Sistemas de Arquivos

Documentos relacionados
Sistemas Operacionais. BC Sistemas Operacionais

Implementação de Diretórios (1)

Introdução e Conceitos Básicos

SSC0640 Sistemas Operacionais I

Sistemas de Arquivos. Capítulo 6. Sistemas Operacionais João Bosco Junior -

Fundamentos de Sistemas Operacionais

Redes de Computadores. Fundamentos de Sistemas Operacionais - 2º Período

Capítulo 6 Sistema de ficheiros

Sistemas Operacionais II. Linux 2: Threads, Escalonamento, Gerenciamento de Memória e Sistemas de Arquivos

Universidade Federal de Minas Gerais. Sistemas Operacionais. Aula 16. Memória Virtual: Linux

Sistemas de arquivos

Memória Cache. Adriano J. Holanda. 12 e 16/5/2017

RAID: Conceito e Tipos

Sistemas de Arquivos. Carlos Gustavo A. da Rocha. Sistemas Operacionais

Sistemas de arquivos distribuídos. ECO036 - Sistemas Paralelos e Distribuídos

O que faz? De tudo um pouco.

INTRODUÇÃO A SISTEMAS DE ARQUIVO E GERENCIA DE MEMÓRIA

INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ACESSO, ATRIBUTOS E OPERAÇÕES COM ARQUIVOS PROFESSOR CARLOS MUNIZ

Sistemas de Informação. Sistemas Operacionais

William Stallings Arquitetura e Organização de Computadores 8 a Edição

Sistemas de Arquivos. (Aula 23)

Capítulo 11: Implementação de Sistemas de Arquivos. Operating System Concepts 8th Edition

Sistemas Operacionais. Prof. André Y. Kusumoto

Aula 06. Slots para Memórias

SISTEMAS OPERACIONAIS. 2ª. Lista de Exercícios Parte 2

Memória. Memória Cache

Gerência de memória III

- Campus Salto. Disciplina: Sistemas de Arquivos Docente: Fernando Santorsula

Algoritmos de Substituição de Páginas. Igor Gustavo Hoelscher Renan Arend Rogério Corrêa Medeiros

Introdução à Informática. Alexandre Meslin

Organização e Arquitetura de computadores. Memórias

Disciplina: Sistemas Operacionais

Gerência da Memória. Adão de Melo Neto

MEMÓRIA CACHE FELIPE G. TORRES

AULA Nº 11 SISTEMAS OPERACIONAIS. Técnicas de Memória Virtual

SSC0640 Sistemas Operacionais I

Estados dos processos. Infra Estruturas Computacionais. A troca de contexto. Escalonamento de Processos. Escalonamento de Processos

Universidade Federal de Campina Grande Departamento de Sistemas e Computação Curso de Bacharelado em Ciência da Computação.

INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE ARQUIVO. Prof. Hélio Esperidião

Organização e Arquitetura de Computadores I

SUMÁRIO. 1.3 CONCEITOS DE SISTEMA OPERACIONAL Processos Arquivos O shell 42

Sistemas Operacionais

Sistemas Opera r cionais Gerência de Memória

Organização e Arquitetura de Computadores I

Gerência de Memória Memória Virtual e Paginação

Sistemas Operacionais

Implementação de Sistemas de Arquivos. Na Aula Anterior... Esquema do Sistema de Arquivos. Nesta Aula 31/10/2016. Estrutura de Baixo Nível de um Disco

Sistemas de Arquivos. Diretórios Gerenciamento de Espaço em Disco

Sumário. Recuperação de Falhas

Sistemas de Arquivos. Pedro Cruz. EEL770 Sistemas Operacionais

ORGANIZAÇÃO DE COMPUTADORES

Universidade Federal de Minas Gerais. Sistemas Operacionais. Aula 18. Sistema de Arquivos - Implementação

Sistemas de Arquivos Distribuídos. Bruno M. Carvalho Sala: 3F2 Horário: 35M34

Sistemas de Arquivos

Parte I Multiprocessamento

ARQUITETURA DE COMPUTADORES

Comunicação entre processos

Evandro Deliberal Aula 03

Correção de Erros. Erros de memória de semicondutores podem ser:

Capítulo 11 Sistemas de Arquivos

Instituto de Matemática e Estatística - USP MAC Organização de Computadores EP1. Experimentos com o cache. Tiago Andrade Togores

Introdução. Gerenciamento de Armazenamento

Processamento de Transações. Banco de Dados Profa. Dra. Cristina Dutra de Aguiar Ciferri

Gerência de memória II

Sistemas Operacionais

BD II (SI 587) Técnicas de Recuperação. Josenildo Silva.

Capítulo 11 Estudo de Caso 2: Windows 2000

Sistemas Operacionais. Entrada/Saída

Sistemas Operacionais Aula 15: Sistemas de I/O. Ezequiel R. Zorzal

Conceitos Básicos de Planejamento

Acesso Sequencial Indexado

Sistema Operacional. Etapa

Memória para CAD. Aleardo Manacero Jr.

Sistemas Distribuídos. Professora: Ana Paula Couto DCC 064

Memória Virtual. Prof. M.Sc. Bruno R. Silva CEFET-MG Campus VII

Etapa III - Implementação de Operadores da Álgebra Relacional; Etapa IV - Comparação experimental de varredura sequencial x acesso aleatório

Aula 3. Ivan Sendin. 28 de agosto de FACOM - Universidade Federal de Uberlândia SEG-3.

Universidade Federal de Minas Gerais. Sistemas Operacionais. Aula 21. Proteção

Barramento. Prof. Leonardo Barreto Campos 1

Capítulo 2. Multiprogramação. Conteúdo. Objetivo. Recordando. Recordando. DCA-108 Sistemas Operacionais

Gerência de Dispositivos. Adão de Melo Neto

Ordenação Externa. Ordenação Externa. Ordenação Externa. Ordenação Externa

PROVA 03/07 Segunda-feira (semana que vem)

Sistemas Operacionais. BSI / UAB 2013 Hélio Crestana Guardia

Sistemas Operacionais

SATA, IDE, RAID o que estas siglas significam?

INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ORGANIZAÇÃO COMPUTACIONAL

Unidade II. Organização de Computadores. Prof. Renato Lellis

Notas da Aula 2 - Fundamentos de Sistemas Operacionais

Banco de Dados II. Administrador de Banco de Dados - DBA. Portela

Armazenamento Secundário. Endereços no disco. Organização da informação no disco. Organização da informação no disco

slide Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados.

Sistemas Operacionais

slide Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados.

Sistemas de Memória. CES-25 Arquiteturas para Alto Desmpenho. Paulo André Castro

Lista de Exercícios de INF1019

Gerenciamento de memória

Transcrição:

Universidade Federal do Acre Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Bacharelado em Sistemas de Informação Sistemas de Arquivos Macilon Araújo Costa Neto macilon@ufac.br Capítulo 6 do livro do Tanenbaum (2003)

Na aula anterior Implementação do sistema de aquivos Arquivos compartilhados Gerência de espaço em disco Confiabilidade dos sistemas de arquivos CCET182 Sistemas Operacionais 2

Agenda Implementação do sistema de arquivos Confiabilidade dos sistemas de arquivos Desempenho dos sistemas de arquivos CCET182 Sistemas Operacionais 3

Confiabilidade dos sistemas de arquivos Um dos maiores desastres em um computador é a destruição de seu sistema de arquivos Para um usuário que perde documentos, programas, arquivos de clientes, bases de dados e etc., as consequências podem ser catastróficas Mesmo sabendo que os sistemas de arquivos não podem proteger os arquivos da destruição física dos equipamentos ou meios de armazenamento, eles devem ajudar a proteger a informação CCET182 Sistemas Operacionais 4

Cópias de segurança A maioria da pessoas acha que não vale a pena gastar tempo Servem para tratar 1. Recuperação em caso de desastre 2. Recuperação quando é feita uma grande bobagem Devem ser realizadas de maneira conveniente e eficiente, pois consome muito tempo e espaço a)deve-se fazer cópia de todo o sistema? b)deve-se fazer cópias de arquivos inalterados? c) Deve comprimir os dados copiados? d)pode-se fazer cópia durante o uso? e)na prática, isso introduz problemas técnicos? CCET182 Sistemas Operacionais 5

Cópias de segurança, cont... Cópia física Inicia-se no bloco 0, sequencialmente copias todos os blocos Não é útil copiar blocos não utilizados Cuidados com os blocos defeituosos Simplicidade e grande rapidez Cópia lógica Inicia-se por um ou mais diretórios, recursivamente copia todos os subdiretórios lá encontrados Somente arquivos e diretórios alterados desde a última execução serão copiados A maioria dos sistemas baseados no Unix usam CCET182 Sistemas Operacionais 6

Cópias de segurança, cont... CCET182 Sistemas Operacionais 7

Consistência do sistema de arquivos, cont.. (a) Estado consistente (b) Bloco desaparecido (c) Bloco duplicado na lista de livres (d) Bloco de dados duplicados CCET182 Sistemas Operacionais 8

Desempenho dos sistemas de arquivos Acesso ao disco é mais lento que à memória A leitura de uma palavra em memória dura em média dezenas de nanossegundos A leitura de um disco pode chegar a dezenas de MB/s Gerando uma diferença de até milhões vezes Os sistemas de arquivos devem ser projetados para reduzir ao mínimo necessário o acesso ao disco Cache de blocos Leitura antecipada de blocos Redução dos movimentos do braço do disco Sistemas de arquivos de log estruturados CCET182 Sistemas Operacionais 9

Cache de blocos A técnica mais comum para se reduzir o acesso ao disco é cache de bloco ou cache de buffer Trata-se de um conjunto de blocos mantidos na memória para melhorar a performance Um dos algoritmos mais comuns é verificar se todas as requisições de leitura serão possíveis com os blocos em cache Caso afirmativo, não haverá necessidade de se fazer acesso ao disco Caso contrário, o bloco é primeiro lido para a cache para então ser copiado para o local onde é necessário CCET182 Sistemas Operacionais 10

Cache de blocos, cont... Para trazer um novo bloco na cache, será necessário remover um dos armazenados, rescrevendo-o no disco, se houver modificações feitas após sua carga Situação semelhante ao que vemos no gerenciamento de memória com paginação Permitindo o uso de todos os algoritmos de substituição de páginas CCET182 Sistemas Operacionais 11

Leitura antecipada de blocos Tenta transferir para cache os blocos antes que sejam requisitados Quando solicitados um bloco k Verificar se na cache está o bloco k + 1 Se não estive, ele escalona uma leitura de k + 1 Funciona apenas com arquivos sequenciais Para arquivos de acesso aleatório, piora CCET182 Sistemas Operacionais 12

Redução dos movimentos do braço do disco (a)i-nodes colocados no início do disco (b)disco dividido em grupos de cilindros cada qual com seus próprios blocos e i-nodes CCET182 Sistemas Operacionais 13

Sistemas de arquivos de log estruturados Com CPUs mais rápidas, memórias maiores caches de disco também podem ser maiores número maior de requisições de leitura pode ser atendido pelo cache assim, a maioria dos acessos a disco serão para escrita A estratégia LFS estrutura o disco todo como um log inicialmente todas as escritas são armazenadas na memória periodicamente todas são escritas no fim do log em disco CCET182 Sistemas Operacionais 14