ENSAIO DE PERDA DE MASSA POR IMERSÃO Os resultados fornecidos pelo Ensaio de Perda de Massa por Imersão é utilizado para classificação do solo segundo a Sistemática MCT, permitindo distinguir os solos tropicais de comportamento laterítico e não laterítico. 1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES Para sua execução, os CP s devem ser compactados segundo o método Ensaio de Compactação Mini-MCV e somente poderão ser aproveitados aqueles dos quais se possam obter uma curva de deformabilidade completa. Os CP s escolhidos são extraídos apenas parcialmente do molde, a fim de que fiquem expostos 10 mm do CP. O conjunto é imerso em água para verificação da massa desprendida do CP nestas condições. Na Figura 1 está apresentado o croqui do ensaio. Figura 1 - Croqui do Ensaio de Perda de Massa por Imersão O fenômeno de perda de massa por imersão é associado ao parâmetro P i, que representa a porcentagem da massa seca desprendida do CP em relação á parte saliente do solo, ou seja, a partir da expressão: Fazendo a regra três:
Substituindo na expressão de P i e adicionando o fator de correção, obtém-se: Sendo: P i : Perda de massa por imersão (%); M e : Massa seca da parte extrudada (saliente) do CP; M i : Massa Seca desprendida (g); M s : Massa Seca do CP, logo após sua compactação (g); L CP : Altura final do CP, logo após a sua compactação (mm); L f : Altura da parte extrudada do CP em mm (L f = 10 mm); F c : Fator de correção da P i, sendo F c = 1,0 quando ocorre um desprendimento normal do solo (esperado) e F c = 0,5 quando a parte do CP desprendida é um monobloco (exceção), como apresentado na Figura 2. Figura 2 - Exemplo do uso de fator de correção. CP da esquerda: F c = 0,5; CP da direita: F c = 1,0. Observa-se que os solos saprolíticos quando ensaiados apresentam, geralmente, valores de P i superiores quando comprado aos solos lateríticos. Tal peculiaridade é mais acentuada quanto maior a porcentagem de siltes micáceos e/ou caolinitas no solo saprolítico estudado, em que P i pode alcançar valores superiores a 250%. 2. EXECUÇÃO DO ENSAIO A descrição detalhada da aparelhagem utilizada bem como o método de execução do ensaio encontra-se normalizados pelo DER-SP, segundo M-197/88.
Preparação da amostra a) Preparar o solo a ser ensaiado segundo referido em Preparação das amostras; Compactação dos CP s Preparação dos CP s b) O processo de compactação é realizado segundo os procedimentos descritos no Ensaio de Compactação Mini-MCV; c) Com auxílio do dispositivo de extração do conjunto compactador, extrair o CP parcialmente do molde, afim de que exatamente 10 mm de uma de suas faces fique exposto (Figura 3); Extração parcial do CP Verificação da altura da parte do CP extrudada Figura 3 - Extração de 10mm do CP d) Armazenar o CP a fim de que sua umidade não seja alterada durante a preparação dos outros CP s. Realizar os procedimentos a c para os cinco CP s. Quando todos estiverem preparados, transferir o conjunto CP+ suporte + cápsula de alumínio para o tanque de imersão (sem água), de maneira que o centro da base da cápsula esteja alinhado com o centro da base do CP (Figura 4); Armazenamento do CP CP sobre o suporte Figura 4 Preparação dos CP s
e) Introduzir água no tanque de imersão, de maneira contínua e suave, até que a lâmina d água atinja 1 cm acima da superfície externa do molde (Figura 5). Analisar o comportamento do CP nos primeiros minutos de imersão em água, anotando eventuais peculiaridades; Figura 5 - Imersão dos CP s em tanque d água f) Retirar, cuidadosamente, os CP s do tanque de imersão após no mínimo 20 horas de banho d água. Examinar e anotar na folha de ensaio (Figura 6) o aspecto do solo que permaneceu no molde. Descartar os CP s; Figura 6 - Aspecto dos CP s após imersão g) Retirar, cuidadosamente, as cápsulas nas quais houve deposição de solo e anotar o aspecto do material depositado, após a eliminação de água limpa (Figura 7). Colocar a cápsula em uma estufa (temperatura de 105 110 C) até a constância de peso. Pesar a massa do material seco (M d ); Figura 7 - Retirada apenas da água limpa da cápsula
Tabela 1 - Folha de anotações do ensaio de Penetração da Imprimadura (folha modelo) ENSAIO DE PERDA DE MASSA POR IMERSÃO IDENTIFICAÇÃO TRECHO OU JAZIDA: Américo LOCAL: Trevo Condição de compactação Molde Nº 5 30 32 36 51 Teor de Umidade (%) 19,9 17,9 15,8 13,7 11,6 Massa Úmida (g) Massa Seca (g) 166,84 169,60 172,71 175,83 179,15 Altura do C.P. (mm) 50,52 48,84 47,23 50,43 53,99 ANT ES DO ENSAIO Croquis MOLDE Cápsula Determinação da Massa Seca Desprendida Cápsula Nº 90 28 18 11 93 Massa Seca + Tara (g) 101,77 81,44 65,89 85,19 93,21 Massa da Tara (g) 54,19 50,94 51,08 53,44 55,86 Massa Desprendida (g) 47,58 30,50 14,81 31,75 37,35 Fator de Redução 1 1 1 1 1 Per. Imersão (%) 144,1 87,8 40,5 91,1 112,6 Observação: Operador: Márcio Data: 23/10/2014