A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
A EUROPA NO INÍCIO DO SÉCULO XIX Lutas pela hegemonia na Europa BLOQUEIO CONTINENTAL Inversão Política: Brasil sede da Monarquia. Fim do Pacto Colonial: Abertura dos Portos e Liberdade Industrial. Tratados de 1810: Comércio e Navegação. Aliança e Amizade. Início do Processo de Independência.
A TRANSMIGRAÇÃO DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA Fugindo da invasão francesa a Corte portuguesa transfere-se para o Brasil em 1808. Em 22 de janeiro de 1808 D. João chega a Salvador.
O PERÍODO JOANINO (1808-1821) DENTRE AS DECISÕES MAIS IMPORTANTES DE D.JOÃO NO BRASIL, DESTACAMOS: Abertura dos portos às nações amigas. Revogação da lei que proibia a instalação de indústrias no Brasil. Criação de instituições financeiras e bancárias. Assinatura de Tratados de Comércio e Navegação com a Inglaterra. (Tratados de 1810) Os produtos ingleses pagam menos impostos de importações do que os outros países, incluindo Portugal.
AS RELAÇÕES DE COMÉRCIO DO BRASIL Antes da transferência da corte Após a transferência da corte 20 40 30
Mesmo com a expulsão das tropas francesas de Portugal D.João resiste em voltar para Lisboa, quando eclode no país a: REVOLUÇÃO DO PORTO 1820 Esta revolução tinha um caráter liberal (anti-absolutista) e exigiu o retorno do rei para Portugal sob a ameaça da perda da coroa.
Em 1821 D. João retorna a Portugal e deixa no Brasil o regente D. Pedro Em Portugal, D. João tem seus poderes limitados pela Constituição. As Cortes pretendem a recolonização do Brasil.
A REGÊNCIA DE D. PEDRO 1. As Cortes de Lisboa sugerem o retorno de D. Pedro a Portugal para completar seus estudos. 2. A elite brasileira percebe a necessidade de ter D. Pedro como líder de um processo de emancipação. 3. Um abaixo assinado é entregue a D. Pedro pedindo que ele continue no Brasil. Dia do Fico 09.01.1822 4. D. Pedro demite o ministério formado por portugueses e assume um ministério composto por brasileiros sob a liderança de JOSÉ BONIFÁCIO.
Os interesses dos grupos políticos
A INDEPENDÊNCIA 1. Numa viagem a São Paulo, D. Pedro recebe ordens para voltar a Portugal. 2. Decide então pela separação definitiva proclamando a libertação do Brasil. (07.9.1822)
Em algumas províncias brasileiras tropas fiéis a Portugal decidem enfrentar a decisão de D. Pedro provocando assim as: GUERRAS DE INDEPENDÊNCIA
Províncias onde tropas fiéis a Portugal se insurgiram contra a indepen dência Grão-Pará Maranhão Bahia Paraíba Cisplatina
A vitória brasileira acontece com a participação popular e a atuação de mercenários contratados por D. Pedro que é aclamado Imperador.
O PRIMEIRO REINADO (1822-1831) 1. A ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE: D. Pedro convoca uma Assembléia Constituinte para elaborar uma Constituição para o Brasil. O projeto de Constituição não agrada o Imperador pelo seu caráter liberal e por não lhe conceder plenos poderes. O Imperador dissolve a Constituinte.
A 1ª Constituição do Brasil - 1824 Criada por um CONSELHO DE ESTADO e outorgada (imposta) por D. Pedro I. Monarquia Constitucional, hereditária e vitalícia.
Voto censitário (os eleitores votavam apenas mediante uma renda mínima anual o que possibilita a participação de apenas 5% da população no processo eleitoral). Senado vitalício indicação do Imperador.
Surgimento do 4º poder: MODERADOR, exercido pelo Imperador e símbolo de seu autoritarismo. PODER MODERADOR PODER LEGISLATIVO PODER EXECUTIVO PODER JUDICIÁRIO O Poder Moderador permitia ao Imperador interferir nos demais poderes
Unitarismo - Centralização de poder no Rio de Janeiro sede do governo.
A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR 1.Movimento separatista que ocorreu no nordeste em 1824 2. Províncias Envolvidas Pernambuco,Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.
3. Motivos: a)crise do setor açucareiro. b)insatisfação com a dissolução daconstituinte e a imposição da Constituição. c)destituição do governador da província de Pernambuco Pais de Andrade.
2. Idéias dos Confederados: a) Adoção do regime republicano. b) Utilização provisória da Constituição da Colômbia. c) Decisão de abolir o tráfico negreiro. Essa proposta causou o afastamento da aristocracia rural.
3. O Desfecho: a) Com empréstimos ingleses D. Pedro consegue sufocar o movimento. b) Pais de Andrade consegue fugir e outro líder: Frei Caneca, é fuzilado. c) A violenta repressão ao movimento provoca insatisfação para com o Imperador.
A QUEDA DO IMPERADOR. FATORES QUE DESGASTARAM A IMAGEM DE D. PEDRO I: Seu caso amoroso com a Marquesa de Santos. O pagamento pelo reconhecimento de nossa independência - 2 milhões de libras. A imposição da Constituição - o absolutismo de D. Pedro. A rigorosa repressão à Confederação do Equador.
Os privilégios concedidos aos ingleses com os Tratados de 1825.(Reafirmação dos Tratados de 1810). Os gastos com a Guerra na Cisplatina - perdas humanas e financeiras. A sucessão portuguesa: Morte de D. João VI - 1826. Dª Maria da Glória/D. Miguel - disputa pelo poder em Portugal. Assassinato do jornalista Líbero Badaró - nov.1830, crítico do governo.
A ABDICAÇÃO Pressionado D. Pedro demite o Ministério composto por brasileiros e empossa um outro composto por portugueses. Com a reação popular e a falta de apoio dos militares, D. Pedro decide abdicar ao trono e deixá-lo para seu filho Pedro de Alcântara. A Família Real parte para Portugal onde D. Pedro se tornará rei com o título de D. Pedro IV.
D. Pedro I se despede do filho Meu querido filho, e meu imperador. Muito lhe agradeço a carta que me escreveu, eu mal a pude ler, pois que as lágrimas eram tantas que me impediam a ver; agora que me acho, apesar de tudo, um pouco mais descansado, faço esta para lhe agradecer a sua, e para certificar-lhe que enquanto vida tiver as saudades jamais se extinguirão em meu dilacerado coração. Deixar filhos, pátria e amigos, não pode haver maior sacrifício; mas levar a honra ilibada, não pode haver maior glória. Lembre-se sempre de seu pai, ame a sua mãe e a minha pátria, siga os conselhos que lhe derem aqueles que cuidarem da sua educação, e conte que o mundo o há de admirar, e que me hei de encher de ufania por ter um filho digno da pátria. Eu me retiro para a Europa: assim é necessário para que o Brasil sossegue, e que Deus permita, e possa para o futuro chegar àquele grau de prosperidade de que é capaz. Adeus, meu amado filho, receba a bênção de seu pai que se retira saudoso e sem mais esperanças de o ver. [Ass.] D. Pedro de Alcântara