ANÁLISE GRÁFICA BIPLOT

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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 ANÁLISE GRÁFICA BIPLOT NA SELEÇÃO DE GENÓTIPOS DE MANGA ROSA MARIA CLIDEANA CABRAL MAIA 1 ; JOSÉ EDUARDO VASCONCELOS DE CARVALHO JÚNIOR 2 ; REGINA LUCIA FERREIRA GOMES 3 ; LÚCIO BORGES DE ARAÚJO 4 ; LUCIO FLAVO LOPES VASCONCELOS 5 INTRODUÇÃO A região Meio Norte brasileira apresenta uma grande diversidade de variedades locais de manga que poderão contribuir para o melhoramento genético dessa cultura, dentre elas, se destacam as variedades Rosa, Lira e Espada, dada às suas características de sabor, coloração, tamanho do fruto, textura de polpa e proliferação. A variedade rosa é uma das variedades locais que apresenta maior variabilidade genética para as variáveis tamanho, peso e forma do fruto, época de florescimento, pegamento de frutos, produtividade, teor de sólidos solúveis totais, conteúdo de acidez total titulável, ph, Vitamina C, entre outros (VASCONCELOS et al. 1998). O emprego da análise gráfica biplot nos programas de melhoramento genético se justifica por se constituir em uma ferramenta estatística acurada, robusta e integrada que apresenta as correlações fenotípicas entre variáveis e inter-relações simultâneas entre caracteres x genótipos permitindo a identificação, classificação e seleção dos genótipos vencedores. Estes genótipos elite podem ser selecionados para compor um esquema de cruzamentos entre genitores geneticamente contrastantes e de melhor desempenho nas fases iniciais do programa de melhoramento ou serem diretamente recomendados para produção comercial através da reprodução clonal ao reproduzir integralmente seu genoma. Para Oladejo et al. (2011), esse tipo de análise fornece informações que ajudam a detectar atributos menos importantes que apresentam redundância e que podem ser descartados na análise, e identificam aqueles que são apropriados para seleção indireta para uma variável alvo. Esta pesquisa teve como objetivo estudar as inter-relações genótipo versus características alvo do programa de melhoramento genético da mangueira na seleção de genótipos elite de manga rosa com o emprego do procedimento de análise gráfica biplot. 29 30 31 1 Dra. Genética e Melhoramento de Plantas, Embrapa Meio Norte, e-mail: clideana.maia@embrapa.br, 2 Doutorando em Agronomia, Universidade Federal do Piauí (UFPI),e-mail: zeeduardojr@hotmail.com,

32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 3 Dra. Genética e Melhoramento de Plantas, Universidade Federal do Piauí (UFPI),e-mail: rlfgomes@ufpi.edu.br, 4 Dr. Estatística, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), e-mail: lucio@famat.ufu.br, 5 Dr. Fitotecnia, Embrapa Meio Norte, e-mail: lucio.vasconcelos@embrapa.br. MATERIAL E MÉTODOS A população estudada compreendeu 26 acessos do Banco Ativo de Germoplasma (BAG) da manga rosa da Embrapa Meio Norte. As variáveis avaliadas em uma amostra aleatória de cinco frutos em estágio de maturação fisiológica completa foram codificadas da seguinte forma: MF = Massa do fruto (g); COMP = Comprimento (mm); DMAIOR = Diâmetro maior (mm); DMENOR = Diâmetro menor (mm); MC = Massa da casca; MS = Massa da semente; SST = Teor de sólidos solúveis totais (BRIX); ph = ph; TP = Textura da polpa; ATT = Acidez total titulável; B.A = Relação BRIX/ATT (adimensional); POLPA = Massa da polpa (g); RP = Rendimento de polpa (%); EC = Espessura da casca.o delineamento experimental empregado foi o de blocos completos casualizados com quatro repetições. Realizou-se análise exploratória dos dados, com base no coeficiente de correlação de Pearson, para verificar a existência de correlação entre as variáveis e, depois, procedeu-se a análise de componentes principais (ACP) e representação gráfica via biplot. A ACP é uma técnica de análise multivariada que consiste em explicar a estrutura de variâncias e covariâncias de um conjunto de variáveis, por meio de poucas combinações lineares dessas próprias variáveis originais, com o objetivo de reduzir a dimensionalidade do conjunto de variáveis, facilitando a interpretação da interdependência entre elas (JOHNSON; WICHERN, 1998). Com base na ACP, é possível construir gráficos biplot (GABRIEL, 1971; GOWER; HAND, 1996) que representam, na mesma dimensão, as variáveis (caracteres físicos ou químicos) e os indivíduos (genótipos). Para que os resultados não fossem influenciados pela magnitude das unidades das variáveis, utilizou-se a matriz de correlação das variáveis para obtenção dos componentes principais (BARROSO; ARTES, 2003). Esses componentes, o gráfico biplot e as correlações foram obtidos utilizando o software R (2012), fazendo uso das funções princomp e biplot disponíveis no package stats.

64 65 66 67 68 69 70 71 72 RESULTADOS E DISCUSSÃO Com Análise de Componentes Principais (ACP) da matriz de correlação para reduzir a dimensionalidade das variáveis inter-relacionadas, nota-se que o componente 1, explica 31.49% da variabilidade total e o componente 2 e 3, explicam 18,34% e 14,24%, respectivamente; sendo que juntos explicam uma porcentagem da variação padrão total 64,07% acumulando uma porção significativa de ordem sistemática dos dados na explicação dos efeitos genéticos livres de ruídos (Tabela 1).

63 Tabela 1. Autovalor (Auto), porcentagem da variação explicada (Porc) e porcentagem da explicada 64 acumulada (Acum) dos componentes principais. PCA PCA PCA PCA PCA PCA PCA PCA PCA PCA PCA PCA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 PCA PCA 14 Auto 2,10 1,60 1,41 1,19 1,16 0,81 0,77 0,69 0,49 0,44 0,30 0,13 0,09 0,02 Porc 31,49 18,34 14,24 10,14 9,58 4,65 4,20 3,43 1,72 1,40 0,64 0,12 0,05 0,00 Acum 31,49 49,83 64,06 74,20 83,78 88,43 92,63 96,06 97,78 99,18 99,82 99,94 100,00 100,00 65 Na Figura 1, apresenta-se o gráfico biplot (que explica 49,83%), considerando as duas 66 primeiras componentes principais, o que possibilita notar que as variáveis formam quatro grupos de 67 variáveis (GV): RP, ph, ATT e SST (GV1); EC, POLPA, DMENOR e MF (GV2); COMP, MC e 68 MS (GV3); e DMAIOR, B.A e TP (GV4). É possível notar que as variáveis do GV1 têm uma relação 69 negativa com GV3 e GV4 e independente de GV2. Já o GV3 tem uma relação positiva com GV2 e 70 GV4, mas as variáveis de GV2 não interferem nas variáveis do GV4. 71 Em relação aos genótipos, nota-se a formação de seis grupos de genótipos (GG): 9, 15, 16, 72 26, 35, 41, 42 e 48 (GG1); 38 (GG2); 31, 37 e 43 (GG3); 1, 3, 4, 30, 36, 40 e 46 (GG4); 25 (GG5); e 73 2, 5, 7, 8, 11 e 17 (GG6). O grupo GG1 tem uma relação negativa com GG2, GG3 e GG4. Já o grupo 74 GG3 tem uma relação positiva com os GG2 e GG4, mas não existe relação entre GG2 e GG4. É 75 possível observar, ainda, que os genótipos do grupo GG5 apresentam valores intermediários das 76 variáveis analisadas. Já os genótipos de GG1 apresentam altos valores de SST e ATT, e baixos valores 77 das variáveis dos grupos GV2, GV3 e GV4. Os genótipos que pertencentes ao GG1 são candidatos a 78 seleção para compor um esquema de cruzamentos como potenciais doadores de alelos que conferem 79 altos teores de SST e ATT e baixos valores de MC e MS, simultaneamente. O Genótipo 38 (GG2) 80 tem baixos valores de RP e ph e das variáveis no grupo GV2 (EC, POLPA, DMENOR e MF) e altos 81 valores para TP e do GV3 (COMP, MC e MS). O genótipo 38, a despeito de apresentar elevada TP, 82 se apresenta insuficiente para as demais variáveis alvo do processo seletivo podendo ser descartado 83 já nas etapas iniciais do programa de melhoramento genético. Os grupos GG3 apresentam valores 84 altos para os atributos DMAIOR e B. A e os genótipos do grupo GG4 estão associados positivamente 85 a variáveis do grupo GV3 e GV4 e, negativamente, a GV1. O Grupo GG4 tem uma relação positiva 86 com o grupo GV2. Os genótipos do grupo GG4 são potenciais doadores de

alelos que conferem a 87 obtenção de frutos maiores e podem ser selecionados como genitores promissores em cruzamento 88 com os genótipos do grupo GG1. O genótipo 25 que compõe o grupo GG5 não tem relação com os 89 demais grupos, contudo o apresenta alto RP. Os genótipos do grupo GG6 mostram valores médios de 90 todas as variáveis, pois estão próximo da origem do gráfico.

90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 Figura 1. Gráfico biplot com 14 variáveis físico químicas e 26 genótipos de Manga Rosa. CONCLUSÕES - Os genótipos pertencentes ao grupo GG1 são candidatos a seleção como genitores doadores potenciais de alelos que conferem altos teores de SST e ATT e baixos valores de MC e MS, simultaneamente para compor um esquema de cruzamentos abertos com o genótipo 25, destaque em RP. - Os genótipos do grupo GG4 são potenciais doadores de alelos que conferem a obtenção de frutos maiores e podem ser selecionados como genitores promissores em cruzamento com os genótipos do grupo GG1 por possuírem alelos para altos teores de SST e ATT e baixo valores de MC e MS. - O procedimento biplot mostrou-se eficiente e acurado para o estudo das relações genótipos versus caracteres e na seleção de genótipos superiores. REFERÊNCIAS GABRIEL, K. R. The biplot graphic display of matrices with application to principal component analysis. Biometrika, v, 58, p, 453-467, 1971. GOWER, J. C; HAND, D. J. Biplots, London: Chapman and Hall, 1996, 277p. OLADEJO, R. O; AKINWALE; OBISESAN, I. O. Interrelationships between grain yield and other physiological traits of cowpea cultivars. African Crop Science Journal, v.19, p.189 200, 2011. R Development Core Team (2012), R: A language and environment for statistical computing. R

111 112 113 114 115 116 Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria, ISBN 3-900051-07-0, URL http://www,rproject,org/. VASCONCELOS, L. F. L.; VELOSO, M. E. da C; ARAÚJO, E. C. E; COELHO, E. F.; SOUZA, V.A.B. Evolução da mangicultura no estado do Piauí. Teresina: Embrapa Meio-Norte, 1998. 23p. (Embrapa Meio-Norte. Documentos, 35).