Continuação do estudo dos benefícios em espécie do RGPS

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Transcrição:

Continuação do estudo dos benefícios em espécie do RGPS 3. Aposentadoria por idade (art. 48 da lei n. 8213/91): Vem a concretizar a proteção social contra a velhice, nos termos da Constituição Federal no art. 201, para homens com mais de 65 anos idade e para mulheres com mais de 60 anos de idade. Não há relação desse parâmetro etário, com o conceito de idoso para fins do Estatuto do Idoso (indivíduo com mais de 60 anos de idade). Para tanto, devem-se implementar duas condições: a idade mínima e o tempo de carência (180 contribuições), previstas no art. 25, II, da lei 8213/91. Destinatários: não há qualquer restrição, de modo que qualquer segurado, que preencha os referidos requisitos, pode receber esse benefício. Sempre se deve ter o cuidado de analisar a regra do art. 142 da lei n. 8213/91 (regra de flexibilização do tempo de carência), a qual visa proteger a expectativa de direitos ao presente benefício. Ainda, deve-se ressaltar que, em regra, não existe a possibilidade legal de conversão de auxílio doença para a aposentadoria por idade, salvo, se estas se deram de forma intercalada com períodos de atividade, em razão da Ação Civil Pública - ACP n. 200971004103-4, a qual determina que o INSS reconheça, para fins de carência, o tempo do auxílio doença, possibilitando a concessão da aposentadoria por idade, se for constatada a aludida intercalação de períodos do benefício por incapacidade com períodos de atividade laboral. Assim, é possível que a pessoa preencha o tempo de carência, sem ter as 180 contribuições, mediante sentença da referida ACP. Em relação aos segurados rurais, a lei trata no art. 48, 1º da lei n. 8213, qualquer trabalhador rural pode aposentar-se por idade, com 5 anos a menos que o exigido no caput do art. 48, ou seja, homens com 60 anos de idade e mulheres com 55 anos de idade. A lei refere-se ao segurado especial, ao empregado rural e o contribuinte individual rural. A diferença entre eles se dá no que tange à carência, na medida em que o segurado especial faz jus a inúmeros benefícios, ainda que não tenha contribuído, previstos no art. 39 (aposentadoria por invalidez, auxílio doença, aposentadoria por idade, auxílio reclusão, pensão por morte e salário maternidade), logo, o segurado especial faz jus a todos esses benefícios sem contribuição. Já o trabalhador rural, precisa demonstrar o tempo carência (180 contribuições ou tempo de CTPS assinada ou trabalho formal), ressalvando eventuais omissões de seu empregador rural, o qual tem a obrigação de efetuar o devido recolhimento das contribuições sociais. Da mesma forma, o contribuinte individual rural, o responsável pelo recolhimento das suas contribuições, sob pena de não conseguir comprovar o aludido tempo de carência. Sendo assim, o único segurado que não precisa comprovar o efetivo tempo de contribuição previdenciária é o segurado especial, bastando tão somente provar que no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício ou do implemento da idade trabalhou por 180 meses, ainda que de forma descontínua, em atividade rural ou em regime de economia familiar. Ademais disso, vale ressaltar a regra transitória de flexibilização do requisito da carência do art. 143 da lei n. 8.213/91, ou seja, durante os primeiros 15 anos de vigência da lei, portanto, até 2006, esses trabalhadores rurais poderiam requerer a aposentadoria por idade, no valor de um salário mínimo, desde que comprovassem que durante 180 meses estavam desenvolvendo

atividade rural, de forma imediatamente anterior ao implemento da idade. Houve uma prorrogação até 2010, para os empregados rurais (contribuintes individuais poderiam utilizar essa regra até 2006). Logo, quem cumpre a idade hoje, sendo contribuinte individual rural ou empregado rural tem que demonstrar as contribuições, Assim, aqueles que implementaram a idade após 2010 não têm a possibilidade de substituir a regra da carência por efetiva demonstração de desempenho da atividade rural. Somente quem pode fazer isso, atualmente, é o segurado especial, pois a lei, de forma permanente, garante tal benefício, sem a regular carência, conforme o artigo 39, I, da lei n. 8213/91. A referida regra não está mais em vigência, salvo, para aqueles que preencheram os requisitos na época e ainda não o requereram. A partir da lei n. 11.718/08 passou-se a permitir a soma dos períodos rurais e urbanos (aposentadoria por idade mista ou híbrida), para fins de carência, chegando aos 180 meses de contribuição ou trabalho. Essa regra, constante nos 2º e 3º do art. 48 da lei 8213, é dirigida aos trabalhadores rurais atuais. Nessa circunstância exige a idade prevista no caput do art. 48 (homem - 65 anos e mulher - 60 anos). Dessa forma, por ter ocorrido contribuição previdenciária, haverá o cálculo do benefício, nos moldes do art. 29 da lei n. 8213/91. Quanto ao seu termo inicial, o art. 49 da lei n. 8213/91 prevê que aos segurados empregados em geral, inclusive o doméstico, o benefício será pago a partir do afastamento da atividade, desde que entre essa data e o requerimento ao INSS não ultrapasse a 90 dias. Se continuar trabalhando ou perdeu o prazo de 90 dias, o pagamento será a partir da entrada do requerimento. A lei prevê a possibilidade de aposentadoria compulsória, autorizando que a empresa requeira, quando o trabalhador atinge 70 anos. Entretanto, o STF entende que essa hipótese não é causa de extinção do contrato de trabalho, assim, havendo o desligamento do trabalhador pela aposentadoria compulsória, o empregador deverá pagar todas as verbas rescisórias trabalhistas. É de duvidosa constitucionalidade essa regra, pois deve o trabalhador escolher o melhor momento para tal requerimento. Dessa forma, restou inviável essa modalidade de aposentadoria. Em relação ao termo final, em regra, é o óbito. A causa legal é o óbito do segurado. Antes disso, não é possível tal extinção, salvo no caso de equívoco no momento da sua concessão ou verificada a má fé, no prazo de 10 anos, situação em que a administração revisa seus atos. Por fim, quanto à renda mensal inicial, esse beneplasto será de 70% do salário de benefício (art. 29, I, da lei n. 8213/91). Nesse caso, somente será incidido o fator previdenciário, se este resultado for mais benéfico ao segurado. Normalmente, não é o que ocorre nessa espécie de benefício. Ainda, deve ser adicionado 1% para cada grupo de 12 contribuições. Considerando que a lei exige 180 contribuições para sua concessão, a porcentagem será de, no mínimo, 85% do salário de benefício, limitada a 100%. Entretanto, somente se prestarão como grupo de contribuição, para o referido fim, as parcelas efetivamente recolhidas ou que deveriam ter sido recolhidas, mas não o foram. Portanto, não se prestam períodos fictícios, períodos de recebimento de benefício por incapacidade ou conversão de tempo especial para comum, bem como o tempo de atividade rural antes de 1991.

4. Benefícios por incapacidade: são eles: auxílio doença, aposentadoria por invalidez e auxílio acidente. Cada um tem seus requisitos próprios e serão concedidos, conforme a natureza ou origem da incapacidade, bem assim a sua gravidade. Objetivam proteger o risco social de incapacidade para o trabalho. 4.1. Auxílio Doença (art. 59 da lei n. 8213/910): é o benefício devido ao segurado que, temporariamente não pode exercer suas atividades laborais habituais, desde que cumprida a carência exigida e tal incapacidade ultrapasse a 15 dias. Todos os segurados elencados no art. 11, assim como os facultativos do art. 13 podem receber tal benefício, desde que demonstrem a incapacidade para o trabalho habitual por mais de 15 dias e cumprida a carência que, em regra, é de 12 contribuições mensais. Consoante o aludido artigo, não poderá ser concedido o respectivo benefício, relativamente a doenças anteriores ao ingresso do segurado ao RGPS, salvo se a incapacidade sobrevier do agravamento daquela doença preexistente à filiação do segurado. Hipóteses em que a carência é dispensada pela maior imprevisibilidade de tais situações: Quando a incapacidade decorrer de qualquer natureza; Doença profissional; Doença grave prevista em regulamento. Termo inicial: Em relação aos segurados empregados comuns: a partir do 16º dia de afastamento, desde que requerido até o 30º dia, caso contrário será pago a partir do dia do requerimento. Deve-se mencionar que os primeiros 15 dias de afastamento são suportados financeiramente pelo seu empregador. Os demais segurados recebem o benefício por incapacidade diretamente do INSS, valendo as regras supracitadas. O benefício perdurará enquanto durar a incapacidade e poderá extinguir-se por diversas razões: I. Quando houver a recuperação da capacidade, aferida pela perícia médica da autarquia; II. Reabilitação profissional - serviço oferecido pelo INSS, no sentido de fazê-lo capacitado para outra atividade, promovendo a extinção do referido benefício; III. Constatação, mediante a análise da perícia, que o segurado não tem mais condições de exercer qualquer atividade, convertendo o auxílio doença em aposentadoria por invalidez; IV. Óbito; V. Retorno voluntário ao trabalho; VI. Constatação da perícia que o segurado teve sua lesão curada, entretanto, este ficou com sequelas, podendo receber, nessa hipótese, o auxílio acidente. Renda mensal: 91% do salário de benefício, apurada nos moldes do art. 29 da lei n. 8213/91, não sendo aplicado o fator previdenciário para essa espécie de prestação.

4.2. Aposentadoria por invalidez: a perícia médica constata que o segurado é incapaz de realizar qualquer espécie de atividade laboral. A incapacidade é total e em caráter permanente, sem prognóstico de recuperação. Ademais, deve-se revelar a incapacidade para as atividades compatíveis com o perfil do segurado. Termo final: em regra, é o óbito. Entretanto, se o sujeito que está aposentado por invalidez retoma as atividades profissionais, essa também é causa de extinção do benefício. Ainda, a recuperação da capacidade, enquanto recebe a aposentadoria por invalidez, nessa hipótese, a lei prevê as chamadas mensalidades de recuperação, sendo que duas possibilidades se abrem: I. Quando a recuperação for total e dentro do prazo de 5 anos contados do afastamento que ensejou a aposentadoria por invalidez: Em caso de o empregado que foi afastado do trabalho por conta da invalidez: o benefício é cessado imediatamente; Em caso de o segurado que não tem a possibilidade de retorno ao trabalho ou demais segurados, em que pese tenham alta, será pago tantos meses quanto os anos de afastamento (ex.: afastamento de 4 anos pagamento de mais 4 meses de mensalidade de recuperação). II. Recuperação parcial ou recuperação, ainda que total, após cinco anos do afastamento: Segurados receberão por 18 meses, sendo que nos primeiros seis meses, o valor integral, entre o 6º e 12º mês receberão o valor de 50% do benefício e, entre o 12º e 18º mês 25% do benefício. Serão percebidos, ainda que tenham retornado à atividade profissional. O valor do benefício é integral. Se houve a conversão do auxílio doença em aposentadoria por invalidez, não ocorrendo contribuições previdenciárias, será considerado o salário do auxílio doença, sendo atualizado como se benefício fosse, ou seja, 1 vez ao ano. Entretanto, se houve períodos intercalados entre recebimento de benefício e períodos de atividade profissional, o período será considerado de forma ampla e o salário de benefício que deu origem ao auxílio doença nessa hipótese será considerado como salário de contribuição daquele período, atualizado mês a mês (art. 29, 5º da lei 8213/91). Ademais disso, pode haver um acréscimo de 25% sobre o salário de benefício, quando o segurado necessita de acompanhamento permanentemente de terceiros (grande invalidez), constatada pela perícia médica da autarquia. Esse caso é uma das exceções ao teto vigente do RGPS. 4.3. Auxílio Acidente (art. 86 da lei n. 8213/91): decorre de incapacidade por acidente de qualquer natureza. Tem caráter indenizatório e sua renda mensal será de 50% sobre o salário de benefício, sendo o único que admite o pagamento menor que um salário mínimo. Enquanto for recebido, o segurado poderá trabalhar de forma normal e o seu valor é incorporado ao salário de contribuição para o cálculo da aposentadoria, momento em que o auxílio acidente é cessado.

Somente é admitido em três casos: Empregado comum (doméstico está excluído); Trabalhador avulso; Segurado especial (art. 18, 1º da lei 8213): para tanto, é imprescindível que esteja recolhendo as contribuições previdenciárias. Benefício Requisitos Iniciais Carência Titular RMI A. Doença + 15 dias 12 Qualquer segurado 91% SB Parcial/ temporário A. Invalidez + 15 dias Parcial/ permanente 12 Qualquer segurado 100% SB + 25% A. Acidente Redução de capacidade não Empregado comum Trabalhador avulso; Segurado (contribuindo) especial 50% SB