Resistência Térmica de Contato, Montagens e Interfaces

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Ciclo de Palestras Sobre Controle Térmico de Satélites Resistência Térmica de Contato, Montagens e Interfaces Dr. Fabiano Luis de Sousa Divisão de Mecânica Espacial e Controle - DMC

Em um satélite a interface mecânica, do ponto de vista térmico, entre partes da estrutura ou entre partes da estrutura e os equipamentos eletrônicos, podem ser de dois tipos: Interfaces Condutivas Conduzir o calor proveniente de equipamentos eletrônicos para sorvedouros de calor. Espalhar por condução o calor por uma área maior do que a de onde o mesmo é proveniente. Interfaces Isoladas Isolar condutivamente elementos estruturais. Isolar condutivamente equipamentos eletrônicos da estrutura.

Algums Tipos de Interface Mecânica CBERS - Compartimento do WFI CBERS - Módulo de Serviço Fonte: PMM: Design and Construction Specification; CBERS, fotos R. Marino; Catálogo Shur-Lok.

Conceito de Resistência Térmica Q = k A T/ X T T 0 Lei de Fourier T 1 T o Q T 1 X 0 X 1 X 0 X 1 X Analogia Elétrica U = I R RT = X X / (k A) I U 0 U 1 T = Q X / (k A) Resistência Térmica CT = (k A) / X Condutância Térmica

Resistência Térmica de Contato Q T o T 2 T 3 T 1 Q T T o T o Influência da Resistência Térmica de Contato T 2 T 3 T 1 X 0 X 2 X 1 X 0 X 2 X 1 X Analogia Elétrica U 0 I U 1

Morfologia na Interface Gluck, Baturkin, 2003 Zygo TM inspection for flatness Yovanovich et al, 1997

Fatores Que Influenciam no Valor da RTC Parâmetro RTC Acabamento Superficial Ondulação Rugosidade Planicidade Dureza Carregamento estático Carregamento dinâmico Condutividade e Coef. Exp. Térmica Material na interface Fontes: Lambert e Fletcher, 1997; Yovanovich et al, 1997; Satre e Lallemand, 2001; Savija et al, 2003.

Modelamento da RTC Entre Duas Superfícies Planas H c Fonte: Yovanovich et al, 1997.

Modelos Para Prever a RTC Entre Metais em Vácuo Modelos teóricos para superfícies planas, rugosas. Modelos empíricos e semi-empíricos para superfícies nominalmente planas, rugosas. Modelos teóricos para superfícies esféricas, lisas. Modelos teóricos para superfícies esféricas, rugosas. Fonte: Lambert e Fletcher, 1997.

Modelo x Experimento Superfícies planas (TIR 2 µm), rugosas Teorias elásticas Fonte: Lambert e Fletcher, 1997. Teorias plásticas

Modelo x Experimento; Superfícies nominalmente planas Fonte: Lambert e Fletcher, 1997.

Modelo x Experimento; Superfícies esféricas rugosas Fonte: Lambert e Fletcher, 1997.

Sumário: RTC entre metais em vácuo Existem teorias que predizem acuradamente a RTC para dois casos: Superfícies oticamente planas (TIR 2µm), rugosas. Superfícies esféricas lisas. As teorias desenvolvidas para superfícies nominalmente planas (a maioria dos casos reais) não predizem com sucesso a RTC de forma abrangente. Foram desenvolvidos modelos para superfícies não planas, rugosas, considerando que a superfície é esférica para que possa ser modelável. Todavia, o modelo que melhor reproduz os dados experimentais não é apresentado de forma facilmente aplicável à problemas de projeto reais. Fonte: Lambert e Fletcher, 1997.

RTC em Intefaces Metal/Polímeros e Metal/Mat. Composto (Carborno) em Vácuo Metal/Polímeros: Modelo Elástico. Material mole permite área real ser maior que área aparente. O aumento da área real de contato com o carregamento pode levar a RTC ficar desprezível. Metal/Compostos (Carbono): Modelos? Fatores importantes no estabelecimento da RTC: Condutividade média do composto. Razão Fibra/Resina. Espessura. Fonte: Fuller, J.J. e Marotta, 2001; Mirmira et al, 2001.

Metal/Polímeros Metal/Compostos (Carbono) Fonte: Fuller, J.J. e Marotta, 2001. Fonte: Mirmira et al, 2001.

Meios Para Reduzir a RTC Objetivo: Diminuir a diferença de temperatura entre as superfícies. Aumentar a área de contato entre as superfícies. Aumentar o carregamento estático entre as superfícies. Pré-Carga dinâmica. Uso de fluidos ou materiais sólidos para preenchimento dos espaços vazios entre as superfícies. Revestir as superfícies com um material macio e aumentar a área de contato. Fonte: Sartre e Lallemand, 2001; Savija et al, 2003.

Materiais Para Preenchimento Gases: Hélio, Argônio, Nitrogênio. Graxas, óleos e PCM. O uso de óleo ou graxas é o método mais usado para reduzir a RTC. Metais: Folha de aluminio, cobre, latão, estanho, chumbo, indium. Polímeros. Adesivos. Fontes: Sartre e Lallemand, 2001; Savija et al, 2003; Yovanovich et al, 1997.

Comparação da Eficiência de Vários Materiais Para Preenchimento na Diminuição da RTC. Fonte: Sartre e Lallemand, 2001. Graxas Folha PCM Folha Grafite Folha de Al Folha de Silicone Folha de Al com Adesivos Folha de Graf. com Ad. Folha de Polímero

Redução da RTC Pelo Revestimento das Superfícies Com Materiais Macios Técnicas: Deposição de vapor; Spray de Plasma; electroplated. Materiais: Metálicos (prata, chumbo, estanho, indium, aluminio, magnésio, niquel, cobre), não-metálicos (carbono - filmes de diamante -, cerâmicas, polímeros); mistos (cobre-carbono, prata-carbono). Muito trabalho experimental, poucos modelos analíticos. Fontes: Savija et al, 2003; Lambert e Fletcher, 2002; Li et al, 2000.

Sumário: Meios Para Reduzir a RTC A carga (pressão) na interface representa um parâmetro muito importante no valor da RTC. Graxas são o meio mais usado para reduzir a RTC, mas requerem aplicação cuidadosa, podem migrar ou evaporar da interface e apresentar problemas de contaminação. Folhas são mais difíceis de aplicar que graxas e apresentam menor performance, mas não migram nem evaporam. Revestir as superfícies em contato com material macio é considerado o melhor método para diminuir a RTC. Fontes: Savija et al, 2003; Lambert e Fletcher, 2002; Sartre e Lallemand, 2001; Li et al, 2000.

RT em Montagens Mecânicas A pressão entre duas superfícies presas por parafusos não é uniforme, assim a área de contato real entre as superfícies é maior perto das junções, o que resulta em uma maior troca de calor nestas regiões. Embora existam relações teóricas para se determinar a RTC efetiva entre duas superfícies em uma montagem mecânica, relações empiricas são mais utilizadas. Fontes: Gilmore, 1994; Karam, 1998.

Um Estudo da Condutância Efetiva Entre Duas Superfícies Metálicas Presas Por Parafusos Aparato Experimental Configurações de Teste Fonte: Yeh et al, 2001.

Distribuição de Temperatura Com e Sem Pressão na Interface Fonte: Yeh et al, 2001.

Fonte: Yeh et al, 2001. Distribuição de Pressão Para Vários Níveis de Torque Nos Parafusos Variação da Pressão Para Várias Configurações, em Função do Torque

Fonte: Yeh et al, 2001. Condutância Efetiva em Várias Configurações

Efeito da Rugosidade na Condutância Efeito da Colocação de uma camada de RTV (Silicone) na interface Interface Al/Al: C 6 kw/m 2 K Interface Al/RTV/Al: C 1.16 kw/m 2 K ε = 0.2 mm Fonte: Yeh et al, 2001.

Thermal Doublers Em uma região onde exista uma alta densidade de dissipação de calor, pode ser necessário que este seja espalhado por uma área maior do que a que seria utilizada para a fixação mecânica. Equipamento Doubler Aluminio C-C Estrutura

Thermal Doublers

Thermal Straps Heat absorbing flange Flexible braids Heat removal flange Heat sink (Gluck e Baturkin, 2003).

Juntas Isolantes Utilizadas quando deseja-se reduzir o acoplamento condutivo em uma interface mecânica. Isolamento feito geralmente por meio de arruelas e/ou parafusos de material isolante térmico (fibra de vidro, aço inoxidável, titânio ou plásticos). Uso de arruelas: pode ter impacto no projeto estrutural. Base do equipamento Arruela isolante Parafuso Porca CBERS - Compartimento do WFI

Estudo Experimental da RT em Uma Junta Isolante O nível de temperatura na junta é o parâmetro mais importante para valores abaixo de -70 o C. Para temperaturas na faixa [-70, 40], o número de arruelas não é um parâmetro determinante na RT se elas apresentarem deformações resultantes do processo de fabricação. O material das arruelas é um parâmetro importante na RT da junta. A incerteza no valor da RT é grande, às vezes na mesma ordem de grandeza do valor total da mesma. Fonte: Mantelli e Yovanovich, 1996

Outros Tipos de Juntas Isolantes a. Fiberglass Rod b. Fiberglass Conical Section c. Embedded Titanium Cones Fonte: Gluck e Baturkin, 2003.

Sumário: RTC, montagens e interfaces As interfaces são geralmente projetadas para serem condutivas ou isolantes. Existem modelos que predizem razoavelmente bem o valor da RTC entre superfícies metálicas planas. Interface metal/composto pouco estudada teoricamente (necessário devido ao uso crescente de materiais compostos, não metálicos, na estrutura de satélites). O método mais usado para reduzir a RTC entre superfícies metálicas é o uso de graxas ou folhas de material metálico mole. Coating da superfície é técnica mais recente, mas bastante promissora. A previsão da RTC entre juntas reais ainda basea-se largamente em dados empíricos e pode apresentar grande incerteza.

Referências Fuller, J.J. e Marotta, E.E. Thermal Contact Conductance of Metal/Polymer Joints: An Analytical and Experimental Investigation. Journal of Thermophysics and Heat Transfer, Vol. 15, No. 2, 2001. Karam, R.D. Satellite Thermal Control for Systems Engineers. Progress in Astronautics and Aeronautics, Vol. 181, AIAA Press, 1998. Gilmore, D.G. (Editor). Satellite Thermal Control Handbook. The Aerospace Corporation Press, 1994. Gluck, D. e Baturkin, V. Update of Thermal Control of Mountings and Interfaces. 14 th Thermal Control Workshop. The Aerospace Corp., March 12, 2003. Lambert, M.A. e Fletcher, L.S. Review of Models for Thermal Contact Conductance of Metals. Journal of Thermophysics and Heat Transfer, Vol. 11, No. 2, 1997. Lambert, M.A. e Fletcher, L.S. Thermal Contact Conductance of Non-Flat, Rough, Metallic Coated Metals. Journal of Heat Transfer, Vol. 124, pp. 405-412, 2002. Li, Y.Z., Madhusudana, V. e Leonardi, E. Enhancement of Thermal Contact Conductance: Effect of Metallic Coating.. Journal of Thermophysics and Heat Transfer, Vol. 14, No. 4, 2000. Mantelli, M.B.H. e Yovanovich, M.M. Experimental Determination of Overall Thermal Resistances of Satellite Bolted Joints. Journal of Thermophysics and Heat Transfer, Vol. 10, No. 1, pp. 177-179, 1996. Mirmira, S.R., Jackson, M.C. e Fletcher, L.S. Effective Thermal Conductivity and Thermal Contact Conductance of Graphite Fiber Composites. Journal of Thermophysics and Heat Transfer, Vol. 15, No. 1, 2001. MULTI-MISSION PLATFORM - Design and Construction Specification A820000-SPC-02/02. Robertson, D. Carbon-Carbon Thermal Doublers for Spacecraft. The Amptiac newsletter, pp. 4-5, 1999. Satre, V. e Lallemand, M. Enhancement of thermal Contact Conductante for Electronic Systems. Applied Thermal Engineering 21, pp. 221-235, 2001. Savija, I., Culham, J.R., Yovanovich, M.M., Marotta, E.E. Review of Thermal Conductance Models for Joints Incorporating Enhancement Materials. Journal of Thermophysics and Heat Transfer, Vol. 17, No. 1, 2003. Yeh, C.L., Wen, C.Y, Chen, Y.F., Yeh, S.H e Wu, C.H. An Experimental Investigation of Thermal Contact Conductance Across Bolted Joints. Experimental Thermal and Fluid Science, Vol. 25, pp. 349-357, 2001. Yovanovich, M.M.; Culham, J.R.; Teertstra, P. Calculating Interface Resistance. Electronics Cooling, May, 1997.