EDUCAÇÃO EM SAÚDE: drogas em ambiente escolar, informar para prevenir

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Transcrição:

EDUCAÇÃO EM SAÚDE: drogas em ambiente escolar, informar para prevenir Jackson Oliveira de Brito; Janderson da Costa Barroso; Ingrid Rebeca Fonseca dos Santos Escola Superior Batista do Amazonas ESBAM, comunicacao@esbam.edu.br Eixo 4 - Saúde e Meio Ambiente no Ensino de Ciências. Resumo: O consumo de drogas lícitas e ilícitas é um fenômeno mundial, e ao contrário do que se imagina, as drogas sempre estiveram no cotidiano das pessoas desde à antiguidade. Geralmente, eram usadas para ritos religiosos, curas e outras finalidades. Todavia, as tendências do uso de drogas, sobretudo entre os jovens, começaram a convergir, isso porque a fase da adolescência é um momento de descobertas e a busca por sua identidade.as estatísticas mostram que o consumo de drogas vem aumentando, principalmente entre os jovens. O objetivo geral desse trabalho é traçar um perfil sócio-econômico dos alunos e sua relação com uso de drogas no ambiente escolar e organizar palestras e oficinas sobre o tema drogas para prevenção. Os dados para traçar o perfil dos alunos foi obtido através de questionários composto por perguntas fechadas, aula sucinta da história das drogas, os danos que elas causam no organismo, como também na vida social. Trabalho de prevenção em ambiente escolar é essencial, pois os jovens passam um tempo significativo dentro da escola, então a escola junto com os educadores, precisam compreender que se faz necessário trabalhar sobre o tema e buscar ferramentas para sensibilizar e prevenir os jovens ao uso das drogas. Os dados coletados traçaram um perfil dos alunos do sexo masculino e feminino, onde conseguiu-se analisar a estrutura familiar, religiosidade, fatores do cotidiano dos alunos, consumo ou não de drogas lícitas e ilícitas, desempenho escolar, independência financeira, nível de conhecimento sobre drogas, idade em que experimentou algum tipo de drogas e como os alunos avaliaram a palestra de prevenção às drogas. Palavras - chave: Drogas, ambiente escolar, prevenção, lícitas e ilícitas. Introdução Neste trabalho atuamos no sentido de esclarecer os conceitos de drogas psicotrópicas, os danos causados pelo uso de drogas e a importância da sensibilização dos jovens no que diz respeito ao consumo desenfreado e como a escola pode ser fundamental no combate a essas substâncias. Droga é toda substância que ao entrar em contato com o organismo vivo, é capaz de alterar uma ou mais de suas funções. As drogas psicotrópicas agem em nosso cérebro, alterando de alguma maneira nosso psiquismo. As drogas psicoativas podem ser analisadas em três grupos: Naturais, Semisintéticas e Sintéticas. E dividem-se em drogas depressoras da atividade do sistema nervoso central, drogas estimulantes da atividade do sistema nervoso central, drogas perturbadoras da atividade do sistema nervoso central. Os PCNs relatam que o ensino ciências tem como meta que os alunos sejam capazes conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando gepeec@gmail.com Página 571

hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo como responsabilidade em relação à sua saúde e a saúde coletiva. O professor possui uma função importante na vida do aluno, ele deve incentivar hábitos onde os alunos aprendam a realidade enfocando os conteúdos escolares de forma crítica e reflexiva. Possui ainda a árdua missão de transmitir aos alunos a importância do respeito entre as diferenças humanas, a integração, os valores e a ético mento ético. Portanto o objetivo deste trabalho é traçar um perfil socioeconômico dos alunos e sua relação com uso de drogas no ambiente escolar e organizar palestras e oficinas sobre o tema drogas. Justifica-se a importância desse trabalho de sensibilizar adolescentes e jovens em ambiente escolar especialmente por quatro motivos, o uso de drogas tende a interferir nas mudanças sociais e políticas, o uso precoce de drogas psicotrópicas é motivo de resultados negativos para a saúde dos jovens, a escola sendo a segunda casa dos jovens, é local estratégico para prevenir e sensibilizar os jovens e é na fase juvenil que as pessoas podem ter maior contato com as drogas. Referencial Teórico Conceitos e Histórico Das Drogas Na Humanidade A palavra droga (droog) deriva do holandês antigo, cujo seu significado quer dizer folha seca, o conceito de drogas de acordo com CEBRID, (2007); Gabatz, et al., (2013) Nicastri, (2006); OMS, (1993), qualquer substância que ao ser introduzida pelo organismo vivo, é capaz de alterar uma ou mais de suas funções. A prática de consumir drogas é algo milenar e sempre esteve presente na história da humanidade. Seja em ritos religiosos, seja para o lazer ou simplesmente para aumentar a atividade do corpo humano. Além disso, na antiguidade, as drogas eram usadas para fins terapêuticos e curas. A partir da década de 1960, o consumo exagerado de drogas, tornou-se motivo de preocupação mundial, particularmente nos países industrializados, pois o consumo frequente poderia acarretar sérios problemas à saúde. Segundo Tavares, et al., (2001) há dois tipos de drogas: as lícitas (permitidas por Lei) e ilícitas (proibidas por Lei), essa última pode variar de acordo a cultura de cada povo. O consumo exorbitante de drogas psicoativas tornou-se problema principalmente por afetar à saúde. Aproximadamente 26 milhões de pessoas são dependentes de drogas ilícitas Em Nicastri, (2006) vamos encontrar os seguintes esclarecimento sobre drogas, classificando didaticamente nas várias formas de ação no organismo vivo, quanto aos efeitos, as drogas gepeec@gmail.com Página 572

dividem-se em: Drogas Depressoras da atividade do Sistema Nervoso Central; Drogas Estimulantes da atividade do Sistema Nervoso Central; Drogas Perturbadoras da atividade do Sistema Nervoso Central. Como descrito por Nicastri, (2006); Sengik & Scortegagna, (2008); Barletta, et al., 2009as drogas depressoras funcionam no Sistema Nervoso Central (SNC) de forma mais lenta, levando a uma sensação de tranquilidade e de desligamento da realidade. As drogas estimulantes atuam acelerando o funcionamento mental e alterando o comportamento, levando a insônia, excitação, agitação e inapetência podem ocorrer no homem. Caracteristicas do usuario Como descrito por Marques & Cruz, (2000) a fase da adolescência constitui uma série de descobertas na vida do jovem. Geralmente nessa etapa o jovem se recusa a aceitar orientações, devido está se possibilitando a exercer um papel de autonomia. Então, o mesmo quer ter um controle consigo mesmo. Porém ao entrar em contato com as drogas, poderá o mesmo a ser se tornar vulnerável a outros riscos de saúde. De acordo com Gabatz (2013) o ato de se drogar é visto como algo que dá prazer. Além disso, o prazer com a droga é capaz de substituir qualquer outra vontade ou prazer. É nesta fase de prazeres que a dependência se torna mais frequente. De acordo com Brasil, (1996), a educação abrange os processos formativos na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações sociais e nas manifestações culturais. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Metodologia Local de estudo e Amostragem O trabalho foi realizado em uma escola estadual de ensino público, localizado no bairro de Adrianópolis, zona sul de Manaus. O corpo discente da escola é formado por 1598 alunos (matutino, vespertino e noturno) e participaram desse trabalho 37 estudantes, sendo 25 homens e 12 mulheres com idade variando na faixa etária entre 18 e 25 anos com de ambos os sexos, cursando 1º e 2º ano do ensino médio (noturno). O instrumento da coleta de dados gepeec@gmail.com Página 573

O instrumento de coleta de dados foi um questionário estruturado com perguntas fechadas. O questionário de pesquisa científica foi aplicado nas turmas do 1º e 2º ano do Ensino Médio em uma Escola Estadual de Manaus AM. O questionário composto por 15 perguntas fechadas (objetivas) visaram avaliar o nível de conhecimento dos alunos em relação às drogas e se eles já fizeram uso de alguma substância e dados socioeconômicos. Este trabalho fez uma abordagem utilizando palestra sobre os efeitos causados pelas drogas aos Públicos jovens do ensino médio. Questionário com perguntas fechadas para coleta de dados através do questionário aplicado. No início deste trabalho foi ministrada uma aula teórica sobre drogas, na introdução abordamos a história das drogas desde os primórdios da humanidade, até os tempos atuais. Para a realização desta pesquisa, os alunos responderam um questionário com perguntas fechadas composto por 15 perguntas. Sendo que as questões de 1 a 8 se referiam ao perfil sócio-econômico. A ministração da aula teórica foi realizada com o auxílio de data-show, utilizando imagens de como as drogas agem no organismo do homem. Na palestra foram abordados os seguintes tópicos: a história das drogas; os tipos; ação no organismo; convívio social; o papel do educador e da escola. Oficina sobre a prevenção das drogas A oficina sobre prevenção no combate ao uso das drogas abordou o seguinte tema: Drogas, um mal ser combatido. Além disso, participaram da oficina dois membros de uma ONG que visa recuperar dependentes narcóticos. Os membros deram depoimentos sobre sua recuperação. gepeec@gmail.com Página 574

RESULTADOS E DISCUSSÕES O questionário aplicado na escola contou com a participação de 37jovens do primeiro e segundo ano do ensino médio, com maioria entre 18 e 25 anos. Observa-se que na distribuição dos alunos participantes por idade, o sexo masculino apresenta a maioria de 32% na faixa de 18anos, 32% na faixa de 19 anos e 16% na faixa de 20 anos. Enquanto 33% do sexo feminino está na faixa de 19 anos, 25% na faixa de 20 anos e outros 25% na faixa de 21 anos de idade. Portanto a maioria dos participantes, tanto do sexo masculino quanto do sexo feminino se enquadram em 18 anos de idade. Figura 1-Número de participantes por idade. Observa-se na figura 2 que a distribuição dos alunos do sexo masculino e a seguinte branca (24%), negro (28%), parda (40%) e indígena (8%). No sexo feminino distribui-se assim branca (33%), negro (25%), parda (42 %) e indígena (0%). A maior parte distribuem-se na cor parda, tanto do sexo masculino (40%) quanto do sexo feminino (42 %). gepeec@gmail.com Página 575

Figura 2-Distribuição dos alunos da escola branca, preta, parda e indígena. De acordo com a figura 03, mais da metade dos entrevistados dizem ter um conhecimento médio sobre as drogas. Sendo o sexo masculino representam 52% e as sexo feminino 50%. Observou-se ainda que há cerca de um terço diz possuir conhecimento alto em ambos os gêneros. No que diz respeito ao nível de conhecimento baixo, sexo masculino representam 16% e as sexo feminino 8%. Figura 3-Nível de conhecimento sobre drogas A união matrimonial dos pais é mostrada na figura 04, observa se que 64% dos indivíduos do sexo masculino tem pais separados e do sexo feminino são 50%. Enquanto 36% tem pais casados e do sexo feminino são 50%. Do lado feminino há um equilíbrio. Fazendo uma análise, percebe-se que a maioria convive com pais separados. Figura 4- União matrimonial dos pais gepeec@gmail.com Página 576

A figura 05 mostra a filiação dos participantes e que indica que 96% do sexo masculino e 92% do sexo feminino possui pelo menos um irmão. Figura 5-Filiação dos participantes gepeec@gmail.com Página 577

A figura 06 diz respeito ao convívio familiar, vê-se que a maioria dos jovens reside com seus pais ou com um dos dois. Do sexo masculino 60% moram com seus pais ou com um dos dois. Pelo menos 58% do sexo feminino dizem morar com seus pais (pai e/ou mãe). Figura 6-Convívio familiar. A figura 07 faz referência ao trabalho informal, observa-se que a maioria dos jovens do sexo masculino (76%) e (75%) do sexo feminino nunca trabalhou nem mesmo informalmente enquanto 1/3 dos jovens segundo o gráfico diz que já trabalhou informalmente. Figura 7-Trabalho informal gepeec@gmail.com Página 578

Analisando a figura 08, nota-se que 64% do sexo masculino e 25% do sexo feminino faz uso da bebida alcoólica socialmente, e 36% do sexo masculino e 75% do sexo feminino não faz uso de bebida alcoólica. Figura 08-Uso de bebida alcoólica Ao analisar a figura 09, verifica-se que os jovens começaram fazer uso de bebida alcoólica ainda na infância. Por outro lado, contata-se que é entre os 16 e 20 anos de idade que os jovens tem um contato maior com álcool. Figura 09-Experiência da bebida A figura 10 indica que 26% dos jovens do sexo masculino e 16% do sexo feminino experimentaram o cigarro entre 10 e 15 anos. A maioria experimentou cigarro entre 16 e 20 anos 32% do sexo masculino e 25% do sexo feminino. Figura 1- Primeiro contato como o cigarro gepeec@gmail.com Página 579

A análise da figura 11 indica o uso de drogas nos últimos 30 dias. Na figura da direita 48 % do sexo masculino e 42% do sexo feminino não usou drogas nos últimos 30 dias, enquanto 52% do sexo masculino e 58% do sexo feminino afirmou ter utilizado drogas nos últimos 30 dias. Desses alunos que usaram drogas, 85% do sexo masculino utilizou drogas licitas (bebida alcoólica e cigarro) e 15% usaram drogas ilícitas (maconha e cocaína). Quanto ao sexo feminino 71% utilizou drogas licitas (bebida alcoólica e cigarro) e 29% usaram drogas ilícitas (maconha e cocaína). Figura 11- Uso de drogas nos últimos 30 dias CONCLUSÕES Elaboramos um perfil socioeconômico dos alunos através de questionário de perguntas fechadas onde conseguiu-se analisar a estrutura familiar dos alunos participantes. gepeec@gmail.com Página 580

Conseguimos verificar também outros fatores do cotidiano dos alunos, como: consumo ou não de drogas lícitas e ilícitas; religiosidade; desempenho escolar; sua independência financeira; nível de conhecimento sobre drogas; idade em que experimentou algum tipo de drogas e como os alunos avaliaram a palestra. As palestras sobre a prevenção, permitiu levar as informações necessárias para os alunos, além de esclarecer dúvidas, e a elaboração de uma oficina com participação de uma OG que trata de dependentes químicos, esclareceu com ênfase maior o que os alunos aprenderam sobre as drogas. Esperamos que este trabalho desenvolvido na escola tornem esses alunos multiplicadores do conhecimento, que possam disseminar o conhecimento adquirido sobre as drogas e os seus danos, e que a escola possa continuar atuante na luta para minimizar os prejuízos associados ao uso de drogas. REFERÊNCIAS: BRASIL.LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996.Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 de Dezembro de 1996. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em 27 de novembro de 2016 GABATZ, Ruth Irmgard Bärtschi; JOHANN, Michele; TERRA, Marlene Gomes; PADOIN, Sela Maris de Mello, BRUM, Jane Lilian; SILVA, AdãoAdemir. Percepção do usuário sobre a droga em sua vida. Esc. Anna Nery.2013. MARQUES, Ana Cecília Petta Roselli; CRUZ, Marcelo S. O adolescente e o uso de drogas, uso de drogas. Uso de drogas, Rio de Janeiro, 2000. NICASTRI, Sérgio. Manual: Drogas: classificação e efeitos no organismo, [s.l]. 2006. SENGIK, Aline Sberse; SCORTEGAGNA, Silvana Alba. Consumo de drogas psicoativas em adolescentes escolares. Revista de Psicologia da Vetor Editora, Passo Fundo, v. 9, nº 1, p. 73-80, Jan./Jun. 2008. TAVARES, Beatriz Franck; BÉRIA, Jorge Umberto; LIMA, Maurício Silva de. Prevalência do uso de drogas e desempenho escolar entre adolescentes.rev Saúde Pública,Pelotas, 2001. gepeec@gmail.com Página 581