PARECER 050/ Dos Parcelamentos Previstos na Lei /2013:

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Transcrição:

PARECER 050/2013 Parecer e análise dos parcelamentos previstos na Lei 12.865/2013. 1 - Dos Parcelamentos Previstos na Lei 12.865/2013: A Lei 12.865/2013 reabriu o prazo para que os contribuintes possam aderir aos parcelamentos previstos nas Leis 11.941/2009 e 12.249/2012, bem como instituiu outros dois parcelamentos, que possibilitam aos contribuintes que tenham ajuizado ações para discutir a tese do ICMS na base cálculo do PIS e da COFINS e do Imposto de Renda sobre distribuição de lucros de coligadas ou controladas no exterior. Desta feita, a fim de elucidar os requisitos legais para que os contribuintes possam parcelar seus débitos, passa a análise das possibilidades e requisitos: 2- Dos parcelamentos previstos nas Leis 11.941/2009 e 12.249/2012: O primeiro ponto a se destacar é que os débitos que já foram objeto de parcelamento provenientes das Leis 11.941/2009 e 12.249/2013, não são beneficiados pela nova legislação. 2.1 Dos Débitos incluídos: 2.1.1 Dos Débitos da Lei 11.941/2003 e Adesão:

Poderão ser parcelados os débitos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e os débitos para com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, inclusive o saldo remanescente dos débitos consolidados no Programa de Recuperação Fiscal REFIS, Lei nº 9.964/ 2000, no Parcelamento Especial PAES, Lei nº 10.684/2003, no Parcelamento Excepcional PAEX, de que trata a MP 303/2006, parcelamento previsto no art. 38 da Lei nº 8.212/1991 e no parcelamento previsto no art. 10 da Lei no 10.522/2002 a parcelarem os seus débitos em até 180 (cento e oitenta) meses. Os débitos beneficiados pelo parcelamento são aqueles que venceram até o dia 30 de novembro de 2008 e independe se o débito tributário esteja ou não inscrito em divida ativa, exigibilidade suspensa ou não. A adesão deverá ser requerida, obrigatoriamente, no sítio da Receita Federal do Brasil ou no sítio da PGFN ( www.pgfn.gov.br ) na Internet, através do Portal e-cac, mediante utilização de certificado digital ou código de acesso. Obrigatoriamente, deverá ser efetuado o pagamento da primeira parcela dentro do próprio mês do pedido, para que o mesmo seja aceito. 2.1.2 Dos Débitos da Lei 12.249/2012: Poderão ser parcelados, em até 180 (cento e oitenta) meses, os débitos administrados pelas autarquias e fundações públicas federais e os débitos de qualquer natureza, tributários ou não tributários, com a Procuradoria-Geral Federal. Estão incluídos os débitos vencidos até o dia 30 de novembro de 2008 de pessoas físicas ou jurídicas, constituídos ou não, inscritos ou não, mesmo em fase de execução já ajuizada.

Por sua vez a adesão ao parcelamento referente aos créditos inscritos em divida ativa deverá ser requerido, indicando quais débitos que serão incluídos, perante as Procuradorias Regionais, Procuradorias nos Estados, Procuradorias Seccionais ou Escritórios de Representação da Procuradoria Geral Federal ou da Procuradoria Geral do Banco Central, conforme o caso, que ficarão responsáveis por sua concessão e manutenção. Já quando se tratar de parcelamentos dos tributos previstos na Lei 12.249/2012 não inscritos em divida ativa, deverá ser requerido às Procuradorias Federais, especializadas ou não, junto às autarquias e fundações públicas federais, ou à Procuradoria Geral do Banco Central. 2.2 Das Condições e Requisitos: de 2013. O prazo para aderir ao parcelamento de ambas às leis, finda no dia 31 de dezembro A adesão ao parcelamento importa em confissão irrevogável dos débitos e, caso esteja em cobrança judicial, dispensam os honorários advocatícios em razão da extinção da ação. O contribuinte que possuir ação judicial em curso, na qual requerer o restabelecimento de sua opção ou a sua reinclusão em outros parcelamentos, deverá, como condição para valer-se dos benefícios da lei, desistir da respectiva ação judicial e renunciar a qualquer alegação de direito sobre a qual se funda a referida ação, protocolando requerimento de extinção do processo com resolução do mérito, até 30 (trinta) dias após a data de ciência do deferimento do requerimento do parcelamento.

Os depósitos existentes vinculados aos débitos a serem pagos ou parcelados, nos termos das duas leis, serão automaticamente convertidos em renda da União, após aplicação das reduções para pagamento à vista ou parcelamento. Os parcelamentos requeridos não dependem de apresentação de garantia ou de arrolamento de bens, exceto quando já houver penhora em execução fiscal ajuizada; e no caso de débito inscrito em dívida ativa, abrangerão inclusive os encargos legais que forem devidos. A pessoa jurídica optante pelo parcelamento deverá indicar pormenorizadamente, no respectivo requerimento de parcelamento, quais débitos deverão ser nele incluídos. 2.3 Dos Pagamentos e Benefícios: Caso o contribuinte opte pelo parcelamento, enquanto o mesmo não se consolidar, deverá calcular e recolher mensalmente o maior valor equivalente entre o montante dos débitos objeto do parcelamento dividido pelo número de prestações pretendidas. Mas o valor das parcelas não podem ser inferiores a R$ 50,00 (cinquenta reais), no caso de pessoa física; e R$ 100,00 (cem reais), no caso de pessoa jurídica. As empresas que optarem pelo pagamento ou parcelamento dos débitos poderão liquidar os valores correspondentes a multa, de mora ou de ofício, e a juros moratórios, inclusive as relativas a débitos inscritos em dívida ativa, com a utilização de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da contribuição social sobre o lucro líquido próprios. Destaca-se ainda que, os débitos que não foram objeto de parcelamentos anteriores a que se refere as leis em espeque, poderão ser pagos ou parcelados da seguinte forma:

Multa de Mora e Multas Juros de mora Encargo legal Ofício isoladas Pagamento a Vista 100% 40% 45% 100% 30 Parcelas 90% 35% 40% 100% 60 Parcelas 80% 30% 35% 100% 120 Parcelas 70% 25% 30% 100% 180 Parcelas 60% 20% 25% 100% PIS e da COFINS: 3- Do parcelamento dos débitos provenientes do ICMS na base de cálculo do 3.1 Dos Débitos Incluídos: Muitos contribuintes ajuizaram demandas a fim de discutir a ilegalidade da incidência do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS. Todavia, a discussão ainda está em tramite no Supremo Tribunal Federal. Todavia é importante destacar que o Supremo Tribunal Federal já proferiu uma decisão em um caso análogo no qual deu provimento ao pleito dos contribuintes, considerando ilegal a inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS, face às operações de importação. Poderão ser parcelados os débitos, constituídos ou não, com exigibilidade suspensa ou não, inscritos em Divida Ativa ou não, mesmo que em fase de execução fiscal já ajuizada, referente aos débitos vencidos até o dia 31 de dezembro de 2012.

3.2 Da Adesão ao Parcelamento: A adesão deverá ser concretizada mediante protocolo, até o ultimo dia útil do mês de novembro de 2013, junto à unidade de atendimento da Receita Federal do domicílio do contribuinte. 3.3 Das Condições e Requisitos: O prazo final para a adesão é o dia 29 de novembro de 2013. A adesão ao parcelamento requer a desistência expressa e irrevogável de todas as ações judiciais que tenham por objetos os tributos supracitados, e ainda renunciar a qualquer alegação de direito sobre as quais se fundam as referidas ações. Os depósitos existentes vinculados aos débitos a serem pagos ou parcelados serão automaticamente convertidos em pagamento definitivo, aplicando-se as reduções previstas na lei ao saldo remanescente a ser pago ou parcelado. 3.4 Dos Pagamentos e Benefícios: Enquanto não consolidada a dívida, o contribuinte deve calcular e recolher mensalmente parcela equivalente ao montante dos débitos objeto do parcelamento, dividido pelo número de prestações pretendidas. Bem como efetuar o recolhimento do montante correspondente a 20% da dívida, que será a 1ª parcela, até o último dia útil do mês de novembro. As hipóteses de parcelamento e as reduções provenientes do mesmo são:

Entrada Multa de Mora Multas Juros de Encargo e Ofício isoladas mora legal Pagamento a 100% 80% 45% 100% Vista 60 Parcelas 20% 80% 80% 40% 100% 4. Do parcelamento dos débitos provenientes da distribuição de lucros auferidos por controlada ou coligas no exterior: 4.1 Dos Débitos Incluídos: Há diversas demandas no judiciário discutindo se a distribuição de lucros no exterior por empresas controladas ou coligadas à empresas brasileira, é fato gerador do Imposto de Renda. O Superior Tribunal de Justiça já manifestou que é ilegal o art. 7, 1º da Instrução Normativa da Receita Federal, nº 213/2012, que dispõe acerca dos valores relativos ao resultado positivo da equivalência patrimonial, não tributados no transcorrer do ano-calendário, deverão ser considerados no balanço levantado em 31 de dezembro do ano-calendário para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL. Mas a questão está pendente do julgamento do RE 611586 RG/PR, que teve a sua repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal. Poderão ser parcelados os débitos, constituídos ou não, com exigibilidade suspensa ou não, inscritos em Divida Ativa ou não, mesmo que em fase de execução fiscal já ajuizada, vencidos até o dia 31 de dezembro de 2012.

Destaca-se que serão constituídos parcelamentos distintos para os débitos administrados pela Receita Federal do Brasil e pelos débitos administrados pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. 4.2 Da Adesão ao Parcelamento: A adesão deverá ser concretizada mediante protocolo, até o ultimo dia útil do mês de novembro de 2013, junto à unidade de atendimento da Receita Federal do domicílio do contribuinte. 4.3 Das Condições e Requisitos: A adesão ao parcelamento requer a desistência expressa e irrevogável de todas as ações judiciais que tenham por objetos os tributos supracitados, e ainda renunciar a qualquer alegação de direito sobre as quais se fundam as referidas ações. Os depósitos existentes vinculados aos débitos a serem pagos ou parcelados serão automaticamente convertidos em pagamento definitivo, aplicando-se as reduções previstas na lei ao saldo remanescente a ser pago ou parcelado. 4.4 Dos Pagamentos e Benefícios: Enquanto não consolidada a dívida, o contribuinte deve calcular e recolher mensalmente parcela equivalente ao montante dos débitos objeto do parcelamento, dividido pelo número de prestações pretendidas. Os contribuintes que optarem pelo pagamento ou parcelamento dos débitos poderão liquidar os valores correspondentes a multa, de mora ou de ofício ou isoladas, e a juros

moratórios, inclusive relativos a débitos inscritos em dívida ativa, com a utilização de créditos de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) próprios e de empresas domiciliadas no Brasil, por eles controladas em 31 de dezembro de 2011, desde que continuem sob seu controle até a data da opção pelo pagamento ou parcelamento. A dívida objeto do parcelamento será consolidada na data do seu requerimento e será dividida pelo número de prestações indicadas pelo sujeito passivo, não podendo a parcela ser inferior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais). As hipóteses de parcelamento e as reduções provenientes do mesmo são: Entrada Multas de Mora Multas Juros de Encargo e de Ofício Isoladas Mora Legal Pagamento a 100% 100% 100% 100% Vista 120 Parcelas 20% 80% 80% 40% 100% Destaca-se que o presente parecer se ateve as normas gerais da legislação, que possui nuanças que devem ser analisadas de acordo com o caso concreto a fim de atender aos interesses específicos de cada contribuinte. Belo Horizonte 04 de novembro de 2013 Marcelo Nogueira de Morais Departamento Jurídico