REGIME DE SEGURANÇA SOCIAL DOS TRABALHADORES INDEPENDENTES DECRETO-LEI N.º 328/93, DE 25 DE SETEMBRO
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- Cármen Fartaria Bennert
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1 Legislação publicada: Despacho Normativo n.º 19/87, de 19 de Fevereiro: vai ser feita referência a este despacho no art. 6.º do D.L. 328/93; Decreto-Lei n.º 328/93, de 25 de Setembro: instituiu o regime de segurança social dos trabalhadores independentes; Decreto-Regulamentar n.º 17/94, de 16 de Julho: regulamenta o Decreto-Lei n.º 328/93; Decreto-Lei n.º 240/96, de 14 de Dezembro: 1.ª alteração ao D.L. 328/93 e inclui publicação integral do texto actualizado; Decreto-Regulamentar n.º 6/97, de 10 de Abril: 1.ª alteração ao Decreto-Regulamentar n.º 17/94; Decreto-Lei n.º 397/99, de 13 de Outubro: 2.ª alteração ao D.L. 328/93; Decreto-Lei n.º 159/2001, de 18 de Maio: 3.ª alteração ao D.L. 328/93; Decreto-Lei n.º 119/2005, de 22 de Julho: 4.ª alteração ao D.L. 328/93; Resumo do Decreto-Lei n.º 328/93, com as actualizações: Enquadramento: 1) São obrigatoriamente abrangidos neste regime os indivíduos que exerçam actividade profissional sem sujeição a contrato de trabalho e não se encontrem obrigatoriamente abrangidos pelo regime geral de segurança social dos trabalhadores por conta de outrem. 2) Categorias de trabalhadores abrangidos: a) Pessoas que exerçam actividade profissional por conta própria, desde que os respectivos rendimentos anuais ilíquidos excedam seis vezes a remuneração mínima mensal mais elevada garantida à generalidade dos trabalhadores; b) Os respectivos cônjuges que com eles trabalhem; c) Os sócios ou membros das sociedades de profissionais (sociedades civis não constituídas sob forma comercial). 3) O limite de seis vezes a remuneração mínima mensal só se aplica no início da aplicação deste regime. Se o trabalhador já estiver enquadrado e depois disso tiver rendimentos inferiores a esse limite, não pode ficar dispensado. 4) Se no início da actividade tiverem um rendimento inferior, podem, no entanto, optar por ficar enquadrados no regime. 5) O exercício cumulativo de actividade independente e de outra actividade profissional abrangida por diferente regime obrigatório de protecção social não afasta a sujeição obrigatória deste regime, podendo, no entanto, ser pedida isenção. PÁG.1
2 Participação do exercício de actividade: 6) Têm sempre que proceder à participação do exercício de actividade, entregando a declaração de início de actividade. 7) O trabalhador pode pedir nas finanças, na altura da entrega da declaração de início de actividade, que estas comuniquem o facto à segurança social, evitando assim a deslocação a esta instituição (pendente de despacho dos ministros das finanças e da segurança social). 8) A participação deve ser feita até ao final do prazo legal para pagamento da primeira contribuição, mesmo nos casos em que haja lugar a isenção. 9) O enquadramento reporta-se ao dia 1 do mês seguinte àquele em que tiver início a actividade. Isenção: 10) Os trabalhadores têm direito de forma automática a uma isenção de 12 meses, pelo que o primeiro enquadramento ocorre no dia 1 do 12.º mês seguinte ao do início da actividade, saldo se optar por ter o enquadramento mais cedo. 11) Têm igualmente direito a isenção da obrigação de contribuir, em caso de acumulação com o exercício de actividade por conta de outrem. Base de incidência: 12) Nos casos em que os trabalhadores independentes, obrigatoriamente abrangidos por este regime, aufiram, da actividade exercida por conta própria, em determinado ano civil, incluindo o imediatamente anterior àquele em que tenha tido início o enquadramento, rendimento ilíquido inferior a 18 vezes o valor da retribuição mínima mensal, podem os mesmos requerer que lhes seja considerado, como base de incidência, o valor do duodécimo daquele rendimento, com o limite mínimo de 50% da retribuição mínima mensal. 13) Em caso de ultrapassar este limite de rendimento, é fixado o 1.º escalão da tabela do art. 34.º do DL. 328/93 14) O requerimento, acompanhado de documento fiscal comprovativo, deve ser apresentado anualmente, nos meses de Setembro e Outubro, produzindo efeitos no ano seguinte. 15) No primeiro ano de actividade, o requerimento é apresentado juntamente com o início de actividade. 16) Os beneficiários devem declarar, no início de actividade, o escalão de remuneração escolhido para base de incidência das contribuições, com base na tabela. 17) Para os beneficiários com mais de 55 anos no início ou no momento em que cessam a isenção, o limite máximo da base de incidência é o 8.º escalão. PÁG.2
3 18) Este limite não é aplicável se tiverem estado abrangidos pelo regime geral de segurança social em relação a todas as eventualidades e cuja remuneração média dos últimos 36 meses de actividade seja inferior ao valor do 7.º escalão, caso em que poderá ser escolhido o escalão imediatamente superior ao montante dessa remuneração. 19) Sempre que os trabalhadores independentes desejem alterar o escalão da remuneração convencional escolhido como base de incidência contributiva, devem fazê-lo nos meses de Setembro e Outubro de cada, produzindo efeitos no dia 1 de Janeiro do ano seguinte. 20) A alteração é sempre permitida se for para o escalão inferior ao que vinha sendo praticado. 21) A alteração para o escalão mais elevado só é permitida se for para o escalão imediatamente superior ao que vigorava desde que, à data em que a alteração produz efeitos, tenha idade inferior a 55 anos. 22) As actualizações resultantes da actualização da remuneração mínima mensal produzem efeitos no 1.º dia do 2.º mês seguinte ao da sua publicação. 23) As taxas em vigor são de: 24) 25,4%, para o esquema obrigatório; 25) 32%, para o esquema alargado. Isenção da obrigação de contribuir: 26) O direito à isenção depende da acumulação com o exercício de actividade por conta de outrem, auferindo remuneração mensal não inferior ao valor da remuneração mínima mensal. 27) A isenção é concedida aos pensionistas de invalidez e de velhice, ou no caso de pensão por incapacidade para o trabalho superior a 70%. 28) O direito à isenção de contribuir é reconhecido pelos centros regionais, oficiosamente, na sequência de não pagamento de contribuições, sempre que as condições legalmente previstas para o efeito tenham lugar no âmbito do sistema de segurança social e a requerimento do interessado nos restantes casos. 29) O pagamento de contribuições pelos trabalhadores com direito à isenção contributiva é considerado, salvo declaração em contrário, como manifestação de vontade do interessado em melhorar a sua protecção social 30) A isenção da obrigação de contribuir mantém-se enquanto se verificarem as condições que a determinaram, não sendo permitido ao interessado requerer a sua cessação. PÁG.3
4 Cumprimento da obrigação de contribuir: 31) As contribuições são devidas a partir do 1.º dia: a) Do 12.º mês seguinte ao do início da actividade, no caso do primeiro enquadramento no regime; b) Do mês seguinte ao do requerimento, no caso de enquadramento facultativo; c) Do mês seguinte ao do início efectivo da actividade por conta própria, nos restantes casos. 32) A obrigação de contribuir deixa de verificar-se a partir do 1.º dia do mês seguinte àquele em que a actividade cesse. Âmbito material: 33) O esquema obrigatório inclui as prestações na eventualidade de maternidade, paternidade e adopção, invalidez, velhice e morte. 34) O esquema alargado, inclui também as eventualidades de doença, doença profissional e encargos familiares. 35) O início do subsídio de doença está sujeito a um período de espera de 30 dia e é concedido pelo período máximo de 365 dias. 36) Os trabalhadores podem optar em por qualquer um destes esquemas, nos meses de Março e Abril ou de Setembro e Outubro, produzindo efeitos a partir de 1 de Julho e 1 de Janeiro, respectivamente. Cessação de actividade: 37) A cessação do exercício da actividade por conta própria determina a cessação do enquadramento neste regime, devendo ser comunicado à segurança social, até ao final do mês seguinte àquele em que ocorra, juntando cópia da declaração de cessação. 38) Se não existir declaração de cessação, devem aceitar declaração apresentada pelo beneficiário, podendo a segurança social efectuar posteriormente verificação. Exclusões: 39) Os advogados e solicitadores são excluídos do regime dos trabalhadores independentes, por terem um regime próprio. PÁG.4
5 Escalões de pagamentos: Escalão Remunerações convencionais 1.º º º º º º º º º º O ajustamento dos escalões é feito oficiosamente pela Segurança Social. PÁG.5
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