A psican lise e a hist ria: possibilidades te ricas

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A psicanálise e a história: possibilidades teóricas Alguns historiadores refletiram sobre a interface teórica entre a psicanálise e a história e as possibilidades de discussão existentes entre elas. Elaboro aqui uma exposição interdisciplinar. Peter Gay é um historiador conceituado para a história e seu livro Freud para historiadores nos mostra algumas preocupações teóricas desenvolvidas no campo da teoria da história, cujo estudo preocupa-se em desenvolver as diversas abordagens de formulações do conhecimento histórico, tais como o marxismo, o positivismo, o iluminismo. Gay tece uma crítica afirmando que alguns historiadores não desfrutam de uma relação cordial com a psicanálise (2000:107). São poucos os historiadores que usam a psicanálise em seus trabalhos, de acordo com Peter Gay os argumentos mais importantes destacados por eles são a consideração em torno de uma perspectiva reducionista ou imprudente ao trazer elementos escassos ou elusivos. Peter Gay também aponta que o objeto da investigação psicanalítica não causa interesse para os historiadores, pois concentra-se em fenômenos subjetivos como as fantasias e os sonhos, e isso é deixado de lado pela ciência histórica por considerar que a realidade analisada pela história é distante das confessadas no divã (GAY: 2000:109). Apresento, apesar disso, uma proposta de interpretação dentro do campo da teoria da história, enfocando a importância da psicanálise como contribuição para uma reflexão sobre o social e o histórico. Há possibilidades de diálogos entre esses domínios de conhecimento e a psicanálise, haja visto o quanto Freud contribuiu para algumas discussões em torno do social, tais como em Totem e Tabu, O mal-estar da civilização, Moisés e o Monoteísmo. Temos na história uma modalidade de investigação que é intitulada de psico-história surgida no século XX e que ainda não alcançou uma aceitação dentro dos estudos históricos contemporâneos. Traz uma discussão singular

em torno de questões oriundas da psicologia e é representada pelos pensadores Freud, Reich, Fromm e Jung. Critico acerca da abordagem psico-histórica. Para Gay, o mais superficial levantamento da bibliografia dessa natureza mostra confusões em torno de conceitos psicanalíticos apontados como sendo de uma psicologia. Freud é um dos autores influentes nesses psico-historiadores que compreendem a psicanálise como sendo uma psicologia. É necessário que se faça distinções entre esses dois campos de conhecimentos. A psicanálise desde o século XIX demonstra ser um instrumento essencial para a investigação do passado humano e do presente e não tem relação nenhuma com o que se define como psicologia. A psicanálise é um corte ao discurso psicologizante do ser. (LACAN: 2009) Desde sempre, a história recorreu às mais diversas ciências auxiliares no intuito de melhor conhecer o seu objeto. A psicanálise não faz parte de uma disciplina, não é uma disciplina a mais, ela é um corte nesse discurso. Em geral, os historiadores que simpatizam com a psicanálise são mais ajudados pelas perguntas que Freud os habilita a fazer do que pelas respostas que ele lhes permite dar. Isso quer dizer que a propensão para a análise permite que os historiadores fiquem atentos a certas nuances que provavelmente passariam despercebidas aos seus colegas não analíticos (GAY: 2000:113-114). O historiador Certeau em seu livro História e Psicanálise: entre ciência e ficção traz o corpus freudiano para a sua ciência e faz uma diferença entre história e historiografia, (esta última diz respeito às várias concepções criadas pelos historiadores em tempos diversos e que caracterizam o estilo de escrita histórica, como por exemplo, narrativas existentes entre os historiadores da antiguidade ou analítica marxista e outras) elabora uma diferenciação entre as maneiras como a historiografia e a psicanálise trabalha a relação passado e presente. Freud utiliza a história para compreender e desenvolver seu pensamento. A psicanálise se aproxima da história pela sua terapêutica, que

recorre claramente a um método histórico. Ela consiste em demolir os complexos atuais pela reconstituição de sua gênese (GAY: 1990:112). De certa maneira, o trabalho que a história e a psicanálise fazem é orientar o presente pela interpretação do passado. Dessa forma, podemos concluir que a interpretação, tanto psicanalítica quanto histórica, segue em sua escrita, essa trajetória guiada pelo inconsciente. Possui elementos comuns presentes em ambos os campos por se tratar de uma compreensão sobre o passado através da escrita (GAY: 1990:113). Lacan dá legitimidade a essa discussão de interface teórica em seu texto Função e campo da fala e da linguagem nos faz questionar sobre a contribuição da história para seu corpus teórico quando ele cria uma analogia com a história comparando o inconsciente com os aspectos inerentes da pesquisa histórica. Lacan renova alguns fundamentos da psicanálise a partir da estruturação com a linguagem em uma articulação com o significante e quando cita que o inconsciente é esse capítulo de minha história que é marcado por uma lacuna (blanc) ou ocupado por uma mentira: é o capítulo censurado ele traz lugares se valendo de metáforas próprias do pensamento histórico, tais como monumentos, documentos de arquivos e tradições para legitimar sua teoria sobre o inconsciente (LACAN: 1978:124). Esses lugares são enumerados por Lacan da seguinte forma: - Nos monumentos: e isso é meu corpo, isto é, o núcleo histérico da neurose onde o sintoma histérico mostra a estrutura de uma linguagem e se decifra como uma inscrição que, uma vez recolhida, pode sem perda grave, ser destruída; - Nos documentos de arquivos também: e são as recordações de minha infância, impenetráveis como eles, quando eu não conheço a proveniência; - Na evolução semântica: e isso responde ao estoque e às acepções do vocabulário que me é particular, como ao estilo de minha vida e a meu caráter; - Nas tradições também, e mesmo nas lendas que sob uma forma heroicizada veiculam minha história; - Nos rastros, enfim, que conservam inevitavelmente as distorções, necessitadas pela emenda do capítulo adulterado nos capítulos que o

enquadram, e das quais minha exegese restabelecerá o sentido (LACAN: 1978: 124). Para Lacan os monumentos tratam do corpo que é o que ele define como o núcleo histérico da neurose e é o que o sintoma histérico revela a estrutura da linguagem decifrada e inscrita. Na história os monumentos representam pessoas ilustres homenageadas através de estátuas, nomes de ruas ou quadros de pinturas, marcando como registro a importância de representações de pessoas ou fatos históricos que necessitam de serem lembrados para que não possamos cair nos mesmo erros cometidos por nós no passado. É o que define Koselleck em a História Magistrae Vitae (a história como mestra da vida). (KOSELLECK: 1993) Em relação aos documentos de arquivos Lacan se refere às recordações da infância e diz que estas são impenetráveis se não for possível conhecer a sua procedência. A fonte documental arquivística para a história é de extrema importância, destaca-se pela legitimidade de representação de temporalidades diversas marcadas em datas através de cartas ou jornais e que são provas reais que legitimam determinado período através das recordações registradas. Esses documentos são como recordações de infância que ao serem registradas revelam aspectos de nossa história e justificam nosso eu a partir desses relatos documentados. Acerca da evolução semântica Lacan nos orienta para a questão da verdade já escrita e que corresponde ao estoque e às acepções do vocabulário que me é particular, como ao estilo de minha vida e a meu caráter. Aqui ele expõe sua questão sobre o significante e a verdade, sendo esta um semi-dizer. (LACAN: 1993) A história dos conceitos que foi criada pelo historiador alemão Koselleck, enfatiza a dinâmica existente na semântica como contribuição para uma reflexão acerca dos conceitos e suas transformações sentidas ao longo da história, possibilitando interpretações variadas de um determinado conceito a partir de uma compreensão temporalizada que esse mesmo conceito sofreu ao longo do tempo.

Lacan traz as tradições e com as quais compreendo que trata da fantasia existente no inconsciente por meio de três dimensões e que são correspondentes de três instâncias psíquicas: a imaginária que é equivalente às produções em imagens do sujeito; a simbólica porque a fantasia é construída através das leis da linguagem e por fim, a dimensão real que marca a impossibilidade de mudança. Com a história, as tradições são veiculadas também através da história oral, e esta é essencial para um deciframento de fatos históricos com ausências de fontes documentais, tais como a História da África na atualidade, que é decifrada a partir de relatos de pessoas idosas que carregam em seus ensinamentos e tradições os registros orais deixados pelos seus ancestrais. Compreendo que a história contribuiu para a investigação psicanalítica através das obras de Freud que nos forneceu elementos de sua teoria para uma compreensão do social. Lacan também utiliza esses meios de reflexões para elaboração de sua pragmática. Articulo a importância da reflexão histórica com a psicanalítica e percebo que isso pode ser possível através desse percurso que tenho realizado até esse momento. Bilbliografia CERTEAU, Michel de. A escrita da história. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1982.. História e psicanálise: entre ciência e ficção. Belo Horizonte: Autêntica Editora. 2011 GAY, Peter. Freud para historiadores. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.. Sigmund Freud: Um alemão e seus dissabores. IN:Sigmund Freud e o gabinete do Dr. Lacan, São Paulo, Brasiliense, 1990. KOSELLECK, Reinhart. História magistra vitae. In: Futuro passado. Barcelona: Paidós. p.41-66. 1993.

; Uma história dos conceitos: problemas teóricos e práticos. Estudos históricos, Rio de Janeiro, vol 5, n. 10, 1992, p. 134-146. LACAN, Jacques; Função e campo da fala e da linguagem em psicanálise. IN: Escritos, São Paulo: Perspectiva,1966.. Televisão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.1993. O Seminário Livro 1: os escritos técnicos de Freud. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 2009