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Transcrição:

UFCD 8534 Sistema de Segurança Social Segurança Social Direitos e Deveres: Segurança Social, Trabalhadores e Entidades Formandos: Luís Combadão Sónia Santos Formadora: Maria José Banha 16

Índice Introdução... 18 Definições Base... 19 Segurança social, o que é?... 19 Trabalhador por conta de Outrem, o que é?... 19 Trabalhador Independente, o que é?... 19 Entidade, o que é?... 19 Direitos e Deveres... 20 Trabalhadores por conta de Outrem e Trabalhadores Independentes - Segurança Social... 20 Direitos Trabalhador por conta de Outrem... 20 Direitos Trabalhadores Independentes... 23 Deveres do trabalhador... 24 Segurança Social Entidades... 26 Direito da Entidade... 26 Deveres da Entidade... 27 Conclusão... 28 Webgrafia... 29 17

Introdução Neste trabalho iremos abordar os direitos e deveres da Segurança Social para com os trabalhadores por conta de outrem, trabalhadores independentes e entidades. Apresentaremos a definição de Segurança social, Trabalhador por conta de Outrem, Trabalhador Independente e Entidade, para a partir dai desenvolver o assunto principal. Iremos pormenorizadamente fazer referencia a grande parte dos direitos e deveres, fazendo a distinção entre eles e explicando da melhor forma, como a Segurança Social funciona e como é feita a atribuição das prestações e apoios. Por isto, o nosso trabalho será estruturado com base em pesquisas realizadas na internet, principalmente na página oficial da Segurança Social. Com este trabalho vamos desenvolver os temas acima propostos, tendo como objetivo esclarecermo-nos de quando poderemos dirigir-nos à Segurança Social, e ainda os direitos e deveres que temos perante esta instituição, como trabalhadores ou caso necessário, como entidade empregadora. 18

Definições Base Segurança social, o que é? A Segurança Social é um sistema que pretende assegurar direitos básicos dos cidadãos e a igualdade de oportunidades, bem como, promover o bem-estar e a coesão social para todos os cidadãos portugueses ou estrangeiros que exerçam atividade profissional ou residam no território Português. Trabalhador por conta de Outrem, o que é? Trabalhadores por conta de outrem são as pessoas que exercem uma atividade remunerada ao serviço de uma entidade empregadora. Trabalhador Independente, o que é? Pessoa singular que exerce atividade profissional sem sujeição a contrato de trabalho ou a contrato legalmente equiparado, ou se obrigue a prestar a outrem o resultado da sua atividade, e não se encontre por essa atividade abrangido pelo regime geral de Segurança Social dos trabalhadores por conta de outrem. Entidade, o que é? É de outra forma o que se designa por empregador. 19

Direitos e Deveres: Trabalhadores por conta de Outrem e Trabalhadores Independentes - Segurança Social Existem direitos e deveres que a Segurança Social exerce sobre os trabalhadores por conta de outrem ou trabalhadores independentes, no entanto existe distinções entre eles. Direitos Trabalhador por conta de Outrem Os direitos da Segurança Social para com os trabalhadores por conta de outrem, são concedidos consoante a atividade que cada um exerce. Sendo feita a distinção de cada atividade da seguinte forma: Trabalhadores Proteção Social Trabalhadores em geral Trabalhadores que exercem funções públicas Trabalhadores do serviço doméstico Trabalhadores em regime de trabalho intermitente Trabalhadores de atividades agrícolas Trabalhadores da pesca local e costeira Proprietários de embarcações que integrem o rol da tripulação Apanhadores de espécies marinhas Pescadores apeados Membros dos órgãos estatutários que exerçam funções de gerência ou de administração Doença Desemprego Membros dos órgãos estatutários em geral Trabalhadores no domicílio Doença 20

Trabalhadores Proteção Social Trabalhadores ativos com 65 anos ou mais e carreira contributiva não inferior a 40 anos Doença Praticantes desportivos profissionais Desemprego Em geral: Membros das igrejas, associações e confissões religiosas Opção alargada: Doença Trabalhadores em regime de contrato de trabalho de curta duração Situações de redução da prestação de trabalho: Trabalhadores em pré-reforma Doença Desemprego 21

Trabalhadores Proteção Social Situações em que o acordo estabeleça a suspensão do contrato de trabalho: Pensionistas de invalidez: Pensionistas em atividade Pensionistas de velhice: Trabalhadores da PT Comunicações S.A., oriundos dos CTT Doença Desemprego Em resumo do quadro acima apresentado, verifica-se que nem todas as atividades requerem dos mesmos direitos perante a segurança social, pois cada um é avaliado de sua forma, como por exemplo, os trabalhadores que exercem funções públicas, podem dirigir-se à Segurança Social em caso de Doença,, Desemprego, Doenças profissionais,, e, no entanto os trabalhadores da PT Comunicações S.A., oriundos dos CTT podem dirigir-se à instituição em caso de Doença,, Doenças profissionais e Desemprego. 22

Direitos Trabalhadores Independentes No caso de trabalhadores independentes, a Segurança Social tem o direito de garantir prestações nas seguintes eventualidades: Eventualidades Desemprego Doença Encargos familiares Prestações Subsídio por cessação de atividade Subsídio parcial por cessação de atividade Subsídio por cessação de atividade profissional Subsídio parcial por cessação de atividade profissional Subsídio de doença Subsídio por risco clínico durante a gravidez Subsídio por interrupção da gravidez Subsídio por riscos específicos Subsídio parental Subsídio parental alargado Subsídio por adoção Subsídio por adoção em caso de licença alargada Subsídio para assistência a filho com deficiência ou doença crónica Prestações pecuniárias Prestações em espécie Abono de família pré-natal Abono de família para crianças e jovens Bolsa de estudo Subsídio de funeral Pensão de invalidez Complemento por dependência Complemento de pensão por cônjuge a cargo Pensão de velhice Complemento por dependência Complemento de pensão por cônjuge a cargo Pensão de sobrevivência Complemento por dependência Subsídio por morte Reembolso de despesas de funeral Para que o trabalhador independente possa ter direito às prestações tem que ter a situação contributiva regularizada. Considera-se que está regularizada se as contribuições estiverem pagas até ao fim do 3.º mês imediatamente anterior ao do evento determinante de atribuição da prestação. O não cumprimento da situação contributiva regularizada determina a suspensão do pagamento das prestações a partir da data em que as mesmas sejam devidas. 23

Deveres do trabalhador De acordo com o Código do trabalho (Artigo 128º) estão referenciados os principais deveres do trabalhador. Assim o trabalhador deve: Respeitar e tratar o empregador, os superiores hierárquicos, os companheiros de trabalho e as pessoas que se relacionem com a empresa, com urbanidade e probidade; Comparecer ao serviço com assiduidade e pontualidade; Realizar o trabalho com zelo e diligência; Participar de modo diligente em ações de formação profissional que lhe sejam proporcionadas pelo empregador; Cumprir as ordens e instruções do empregador respeitantes a execução ou disciplina do trabalho, bem como a segurança e saúde no trabalho, que não sejam contrárias aos seus direitos ou garantias; Guardar lealdade ao empregador, nomeadamente não negociando por conta própria ou alheia em concorrência com ele, nem divulgando informações referentes à sua organização, métodos de produção ou negócios; Velar pela conservação e boa utilização de bens relacionados com o trabalho que lhe forem confiados pelo empregador; Promover ou executar os atos tendentes à melhoria da produtividade da empresa; Cooperar para a melhoria da segurança e saúde no trabalho, nomeadamente por intermédio dos representantes dos trabalhadores eleitos para esse fim; Cumprir as prescrições sobre segurança e saúde no trabalho que decorram de lei ou instrumento de regulamentação coletiva de trabalho. O trabalhador tem também o dever de obediência no que respeita tanto a ordens ou instruções do empregador como de superior hierárquico do trabalhador, dentro dos poderes que por aquele lhe forem atribuídos. 24

O trabalhador deve declarar à instituição de Segurança Social da área do local de trabalho, o início de atividade ou o vínculo a nova entidade empregadora. A comunicação pode ser apresentada em conjunto com a comunicação da entidade empregadora. A comunicação deve ser apresentada entre a data de celebração do contrato e o final do segundo dia da prestação de trabalho, este pode ser apresentada por qualquer meio escrito ou em conjunto com a declaração da entidade empregadora, através do Mod.RV1009-DGSS. Declaração para inscrição na Segurança Social Com base nos dados dos trabalhadores que a entidade empregadora ou equiparada comunica ao Instituto da Segurança Social, é dado um número de identificação da Segurança Social (NISS), caso o trabalhador/estagiário ainda não se encontre inscrito. A entidade empregadora é obrigada a entregar aos novos trabalhadores/estagiários admitidos, uma declaração que indique: - A data da admissão do trabalhador/estagiário; - Os números de identificação de Segurança Social (NISS) e fiscal (NIF) da entidade empregadora ou equiparada. Os trabalhadores independentes têm como dever, o pagamento de contribuições até ao dia 20 do mês seguinte, como por exemplo, os rendimentos do mês de Janeiro terão de 25

ser pagas até 20 de Fevereiro. Este pagamento difere segundo o seu escalão auferido no ano anterior, rendimento esse, que poderá sofrer alterações de três em três meses. Segurança Social Entidades As entidades para poderem ter acesso aos direitos e deveres, da segurança social, têm de fazer a inscrição. Esta é uma inscrição obrigatória, única e definitiva, e é feita oficiosamente. Deve ser feita na data da participação de início do exercício de atividade, constituição, nos casos de regime especial de constituição imediata de sociedades e associações, constituição online de sociedades ou criação imediata de representações permanentes de entidades estrangeiras, admissão do primeiro trabalhador, no caso das pessoas singulares que beneficiam da atividade profissional de terceiros, prestada em regime de contrato de trabalho e comunicação pelos serviços de registo das empresas. Direito da Entidade As entidades empregadoras são responsáveis, em relação aos trabalhadores ao seu serviço, pelo que as mesmas têm direito a entregar a declaração de remunerações e o pagamento das contribuições e das quotizações. No caso da declaração de remunerações, deve incluir, a identificação dos trabalhadores, o valor da remuneração que constitui a base de incidência contributiva, a taxa contributiva aplicável, os dias de trabalho, quando se trate de atividade que corresponda a um mínimo de 6 horas de trabalho diário e se reporte a todos os dias do mês, o tempo declarado corresponde a 30 dias, trabalho a tempo parcial, de contrato de muito curta duração e de contrato intermitente com prestação horária de trabalho, é declarado 1 dia de trabalho por cada conjunto de 6 horas, entre outros. Se o trabalhador não for incluído na declaração de remunerações, a entidade empregadora fica sujeita à aplicação de uma contraordenação muito grave. A declaração de remunerações, deve ser entregue por transmissão eletrónica de dados, através do portal da Segurança Social em www.seg-social.pt, no caso de não ser entregue desta forma, considera-se que não foi entregue. 26

Nos casos de trabalhadores de pesca local e costeira cujas remunerações são calculadas com base no valor do produto bruto do pescado vendido em lota, a declaração deve ser entregue pelos proprietários das embarcações, no caso do trabalhador do serviço doméstico, a declaração é feita quando se efetua o pagamento das contribuições e quotizações devidas. Deveres da Entidade A entidade empregadora tem como deveres para com o trabalhador, respeitar enquanto seu colaborador e reconhecer o seu trabalho, retribuindo-lhe um pagamento acordado entre as duas partes e dando-lhe as necessárias condições de trabalho. No entanto perante a Segurança Social, a entidade tem o dever de quando o trabalhador começa a trabalhar pela primeira vez numa empresa, a entidade empregadora ou equiparada é obrigada a comunicar tal facto à instituição de Segurança Social da área de local de trabalho do trabalhador. Quando a empresa contrata um novo funcionário tem de comunicar a admissão do novo trabalhador nas vinte e quatro horas anteriores ao início da atividade ou excecionalmente, nas vinte e quatro horas seguintes ao início da atividade, apenas nos casos de contratos de muito curta duração ou caso se trate de prestação de trabalho por turnos. As Entidades Empregadoras devem comunicar a admissão do novo trabalhador, no serviço Segurança Social Direta. As entidades empregadoras têm de entregar aos novos trabalhadores uma declaração que prova a data de admissão. Se não entregarem no prazo, a comunicação de admissão de novos trabalhadores/estagiários, presume-se que o trabalhador/estagiário iniciou a atividade no dia 1 do 6.ºmês anterior àquele em que foi detetada a situação, isto é, para efeitos de Segurança Social, conta como se o trabalhador/estagiário tivesse começado a trabalhar nessa empresa desde essa data. 27

As entidades têm o dever de declarar o contrato de trabalho de muito curta duração o qual é permitido para as atividades sazonais agrícolas ou para a realização de eventos turísticos. As entidades empregadoras são responsáveis pelo pagamento das contribuições e quotizações à Segurança Social, relativas aos trabalhadores ou aos estagiários ao seu serviço. Para a generalidade dos trabalhadores a taxa aplicável é de 34,75%, ficando 23,75% a cargo da entidade empregadora e 11% a cargo do trabalhador. Estes valores podem variar em algumas situações, é concedida a redução ou isenção da taxa contributiva, dando como exemplo, os apoios às entidades empregadoras para a criação de emprego e as entidades empregadoras sem fins lucrativos. Em alguns casos são aplicadas coimas, como por exemplo: Falha na comunicação da admissão de novos trabalhadores/estagiários dentro do prazo, Se não for comunicada a admissão de novos trabalhadores/estagiários que se encontrem a receber subsídio de desemprego ou de doença; Se a entidade empregadora provar que não sabia que o trabalhador/estagiário estava a receber esses subsídios, o valor da coima (multa) é reduzido para Conclusão Com a elaboração deste trabalho concluímos que existem inúmeros direitos e deveres da segurança social para com os trabalhadores por conta de outrem, trabalhadores independentes e entidades. Apresentámos a definição da segurança social, trabalhador por conta de outrem, trabalhador Independente e Entidade, a partir daí desenvolvemos o assunto pormenorizadamente. Fizemos também referência a grande parte dos direitos e deveres e verificamos que nem todas as atividades requerem dos mesmos direitos perante a segurança social. 28

Webgrafia http://www4.seg-social.pt/trabalhador-por-conta-de-outrem http://www.web-emprego.com/direitos-e-deveres-dos-trabalhadores/ http://www4.seg-social.pt/objectivos-e-principios http://www4.segsocial.pt/documents/10152/14964/inscricao_admissao_cessacao_act ividade_tco_2014 http://www.cite.gov.pt/pt/acite/direitosdeveresentempr002.html http://www.portaldaempresa.pt/cve/pt/gestao/gestaorecursoshumanos/direitos_d everes/ 29