Incertezas do mercado de etanol chegam à gasolina



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Transcrição:

postoavançado revista Ano XXVII Fevereiro de 2014 Nº 82 Mala Direta Postal Básica 9912266655/2010-DR/RS SULPETRO Mercado Incertezas do mercado de etanol chegam à gasolina Vida Sindical Segunda turma do MBA de Combustíveis inicia em maio página 14 Nossa Gestão Diretoria analisa indicadores do Planejamento Estratégico página 15 Dentro da Lei Copa do Mundo gera negócios, mas exige obediência a regras comerciais página 19 posto avançado 1

2 posto avançado

Índice Revista do Sulpetro Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Estado do Rio Grande do Sul Ano XXVII Fevereiro de 2014 Nº 82 fotolia.com 7 Mercado Insegurança no mercado de etanol se reflete no baixo consumo 4 Entrevista Adriano Pires, diretor-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) 17 Histórias da revenda Guido Kieling: mais de 50 anos dedicados às causas sociais 18 Dentro da Lei Venda de combustível na forma avulsa deve ocorrer em recipiente certificado 20 Personagem Deputado estadual Edson Brum (PMDB) 23 Pergunte ao Jurídico Como agir ao ser notificado pelo CRA 24 Agenda Fiscal Abril e Maio/2014 25 Contas em Dia Imposto de Renda: chegou a hora de acertar as contas com o leão 26 Tio Marciano 22 ANP e Confaz: Formação de Preços posto avançado 3

Entrevista Do auge à crise Adriano Pires Diretor-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires é articulista sobre os temas de energia elétrica, petróleo e gás natural no jornal Valor Econômico e nas revistas Conjuntura Econômica e Brasil Energia. Escreve para o site do Instituto Liberal e para um blog no portal oglobo.com. Foi assessor do diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e superintendente da Agência nas áreas de importação, exportação e abastecimento. Pires é economista, mestre em planejamento estratégico pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutor em economia industrial pela Universidade Paris XIII (França) e fala sobre o panorama do etanol no País. Marcelo Amaral/Portphoto 4 posto avançado

Comente sobre o setor do etanol no Brasil nos últimos anos. O etanol passa por uma crise muito forte, pois, a partir de 2008, com o colapso econômico e com o anúncio do Pré-Sal, o governo esqueceu do produto. Até então, ele era a grande estrela da política energética brasileira. O presidente Lula falava que o Brasil tinha potencial para ser o maior produtor de biocombustíveis do mundo, uma espécie de Arábia Saudita verde, como ele qualificava. O etanol viveu um boom extraordinário do início dos anos 2000 até 2007, com recordes de consumo. Essa etapa de grande crescimento também se deu baseada na introdução no mercado do chamado carro flex. O etanol, que era o álcool, tinha tido uma grande crise no final dos anos 1980, quando faltou nas bombas e se criou uma grande insegurança nos consumidores para que comprassem carro a álcool. O veículo flex supriria este problema, afinal, usaria os dois combustíveis. No início dos anos 2000, basicamente todos os carros flex vendidos no País consumiam etanol. O governo falava, nessa época, que o etanol seria o principal combustível brasileiro, que a gasolina seria uma espécie de substituto. E quanto às refinarias? Quando a Petrobras desenhou as novas refinarias, do Maranhão, Ceará, Pernambuco e do Rio de Janeiro, adotou tecnologia onde não se produz gasolina, somente diesel, pois este é um produto que o Brasil sempre importou muito. Ela fez essa opção porque acreditava que o etanol teria uma participação muito grande na matriz de combustíveis. Em 2008, com a crise, o governo adotou um modelo de estímulo ao consumo, e o carro-chefe dessa política foi o automóvel. Com o anúncio do Pré-Sal, imaginou-se que o País teria muito petróleo e poderia vender gasolina barata. O governo começou a controlar o preço da gasolina e o etanol começou a perder competitividade. De que forma isso também afetou a produção da gasolina? Os carros que, no início dos anos 2000 até 2007, colocavam etanol passaram a usar gasolina. Os carros novos vendidos a partir de 2008, também. Temos a curiosidade de que o carro flex foi criado para usar etanol e não gasolina, até porque um carro movido a gasolina somente é sempre mais eficiente do que o flex. Isso provocou uma mudança na matriz de combustível. Até 2009, não importávamos gasolina; entre 2010 e início de 2014, a importação de gasolina cresceu 490%. Isso provocou um grande rombo no caixa da Petrobras. Entre 2008 e 2013, somente em função de gasolina, a Petrobras perdeu quase R$ 6 bilhões, sem falar no diesel. Essa política do governo, adotada a partir de 2008, também tem o aspecto negativo de incentivar o transporte individual em relação ao transporte coletivo. Para dar o golpe de misericórdia, o governo acabou com a Cide na gasolina, que era um imposto Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico, que garantia uma competitividade maior ao etanol e houve desoneração da gasolina a partir de julho de 2012. Não pagando Cide e o governo segurando preço, o etanol se colocou em uma situação de crise grande. Hoje, não sabemos para onde o setor vai caminhar. E as usinas, como se estabeleceram? Segundo dados da Unica [União da Indústria de Cana-de-açúcar], 44 usinas foram fechadas nas últimas cinco safras e outras 12 podem fechar nesta safra 2014/2015. Em 2000, o Brasil era o maior produtor de etanol do mundo. O segundo eram os Estados Unidos, que fabricavam 57% do volume das usinas brasileiras. Em 2011, a produção norte-americana mais que dobrou em relação à nossa, cresceu 230%. Perdemos o posto de maior produtor de etanol do mundo e até, em períodos de entressafra, estamos importando etanol de milho do mercado norte-americano. Em 2000, o Brasil era o maior produtor de etanol do mundo. O segundo eram os Estados Unidos, que fabricavam 57% do volume das usinas brasileiras. Em 2011, a produção norteamericana mais que dobrou em relação à nossa, cresceu 230% posto avançado 5

Entrevista Falta política de longo prazo, que dê previsibilidade tanto ao plantador de cana de açúcar quanto ao dono da usina. 6 posto avançado E o consumo gaúcho? O Rio Grande do Sul sempre foi um estado importador de etanol, não há produção local. Hoje não existe mais, mas, antigamente, tínhamos dificuldades de ligar o carro com etanol e em climas muito frios. Isso criou uma cultura no Sul do Brasil de pouco consumo desse combustível. A região nunca foi grande consumidora de etanol. Houve aumento de comercialização do produto neste início de ano no País. Isso ocorre em função do período? Sim, pois é o momento da safra, o preço cedeu um pouco e o consumo cresceu, pois o preço da gasolina aumentou um pouco nas bombas. Porém, as vendas de etanol hidratado caíram de forma geral. Em 2009, foram consumidos 16 milhões de metros cúbicos. Em 2013, foram 11 milhões de metros cúbicos. O consumo caiu 34% nesse período. Houve a desoneração da gasolina, com o corte da Cide, e a redução de PIS e Cofins do etanol não amenizou o problema? Melhorou um pouco, mas não resolveu. São medidas pontuais. Isso foi positivo para as grandes distribuidoras, pois havia uma sonegação no setor de etanol. Havia distribuidora que não recolhia o PIS e Cofins e conseguia vender mais barato, a desoneração foi interessante para a venda Brasil, das distribuidoras, pois conseguiram tirar do mercado as que sonegavam. O que falta para o etanol voltar ao auge? Falta política de longo prazo, que dê previsibilidade tanto ao plantador de cana de açúcar quanto ao dono da usina. Com biocombustível, é preciso ter previsibilidade. Já trabalhamos com um fator incontrolável que é o clima. Nos Estados Unidos, o setor cresce porque lá o governo tem mandados, é definido quantos litros serão comprados nos próximos anos, o que incentiva a plantação do produto e a construção de usina. Hoje, ninguém sabe se o governo, aqui, vai aumentar ou baixar o preço da gasolina. Não há garantia na compra de etanol. A volta da Cide na gasolina também permitiria que o etanol voltasse a ser competitivo. O que é o E-85 e qual é a viabilidade? Seria uma maneira de transformar, no Brasil, o etanol em aditivo para a gasolina, como acontece na maioria dos países. Aqui, temos o etanol aditivo, o anidro, mas temos o hidratado, que concorre diretamente com a gasolina. Penso que a discussão é válida, mas acredito que discutir esse tema quando o setor passa por uma crise grave, onde é importante a venda e produção do hidratado, não é o caminho, não deve ser a pauta principal. Merece ser debatido, mas há pontos, antes disso, que merecem mais atenção.

Mercado Incertezas do mercado de etanol chegam à gasolina A insegurança dos negócios no mercado de etanol se reflete no consumo. No Rio Grande do Sul, longe dos centros de produção do combustível, ele representa muito pouco para o volume de vendas dos postos. Os impactos do atual panorama do setor chegam à gasolina, que é composta por etanol anidro. As usinas brasileiras têm demonstrado esforços para reverter um quadro de crise, mas a demanda por abastecimento de veículos deve permanecer muito abaixo do potencial nos próximos meses. Especialistas apontam que o mercado de combustíveis deve crescer cerca de 4% no ano-safra 2014/2015 no Brasil, mas o aumento se dará graças ao uso da gasolina. posto avançado 7

Mercado Divulgação Certamente, uma vez que o biocombustível faz parte da produção da gasolina, ele afeta a formulação do preço e a oferta, constata o técnico da Fundação de Economia e Estatística e professor de Economia, Alfredo Meneghetti Neto. Os desafios do setor do etanol têm sido apresentados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) a órgãos do governo. A instituição reclama que os problemas estão ligados principalmente às políticas públicas adotadas e isso parece ser consenso entre outros representantes da cadeia. A entidade afirma que, com usinas fechando as portas nas últimas safras, mais de 30 mil postos de trabalho foram perdidos e milhares estão em risco. Segundo a presidente da União, Elizabeth Farina, a dívida média das empresas do setor supera o faturamento bruto anual, e cerca de 20% da receita está comprometida apenas com o pagamento de juros. Conforme documento da entidade, empresas de bens de capital voltadas para o setor registram, desde 2010, queda de 50% no faturamento, com perda de mais de 50 mil postos de trabalho, e as expectativas para a indústria de base são desanimadoras, já que não há pedido de nova usina em carteira. A presidente declarou, em reunião que ocorreu no início de fevereiro, em Ribeirão Preto (SP), que o setor sucroenergético não sobrevive da forma como está. De acordo com ela, o País caminha a passos largos para extinguir a mais bem-sucedida iniciativa do mundo para a substituição em larga escala de combustíveis fósseis por uma opção limpa e renovável. No mesmo sentido, a Bioagência, que comercializa etanol, divulgou estimativa de que a demanda por etanol hidratado no próximo ano-safra deve chegar aos 10,9 bilhões de litros, os mesmos registrados no ciclo atual (2013/2014). Os impactos do atual panorama do setor chegam à gasolina, que é composta por etanol anidro. Certamente, uma vez que o biocombustível faz parte da produção da gasolina, ele afeta a formulação do preço e a oferta, constata o técnico da Fundação de Economia e Estatística (FEE) e professor de Economia, Alfredo Meneghetti Neto. Conforme o professor, todo movimento que envolve a matriz energética e que tem relação com o petróleo afeta os diversos setores da economia, aumentado os preços de produtos de necessidade básica, como alimentos e vestuário. Meneghetti prevê que em março a discussão sobre os preços dos combustíveis deve acender. Isso se antecipa pela situação do último reajuste, pela discussão noticiada de uma nova metodologia do cálculo. O tema deve eclodir, especificamente, em como o governo abordará o tema. Para o técnico, o etanol é assunto que poderia ter recebido apoio mais efetivo do que vem recebendo no Brasil. Porém, segundo ele, a pauta não deverá ser discutida neste ano, somente em 2015. Talvez o próximo governo desenvolva linhas de ação mais voltadas para o biocombustível, mas neste ano o tema será a nova metodologia de preços dos combustíveis fósseis. Existe a preocupação com a inflação, afirma. 8 posto avançado

Divulgação/Unica Para a presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar, Elizabeth Farina, o setor sucroenergético não sobrevive da forma como está. São 44 usinas fechadas nas últimas cinco safras, com outras 12 usinas que talvez não cheguem a processar cana na safra 2014/2015. Distribuidoras Para as associadas do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) que respondem por 60% do mercado no País, o período traz um pouco de fôlego. Os dados da entidade apontam que o consumo de etanol hidratado cresceu, em janeiro deste ano, na comparação com igual mês de 2013. Foram vendidos no mês passado 695,2 milhões de litros de hidratado. O número é 36,9% acima do registrado em janeiro de 2013, no entanto, 9,34% abaixo do verificado no mês anterior, dezembro. Para o diretor de Mercado do Sindicato, Cesar Guimarães, o resultado se deve, em parte, à desoneração do PIS e da Cofins ocorrida em maio de 2012. Desde aquele mês, para os consumidores, o produto passou a ser mais competitivo em relação à gasolina, principalmente nos estados produtores como São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Paraná. Revendas De uma ponta para a outra, as revendas seguem na linha de queda quando o tema é o produto, pelo menos no mercado gaúcho. Se o governo não apoiar a construção de usinas de etanol aqui, vai continuar a mesma coisa. A maior parte do etanol que chega ao Rio Grande do Sul vem de São Paulo, do município de Ourinhos. E isso acarreta despesas com o frete, que custa hoje R$ 0,14 por litro. Contudo, é intenção do governo incentivar o plantio de cana de açúcar no Estado, declara o presidente do Sulpetro, Adão Oliveira. Conforme ele, a venda de etanol está muito baixa no Estado. Tem postos que não estão se preparando para vender, porque, se esse combustível ficar sem movimentação por mais de 30 dias, o produto sai da especificação. Então, não compensa e a carga mínima de fornecimento é de 5 mil litros, que podem não ser comercializados em um mês, esclarece. Marcus Vinícius Dias Fara, proprietário de três postos localizados em Bagé e um em Porto Alegre, afirma que o etanol representa cerca de 2% das vendas dos estabelecimentos quando a relação é feita com a gasolina. O mercado deste combustível está estagnado. Percebo que, da virada do ano para cá, houve queda nas vendas, apesar de dados da ANP [Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis] apontarem para aumento, constata, ao analisar a comercialização nas revendas das duas cidades em que atua. O revendedor concorda que o etanol é um bom produto para compor a matriz energética do País, mas falta política bem estabelecida, com critérios. Não conseguem abastecer o mercado interno e queriam exportar. Seria um fiasco se tivesse ocorrido, declara Fara, ao recordar discursos do governo que apontavam o combustível como principal para o Brasil. Em Alegrete e Uruguaiana, cidades em que posto avançado 9

Mercado Divulgação/Sindicom O diretor de Mercado do Sindicom, Cesar Guimarães, vê o crescimento no consumo de etanol, em janeiro último, como consequência, em parte, pela desoneração do PIS e da Cofins ocorrida em maio de 2012. o empresário Silvanio de Lima atua com dez postos, pela Rede J. A. Lima, o combustível representa no máximo 5% das vendas comparado com a gasolina. O sócio-diretor explica que registrou queda nas vendas do produto no ano passado e aumento aproximado de 2% nos dois últimos meses. Mas isso se deve em função do período de férias, acredito. Segundo ele, se as políticas que existem para o setor permanecerem as mesmas, não há possibilidade de melhorias para o consumo do combustível no Estado. Um dos pontos é em relação ao frete, o custo é maior para nós, o que traz a desvantagem para a comercialização, enfatiza. Adan Silveira Maciel, revendedor de Santana do Livramento, esclarece que a venda de etanol geralmente se conserva em um mesmo patamar. Quando há diferença de preço, que compensa para o consumidor abastecer, há ampliação. Outro fator é a orientação das Consumo de etanol hidratado combustível no Brasil em litros 2009 2012 2013 Janeiro 1.252.623.278 737.394.663 826.588.052 Fevereiro 1.172.273.912 792.700.209 835.204.157 Março 1.313.564.098 852.874.201 820.315.719 Abril 1.387.201.768 789.145.451 811.383.366 Maio 1.313.498.305 813.118.395 789.696.956 Junho 1.371.580.807 752.357.707 842.996.718 Julho 1.447.730.995 766.073.960 892.820.785 Agosto 1.408.876.788 821.321.799 949.056.568 Setembro 1.501.345.542 815.790.523 933.239.719 Outubro 1.500.496.523 918.801.757 1.012.200.462 Novembro 1.292.755.588 898.237.510 994.053.842 Dezembro 1.509.000.565 892.364.128 1.109.137.664 16.470.948.169 9.850.180.303 10.816.694.008 Fonte: União da Indústria da Cana-de-Açúcar 10 posto avançado

concessionárias de que os veículos com tecnologia flex devam abastecer, eventualmente, com etanol, para o reconhecimento do combustível, relembra. De acordo com Maciel, na entressafra, o preço por litro aumenta e isso prejudica ainda mais o incremento da comercialização do produto. Temos a questão sazonal, do inverno. O produto não é tão bem aceito nesse período, pelas temperaturas extremas do Estado, fala, ao verificar que o consumidor ainda persiste com a ideia das tecnologias que eram aplicadas nos veículos mais antigos e nos quais o etanol não funcionava adequadamente. Para o revendedor, o desenvolvimento no setor só acontecerá se as políticas estiverem voltadas para ações que diminuam o preço do combustível. Isso aumentaria as vendas em nível nacional. Consumo de etanol hidratado combustível no Rio Grande do Sul em litros 2009 2010 2011 2012 2013 Janeiro 35.676.469 14.815.261 15.768.946 9.901.100 10.452.176 Fevereiro 31.524.785 11.255.000 13.246.495 9.636.997 10.320.284 Março 33.819.440 16.378.022 11.264.592 9.984.360 9.105.330 Abril 37.360.498 20.393.090 8.551.694 9.225.580 8.605.250 Maio 35.129.795 19.667.523 12.125.970 9.148.304 8.205.410 Junho 36.871.709 27.242.853 12.498.226 8.220.240 7.750.150 Julho 38.243.394 24.257.943 10.437.971 8.585.050 8.382.811 Agosto 35.887.708 22.449.575 10.586.774 9.426.090 8.166.290 Setembro 41.862.158 24.663.124 10.146.310 8.799.295 8.221.210 Outubro 30.440.578 20.745.730 10.305.840 11.361.469 9.287.912 Novembro 20.477.889 18.147.049 10.517.126 10.284.773 9.038.303 Dezembro 25.733.910 20.878.134 11.671.971 10.642.613 12.656.025 403.028.333 240.893.304 137.121.915 115.215.871 110.191.151 Fonte: União da Indústria da Cana-de-Açúcar E-85 O E-85 é uma mistura de 85% de etanol anidro e 15% de correntes intermediárias de gasolina. A proposta ainda é discutida na Sala do Etanol do Ministério de Minas e Energia por representantes do governo, distribuidoras e Petrobras, que defendem a nova mistura, e pelos produtores de etanol, contrários à ideia. O que se pretende é padronizar a produção do etanol em anidro, que hoje já é misturado à gasolina em 25%. Com o modelo, o abastecimento de veículos seria dividido entre o E-85, em lugar do etanol hidratado, e a manutenção da gasolina C, mistura de gasolina A com 25% de etanol anidro. posto avançado 11

Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Estado do RS Rua Coronel Genuíno, 210 Porto Alegre/RS CEP 90010-350 Fone: (51) 3930-3800 Fax: (51) 3228 3261 direxecutivo@sulpetro. org.br Presidente Adão Oliveira da Silva Vice-presidentes Oscar Alberto Raabe, Jorge Carlos Ziegler, Francisco Cyrillo da Costa, Eduardo Pianezzola, Marcelo Gonçalves Louzada e José Henrique Schaun Diretores-secretários Hélio Guilherme Schirmer, Claudio Alberto dos Santos Azevedo e Marcio Carvalho Pereira Diretores-tesoureiros Gilberto Rocha Alberton, Sadi José Tonatto e Ricardo Buiano Hennig Diretor de patrimônio Guido Pedro Kieling Diretor para assuntos econômicos Edson Luiz Possamai Diretor de comunicação Jorge Giordano Diretores para assuntos legislativos José Ronaldo Leite Silva e Amauri Celuppi Diretor-procurador Antônio Gregório Goidanich Diretor para lojas de conveniência Valter Suliman Duarte revista posto avançado Sulpetro Diretor para postos de estradas Rosélio Buffon Diretor para posto de revendedores de GNV João Carlos Dal Aqua Diretor para postos independentes Olavo Luiz Benetti Diretores suplentes Martin Brugger Titton, Fabio Luis Bassegio, Hugo Carlos Lang Filho, Paulo Souza e Silva Moreira, Claiton Luiz Tortelli, Henrique José Vieira da Fonseca, Gerson Adir Trentini, Frederico Walter Otten, Carlos Joaquim Xavier, Luiz Antônio Lo Iacono, Luiz Roberto Weber, João Carlos Bragé de Alencastro, Gilberto Tavares Sequeira, Josué da Silva Lopes, André de Carvalho Gevaerd, Ortegal Santiago dos Santos, Marcelo Rocha da Silva, Gustavo Farias Staevie, Aires Jari Heatinger, Ângelo Galtieri, Jeferson Machado Reyes, Ailton Rodrigues da Silva Júnior e Hardy Kudiess Delegados representantes Titulares Adão Oliveira da Silva e Antônio Gregório Goidanich Suplentes Oscar Alberto Raabe e Jorge Carlos Ziegler Conselho fiscal Membros Efetivos Vilmar Antônio Sanfelice, Elvidio Elvino Eckert e Delci Vilas Boas Membros Suplentes Henrique Francisco de Medeiros Hencke, Maria Paulina de Souza de Alencastro e Siegfried Heino Matschulat Diretores Regionais Alegrete Silvanio de Lima Adjuntos: Elpídio Kaiser e Jarbas Fernandes da Costa Expediente Bagé Marcus Vinícius Dias Fara Adjuntos: Ingridi Olle e Marco Aurélio Balinhas Caçapava do Sul Ciro César Forgiarini Chaves Adjunto: Maiton Lopes Prussiano Cachoeira do Sul José Dagoberto Oliveira Gonçalves Adjuntos: Charles Dal Ri e Neusa Marli Santos Radunz Carazinho Dulce Giacomolli Adjuntos: Luis Eduardo Baldi e Paulo Roberto Endres Erechim João Maurício Johann Adjuntos: Roberto Machry e João André Rogalski Ijuí Josiane Barbi Paim Adjuntos: Edebaldo Weber e Jaime Ricardo Stadler Lajeado Elvidio Elvino Eckert Adjuntos: Nestor Muller e Roberto André Kalsing Novo Hamburgo Claiton Luiz Tortelli Adjuntos: Ivo Carlos Otto Hartfelder e João Vicente Anonni Osório Edo Odair Vargas Adjuntos: Gilson Becker e Paulo Francisco Boff Passo Fundo Roger Adolfo Silva Lara Adjuntos: Doli Maria Dalvit e Bernardino Basso Pelotas Paulo Souza e Silva Moreira Adjuntos: Eduardo Poetsch e Everson Azeredo Rio Grande Henrique José Leal Vieira da Fonseca Adjuntos: Carlos Joaquim Xavier e Gilberto Tavares Sequeira Santa Cruz do Sul Walter Rech Pflug Adjuntos: Paulo Gomes Lisboa e Sérgio Moralles Rodriguez Santa Maria Francisco Hubner Adjuntos: Jorge Humberto Vasques Miotti e Moacir da Silva Santa Rosa Roberto Luis Vaccari Adjuntos: Clóvis Schneider e Pedro Fernando Mendes Santana do Livramento Adan Silveira Maciel Adjuntos: Gustavo Farias Staevie e Luiz Cristiano Calixto Santo Ângelo Julio Cesar Agliardi Machado Adjuntos: Nestor René Koch e Luiz Cesar Theobald São Gabriel Jose Orácio Silva Lederes Adjuntos: André Henrique Winter e Carlos Pufal Machado Seberi Gilberto Braz Agnolin Adjuntos: Ivan Dall agnol Torres Edgar Denardi Adjuntos: Eloir Schwanck Krausburg e Sandra Trevisani Uruguaiana Charles da Silva Pereira Adjuntos: Elvira Helena Campanher e João Antonio Bruscato de Lima Área de Apoio Diretor-Executivo: Luis Antônio Steglich Costa direxecutivo@sulpetro. org.br Gerente Comercial: Ciro Aguirre Gerente de Operações e Apoio ao Revendedor: Rômulo Carvalho Venturella Secretária da Presidência: Lisiane Maria da Silva Gerente Administrativo- Financeira: Fernanda Almeida de Matos Schneider Auxiliar Administrativo II: Andréia Rosa Paim, Nina Rosa Brettas e Simone Broilo Assistente de Apoio Administrativo: Jéssica Fraga da Silva Assistente de Expansão e Apoio ao Revendedor: Rafael Souza Pires e Rodrigo de Oliveira Recepcionista: Aline do Amaral Auxiliar de Serviços Gerais: Rosemeri Pavão dos Santos Office-boy: Jonatham Oliveira dos Santos Coordenação Jurídica: Antônio Augusto Queruz, Betty Mu, Felipe Goidanich, Maurício Fernandes e Rafael de Castro Volkmer Consultor Trabalhista: Flávio Obino Filho Consultor Contábil-Fiscal: Celso Arruda Assessoria de Imprensa: Neusa Santos Coopetrol - Cooperativa dos Revendedores de Combustíveis Ltda. Presidente Antônio Gregório Goidanich Diretor Financeiro Oscar Alberto Raabe Conselheiros-diretores Adão Oliveira da Silva, Gilberto Rocha Alberton e Paulo Moreira As opiniões dos artigos assinados e dos entrevistados não são de responsabilidade da Revista Posto Avançado Conselho editorial: Adão Oliveira da Silva, Francisco Cyrillo da Costa, Eduardo Pianezzola, Marcelo Gonçalves Louzada, Jorge Giordano, José Ronaldo Leite Silva e Luis Antônio Steglich Costa Coordenação: Ampliare Comunicação Edição: Cristina Cinara (MTE/SC 01923) Reportagem: Cristina Cinara e Neusa Santos (imprensa@sulpetro.org.br) Revisão: Press Revisão Capa: fotolia.com Diagramação: H&B Design Impressão: Gráfica Odisséia Tiragem: 2.900 exemplares 12 posto avançado

Palavra do Presidente Alerta das ruas exige atitude Adão Oliveira presidencia@sulpetro.org.br O ano de 2013 foi marcado, notadamente a partir de junho, com manifestações em todo o Brasil. E o de 2014 já começa assim. Em todos os lugares do País, pipocam eventos populares que alegam várias razões para protestar nas ruas de nossas principais cidades. Esses movimentos são constitucionais e fazem parte do processo democrático. O que não nos impede de criticar os descaminhos que eles vêm tomando, especialmente quando partem para a destruição do patrimônio privado e até público, o que é inaceitável. O segmento de revenda de combustíveis tem sido afetado dura e diretamente por algumas dessas ações, que fogem do padrão normal de uma manifestação democrática que a sociedade tem todo o direito de fazer. Pelas características de nossas atividades, estamos absolutamente como o para-choque de um carro, frente a frente com as massas protestantes. E temos pago um preço demasiado elevado por tal, o que nos preocupa. O recente episódio envolvendo um cinegrafista no Rio de Janeiro, que acabou morrendo a partir do estouro de um rojão sobre a sua cabeça, é emblemático de que precisamos usar a lei e a autoridade para refrear tudo o que significa extrapolar o bom senso e a própria norma de conduta desses movimentos. A autoridade do Estado não pode, jamais, ser desautorizada, desmoralizada. Quando isso acontece, é sinal de que tudo está fora de controle e o que podemos esperar é o total descaminho de tudo, tornando nossa vida um risco desnecessário e comprometendo o futuro da nação, inclusive de nossa democracia. É preciso ação e determinação das autoridades para fixar limites às manifestações. Temos logo ali o evento da Copa do Mundo, alvo de alguns desses eventos populares, e urge que as autoridades usem de sabedoria e firmeza para travar qualquer tentativa de nos arremessar em uma guerra civil de desastrosas consequências para a paz e a tranquilidade de nossa gente. O segmento de revenda de combustíveis tem sido afetado dura e diretamente por algumas dessas ações, que fogem do padrão normal de uma manifestação democrática que a sociedade tem todo o direito de fazer posto avançado 13

Vida Sindical Segunda turma do MBA de Combustíveis inicia em maio Na segunda quinzena de maio, iniciamse as aulas do MBA em Gestão do Varejo de Combustíveis. As inscrições para a segunda edição do curso já podem ser feitas pelo site unisinos.br. As aulas acontecem na Unisinos CIEE Porto Alegre (rua Dom Pedro II, 861 sala 401) a cada 15 dias, nas sextas-feiras, das 19h às 23h, e aos sábados, das 8h30 às 12h30. A carga horária prevista é de 420 horas, com duração de 18 meses. Os sócios do Sulpetro têm descontos no valor do curso e 30% do total da parcela subsidiado. Mais informações e reserva de vagas no site unisinos.br. Encontro reúne prefeito da Capital e lideranças políticas O presidente do Sulpetro, Adão Oliveira, participou de jantar da Executiva do PP com o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, no dia 12 de fevereiro. O encontro, realizado na residência do vereador e presidente do Diretório Metropolitano, Kevin Krieger, reuniu lideranças políticas da Capital. espaço do leitor Sulpetro A revista Posto Avançado agora tem um espaço exclusivo para publicar as opiniões e sugestões dos leitores. Revendedor, encaminhe seus comentários para imprensa@sulpetro.org.br Central Comércio de Combustíveis Ltda. (Montenegro) Novos Associados SS Comércio de Combustíveis Ltda. (Marau) 14 posto avançado

Nossa Gestão Diretoria analisa indicadores do Planejamento Estratégico Um grupo de 15 pessoas, entre diretores e consultores do Sulpetro, voltou a se reunir no dia 18 de fevereiro, na sede do Sindicato, em Porto Alegre, para realizar o acompanhamento mensal do Planejamento Estratégico 2014-2015 da instituição. No encontro, os participantes retomaram as metas estabelecidas para os Grupos de Trabalho Relações Institucionais, Capacitação, Interiorização, Administrativo e de Comunicação e definiram novas ações a serem concretizadas. Estamos observando os números de cada área para verificar como o planejamento está acontecendo, comentou o consultor Jerônimo Lima, ao iniciar a reunião. Segundo ele, os indicadores de cada perspectiva políticoinstitucional, financeira, associados, processos e aprendizado dão a certeza do que já foi efetuado e quanto da meta foi alcançado até o momento. Esses dados nos possibilitam dar um retorno aos sócios do Sulpetro, pois eles são o foco desse plano, acrescentou Lima. Os participantes do encontro definiram também tópicos da programação do evento de 25 de março, quando ocorrerá uma nova apresentação do Planejamento Estratégico a toda a diretoria do Sulpetro, recordando as ações que já foram cumpridas desde o início do trabalho em 2012. Marcelo Amaral Marcelo Amaral Diretor Ailton Rodrigues da Silva (terceiro da esq. p/ dir.) é responsável pela atualização de dados no Sistema Scopi, software de gestão para fazer o acompanhamento das ações do Planejamento Estratégico. Grupo de diretores do Sulpetro analisa o Mapa Estratégico 2012-2015, que tem como foco principal os associados do Sindicato. posto avançado 15

Por Dentro da Diretoria Vinte e cinco anos de revenda Casado com Paty Becker, o diretor regional adjunto de Osório, Gilson Becker, acredita que, no futuro, vencerão os melhores e os mais organizados no segmento da revenda de combustíveis. Desde a adolescência, ele já circulava pela pista de um posto de combustíveis. Com apenas 16 anos de idade, Gilson Becker começou a tomar conhecimento da rotina da revenda, caminhando entre bombas de gasolina e observando a administração do Posto Chimarrão, em Osório. Embora estivesse desde jovem acompanhando o segmento da revenda de combustíveis, por meio do estabelecimento comercial do pai, Oli Becker, o diretor regional adjunto do Sulpetro não tinha como projeto profissional atuar nos negócios da família. Tanto que cursou faculdade de Engenharia Civil por ser um ramo com o qual sempre se identificou. Quando comecei na engenharia, era bem novo e não tinha ideia de trabalhar com o meu pai. Mas logo casei e, dos quatro filhos, acabei sendo o eleito para ficar com o pai e a mãe, conta Becker. Ele acrescenta, no entanto, que a mudança de atividade de engenheiro para comerciante ocorreu por opção própria. Eu poderia ter saído, mas estávamos crescendo na época e acabei ficando com o posto, afirma. Em 1991, o empresário assumiu o comando do posto após ter administrado, pelo período de um ano, uma revenda de combustíveis de propriedade da família em Santo Antônio da Patrulha. Acabamos vendendo lá e retornei como sócio e gerente daqui, revela. Para se dedicar ainda mais à administração do estabelecimento, Becker cursou MBA na área de gestão empresarial, em 2003, e, no ano passado, iniciou o MBA em Gestão do Varejo de Combustíveis. Além da rotina no posto, que se inicia por volta das 7 horas da manhã, Becker exerce também, há quatro anos, a presidência do Centro Empresarial de Osório (CEO), formado pela Associação Comercial e Industrial, Câmara de Dirigentes Lojistas e pelo Sindilojas do município. Tive que diminuir um pouco o ritmo no posto devido a esse cargo, o que foi apoiado pelo meu pai que está junto aqui, e por um ótimo gerente, fazendo com que pudesse cumprir meus compromissos nessas atividades e que o posto estivesse funcionando, comenta. Apesar disso, no mês de março ele encerra o mandato à frente do CEO. Sobre o que mais o atrai na revenda, o diretor aponta a validade mais longa dos combustíveis. Já trabalhamos com açougue, supermercado e fábrica de gelo. Mas, no posto, os produtos são somente cinco, seis e não são tão perecíveis como nos outros ramos do comércio, diz. Quanto à atuação sindical, Becker sente-se contente em poder compartilhar das reuniões e dos eventos do Sulpetro. Essa é uma atividade que eu gosto de fazer. E agora, reinvestindo em planejamento, empolga ainda mais a gente a participar, relata. 16 posto avançado

Histórias da Revenda Décadas em benefício da comunidade Ele tem um longo e intenso período de dedicação à revenda de combustíveis. São 56 anos de trabalho à frente do Posto do Guido, em Viamão. Mas a vida do revendedor Guido Pedro Kieling, de quase 87 anos, não se resume à rotina de abastecimento de veículos, de atendimento a clientes ou de acompanhar os negócios da família. Paralelamente a essa atividade comercial, ele desenvolve diversas ações sociais há mais de cinco décadas, ajudando jovens, idosos, detentos e muitas outras pessoas que, de alguma forma, necessitam de um auxílio educacional, financeiro ou de saúde. Vim da colônia. E quando criança, passei fome. E havia a necessidade de não viver somente para si próprio, comenta o Seu Guido, como é popularmente conhecido. Ex-vereador de Viamão na década de 1950, eleito com o maior percentual da cidade registrado até hoje 4,92% do eleitorado, o empresário buscou envolver o posto de combustíveis nas iniciativas sociais das quais participou, entre elas, o Lions Clube local. O nosso principal objetivo é a visão. E o trabalho da oftalmologia, durante anos, quem ajudou a sustentar fomos nós, recorda. Disponibilizar transporte gratuito, principalmente para Porto Alegre, foi outra ação desenvolvida pelo Seu Guido, quando proprietário da companhia Transportes Coletivos Viamão Ltda. Estávamos sempre prontos para oferecer um ônibus para uma finalidade nobre, reforça, acrescentando que, devido às dificuldades na vida, procurou ajudar em tudo. Conforme o revendedor, a preocupação dele com a questão social, prioritariamente, teve como foco os jovens e os idosos. Muitos passaram a vida trabalhando e, de repente, ninguém faz nada por eles. Então, sempre que eu puder ajudar um asilo, eu estou pronto, enfatiza. Até mesmo a criação do Sulpetro, o Sr. Guido viu como uma necessidade há 55 anos. Como um dos fundadores do Sindicato, ele relembra que, já naquela época, os revendedores precisavam de orientações. Por que há tanta concorrência desleal por aí? É por falta de informação. E tudo isso também faz parte do social, afirma. Músico, esportista, vereador, empresário do ramo de combustíveis, ganhador do Prêmio Coopetrol 2007. A extensa trajetória do revendedor Guido Pedro Kieling alia política, comércio e muita benemerência. posto avançado 17

Dentro da Lei Venda de combustível fora do tanque do veículo deve ocorrer em recipiente certificado A venda de combustíveis em recipientes como garrafas pet e embalagens improvisadas é proibida em postos de todo o País, conforme a Resolução nº 41/2013 da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A comercialização de gasolina, etanol e diesel pode ser feita fora do tanque do veículo, mas é necessário o uso de vasilhames certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia Industrial (Inmetro). Os recipientes adequados para a comercialização podem ser adquiridos em alguns postos, supermercados e lojas de acessórios para veículos e seguem padrões definidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), NBR 15.594-1:2008. O foco da determinação está relacionado à segurança do consumidor no transporte do combustível. Segundo a norma, os recipientes devem ser rígidos, metálicos ou não metálicos, devidamente certificados e fabricados para este fim, permitindo o escoamento da eletricidade estática gerada durante o abastecimento para os recipientes metálicos. Os não metálicos devem ter capacidade máxima de 50 litros e atender aos regulamentos municipais, estaduais ou federais aplicáveis. As embalagens devem ser abastecidas até 95% de sua capacidade nominal e fora do veículo, apoiadas sobre o piso e com o bico embutido ao máximo para dentro da mesma. As revendas que comercializarem combustível em embalagens fora das especificações estarão sujeitas a multas. Empresas serão obrigadas a utilizar esocial a partir de junho A partir deste ano, todas as empresas brasileiras serão obrigadas a utilizar esocial, novo sistema que irá unificar o envio das informações trabalhistas para os órgãos federais. A obrigatoriedade obedecerá a um cronograma escalonado. Até junho de 2014, as empresas com Lucro Real (com faturamento anual maior que R$ 48 milhões) terão de cadastrar as informações dos empregados no sistema. Os microempreendedores, empresas com Lucro Presumido (com faturamento anual de até R$ 48 milhões) e adeptas ao Simples Nacional, terão até o final de novembro. Com o esocial, o governo espera reduzir a burocracia para as empresas e facilitar a fiscalização das obrigações fiscais, tributárias, previdenciárias e trabalhistas. Diogo Chamun, diretor financeiro do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento (Sescon-RS), recomenda que os empresários busquem auxílio da assessoria contábil o mais cedo possível para esclarecer as dúvidas sobre as regras de envio. O novo sistema não traz nenhuma alteração na legislação trabalhista. A grande mudança vai ocorrer nas empresas que não cumprem prazos ou obrigações trabalhistas, situação que fica inviabilizada com o esocial, explica Chamun. Como começar Empresas de software ainda estão desenvolvendo os formulários que serão preenchidos com as informações dos empregados. Quando o esocial estiver valendo, esse arquivo será enviado para o site www. esocial.gov.br. Outra recomendação é de que seja realizado o cadastramento dos funcionários que têm contrato de trabalho ativo com a empresa. Por isso, é importante que as empresas comecem o processo revisando as informações cadastrais dos empregados, para evitar inconsistências. Para outras informações, acesse www.esocial.gov.br 18 posto avançado

Gerencie Melhor Copa do Mundo gera negócios, mas exige obediência a regras comerciais Com a proximidade da Copa do Mundo 2014 no Brasil e, em especial, com a realização de jogos em Porto Alegre a partir do mês de junho, o comércio local está cada vez mais se preparando para receber, além das seleções de futebol, turistas dos mais diversos países. E as revendas de combustíveis não ficam de fora. Mas uma competição como essa considerada o maior evento monoesportivo do mundo exige o cumprimento de algumas regras, principalmente quanto à proteção de marcas e à venda de produtos. A Federação Internacional de Futebol Associado (Fifa) classifica as atividades de marketing proibidas, entre elas as de natureza indireta, que buscam obter uma associação com o evento sem estabelecer um vínculo direto, muitas vezes pela implantação de campanhas criativas que visem estabelecer uma ligação com a competição. Nesse caso, os postos não podem promover qualquer tipo de campanha relacionada à Copa, sob pena de serem punidos. Referências genéricas ao futebol Como organizadora do evento, a Fifa detém todos os direitos comerciais relacionados à Copa do Mundo, mas não se opõe ao fato de as empresas se beneficiarem do excelente ambiente econômico gerado pela competição, desde que o façam por meio da utilização de referências genéricas ao futebol. Nesse sentido, a Federação incentiva os estabelecimentos comerciais, como postos de combustíveis e lojas de conveniência, a participarem das comemorações, decorando as vitrines e fachadas com objetos e termos genéricos do futebol. Áreas de Restrição Comercial (ARCs) As Áreas de Restrição Comercial ficam nos arredores dos estádios que recebem as partidas da Copa do Mundo. Uma ARC é tratada na legislação pertinente, com o objetivo de oferecer proteção legal contra as atividades ilegais de marketing, de cambistas, de vendedores de produtos falsificados, entre outros, no entorno dos estádios. No caso dos estabelecimentos localizados no interior dessas áreas, como pode ocorrer com revendas de combustíveis, lojas de conveniência, bares e restaurantes, é aplicado o princípio das atividades comerciais regulares (business as usual), sendo assegurada a continuidade do trabalho já existente e regularmente instalado. Assim, se nenhum desses estabelecimentos focarem especificamente o evento da Copa ou os seus espectadores para obter vantagens promocionais, eles não sofrerão as consequências legais estabelecidas pelas Áreas de Restrição Comercial. Segundo informa o site da Fifa, a instituição considera, inclusive, que estabelecimentos localizados nos arredores dos estádios beneficiam-se dos aspectos legais da ARC, já que ela exclui todo o comércio que não seja local, incluindo oportunistas de outros países e outras regiões do país que visam lucrar com o aumento repentino do número de espectadores aos custos do comércio local. Quem estiver interessado em comprar Produtos Licenciados Oficiais da Copa do Mundo da FIFA para revenda em sua loja, deve acessar www.catalogodeprodutosoficiais.com.br para obter mais informações. posto avançado 19

Personagem Edson Brum A favor da agricultura e contra o aumento de impostos Ele acompanha a política desde criança. O avô foi prefeito de Rio Pardo, o pai, vice-prefeito e vereador, e o irmão também comandou o executivo municipal. Em 2005, assumiu como deputado estadual pela primeira vez, após ter ficado como suplente. Depois, vieram mais dois mandatos nos anos de 2006 e de 2010. Com atuação, principalmente, nas áreas agrícola e pecuária, o deputado estadual Edson Brum (PMDB) afirma fazer uma oposição com coerência e sempre votar contra o aumento de impostos. O senhor defende a implantação do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). Como funcionaria? A compensação por serviços ambientais consiste na transferência de recursos para aqueles que mantêm ou produzem esses serviços, que são responsáveis pelo bem-estar do ecossistema. E tudo aquilo que necessitamos para sobreviver é um serviço ambiental. O pagamento se constitui em um incentivo econômico para, de alguma forma, ajudar a melhorar a eficácia de um serviço ambiental. Isto faz com que aqueles que protegem a natureza recebam gratificações por suas ações, ao contrário do modelo, mais comum hoje em dia, em que aqueles que poluem acabam pagando para compensar o estrago. Esta nova ideia de cooperação entre a natureza e o homem pode tornar-se a solução de muitos impasses, presentes em sua grande maioria na produção de alimentos. Com a aplicação do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), os agricultores receberiam incentivos para utilizarem a terra de uma maneira a combinar o cultivo e a preservação da terra. No Brasil, os estados do Amazonas, São Paulo, Acre e Santa Catarina já possuem políticas de pagamento de serviços ambientais. Desta forma, ninguém sairá perdendo, pois o agricultor continuará obtendo o sustento através de sua propriedade, ao mesmo tempo em que estará aliado às causas ambientais. É utópico acreditar que apenas uma legislação ambiental impedirá que o ecossistema sofra maiores depredações. O senhor tem cobrado transparência sobre o faturamento das empresas concessionárias de energia, após sucessivos cortes de energia no Estado. Quais são as queixas mais comuns que já chegaram até o senhor devido a esse problema? A energia elétrica é cara e mal distribuída. E as queixas recebidas vêm de todas as regiões do Estado, especialmente em relação à baixa qualidade. Os agricultores costumam dizer que a luz é fraca e, quando os equipamentos estão ligados, as quedas são constantes. Os produtores de leite no Vale do Taquari, por exemplo, já perderam centenas de litros em função da falta de energia nos resfriadores. A falta de qualidade no fornecimento compromete a expansão do agronegócio, a produtividade, a renda do produtor e também o retorno aos municípios. Não basta apenas gerar energia. É preciso que ela chegue com qualidade na outra ponta da cadeia. 20 posto avançado

Agência ALRS/Marcelo Bertani Acredito que não se pode buscar no bolso do povo a resolução para a falta de gestão dos governos. O senhor tem cobrado do governo estadual uma melhoria na área de infraestrutura, devido à situação precária das estradas. O senhor já obteve algum retorno aos seus questionamentos? Na sua visão, o que pode ser feito para melhorar essa área? Temos cobrado insistentemente, mas com nenhum retorno de nossas cobranças. Além de enfrentar precariedade de toda ordem em termos de estradas, por onde circulam dois terços de tudo que é produzido no campo ou na cidade, os investimentos na chamada infraestrutura econômica não passam do estágio das expectativas, de promessas que são infinitamente mais demoradas para os gaúchos. E a precariedade das nossas estradas se explica pela incompetência deste governo, que é incapaz, porque tem em suas mãos todas as ferramentas, todos os instrumentos necessários para fazer e não faz, como a captação de empréstimos e financiamentos. Por sinal, criou até uma empresa exclusiva para cuidar das rodovias, ou seja, a EGR. Havia o compromisso de campanha que, textualmente expresso no seu Plano de Governo, dizia que, no Rio Grande do Sul, não haveria mais nenhum município sem acesso asfáltico. Eram 104 cidades nessa condição em 2011. Comunidades inteiras condenadas ao isolamento e à estagnação econômica por conta das dificuldades em percorrer trechos de chão batido. No entanto, nesses mais de três anos, apenas 12 receberam o sonhado asfalto. O que pode ser feito é a restauração imediata, principalmente nos trechos mais críticos. Mas para tanto, falta vontade política do governador, já que, segundo ele próprio, dinheiro não faltava para a realização de projetos e investimentos. Qual é a sua relação com o Sulpetro? Tenho acompanhado o trabalho do Sulpetro, inclusive participando do Congresso Nacional de Revendedores. Evento este que, a cada ano, traz inovações do mercado, permitindo a troca de informações e de experiências, a apresentação de tendências e tecnologias para o setor varejista de combustíveis. Além disso, sou defensor do associativismo como um dos pilares para o fortalecimento das entidades e instituições. Que outros projetos de sua autoria que o senhor destaca? Na verdade, não são projetos, mas ações. Sempre tive uma posição muito forte: de votar contra o aumento de impostos. Foi assim em todos os momentos, quando projetos que acenassem a possibilidade de aumento estiveram na pauta de votação. Acredito que não se pode buscar no bolso do povo a resolução para a falta de gestão dos governos. Também procuro sempre estar presente nas comunidades, junto às entidades e instituições. Em 2013, visitei 172 municípios diferentes do Rio Grande do Sul. E, para isso, rodei mais de 80 mil quilômetros. posto avançado 21

A partir de maio, todos os postos de coa partir de maio, os postos de combustíveis terão que atualizar o quadro de avisos com informações da revenda, conforme a Resolução nº 41, de 2013. O quadro deve estar no mesmo local das bombas medidoras, de modo visível e destacado, com caracteres legíveis e de fácil visualização. O prazo para adequação é de 180 dias, a partir da data de publicação da Resolução no Diário Oficial da União, em 6 de novembro de 2013. Informações do quadro de avisos: a) razão social e, quando houver, o nome fantasia da revenda varejista, conforme constante no CNPJ; b) número do CNPJ; 22 posto avançado Formação de Preços Gasolina C Ato Cotepe N 03, de 06/02/2014 - DOU de 07/02/2014 e Pesquisa Preço ANP de 09/02/14 a 15/02/14 Vigência a partir de 16 de Fevereiro de 2014 UF 75% Gasolina A 25% Alc. Anidro (1) 75% CIDE 75% PIS/ COFINS Carga ICMS Custo da Distribuição 1 Corresponde ao preço da usina com acréscimo de PIS/COFINS e custo do frete. Observações: Valores em Reais, margens médias calculadas a partir pesq. de preços da ANP, publicada em 17/02/2014 Margens médias do Estado c) número da autorização para o exercício da atividade outorgada pela ANP; d) identificação do órgão regulador e fiscalizador das atividades de distribuição e revenda de combustíveis: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), bem como o site da ANP na internet (www.anp.gov.br); e) os dizeres: Reclamações que não forem atendidas pelo revendedor varejista deverão ser dirigidas para o Centro de Relações com o Consumidor CRC da ANP 0800 970 0267 ; f) o horário e os dias semanais de funcionamento do posto revendedor. Margem da Distribuição AC 1,158 0,456 0,000 0,196 0,843 2,654 0,182 0,545 AL 1,019 0,450 0,000 0,196 0,820 2,485 0,093 0,459 AM 1,066 0,451 0,000 0,196 0,783 2,496 0,142 0,450 AP 1,084 0,450 0,000 0,196 0,726 2,456 0,123 0,341 BA 1,010 0,456 0,000 0,196 0,797 2,459 0,061 0,531 CE 1,022 0,456 0,000 0,196 0,791 2,465 0,121 0,348 DF 1,086 0,387 0,000 0,196 0,771 2,440 0,213 0,409 ES 1,074 0,395 0,000 0,196 0,806 2,470 0,159 0,348 GO 1,084 0,385 0,000 0,196 0,893 2,558 0,148 0,371 MA 1,017 0,460 0,000 0,196 0,780 2,453 0,056 0,342 MT 1,113 0,405 0,000 0,196 0,781 2,495 0,122 0,479 MS 1,085 0,390 0,000 0,196 0,763 2,434 0,161 0,519 MG 1,098 0,387 0,000 0,196 0,830 2,511 0,099 0,350 PA 1,046 0,446 0,000 0,196 0,859 2,548 0,177 0,368 PB 1,026 0,453 0,000 0,196 0,776 2,450 0,057 0,328 PE 1,017 0,453 0,000 0,196 0,790 2,456 0,076 0,379 PI 1,031 0,458 0,000 0,196 0,716 2,400 0,089 0,295 PR 1,047 0,388 0,000 0,196 0,854 2,485 0,119 0,385 RJ 1,021 0,387 0,000 0,196 0,973 2,576 0,123 0,375 RN 1,018 0,453 0,000 0,196 0,801 2,467 0,137 0,378 RO 1,094 0,455 0,000 0,196 0,790 2,535 0,098 0,485 RR 1,086 0,458 0,000 0,196 0,773 2,512 0,079 0,508 RS 1,022 0,409 0,000 0,196 0,759 2,386 0,174 0,405 SC 1,073 0,392 0,000 0,196 0,763 2,424 0,149 0,406 SE 1,053 0,453 0,000 0,196 0,786 2,487 0,071 0,345 SP 1,056 0,385 0,000 0,196 0,664 2,301 0,134 0,399 TO 1,125 0,387 0,000 0,196 0,768 2,476 0,173 0,481 Dentro da Lei Revendas têm até maio para instalar quadro de avisos Margem da Revenda - Quando a revenda operar 24 horas, no quadro de avisos deve constar, no campo horários de funcionamento, 24 horas todos os dias. - Se o posto atuar em horários diferenciados durante a semana, a informação também deverá ser incluída no quadro. Por exemplo: - Segunda-feira: das 6h às 20h - Sexta-feira: das 6h às 22h - Sábado e domingo: 24 horas