UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE DIREITO

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Transcrição:

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE DIREITO CURSO DE ESTÁGIO PROFISSIONAL DE ADVOCACIA CEPA Prática Processual Trabalhista 1º Ano São Paulo - 2017

2 Sumário 1. Ponto nº 1...pág. 3 2. Ponto nº 2...pág. 4 3. Ponto nº 3...pág. 5 4. Ponto nº 4...pág. 6 5. Ponto nº 5...pág. 7 6. Ponto nº 6... pág. 8 7. Ponto nº 7... pág. 9 8. Ponto nº 8...pág. 10 9. Ponto nº 9...pág. 11 10. Ponto nº 10...pág. 12 11. Ponto nº 11...pág. 13 12. Ponto nº 12...pág. 14 13. Ponto nº 13...pág. 15

3 PONTO Nº 1 Carlos Monteiro trabalhou para a empresa Max Ltda, na função de ajudante geral, no período de 01.03.2010 a 18.06.2016, quando foi dispensado sem justa causa e sem pré-prévio, percebendo como último salário mensal o valor de R$ 1.200,00. Laborava das 8h às 22h, de segunda a sábado, com uma hora de intervalo para refeição e descanso. Sempre recebeu apenas o salário base, sem nenhuma verba adicional. As férias com o terço constitucional de 2012/2013 e de 2014/2015 com 1/3 foram pagas e gozadas. O 13º de 2010 até 2013 também foram pagos. Após a dispensa da empresa não recebeu qualquer verba rescisória ou o pagamento pelas horas extras. Como advogado do empregado atue na defesa de seus interesses. Questionário 1) Qual a medida cabível para defender os interesses do empregado? 2) Qual o Juízo competente para apreciar a causa acima? 3) Quais os direitos que podem ser pleiteados? Quais seus fundamentos? 4) Ele faz jus a 13 e férias com o terço constitucional de acordo com os fatos acima? 5) Faz jus a pagamento de multa pelo fato da homologação não ter sido realizada? 6) Os pedidos devem ser liquidados?

4 PONTO Nº 2 José da Silva, vigilante, foi admitido pela Empresa de Vigilância Alvorada Ltda no dia 01/06/2010. Durante todo o pacto laboral prestou serviços nas dependências do Banco Beta S/A no período de 01/06/2010 até 31/08/2013 e nas dependências da Metalúrgica Omega Ltda no período de 01/09/2013 até o seu desligamento. Foi injustamente despedido no dia 30/11/2016 sem préaviso. Seu último salário foi de R$ 1.200,00 por mês. Gozou e recebeu férias de 2010/2011, 2011/2012 e 2012/2013. Recebeu 13º salário proporcional de 2010 e integral de 2011 e 2012. Não recebeu o salário de novembro de 2016. Dirigiu-se à Caixa Econômica Federal e obteve extrato analítico da conta vinculada onde constam depósitos fundiários dos meses de junho de 2010 até junho de 2013. Sua jornada de trabalho sempre foi das 7h às 19 horas, de segunda a sexta-feira, com uma hora de intervalo. Nunca recebeu horas extras e reflexos. As verbas rescisórias também não foram quitadas. Também não lhe foram entregues as guias TRCT e Comunicado de Dispensa - SD. O presente feito foi distribuído no dia 25/02/2017. Como advogado de José da Silva redija a peça processual adequada à hipótese. Questionário 1) A quem é dirigida a peça processual a ser proposta? 2) Considerando-se o contido no artigo 7º, inciso XXIX, da CF/88 qual seria o prazo prescricional para a propositura do presente feito? 3) Há algum pedido prescrito considerando-se que a propositura tenha ocorrido, por exemplo, no dia 25/02/2017? Quais? 4) Há algum pedido a ser feito de forma alternativa? 5) Sobre as horas extras quais reflexos deverão incidir? 6) O que se deve postular em relação ao Banco Beta S/A e em relação à Metalúrgica Omega Ltda?

5 PONTO Nº 3 Roberto Santos foi admitido pela Marcenaria Dutra Ltda no dia 28/04/2012 para a função de marceneiro. Todavia o empregador lhe impôs como condição para prestar serviços que se associasse à Coopmarc Cooperativa dos Trabalhadores Marceneiros de São Paulo. Todavia, sempre se ativou com pessoalidade, habitualidade, onerosidade e subordinação. Após a Marcenaria Dutra Ltda romper o contrato de prestação de serviços com a Coopmarc efetuou o registro do contrato de trabalho na CTPS de Roberto, o que ocorreu somente em 01/08/2014. Sempre trabalhou de forma correta, pelo que nunca foi punido durante o pacto laboral. Todavia, teve que faltar ao trabalho um dia para levar seu filho ao médico, ocasião em que o empregador despediu-lhe por justa causa por desídia no dia 20/02/2017, com o que não concordou. Recebeu apenas o saldo salarial. Sempre desenvolveu suas atividades em local com pó decorrente do corte de madeira. Contudo, a reclamada nunca lhe forneceu equipamento de proteção individual (máscaras, óculos e luvas), não obstante tratar-se de ambiente insalubre. Contratado por Roberto ajuíze a medida processual cabível à hipótese no dia 01.03.2017. Questionário 1) Qual a medida judicial cabível? 2) A quem deve ser dirigida a medida judicial cabível? 3) Quem deverá figurar como réu (s)? 4) Quais pedidos deverão ser formulados?

6 PONTO Nº 4 Nepomuceno Felisbino foi admitido por João Tarquínio ME em 15/04/2008, com contrato laboral registrado na sua CTPS, como empregado. Alega que trabalhou de segunda a sábado, das 5h às 19h, com vinte minutos de intervalo para refeição e descanso, percebendo salário mensal de R$ 1.200,00. Alega na causa de pedir que foi dispensado por justa causa (desídia) em 22/01/2016, em decorrência de ter se ausentado do trabalho em três oportunidades, sendo que recebeu advertências escritas quanto às duas primeiras faltas e por conta da terceira foi dispensado. Entende que a alegação para a justa causa não é robusta. Alardeou não ter recebido as verbas rescisórias no prazo legal e que estas são devidas em primeira audiência. Por isso, pede a reversão da justa causa e o pagamento de verbas rescisórias, horas extras e reflexos, indenização por danos morais, além da aplicação das multas previstas nos artigos 467 e 477 da Consolidação das Leis do Trabalho. Não juntou nenhum documento para fundamentar os pleitos e informou que não possuía nenhum controle de jornada. O presente feito foi distribuído no dia 20.02.2017. Como advogado do Reclamado, apresente a medida judicial cabível. Questionário 1) Qual o Juízo competente para apreciar a causa acima? 2) Qual a medida cabível para defender os interesses do empregador? 3) Em qual momento deve ser apresentada a medida? 4) Ela poderia ser apresentada oralmente? 5) Em relação a quais pedidos a reclamada poderia opor-se? Quais seus fundamentos? 6) Há alguma preliminar a ser arguida? 7) O empregador poderia alegar a existência de prescrição?

7 PONTO Nº 5 A reclamante Maria do Socorro Silveira foi contratada em 02.01.2011 e demitida em 05.01.2016, por justa causa, em razão de ter quebrado, propositadamente, uma máquina muito importante para a produção da empresa Suisser Ltda. Inconformada, propôs reclamação para reversão da justa causa para sem justa causa, alegando que possui prova testemunhal comprobatória de que não agiu propositadamente, bem como pleiteou o pagamento das verbas rescisórias, como aviso prévio, férias proporcionais, 13 o proporcional, 40% sobre depósitos do FGTS, além de requerer guias para levantar depósitos de FGTS e seguro desemprego. O Ultimo salário da reclamante foi de R$ 1.500,00. A ação foi distribuída em 01/03/2017. A reclamada, por sua vez, pretende defender-se em relação à ação da reclamante, bem como pleitear reparação diante dos fatos acima expostos. Para tanto, considerar que no contrato individual de trabalho da reclamante existe cláusula expressa tratando do direito da empresa ser reparada pelos prejuízos causados. Em nome da empresa propor medida que vise a reparação pretendida. Questionário: 1) Qual o Juízo competente para apreciar a causa acima? 2) Qual a medida cabível para defender os interesses do empregador, considerando o contexto acima? 3) Quais os direitos que podem ser pleiteados? Quais seus fundamentos? 4) Em que momento pode ser proposta a medida em nome da reclamada? 5) Ela pode ser oferecida oralmente? Mesmo com o processo digital? 6) A quem cabe o ônus em relação à matéria do ponto acima?

8 PONTO Nº 6 Sr. Josefino Silveira trabalhou no período de 02.01.2005 a 02.01.2016, na empresa KL Ltda, exercendo a função de gerente de vendas, tendo sido dispensado sem justa causa. Em razão de ultrapassar em 1 h diária a jornada contratual de 8 h diárias e 40 semanais, de segunda a sexta-feira, ao realizar a jornada das 8 h às 18 h com 1 h de intervalo, pleiteou o pagamento dessas horas com adicional de 50% e que as mesmas tivessem reflexos em DSR, 13 o salário, férias com o terço, aviso prévio e que sobre as mesmas incidissem os 8% de FGTS e sobre estas diferenças, os 40% de indenização. A distribuição da ação foi em 15.08.2016. A reclamada, na audiência Una realizada em 20 de janeiro de 2017, ofereceu defesa dizendo que o reclamante não tinha direito a horas extras pelo fato de trabalhar no horário das 9 h às 18 h com 1 h de intervalo, sendo que não juntou quaisquer documentos em anexo à defesa, à exceção de 2 (dois) cartões de ponto que indicavam o cumprimento da jornada contratual. Tendo sido dispensado o depoimento das partes, passou-se à produção da prova testemunhal. A primeira testemunha do reclamante disse que trabalhou com o mesmo e o via entrar entre as 8h e 8h30 min diariamente. A segunda testemunha alegou que nos dias que entrava mais cedo, duas vezes por semana, via o reclamante entrar às 8h 30 min. Já a testemunha da reclamada, sabia por terceiros, que o reclamante não prorrogava a jornada, realizando 8 horas diárias. Na ata da audiência acima, considerando que o reclamante e a reclamada não tiveram a oportunidade de se manifestarem sobre as provas produzidas, constou a possibilidade das partes apresentarem alegações finais até o julgamento, que ocorrerá em 21/03/2017. Formular manifestação em nome do reclamante. Questionário: 1) A manifestação, na oportunidade descrita, pode ser oferecida oralmente? 2) Podem ser juntados documentos? 3) Qual a principal finalidade desse ato? 4) Existe alguma consequência para a parte que deixar de apresentar essas alegações? 5) A quem cabe o ônus da prova em relação à matéria veiculada no ponto acima?

9 PONTO Nº 7 José de Assis pretende mover medida contra o Banco Internacional S/A em decorrência de r. sentença prolatada pela MM. 37ª Vara do Trabalho de São Paulo, nos autos da reclamação trabalhista n.º 2438/16, ter entendido que o prazo de dois anos, previsto no art. 7º, inciso XXIX, da Constituição Federal, para propositura da ação, seria decadencial, motivo pelo qual extinguiu o feito com julgamento do mérito, nos termos do art. 487, II, do CPC, desconsiderando a interrupção do prazo em razão de duas demandas anteriormente arquivadas. Como advogado, manipule o meio judicial que entender cabível em prol do Reclamante. Questionário: 1) Qual o juízo competente para apreciar a medida diante do caso acima? 2) Existe algum prazo para exercer o direito à medida acima? 3) Quais os requisitos para a medida? 4) Qual deve ser o argumento a ser empregado? 5) Qual deve ser o pedido?

10 PONTO Nº 8 O Sr. João Antônio Martinês promoveu ação trabalhista contra a empresa Expand Ltda para pleitear horas extras e verbas rescisórias. Ocorre que a instrução ocorreu em 10/07/2015, tendo o julgamento sido designado para 10/12/2015. Até o momento o juízo não proferiu a sentença, mesmo considerando que o reclamante requereu por duas vezes em maio de 2016 e em setembro de 2016 que o juízo proferisse imediatamente a decisão. Mesmo assim o juízo não se pronunciou sobre os requerimentos ou quanto ao julgamento. Em nome do reclamante utilize-se da medida cabível. Questionário: 1) Qual é a medida possível? Essa medida tem natureza de recurso? 2) Qual o prazo para oferecer a medida? 3) A parte contrária na ação trabalhista pode manifestar-se diante da medida proposta? 4) Os autos principais seguem com a medida? 5) Perante qual Juízo será oferecida a medida? 6) Quem julgará a medida?

11 PONTO Nº 9 Alan Gama é empregado da empresa FM Ltda e foi eleito para cargo de direção do sindicato da categoria profissional em 02 de maio de 2015 Foi empossado como secretário geral do sindicato com mandato de dois anos. No dia 15 de outubro de 2016, durante greve deflagrada na empregadora, depredou parte das dependências físicas da empresa. Você está analisando estes fatos no dia 05/11/2016. Como advogado da empresa, mova judicialmente medida necessária para buscar a rescisão do contrato de trabalho do dirigente sindical. Questionário: 1) Qual o Juízo competente para apreciar a causa acima? 2) Qual a medida cabível para defender os interesses do empregador? 3) Quais os direitos que podem ser pleiteados? Quais seus fundamentos? 4) Em que momento pode ser proposta a medida em nome da reclamada? 5) Ela pode ser oferecida oralmente? 6) A quem cabe o ônus em relação à matéria do ponto acima?

12 PONTO Nº 10 EXERCÍCIO DE CÁLCULO DE VERBAS RESCISÓRIAS PARA FINS DE PROPOSITURA DE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA O reclamante foi admitido pela reclamada em 01/02/2012 na função de Auxiliar de Escritório. Teve sua CTPS corretamente anotada quando de sua admissão. Foi injustamente despedido no dia 28/04/2016 sem justa causa. Seu salário foi de R$ 1600,00 (um mil e seiscentos reais) por mês durante todo o pacto laboral. Como advogado do reclamante calcular as verbas rescisórias a que faz jus o reclamante levando-se em consideração os seguintes dados: a) a reclamada dispensou o reclamante do cumprimento do aviso prévio. b) o reclamante nunca recebeu e gozou férias. c) a reclamada quitou o 13º salário de 2012 no importe de R$ 1600,00 (um mil e seiscentos reais). d) o FGTS foi depositado na conta vinculada do trabalhador apenas no período de fevereiro de 2012 até janeiro de 2014 (inclusive sobre o 13º salário proporcional de 2014). e) após o mês de janeiro de 2014 não foi feito nenhum depósito na conta vinculada do reclamante. f) a reclamada liberou o TRCT código 01 para levantamento do FGTS já depositado, bem como liberou as guias para recebimento do seguro desemprego. g) No extrato da conta vinculada do FGTS da CEF consta saldo de R$ 1.650,00. h) o saldo salarial não foi pago ao reclamante. i) o cálculo está sendo efetuado pelo advogado do reclamante 60 dias após a data do desligamento do mesmo, com o intuito de ajuizar reclamação trabalhista.

13 PONTO Nº 11 AUDIÊNCIA TRABALHISTA SIMULADA Caso prático de audiência onde os alunos participarão como partes (reclamante e reclamada ou preposto), advogados e testemunhas. Destacam-se na audiência trabalhista simulada todos os atos que nela ocorrem desde o apregoamento, qualificação, 1ª tentativa de conciliação obrigatória, recebimento da defesa, réplica, oitiva de partes e testemunhas, encerramento da instrução processual, razões finais, 2ª tentativa de conciliação obrigatória e designação de audiência de julgamento.