (UEL/PR adaptada) Com a abdicação de D. Pedro I, configuraram-se três tendências políticas que se debateram durante todo o Período Regencial. Estamos nos referindo aos: ( )progressistas, positivistas e liberais; ( )republicanos, conservadores e regressistas moderados; ( X ) restauradores ou caramurus, moderados ou chimangos e exaltados ou farroupilhas; ( ) republicanos ou jurujubas, positivistas ou regressistas e liberais ou moderados 4ªQUESTÃO (UFSC/SC adaptada) Indique a(s) proposição(ões) verdadeira(s) que se relaciona(m) com o Período Regencial, ocorrido no Brasil (1831-1840): 1 - O governo permaneceu sob controle dos portugueses. 2 - O Brasil viveu momentos de instabilidade política, com inúmeras rebeliões. 4 - Os regentes extinguiram a Constituição do Império. 8 - Os militares proclamaram a República do Brasil. SOMATÓRIA ( ) 2

5ª QUESTÃO (UFMG adaptada) O período compreendido entre a abdicação de D. Pedro I e o Golpe da Maioridade propiciou: ( ) o fortalecimento do Exército, que adquire, a partir de então, preponderante papel político; ( X ) o acirramento das posições relativas ao centralismo e descentralismo político-administrativo; ( ) a participação efetiva da Igreja nas questões relativas ao sistema escravocrata; ( ) a consolidação, em nível político, dos partidos Liberal e Conservador; 6ª QUESTÃO (UNB adaptada) As principais alterações introduzidas pelo Ato Adicional de 1834 à Constituição do Império foram: ( ) maior autonomia para os estados e criação do Conselho de Estado; ( ) maior autonomia para as Províncias e criação da Regência Trina; ( X ) maior autonomia para as províncias e criação da Regência Una; ( ) maior autonomia para os regentes e criação do Conselho de Estado;

7ª QUESTÃO(PUC-PR adaptada) A Cabanagem, Balaiada, Guerra dos Farrapos e Sabinada ocorreram, respectivamente, nas Províncias do: ( ) Pará, Pernambuco, Maranhão, Bahia; ( ) Pará, Maranhão, Rio Grande do Sul, Minas Gerais; ( ) Maranhão, Pará, Rio Grande do Sul, Bahia; ( X ) Pará, Maranhão, Rio Grande do Sul, Bahia; 8ª QUESTÃO (UCS/RS adaptada) Ao longo do Primeiro Reinado e do Período Regencial (1822-1840), a unidade do Império Brasileiro foi várias vezes ameaçada por movimentos armados desencadeados em vários pontos do território nacional. Assinale a alternativa correta acerca desses movimentos: ( ) Sabinada (1837-1838), na Bahia, Balaiada (1838-1841), no Maranhão, e Farroupilha (1835-1845), no Rio Grande do Sul, foram algumas das lutas que tiveram em comum as seguintes reivindicações: estabelecimento de um sistema monárquico descentralizado; transformações na estrutura fundiária, através de uma reforma agrária; abolição da escravatura e defesa dos interesses das camadas populares. ( X ) A Guerra dos Farrapos, também conhecida como Revolução Farroupilha, foi a mais longa guerra civil brasileira, estendendo-se por cerca de dez anos (1835-1845) e chegando a separar a Região Sul do resto do País. Colocou frente a frente, em violentos combates, as forças comandadas pelos estancieiros gaúchos e as tropas do governo imperial, que era acusado de prejudicar os negócios da Província do Rio Grande do Sul.

( )contou com a participação de segmentos sertanejos vaqueiros, pequenos proprietários e artesãos opondo-se aos bem-te-vis, em luta com os negros escravos rebelados, que buscavam nos cabanos apoio aos seus anseios de liberdade; ( ) As revoltas do Período Regencial apresentaram pontos comuns. Entre eles, podem ser citados os interesses defendidos (todas lutaram pelo fim da escravidão e defendiam os interesses das camadas populares) e o objetivo pretendido em relação ao governo central (eram unânimes na idéia de separar, do restante do território brasileiro, as respectivas regiões onde ocorreram as revoltas). ( ) Em 1848 eclodiu uma rebelião em Pernambuco, conhecida como Revolta Praieira, que, diferentemente das demais ocorridas no mesmo período, foi influenciada por idéias do pensamento socialista europeu. Os revoltosos, denominados praieiros, defendiam um programa avançado para a época: a rejeição da propriedade privada e a formação de comunidades autossuficientes. 9ª QUESTÃO: O Período Regencial, compreendido entre 1831 a 1840, foi marcado por grande instabilidade, causada pela disputa entre os grupos políticos para o controle do Império e também por inúmeras revoltas, que assumiram características bem distintas entre si. Em 1838, eclodiu, no Maranhão, a Balaiada, somente derrotada três anos depois. Pode-se dizer que esse movimento:

( ) foi de revolta das classes populares contra os proprietários. Opôs os balaios (sertanejos) aos grandes senhores de terras em aliança com escravos e negociantes; (X ) foi, inicialmente, o resultado das lutas internas da Província, opondo cabanos (conservadores) a bem-te-vis (liberais), aprofundadas pela luta dos segmentos sertanejos liderados por Manuel Francisco dos Anjos, e pela insurreição de escravos, sob a liderança do Negro Cosme, dando características populares ao movimento; ( ) lutou pela extinção da escravidão no Maranhão, pela instituição da República e pelo controle dos sertanejos sobre o comércio da carne verde e da farinha então monopólio dos bem-te-vis, sendo o seu caráter multiclassista a razão fundamental de sua fragilidade; 10ª QUESTÃO (MACKENZIE adaptada) Do ponto de vista político, podemos considerar o Período Regencial como: ( ) uma época conturbada politicamente, embora sem lutas separatistas que comprometessem a unidade do país; ( ) um período em que as reivindicações populares, como direito de voto, abolição da escravidão e descentralização política, foram amplamente atendidas; ( ) uma transição para o regime republicano que se instalou no país a partir de 1840;

( X ) uma fase extremamente agitada com crises e revoltas em várias províncias, geradas pelas contradições das elites, classe média e camadas populares; 11ª QUESTÃO (UFGO adaptada) O Período Regencial apresentou as seguintes características, menos: ( ) Durante as Regências surgiram nossos primeiros partidos políticos: o Liberal e o Conservador. ( X ) O Partido Liberal representava as novas aspirações populares, revolucionárias e republicanas. ( ) Foi um período de crise econômica e social que resultou em revoluções como a Cabanagem e a Balaiada. ( ) Houve a promulgação do Ato Adicional à Constituição, pelo qual o regente passaria a ser eleito diretamente pelos cidadãos com direito de voto.

12ª QUESTÃO (UMC adaptada) O Golpe da Maioridade, datado de julho de 1840 e que elevou D. Pedro II a imperador do Brasil, foi justificado como sendo: ( X ) uma estratégia para manter a unidade nacional, abalada pelas sucessivas rebeliões provinciais; ( ) o único caminho para que o país alcançasse novo patamar de desenvolvimento econômico e social; ( ) a melhor saída para impedir que o Partido Liberal dominasse a política nacional; ( ) a forma mais viável para o governo aceitar a proclamação da República e a abolição da escravidão;

13ª QUESTÃO (FUVEST adaptada) A Sabinada que agitou a Bahia entre novembro de 1837 e março de 1838: ( ) tinha objetivos separatistas, no que diferia frontalmente das outras rebeliões do período; ( X ) foi uma rebelião contra o poder instituído no Rio de Janeiro que contou com a participação popular; ( ) assemelhou-se à Guerra dos Farrapos, tanto pela posição antiescravista quanto pela violência e duração da luta; ( ) aproximou-se, em suas proposições políticas, das demais rebeliões do período pela defesa do regime monárquico;

14ª QUESTÃO (UNITAU adaptada) Sobre o Período Regencial (1831-1840), é incorreto afirmar que: ( X ) foi um período de intensa agitação social, com a Cabanagem no Rio Grande do Sul e a guerra dos Farrapos no Rio de Janeiro; ( ) passou por três etapas: regência trina provisória, regência trina e regência una; ( ) foi criada a Guarda Nacional, formada por tropas controladas pelos grandes fazendeiros; ( ) através do Ato Adicional as províncias ganharam mais autonomia; 15ª QUESTÃO (UFPI adaptada) Não representa uma fase do período regencial do Brasil: ( ) Regência Trina Provisória ( ) Regência Trina Permanente ( ) Regências Unas ( ) Regência Trina monárquica X

16ª QUESTÃO (UFPA adaptada) Depois da abdicação de D.Pedro I até o ano de 1834, a vida política do Brasil foi dominada por grupos políticos que disputavam o poder, dentre os citados abaixo qual NÃO representa um grupo político dessa época? ( ) Restauradores ( ) Liberais Exaltados ( ) Liberais moderados ( X ) Progressistas 17ª QUESTÃO Aponte qual era a principal questão que deu início às rebeliões regenciais: ( ) O interesse das províncias em promover o retorno de D. Pedro I ao poder. ( ) A exigência popular em tornar o Brasil independente de Portugal. ( X ) Disputas políticas entre as elites e as condições de pobreza da maior parte dos brasileiros. ( ) A tentativa portuguesa em restabelecer o seu monopólio colonial sobre o Brasil.

18ª QUESTÃO (UFRJ adaptada) A criação da Guarda Nacional, em 1831, durante o governo regencial, teve como um de seus objetivos. ( ) Apoiar o governo de Pedro I na consolidação da independência. ( ) defender a integridade das fronteiras ameaçadas de invasão ( X ) Conter as agitações e amotinações que ameaçavam a Nação ( ) Combater a influência da aristocracia rural na vida política. 19ª QUESTÃO: O período regencial no Brasil (1830-1840) foi um dos mais agitados da história política do país. Foram questões centrais do debate político que marcaram esse período, EXCETO: ( ) a questão do grau de autonomia das províncias. ( ) a preocupação com a unidade territorial brasileira. ( ) os temas da centralização e descentralização do poder. ( ) o acirramento das discussões sobre o processo abolicionista. X

20ª QUESTÃO (FGV adaptada) A abdicação de D. Pedro I em 1831 deu início ao chamado período regencial, sobre o qual se pode afirmar: I. As elites nacionais reformaram o aparato institucional de modo a estabelecer maior descentralização política. II. Foi um período convulsionado por revoltas, entre elas, a Farroupilha e a Sabinada. III. D. Pedro II sucedeu ao pai e impôs, logo ao assumir o trono, reformas no regime escravista. IV. O exercício do Poder Moderador pelos regentes e pelo Exército conferia estabilidade ao regime. As afirmativas corretas são: ( X ) I e II ( ) I, II e III ( ) I e III ( ) II, III e IV

21ª QUESTÃO(UEL adaptada) "...valorizava-se novamente o município, que fora esquecido e manietado durante quase dois séculos. Resultava a nova lei na entrega aos senhores rurais de um poderoso instrumento de impunidade criminal, a cuja sombra renascem os bandos armados restaurando o caudilhismo territorial (...). O conhecimento de todos os crimes, mesmo os de responsabilidade (...), pertencia à exclusiva competência do Juiz de Paz. Este saía da eleição popular, competindolhe ainda todas as funções policiais e judiciárias: expedições de mandatos de busca e sequestro, concessão de fianças, prisão de pessoas,..." Em relação ao período regencial brasileiro, o texto refere-se ( ) ao Ato Adicional. ( ) à Lei de Interpretação. ( X ) ao Código de Processo Criminal. ( ) à criação da Guarda Nacional.

22ª QUESTÃO (UFRGS 2011 adaptada) O cargo de juiz de paz teve suas funções regulamentadas pelo Código de Processo Criminal de 1832. Esses juízes representavam o liberalismo brasileiro durante o período regencial. Esses magistrados eram ( ) nomeados diretamente pelo Imperador, exercendo as funções de chefe de polícia. ( ) designados diretamente pelo ministro da Justiça, exercendo as funções de promotor público. ( X ) eleitos pelos cidadãos para exercer funções conciliatórias e de qualificação eleitoral. ( ) eleitos pelos deputados gerais para administrar os bens dos órfãos e de pessoas ausentes. Comentário: O ano de 1832 foi marcado por uma série de medidas consideradas liberais, no início do período regencial. Nesse período, o ministro da justiça Feijó, era o homem forte do governo e ao criar o cargo de juiz de paz procurou descentralizar as estruturas administrativas. Os juízes de paz seriam eleitos localmente pelo voto censitário; eles teriam funções de controle moral, papel conciliatório e eleitoral.

23ªQUESTÃO (UECE adaptada) "O período regencial foi um dos mais agitados da história política do país e também um dos mais importantes. Naqueles anos, esteve em jogo a unidade territorial do Brasil, e o centro do debate político foi dominado pelos temas da centralização ou descentralização do poder, do grau de autonomia das províncias e da organização das Forças Armadas." (FAUSTO, Boris. HISTÓRIA DO BRASIL. 2 ed. São Paulo: EDUSP, 1995. p. 161.) Sobre as várias revoltas nas províncias durante o período da Regência, podemos afirmar corretamente que: ( ) eram levantes republicanos em sua maioria, que conseguiam sempre empolgar a população pobre e os escravos ( ) a principal delas foi a Revolução Farroupilha, acontecida nas províncias do nordeste, que pretendia o retorno do Imperador D. Pedro I ( X ) podem ser vistas como respostas à política centralizadora do Império, que restringia a autonomia financeira e administrativa das províncias ( ) em sua maioria, eram revoltas lideradas pelos grandes proprietários de terras e exigiam uma posição mais forte e centralizadora do governo imperial

24ª QUESTÃO (Mackenzie adaptada) Do ponto de vista político podemos considerar o período regencial como: ( ) uma época conturbada politicamente, embora sem lutas separatistas que comprometessem a unidade do país. ( ) um período em que as reivindicações populares, como direito de voto, abolição da escravidão e descentralização política foram amplamente atendidas. ( ) uma transição para o regime republicano que se instalou no país a partir de 1840. ( X ) uma fase extremamente agitada com crises e revoltas em várias províncias, geradas pelas contradições das elites, classe média e camadas populares.

25ª QUESTÃO (FUVEST adaptada) O período regencial foi politicamente marcado pela aprovação do Ato Adicional que: ( ) criou o Conselho de Estado. ( ) implantou a Guarda Nacional. ( X ) transformou a Regência Trina em Regência Una. ( ) extinguiu as Assembleias Legislativas Provinciais. 26ª QUESTÃO(Fuvest adaptada) Em agosto de 1831, Feijó cria a Guarda Nacional. Qual o papel dessa instituição militar no Período Regencial e no Segundo Reinado? Resposta: Com a Guarda Nacional, começa a se constituir no país uma força armada vinculada diretamente à aristocracia rural, com organização descentralizada, composta por membros da elite agrária e seus agregados. Os oficiais de alta patente são eleitos nas regiões e, para muitos historiadores, é um dos componentes fundamentais do coronelismo político instituição não-oficial determinante na política brasileira e que chega ao apogeu durante a República Velha.

27ª QUESTÃO (UFRS adaptada) Associe os acontecimentos e medidas políticas do Brasil Império listados na coluna 1 com as respectivas conjunturas políticas constantes na coluna 2. Coluna 1 1 - Avanço Liberal 2 - Regresso Conservador Coluna 2 ( ) aprovação do Código de Processo Criminal ( ) criação da Guarda Nacional ( ) definição dos partidos políticos imperiais ( ) aprovação do Ato Adicional ( ) Lei de Interpretação do Ato Adicional A sequência numérica correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é ( ) 1-1 - 2-2 - 1. ( ) 1-2 - 1-2 - 1. ( X ) 1-1 - 2-1 - 2. ( ) 2-1 - 2-1 - 2.

28ª QUESTÃO (UFRGS 2008 adaptada) Assinale a alternativa correta em relação aos eventos políticos ocorridos no período regencial. ( ) Na Regência Una do Padre Feijó, foi suspenso parcialmente o uso do Poder Moderador pelos regentes. ( X ) Na Regência Una de Araújo Lima, promulgou-se a Lei Interpretativa do Ato Adicional. ( ) Na Regência Trina Provisória, foram criados os partidos progressista, regressista, liberal e conservador. ( ) Na Regência da Princesa Isabel, eclodiu o movimento oposicionista da Confederação do Equador.

29ª QUESTÃO (UFV 2010 adaptada) Observe a imagem a seguir: Com relação à Guarda Nacional, criada durante o Império, é CORRETO afirmar que: ( )funcionava como única força armada que podia defender os interesses dos escravistas e coibir a fuga dos escravos. ( )objetivava o controle da Corte e da burocracia imperial, alvos frequentes de manifestações populares de descontentamento. ( X ) tinha por finalidade a garantia da segurança e da ordem, defendendo a Constituição, a obediência às leis e a integridade do Império. ( ) atuava na defesa das fronteiras externas brasileiras, impedindo a expansão dos países platinos em direção ao território brasileiro. Comentários: A Guarda Nacional foi uma força paramilitar organizada por lei no Brasil durante o período regencial para assegurar o respeito à Constituição em vigor e conter rebeliões nas províncias. Foi desmobilizada em 1922.

30ª QUESTÃO (ESPM 2011 adaptada) No século XIX, quando o Brasil era um império, ocorreu a aprovação de medida que continha algumas significativas decisões, tais como: Art. 1º - Câmaras dos Distritos e Assembleias substituirão os Conselhos Gerais, sendo estabelecido em todas as províncias com o título de Assembleias Legislativas Provinciais. Art. 26º - Se o Imperador não tiver parente algum, que reúna as qualidades exigidas, será o Império governado, durante a sua menoridade, por um regente eletivo e temporário, cujo cargo durará quatro anos, renovando-se para esse fim a eleição de quatro em quatro anos. Art. 32º - Fica suprimido o Conselho de Estado. (Ilmar Rohloff de Mattos. O Império da Boa Sociedade: A consolidação do Estado Imperial Brasileiro) Os artigos devem ser relacionados com: ( ) Constituição de 1891; ( ) Código do Processo Criminal; ( ) Projeto da Mandioca; ( X ) Ato Adicional de 1834.

Comentários: Questão que exige conhecimento específico e memorização. Ao ler o texto é necessário saber e lembrar que tais mudanças foram realizadas pelo Ato Adicional, conjunto de leis de 1834 que promoveu alterações na Constituição do país. Tais medidas pretendiam promover menos centralização da estrutura política e, para muitos historiadores, representou uma experiência republicana, pois garantia alguma autonomia às províncias e estabelecia a eleição do governante, com mandato definido, num modelo que se assemelhava ao existente nos Estados Unidos. 31ª QUESTÃO (UFC 2009 adaptada) O Ato Adicional, decretado no período das regências no Brasil pela Lei n0. 16, de 12 de agosto de 1834, estabeleceu algumas modificações na Constituição de 1824. Acerca dessas alterações, assinale a alternativa correta. ( ) O Conselho de Estado foi reorganizado para que fosse possível conter os conflitos provinciais. ( ) Os presidentes provinciais passaram a ser eleitos e a ter o poder de aprovar leis e resoluções referentes ao controle dos impostos. ( ) O estabelecimento da Regência Una, ao invés da Regência Trina, significou a eleição de um único regente, com mandato até a maioridade de D. Pedro II. ( X ) As assembleias legislativas provinciais foram criadas para proporcionar autonomia política e administrativa às províncias no intuito de atender às demandas locais.

32ª QUESTÃO (UFC 2008 adaptada) Em 07 de abril de 1831, o Imperador D. Pedro I renunciou ao trono do Brasil, deixando como herdeiro seu filho de apenas cinco anos de idade, o futuro D. Pedro II. a. Cite quatro elementos que provocaram a renúncia de D. Pedro I. b. Como ficou conhecido o sistema de governo que vigorou no período entre a abdicação de D. Pedro I e a coroação de D. Pedro II? c. O que motivou a instalação desse sistema de governo? d. Cite dois fatores que contribuíram diretamente para a antecipação da coroação de D. Pedro II, por meio do "golpe da maioridade". Resposta: a. No início da década de 1830, a continuidade do reinado de D. Pedro I tornou-se insustentável. A crise financeira, desencadeada pelo declínio das exportações, pelo crescente endividamento externo e pelos gastos com a Guerra da Cisplatina, resultou em um aumento da inflação e no agravamento da pobreza. A isso somou-se a insatisfação com a centralização do poder e o autoritarismo do Imperador, levando a intensos conflitos entre facções favoráveis (em sua maioria ligados ao Partido Português) e contrárias (em sua maioria ligados ao Partido Brasileiro) ao Imperador. Outro fator importante foi o empenho do Imperador na luta a favor de seu irmão, D. Miguel, o qual disputava, com a própria filha, D. Maria II, a sucessão do trono português, após a morte de D. João VI. A junção destes elementos provocou a renúncia do Imperador ao trono brasileiro em favor de seu filho, o príncipe D. Pedro de Alcântara.

b/c. A menoridade do herdeiro, que tinha, à época da abdicação, apenas cinco anos de idade, o impossibilitou de governar. Por esse motivo, foi estabelecido um governo regencial, que deveria dirigir o Império até que o príncipe atingisse a maioridade. Entretanto, alguns fatores ligados à disputa política entre Regressistas (depois chamados Conservadores) e Progressistas (depois chamados Liberais) e às revoltas e rebeliões que ocorriam nas províncias, fomentaram o "golpe da maioridade", antecipando a coroação do príncipe, que foi declarado Imperador do Brasil, sob o título de D. Pedro II, em 1840, quando tinha apenas 14 anos de idade. Foram causas imediatas disso: a ascensão dos Regressistas (Conservadores) ao poder, com a regência de Pedro Araújo Lima (1837) e o consequente alijamento dos Progressistas (Liberais); a limitação da autonomia provincial, com a aprovação da Lei de Interpretação do Ato Adicional (1840); a articulação entre liberais e palacianos ou áulicos em favor da antecipação da maioridade do príncipe herdeiro; o interesse dos grandes proprietários rurais em restabelecer a "ordem social", convulsionada pelos sucessivos levantes populares ocorridos no período regencial, como a Revolta dos Malês (1835); o desejo das elites políticas de evitar que a unidade territorial brasileira fosse quebrada por movimentos separatistas, como a Farroupilha (1835) e a Sabinada (1837).

33ª QUESTÃO (FUVEST adaptada) Bernardo Pereira Vasconcelos, político brasileiro do período regencial, afirmou na segunda metade dessa fase da História do Brasil ser necessário "parar o carro da revolução". a. Qual o contexto político e social a que ele se referiu com essa avaliação? b. Como foi encaminhada a superação dessa situação? Respostas: a. existência de rebeliões regenciais. b. A aristocracia rural reprimiu a esses movimentos com a guarda nacional.

34ª QUESTÃO (UFRRJ adaptada) O texto a seguir refere-se ao período da política regencial no Brasil. A Câmara que se reunia em 1834 trazia poderes constituintes para realizar a reforma constitucional prevista na lei de 12 de outubro de 1832. De seu trabalho resultou o Ato Adicional publicado a 12 de agosto de 1834 (...) O programa de reformas já fora estabelecido na lei de 12 de outubro, o Senado já manifestara sua concordância em relação ao mesmo e só havia em aberto, questões de pormenor. No decorrer das discussões poder-se-ia fixar o grau maior ou menor das autonomias provinciais, mas já havia ficado decidido que não se adotaria a monarquia federativa, o que marcava como que um teto à ousadia dos constituintes. CASTRO, P. P. de. A experiência republicana, 1831-1840. In: HOLANDA, S. B. de. "História Geral da Civilização Brasileira." v. 4. São Paulo: Difel, 1985, p. 37. a. Cite duas reformas instituídas pelo Ato Adicional de 12 de agosto de 1834. Resposta: O Ato Adicional de 1834 transformou a Regência Trina em Regência Una e estabeleceu a criação das Assembleias Legislativas nas províncias brasileiras. b. Aponte a razão pela qual se costuma dizer que a Regência correspondeu a uma "experiência republicana". Resposta: O governo regencial representou uma vitória dos liberais moderados, que avançaram algumas propostas descentralizadoras de governo. Mas apesar de derrotados, algumas das propostas dos exaltados foram ao menos parcialmente contempladas. Entre elas está a autonomia provincial.