Qualidade de luz e fitorreguladores na multiplicação e enraizamento in vitro da amoreira-preta Xavante

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Transcrição:

Ciência 1392 Rural, Santa Maria, v.42, n.8, p.1392-1396, ago, 2012 Pasa et al. ISSN 0103-8478 Qualidade de luz e fitorreguladores na multiplicação e enraizamento in vitro da amoreira-preta Xavante Light quality and growth regulators on in vitro multiplication and rooting of blackberry Xavante Mateus da Silveira Pasa I* Geniane Lopes Carvalho I Márcia Wulff Schuch I Juliano Dutra Schmitz I Marcela de Melo Torchelsen I Gabriela Kaltbach Nickel I Laura Reisdorfer Sommer I Thaís Santos Lima I Samila Silva Camargo I RESUMO A técnica de micropropagação apresenta diversas vantagens em relação aos métodos tradicionalmente utilizados na propagação da amoreira-preta, especialmente quanto à maior sanidade das mudas e maior rapidez na obtenção de novas plantas. O objetivo deste trabalho foi verificar a influência dos fitorreguladores 6-benzilaminopurina (BAP) e ácido indolbutírico (AIB), aliados à qualidade de luz, na multiplicação e enraizamento in vitro, respectivamente, da amoreira-preta cultivar Xavante. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado. Os tratamentos constituíram-se de diferentes níveis de qualidade de luz (azul, vermelha, branca e ausência de luz) combinadas com ausência ou presença dos fitorreguladores AIB (0,5mg L -1 ) e BAP (0,8mg L -1 ) no meio de cultivo. A utilização de BAP aumenta o número de brotações, gemas e folhas da amoreirapreta Xavante e, dessa forma, é indicada para sua multiplicação in vitro. A utilização de AIB não é necessária no enraizamento in vitro da amoreira-preta Xavante, indicando que essa cultivar apresenta bom enraizamento natural. Palavras-chave: Rubus sp., fitorreguladores, propagação vegetativa, produção de mudas. ABSTRACT There are a lot of advantages using micropropagation technique over the methods traditionally used in blackberry propagation especially concerning health of seedlings and speed in getting new plants. The aim of this study was to investigate the influence of bioregulators 6- benzylaminopurine (BAP) and indol-3-butyric acid (IBA) combined with light quality on in vitro multiplication and rooting, respectively, of blackberry Xavante. The experimental design was completely randomized. The treatments consisted of different levels of light quality (blue, red, white and absence of light) combined with the absence or presence of bioregulators IBA (0.5mg L -1 ) and BAP (0.8mg L -1 ) in the culture medium. The use of BAP increases the number of new shoots, buds and leaves of blackberry, Xavante and thus is suitable for its in vitro propagation. The use of IBA is not required in in vitro rooting of the blackberry cultivar studied, showing that it is naturally well rooting. Key words: Rubus sp., bioregulators, vegetative propagation, seedling production. INTRODUÇÃO A amoreira-preta (Rubus sp.) é uma das espécies frutíferas mais promissoras no país, apresentando boas perspectivas de cultivo e comercialização. O cultivo da amora-preta tem apresentado sensível crescimento na área cultivada nos últimos anos no Brasil, principalmente na região Sul, e tem elevado potencial para os demais estados de características climáticas semelhantes (CAMPAGNOLO & PIO, 2012a). Dentre as cultivares recomendadas para o plantio, Xavante é uma das mais promissoras, pelo fato de sua baixa necessidade de frio, boa produção e pela ausência de espinhos (RASEIRA et al., 2004). Esta característica é muito importante, pois facilita o manejo da cultura, principalmente por ocasião da colheita e na poda das plantas (CAMPAGNOLO & PIO, 2012b). A propagação da amoreira-preta pode ser feita por meio de estacas de raízes, por ocasião do repouso vegetativo, quando são preparadas e transplantadas em sacos plásticos, ou através de rebentos originados das I Departamento de Fitotecnia, sala 1, CP 354, 96010-900, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, RS, Brasil. E-mail: mateus.pasa@gmail.com. *Autor para correspondência. Recebido para publicação 31.10.11 Aprovado em 29.04.12 Devolvido pelo autor 06.05.12 CR-6272

Qualidade de luz e fitorreguladores na multiplicação e enraizamento in vitro da amoreira-preta Xavante. 1393 plantas cultivadas. Além disso, segundo VILLA et al. (2003), a formação de mudas utilizando estacas lenhosas também é viável. No entanto, a técnica de micropropagação apresenta diversas vantagens em relação aos métodos tradicionalmente utilizados na propagação de amoreira-preta, especialmente quanto à maior sanidade das mudas (LEITZKE et al., 2009). No processo de micropropagação, as fases de multiplicação e enraizamento são de fundamental importância, uma vez que são indispensáveis para a obtenção das novas plantas. O controle dessas fases é dependente de vários fatores, como características intrínsecas da espécie, disponibilidade de luz, meio nutritivo utilizado e balanço hormonal, dentre os quais o último é um dos fatores mais relevantes para o sucesso dessa técnica. De acordo com SCHUCH & ERIG (2005), além das formulações básicas dos meios de cultura normalmente utilizados, o emprego de fitorreguladores é imprescindível para que se obtenha sucesso na propagação de culturas in vitro. Na fase de enraizamento, uma das maneiras de favorecer o adequado balanço hormonal é a aplicação exógena de auxinas, tais como o AIB, que elevam seu teor nos tecidos. Embora o ácido indolacético (AIA) seja considerado a principal auxina envolvida no processo de enraizamento, o AIB é o mais utilizado, pelo fato de essa auxina não causar fitotoxicidade aos explantes em uma larga faixa de concentração (IACONA & MULEO, 2010). O tipo de citocinina e a sua concentração são fatores que influenciam no sucesso da multiplicação in vitro (SCHUCH & ERIG, 2005). A utilização desta tem revelado eficiência no processo de multiplicação tanto de estruturas aéreas como na indução de gemas adventícias em diversas espécies (LEITZKE et al., 2009). A fonte de luz utilizada na cultura de tecidos vegetais é muito importante na multiplicação e enraizamento in vitro. Geralmente, a fonte de luz utilizada na sala de crescimento é a lâmpada fluorescente branca-fria. Entretanto, alguns estudos têm demonstrado que a qualidade da luz influencia na multiplicação e enraizamento (IACONA & MULEO, 2010) de explantes in vitro. Segundo ERIG & SCHUCH (2005), a qualidade da luz afeta a eficiência biológica dos fitorreguladores adicionados ao meio de cultura, bem como o balanço hormonal nos tecidos. Consequentemente, a qualidade da luz surge como uma ferramenta na manipulação da indução de balanços fisiológicos favoráveis a respostas específicas no crescimento das plantas. Logo, o objetivo deste trabalho foi verificar a influência dos fitorreguladores BAP e AIB, aliados à qualidade de luz, na multiplicação e enraizamento in vitro, respectivamente, da amoreira-preta, cultivar Xavante. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido no Laboratório de Micropropagação de Plantas Frutíferas, do Departamento de Fitotecnia da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (FAEM), da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no ano de 2011, em Pelotas, RS (31º 48 11" S; 52º 24 53" W). O trabalho foi divido em dois experimentos: multiplicação e enraizamento. O material experimental, oriundo do cultivo in vitro da amoreira-preta Xavante, constitui-se de segmentos nodais caulinares, com duas gemas e duas folhas apicais para o experimento de enraizamento e segmentos nodais padronizados com 2 a 3 gemas para o de multiplicação. Para ambos os experimentos, o delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, constituindo fatorial (4x2), com quatro níveis para o fator qualidade de luz e dois níveis para fitorregulador. Os níveis do primeiro fator, para ambos os experimentos, foram: luz azul, vermelha, branca e ausência de luz (escuro). As duas primeiras foram obtidas por meio da modificação do espectro luminoso das lâmpadas fluorescentes brancas frias, utilizando filtros coloridos de acetato celulose, do tipo Lee Filters, com as seguintes especificações: azul (número 118 Light blue), vermelho (número 106 Primaryred), luz branca das lâmpadas fluorescentes e ausência de luz pelo acondicionamento dos frascos em caixas de papel. Os níveis do segundo fator foram presença e ausência de fitorregulador, utilizando-se para isto 0,5mg L -1 de AIB, como fonte de auxina no experimento de enraizamento e 0,8mg L -1 de BAP como fonte de citocinina no experimento de multiplicação. As concentrações desses fitorreguladores foram definidas com base em experimentos preliminares. Foram utilizadas cinco repetições por tratamento, sendo cada uma destas constituída de um frasco com cinco explantes. O meio de cultura utilizado foi o MS, com 100mg L -1 de mioinositol, 30g L -1 de sacarose. O ph foi ajustado para 5,8 antes da inclusão do ágar na concentração de 6g L -1 e, posteriormente, autoclavado a 121 o C e 1,5atm, por 20 minutos. Foram utilizados frascos de 250mL com 30mL de meio de cultura. Posteriormente, foi realizada a inoculação dos explantes no meio de cultura, em câmara de fluxo laminar para evitar contaminação. Em seguida, estes foram transferidos para sala de crescimento com temperatura de 25±2ºC, fotoperíodo de 16 horas e densidade de fluxo de fótons de 27umol m 2 s -1.

1394 Pasa et al. As variáveis analisadas no experimento de enraizamento foram: porcentagem de sobrevivência, número médio de raízes e comprimento da maior raiz (cm); e para o experimento multiplicação: número de folhas, número de gemas, número de brotações e comprimento das brotações (cm). As avaliações foram realizadas 60 dias após a entrada do material na sala de crescimento. Para a análise dos dados, realizou-se a análise de variância aplicando o teste F e, quando este foi significativo, realizou-se a comparação pareada das médias pelo teste de Tukey com probabilidade de erro de 5%. As variáveis discretas, provenientes de contagem, foram transformadas através da expressão (x+1) ½ e dados expressos em porcentagem pela expressão arcosen (x) ½. RESULTADOS E DISCUSSÃO Considerando o experimento de multiplicação, para todas variáveis, houve interação entre os fatores qualidade de luz e fitorregulador (Tabela 1). O número de brotações, de gemas e de folhas, para todos os níveis de qualidade de luz, com excessão do número de folhas no escuro, foram superiores na presença de BAP no meio de cultivo. VILLA et al. (2006), ao trabalharem com multiplicação in vitro de amoreira-preta Brazos, obtiveram melhores respostas para número de brotações com aplicação de 1,0mg L -1 de BAP ao meio de cultura. De acordo com MULEO & MORINI (2006), o aumento do nível de citocininas nos tecidos promove o crescimento de gemas laterais, reprimindo o efeito inibitório das auxinas, de acordo com a hipótese de que a dominância apical é regulada pela razão auxina/citocinina. Considerando-se o fator qualidade de luz, na presença de BAP, os maiores valores para a variável número de brotações foram obtidos no escuro (2,36) e luz branca (2,08). Na ausência de BAP, não houve diferenças entre os tratamentos (Tabela 1). Resultados distintos foram obtidos por MULEO & MORINI (2006) em experimento com o genótipo de macieira MM106, no qual o maior número de brotações foi observado quando os explantes foram submetidos à luz branca (47,9) e menor no escuro (23,3). ERIG & SCHUCH (2005) observaram que a luz branca induziu menor número de brotações (2,63) na framboeseira Batum. Essas divergências entre os resultados provavelmente indiquem a existência de respostas diferenciadas entre espécies e até mesmo entre cultivares com relação à absorção de luz. O número de gemas, na presença de BAP, foi maior com as luzes branca (28,12), azul (24,72) e vermelha (23,32), enquanto que na ausência não houve diferenças. O número de folhas, tanto na presença quanto na ausência de BAP, foi nulo (0) para o nível escuro e estatisticamente indiferente para os demais (Tabela 1). Em experimento semelhante com maçã Galaxy e Mastergala, ERIG & SCHUCH (2006) constataram que, independentemente da luz utilizada, os melhores resultados foram obtidos utilizando BAP no meio de cultura comparado com meio sem BAP, indicando que esta substância é indispensável na superação da dominância apical e aumento na taxa de multiplicação dos brotos. Quanto ao comprimento das brotações, na presença de BAP, os explantes submetidos ao escuro e luz azul foram superiores aos demais, enquanto que, na ausência deste fitorregulador, destacaram-se a condição de escuro e a luz vermelha. Para o fator fitorregulador, o maior comprimento das brotações foi observado na ausência de BAP, com a luz vermelha e escuro (Tabela 1). Os resultados obtidos com o nível escuro para essa variável podem ser explicados pela Tabela 1 - Número de brotações, gemas e folhas e comprimento de brotações da amoreira-preta Xavante em função da qualidade de luz e presença (C, 0,8mg L -1 ) e ausência (S, 0mg L -1 ) de 6-benzilaminopurina (BAP). ----Número de brotações---- ----Número de gemas---- -------Número de folhas------- ----Comprimento das brotações (cm)---- Qual. luz C/ BAP S/ BAP C/ BAP S/ BAP C/ BAP S/ BAP C/ BAP S/ BAP Branca 2,1 aba 1,3 ab 28,1 aa 6,0 ab 30,3 aa 6,3 ab 1,3 ba 0,8 ba Verm. 1,7 ba 1,1 ab 23,3 aa 8,0 ab 23,8 aa 8,0 ab 1,6 bb 2,8 aba Azul 1,6 ba 1,1 ab 24,7 aa 7,4 ab 24,7 aa 7,1 ab 1,8 aba 2,3 ba Escuro 2,4 aa 1,1 ab 7,7 ba 3,6 ab 0 ba 0 ba 2,7 ab 3,7 aa CV(%) 7,6 14,4 15,9 30,2 *Médias seguidas de mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre si pelo teste de Tukey, em nível de 5% de probabilidade de erro. Qual: qualidade; Verm: vermelha.

Qualidade de luz e fitorreguladores na multiplicação e enraizamento in vitro da amoreira-preta Xavante. 1395 tendência natural dos explantes em tentar alcançar a luz (estiolamento), favorecendo o crescimento vertical, em detrimento ao número de brotações, gemas e folhas. No experimento de enraizamento, para a variável número médio de raízes, verificou-se interação entre os fatores. Na ausência de AIB no meio de cultura, a luz azul propiciou um maior número médio de raízes (2,06), sendo o menor valor observado quando as plantas foram mantidas no escuro (1,07). Por outro lado, na presença de AIB, não houve diferenças entre os níveis de qualidade de luz (Tabela 2). Resultados semelhantes também foram encontrados por IACONA & MULEO (2010), para os quais maior número de raízes em plantas micropropagadas do porta-enxerto de cerejeira cv. Colt foi observado quando se utilizou filtro de luz azul (11) em relação à vermelha (9). Esses resultados diferem de ROCHA et al. (2007), que não observaram diferenças no número de raízes formadas do porta-enxerto de Prunus Mr. S. 2/5, em função de diferentes qualidades de luz. Analisando-se cada nível de qualidade de luz, em relação à ausência ou presença de AIB no meio de cultura, observou-se que, na presença deste fitorregulador, as luzes vermelha, azul e escuro propiciaram maior número de raízes (2,85; 3,08 e 3,08, respectivamente) (Tabela 2). Isso pode ser explicado pela capacidade das auxinas em induzir crescimento celular e também promover a divisão celular em cultura de tecidos. Assim, é possível constatar que existe relação positiva entre presença de fitorregulador e qualidade da luz. Esses resultados podem ser úteis para a micropropagação da amoreira-preta Xavante, pois, com maior número de raízes, aumenta-se o potencial de Tabela 2 - Número médio de raízes da amoreira-preta Xavante em função da qualidade de luz e da presença (C, 0,5mg L -1 ) ou ausência (S, 0mg L -1 ) de ácido indolbutírico (AIB). ---------Número médio de raízes--------- Qualidade de luz S/AIB C/AIB Branca 2,0 ab A* 2,2 a A Vermelha 1,6 ab B 2,9 a A Azul 2,1 a B 3,1 a A Escuro 1,1 b B 3,1 a A CV (%) 10,2 *Médias seguidas de mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre si pelo Teste de Tukey, em nível de 5% de probabilidade de erro. absorção de água e nutrientes e, consequentemente, a taxa de sobrevivência após o transplante. A porcentagem de sobrevivência não diferenciou nos fatores qualidade de luz e fitorregulador (Tabela 3). O fato de a presença de AIB não ter diferenciado da ausência pode ser devido ao fato da cv. Xavante apresentar quantidade de auxina endógena suficiente para estimular o enraizamento, não respondendo à adição exógena. Além disso, no cultivo in vitro, a água e nutrientes estão prontamente disponíveis aos explantes e, dessa forma, podem anular o efeito positivo do maior número de raízes observado na presença de AIB. Para a variável comprimento da maior raiz, dentro do fator qualidade de luz, o nível de luz branca proporcionou maior comprimento de raízes (1,69cm), sendo superior apenas a luz azul (1,05cm). Para a mesma variável, mas analisando-se o fator fitorregulador, verificou-se que a ausência de AIB no meio de cultura proporcionou maior comprimento de raiz (1,83cm), sendo o menor quando se utilizou AIB (0,86cm) (Tabela 3). Uma hipótese para esse resultado é que o maior número de raízes das plantas no meio de cultivo com AIB possa ter induzido a maior competição pela auxina fornecida, tanto endógena quanto exógena (AIB) e, pelas reservas dos explantes, resultando em menor comprimento das raízes formadas. Esse resultado concorda com LEITZKE et al. (2009), os quais observaram redução no comprimento médio das raízes, com o aumento da concentração de AIB. No entanto, esse resultado é dependente da dose de auxina utilizada. De acordo com RADMANN et al. (2002), as auxinas, quando utilizadas em baixas concentrações, estimulam o alongamento das raízes, ocorrendo o efeito inverso quando em altas concentrações. Segundo esse mesmo autor, tal efeito ocorre porque as auxinas estimulam a produção de etileno. CONCLUSÃO A utilização de BAP no meio de cultivo, na dose de 0,8mg L -1, aumenta o número de brotações, gemas e folhas da amoreira-preta Xavante e, dessa forma, é indicada para sua multiplicação in vitro. A adição de AIB (0,5mg L -1 ) no meio de cultura induz maior número de raízes na regeneração de explantes de amoreira-preta Xavante, quando combinada com o espectro luminoso azul e vermelho. No entanto, essa cultivar apresenta adequado enraizamento in vitro na ausência de AIB.

1396 Pasa et al. Tabela 3 - Porcentagem de sobrevivência e comprimento da maior raiz da amoreira-preta Xavante em função da qualidade de luz e da presença (C, 0,5mg L -1 ) ou ausência (S, 0mg L -1 ) de ácido indolbutírico (AIB). Tratamentos Porcentagem de sobrevivência (%) Comprimento da maior raíz (cm) Qualidade de Luz Auxina Branca 78,0 ns 1,7 a* Vermelha 87,5 1,5 ab Azul 94,6 1,1 b Escuro 78 1,2 ab S/AIB 83,5 ns 1,8 a C/AIB 85,5 0,9 b CV (%) 21,3 30,5 *Médias seguidas de mesma letra, minúscula na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey, em nível de 5% de probabilidade de erro. ns: não significativo. REFERÊNCIAS CAMPAGNOLO, M.A.; PIO, R. Enraizamento de estacas caulinares e radiculares de cultivares de amoreira-preta coletadas em diferentes épocas, armazenadas a frio e tratadas com AIB. Ciência Rural, v.42, n.2, p.232-237, 2012a. Disponível em: <http://www.scielo.br/ scielo.php?script=sci_arttext&pid=s010384782012000200008& lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 30 set. 2011. doi: 10.1590/ S0103-84782012000200008. CAMPAGNOLO, M.A.; PIO, R. Produção da amoreira-preta Tupy sob diferentes épocas de poda. Ciência Rural, v.42, n.2, p.225-231, 2012b. Disponível em: <http://www.scielo.br/ scielo.php?script=sci_arttext&pid=s010384782012000200007& lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 28 set. 2011. doi: 10.1590/ S0103-84782012005000007. CHEN, W.L.; YEH, D.M. Elimination of in vitro contamination, shoot multiplication, and ex vitro rooting of Aglaonema. HortScience, v.42, p.629-632, 2007. ERIG, A.C.; SCHUCH, M.W. Ação da 6-Benzilaminopurina e da qualidade da luz na multiplicação in vitro de macieira (Malus domestica Borkh.) cvs. Galaxy e Mastergala. Revista Brasileira de Agrociência, v.12, n.2, p.151-155, 2006. Disponível em: <http://www.ufpel.tche.br/faem/agrociencia/ v12n2/artigo05.pdf>. Acesso em: 12 set. 2011. ERIG, A.C.; SCHUCH, M.W. Tipo de luz na multiplicação in vitro de framboeseira (Rubus idaeus L.) Batum. Revista Brasileira de Fruticultura, v.27, p.488-490, 2005. sci_arttext&pid=s010029452005000300035&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 29 set. 2011. doi: 10.1590/S0100-29452005000300034. IACONA, C.; MULEO, R. Light quality affects in vitro adventitious rooting and ex vitro performance of cherry rootstock colt. Scientia Horticulturae, v.125, p.630-636, 2010. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/ article/pii/s030442381000244x>. Acesso em: 28 set. 2011. doi:10.1016/j.scienta.2010.05.018. LEITZKE, L.N. et al. Meio de cultura, concentração de AIB e tempo de cultivo no enraizamento in vitro de amora-preta e framboeseira. Revista Brasileira de Fruticultura, v.31, n.2, p.582-587, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/ scielo.php?script=sci_arttext&pid=s010029452009000200037& lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 26 set. 2011. doi: 10.1590/ S0100-2945200900020003. LEITZKE, L.N. et al. Multiplicação e enraizamento in vitro de amora-preta Xavante : efeito da concentração de sais, do tipo de explante e de carvão ativado no meio de cultura. Ciência e Agrotecnologia, v.33, Edição Especial, p.1959-1966, 2009. sci_arttext&pid=s141370542009000700045&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 27 set. 2011. doi: 10.1590/S1413-70542009000700045. MULEO, R.; MORINI, S. Light quality regulates shoot cluster growth and development of MM106 apple genotype in vitro culture. Scientia Horticulturae, v.108, p.364-370, 2006. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/ pii/s0304423806000999>. Acesso em: 28 set. 2011. doi:10.1016/j.scienta.2006.02.014. RASEIRA, M.C.B. et al. Classificação botânica, origem e cultivares. In: ANTUNES, L.E.C.; RASEIRA, M. do C.B. Aspectos técnicos da cultura da amora-preta. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2004. p.17-28. (Documentos, 122). RADMANN, E.B. et al. Efeito de auxinas e condições de cultivo no enraizamento in vitro de porta-enxertos de macieira M-9. Revista Brasileira de Fruticultura, v.24, p.624-628, 2002. sci_arttext&pid=s010029452002000300011&lang=pt>. Acesso em: 23 set. 2011. doi: 10.1590/S0100-29452002000300011. ROCHA, P.S.G. et al. Qualidade da luz na micropropagação do porta-enxerto de Prunus cv. Mr. 2/5. Bioscience journal, v.23, p.32-40, 2007. SCHUCH, M.W.; ERIG, A.C. Micropropagação de plantas frutíferas. In: FACHINELLO, J.C. et al. Propagação de plantas frutíferas. Brasília: DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2005. p.155-173. VILLA, F. et al. Propagação de amora-pretautilizando estacas lenhosas. Ciência e Agrotecnologia, v.27, p.829-834, 2003. sci_arttext&pid=s141370542003000400013&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 10 set. 2011. doi: 10.1590/S1413-70542003000400012. VILLA, F. et al. Multiplicação in vitro de amoreira-preta cultivar Brazos. Ciência e Agrotecnologia, v.30, n.2, p.266-270, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=s1413-70542006000200011& lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 03 jan. 2012. doi: 10.1590/ S1413-70542006000200011.