Produção cresce, mas lucros quase desaparecem

Documentos relacionados
Quadro 74 Ativo, por empresa de seguros. disponíveis para venda. Allianz Fidelidade

Audição do Presidente da ASF na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública. José Figueiredo Almaça. 1 de abril de 2015

Audição do Presidente da ASF na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa José Figueiredo Almaça

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

Atividade Seguradora - Prémios de Seguro Direto 2014

Atividade Seguradora Prémios de Seguro Direto 2013

Atividade Seguradora - Prémios de Seguro Direto 2011

RELATÓRIO AGREGADO DO SECTOR SEGURADOR

Relatório de evolução da atividade seguradora

RELATÓRIO DA ATIVIDADE SEGURADORA

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

Audição do Presidente da ASF na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa José Figueiredo Almaça

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

COMUNICADO. O Resultado Líquido Consolidado da CGD em 2002 atingiu 665 milhões de euros, sendo superior ao de 2001 em 1,7%.

Provedores do Cliente (Lista em atualização)

RELATÓRIO DA ATIVIDADE SEGURADORA

Actividade Seguradora Prémios de Seguro Directo (2007)

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

Relatório de evolução da atividade seguradora

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

Relatório de evolução da atividade seguradora

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DA ATIVIDADE SEGURADORA

Relatório de evolução da atividade seguradora

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO AGREGADO DO SECTOR SEGURADOR

2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras

2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras

SAG GEST SOLUÇÕES AUTOMÓVEL GLOBAIS, SGPS, SA Sociedade Aberta

3. Evolução do Mercado Segurador e de Fundos de Pensões

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1º TRIMESTRE 2009 (NÃO AUDITADOS)

Categorias em análise: Hardware, Software, Serviços TI e Serviços Telecomunicações.

Relatório sobre a Solvência e a Situação Financeira

2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras

Quadro 41 - Prémios, custos de exploração, custos com sinistros e provisões técnicas. % no total Não Vida

MERCADO DE INTERNO DE RESSEGUROS

MAPFRE. Antonio Huertas Presidente da MAPFRE. em Apresentação de resultados anuais. 8 de fevereiro de 2017

SETEMBRO 2015 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES 2014 / 2015 SEGUROS EM PORTUGAL PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 14/15

Receitas Internacionais da Reditus aumentam 22,4% em 2014

A MAPFRE AUMENTA SEU BENEFÍCIO EM 6,9%, ATÉ 845 MILHÕES E CRESCE BILHÕES, 1,8% A MAIS EM 2014 CHAVES DO EXERCÍCIO

COMPARATIVO ENTRE O PROJETADO E REALIZADO 2012

Página Há 97 PPR à sua disposição. Apenas 3 merecem encher o seu mealheiro Observad... 1 de 16 REFORMA. David Almas

Painel de Riscos do Setor Segurador. Setembro de

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS N SEGUROS, S.A.

Reditus atinge 60 milhões de euros de Proveitos Operacionais no 1º semestre de 2015

BANCA & SEGUROS. Banca. O risco é elevado, mas já há lucros. de empresas

Painel de Riscos do Setor Segurador. Março de

7.1. Planos Poupança Reforma/Educação (PPR/E) Ano Indicador Seguros de vida

ACTIVIDADE CONSOLIDADA DA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS EM 31 DE MARÇO DE 2007 (1º Trimestre)

A MAPFRE FATURA 206 MILHÕES DE EUROS, UM AUMENTO DE 7,5% CHAVES DO TRIMESTRE. Os prêmios atingem 6,675 bilhões de euros, um aumento de 9,2%.

Proveitos Operacionais da Reditus atingem 88,4 milhões de euros de nos primeiros nove meses de 2015

SEGUROS EM PORTUGAL 2016 / 2017 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES OUTUBRO 2017 SEGUROS EM PORTUGAL PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 16/17

OS PLANOS POUPANÇA-REFORMA

Painel de Riscos do Setor Segurador. Janeiro de

Painel de Riscos do Setor Segurador. Abril de

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ECONOMIA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO DE 2009 (NÃO AUDITADOS)

MERCADO BRASILEIRO DE SEGUROS RISCOS DE ENGENHARIA

Lucro líquido cresce 9% Custos de funcionamento sobem 0.9%

Proteja a sua reforma. Só há dois PPR que merecem o seu dinheiro

Resseguro local cresce, mas cenário é desafiador, diz Terra Brasis

INFORMAÇÃO TRIMESTRAL INDIVIDUAL/CONSOLIDADA

O Lucro Líquido foi da ordem de R$ 696,2 milhões contra R$ 385,5 milhões do ano passado, um crescimento de 80,6%.

MERCADO BRASILEIRO DE SEGUROS

RELATÓRIO DA ATIVIDADE SEGURADORA

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1º SEMESTRE 2009 (NÃO AUDITADOS)

Proveitos Operacionais da Reditus aumentam 9,7% nos primeiros nove meses de 2012

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 3º TRIMESTRE 2009 (NÃO AUDITADOS)

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE SEGURADORA

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1.º SEMESTRE DE 2010 (NÃO AUDITADOS)

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

Margem de EBITDA atinge 14,5% no 1º trimestre de 2018

Teleconferência Resultado 3T /11/2013

VAB das empresas não financeiras aumenta 3,7%, em termos nominais, em 2014

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

Proveitos Operacionais da Reditus aumentam 11,0% no 1º semestre de 2012

Apresentação à Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública Fernando Nogueira

Mercado Segurador Brasileiro nos últimos 10 anos: Acontecimentos Principais Francisco Galiza Mestre em Economia (FGV) Janeiro/2001

JOSÉ DE MELLO SAÚDE, S.A. Sede: Avenida do Forte, nº 3 - Edifício Suécia III, Carnaxide Portugal COMUNICADO

Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes. 3.º trimestre 2018

Resultados 3º Trimestre de 2011

Nota de Informação Estatística Lisboa, 21 de fevereiro de 2013

AGOSTO 2014 SEGUROS EM PORTUGAL 2013 / 2014 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES SEGUROS EM PORTUGAL PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 13/14

Apresentação de Resultados 1T2019. Informação financeira não auditada

INFORMAÇÃO CONSOLIDADA. Exercício de (valores não auditados)

Nota de Informação Estatística Lisboa, 23 de abril de 2012

1T17. Teleconferência dos Resultados 09/05/2017. BB Seguridade Participações S.A. Relações com Investidores

ANÁLISE MERCADO DE SEGUROS AUTOMÓVEIS JAN A AGOSTO 2014 NÚMEROS SUSEP SES

SEGURO GARANTIA JAN A JULHO

SEGUROS EM EM PORTUGAL ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA SEGUROS EM PORTUGAL PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 15/16

ANÁLISE MERCADO DE SEGUROS AUTOMÓVEIS JAN A OUT 2014 NÚMEROS SUSEP SES

SEGUROS EM PORTUGAL 2017 / 2018 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES OUTUBRO 2018 SEGUROS EM PORTUGAL PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 17/18

MERCADO SEGURADOR BRASILEIRO SEGURO PRESTAMISTA 12 MESES ENCERRADOS EM ABRIL DE 2009 e 2008.

Proveitos Operacionais da Reditus atingem 10,2 milhões de euros no 1º trimestre de 2017

Teleconferência Resultado 1T /05/2013

RESULTADOS DO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015 Santander lucra EUR 3,426 bilhões com operações, aumento de 24%

AUTOMÓVEIS JAN A AGOSTO MERCADO GLOBAL:

COMUNICADO. - Informação Privilegiada - DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS RELATIVOS AO EXERCÍCIO DE 2012 (NÃO AUDITADOS)

Transcrição:

A1 Exame - Maiores & Melhores Pág: 140 Corte: 1 de 4 Seguros Análise Produção cresce, mas lucros quase desaparecem Resultados líquidos do sector segurador encolheram 98,3%, para 12 milhões de euros, penalizados tanto pela componente financeira como pela componente técnica. Crescimento da produção na área Vida não se estendeu à área Não Vida Texto Sónia M. Lourenço Depois de dois anos de lucros gordos, os resultados líquidos do sector segurador em Portugal quase desapareceram em 2014. Os resultados líquidos ficaram-se por 12 milhões de euros - o equivalente a apenas 0,1% do volume de prémios emitidos nesse ano -, o que compara com 692 milhões em 2013. segundo os números da Associação Portuguesa de Seguradores (APS). A redução foi de 98,3%. A explicação encontra-se tanto na vertente operacional da atividade em Portugal como nos resultados financeiros das companhias. "A diminuição simultânea das componentes financeira e técnica da conta de exploração ditou urna contenção dos resultados do sector em 2014", frisou a APS em abril, quando divulgou a primeira estimativa dos resultados do sector no ano passado. Os resultados da conta técnica Vida caíram para menos de metade no ano passado, ficando em 404 milhões de euros. Uma evolução que reflete "a auséncia de operações extraordinárias de vendas de carteiras, que no ano anterior contribuíram significativamente para o resultado alcançado", apontou Pedro Seixas Vale, presidente da APS, também em abril. Quanto aos resultados da conta técnica Não Vida ficaram-se por 11 milhões de euros em 2014, encolhendo 56% face a 2013, ano em que, por sua vez, os resultados Não Vida já tinham sofrido uma queda acentuada (cerca de 75%). Os problemas na área Não Vida em Portugal estão há muito diagnosticados e cobraram o seu preço em 2014: "Ao significativo défice de exploração dos seguros de Acidentes de Trabalho somam-se performances igualmente insuficientes nos outros principais ramos deste segmento, nomeadamente Doença, Incen- SEGURADORAS DO RAMO VIDA (MILHARES DE EUROS) Total de Quota de passivos mercado Nome técnicos (2014) (2014) ( 11%) COMPANHIAS COM TOTAL DOS PASSIVOS TÉCNICOS SUPERIOR A 500 MILHÕES DE EUROS Passivos financeiros Taxa de técnicos Prémios brutos crescimento Custos de Variação (2014) emitidos (2014) dos.rémios (%) a. usi ao dos CAD 1 Fidelidade 9 626 028 22,45 7 692 230 17,29 17,29-58 240 26 BPI Vida e Pensões 11,92 958 489 150,72-9 954 3 GNB 6 569 768 15,32 5 108 698-63,11-63,11-19 331 Zurich 1,18 71 742 23,88-3 704 5 Eurovida 928 900 2,17 649 354 145,56 145,56-7 825 A xa Portugal 2,23 970 4.27-9 015 F~Ika 7 Crédito Agrícola Vida 1 658 195 3,87 255 328 22,44 22,44-14199 Ocidental 4-13;3. -MU 22,92 5 463 647 33,38-55 384 9 Allianz Portugal 583 333 1,36 382 975-6,90-6,90-35 692-87 1,67 414 348-25,46-6 785 12 Lusitânia Vida 530039 1,24 338 841-8,21-8,21-9 396-4 Santander Totta Seguros 8,80 3 453 013 7,55 7,55-87 501 COMPANHIAS COM TOTAL DOS PASSIVOS TÉCNICOS INFERIOR A 500 MILHÕES DE EUROS 14 Mapfre Seguros de Vida 258 800 0,60 17 202 47,13 47,13-4164 8 ka:igroupama Seguros de Vida 0,93 7 290 12,11-2 725 -~0. 16 General) Vida 252 150 0,59 25,74 25.74-2 900 45.:44z Liberty Seguros 0,59 7 120 120:" 12,82-2 994 18 Finibanco Vida 57 778 0.13 17 452-1,30-1,30-487 53.19 Victória 0,52 35 569 1z94 12,94-3109 20 Açoreana Seguros 494237 1,15 6 724-10,70-10,70-10104 O.21 Real Vida Seguros MIM» 0,38 78 092-16,54-16,54-3197 (1) fui ;,,írc -.os. edifícios e dy,ponibilidaídes. ND nào disponive! Página 1

Exame - Maiores & Melhores Pág: 141 Corte: 2 de 4 A diminuição simultânea das componentes financeira e técnica da conta de exploração ditou uma contenção dos resultados do sector em 2014, diz a APS dio e Outros Danos e Automóvel, todos com laxas de sinistralidade demasiado elevadas e rácios combinados (despesas mais sinistralidade) em torno de 100%", alerta a APS. O que significa que nestes ramos - os mais importantes da irea Não Vida em Portugal - as seguradoras estão no limiar de perder dinheiro em termos operacionais e a sua saúde. mais uma vez a nível operacional, é débil. O destaque negativo recai sobre os ra mos Acidentes de Trabalho e Automóvel, que tèm um peso determinante na carteira Não Vida em Portugal e "enfrentaram agravamentos muito expressivos da taxa de sinistralidade e do racio combinado. afetando no mesmo sentido o conjunto do segmento Não Vida, mesmo sem eventos climatéricos com a gravidade dos testemunhados no ano anterior", salienta a APS no seu relatório Panorama do Mercado Segurador 2014/ 20IS. Por tini, o saldo da conta Não Técnica - onde se registam, essencialmente, os resultados cia carteira de ativos não afeta à cobertura de provisões técnicas - foi negativo em 403 milhões de euros, agravando- 12,9 o foi o crescimento no ano passado dos prémios de seguro direto no Ramo Vida, atingindo 10,44 mil milhões de euros 0,20 0 foi a evolução dos prémios de seguro direto na área Não Vida em 2014, ficando em 3,85 mil milhões de euros -se em 228 milhões face a 175 milhões de euros negativos registados em 2013. Produção Vida cresce, Não Vida estagna Num contexto económico marcado por urna recuperação que. embora débil - o produto interno bruto cresceu 0.9% -, pós tini aos três anos de recessão em Portugal, a produção seguradora cresceu 9,1% em 2014, para 14,29 mil milhões de euros, após ter aumentado a dois dígitos em 2013. Desta forma. recuperou "unia boa parte do volume perdido no período mais complexo da crise financeira (2011 e 2012)", aponta a APS no documento. Mas, tal corno em 2013, esta evolução assenta em duas realidades distintas: o Ramo Vida fbi o motor do crescimento, com Os prémios de seguro direto emitidos a aumentarem 12.9%. para 10,44 mil milhões de euros. Uni crescimento impulsionado por produtos de poupança, com destaque para os planos dc poupança reforma (PPR), que tiveram um incremento de 58,5%. Estes produtos "beneficiaram de um quadro de reforço global das poupanças individuais, mas, simultaneamente. > Custos dc Despesas Capdoiy Cooertura das Custos gestáo dos gerais itolà1 proprios Rendimento provisnes e passivos administrativos investimentos Despesas de passivos Rentabilidade dos Resultado rnedios integralicapitais Margem de financeiros tecnicos por (Conta tecnica) (conta lecnica) erals tecnicos Investimentos( 1201 31 ROEI`-'a ro. 1105 {4S soivénc,a,nvesgmentcsafetosl'si -20153-16743 -95110 0.99 4,71 178 232 1 095 508 16,27 38.62 147,00 103,69 ";;;911_::, -2 834-14706 0,29 1,40 26 208 95 744 27,37 27,38 107,64 101,11-14027 -2 590-35948 0,55 1,91-8036 306 049-2,63 40,87 246.10 112,52-953 -8303 1,64 3,55 9 416 47 216 19,94 50,43 247,00 101,68-3011 -1335-12171 1,31 1,30 13 314 75 642 17,60 19,85 253,96 103,05 W;:s41 -: -2 584-15204 1,59 4,92 16 722 107 372 15,57 11,68 263,54 104,29-3 366-3 829-21394 1,29 5,60 4 059 67 839 5,98 25,67 119.20 103,00 W4 : Oraffl -13255 84504 0,86 ND 55 065 429 485 12,82 31,73 210.00 NO -4786-1427 -41993 7,20 2,13 20 039 245 645 8,16 26,01 269,46 110,61-457 k-±,-10639 1,49 3,02 4 294 67 325 6,38 17,64 195,90 77,73-604 -11784 2,22 n.d. 4103 56098 7,31 32,71 338,25 ND ~few -2 432 89116': 2,36 0,39 10 200 168 028 6,07 7,73 162,32 101,81-1175 -231-5561 2,15 4,56 1 488 26 592 5,60 58,02 350.30 114,673-780 :4309 1,33 2,85-2416.64 972-3,72 23,20 455,30 111,75-2 642-271 -5768 2,29 5,98 3 344 15 013 22,27 31,55 182,60 101,49 ~T± -676 7124 2,83 4,12 9085 149 039 6,10 7,50 291,30 110,51-1086 -16-1535 2,66 4,44 1 102 11 832 9,31 16,33 349,64 104,77-753 -9288 4,16 2,26 339 28 439 1,19 10,98 264,00 108,37-3 521-1026 -14 651 2,96 2,58-56 701 200 759-28,24-14,82 142,60 104,90-483 :-.4167-3,20 2,52 2 104 25 074 8,39-2,35 277,00 99,37 Página 2

Exame - Maiores & Melhores Pág: 142 Corte: 3 de 4 Seguros Análise SECTOR SEGURADOR EM NÚMEROS Valores em milhões de euros Principais agregados 2013 2014 Variação 7,1 Prémios de seguro direto 13105 14292 9,1 Ramo Vida 9247 10439 12,9 Ramos Não Vida 3858 3852-0.2 Ativo 55637 57576 3,5 Capitais próprios 5097 4926-3,4 Passivo 50539 52650 4,2 Resultado líquido do exercício 692 12-98,3 Conta técnica Vida 842 404-52,0 Conta técnica Não Vida 25 11-56,0 Conta não técnica -175-403 FONt E ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGJRADDRES de grande instabilidade e incerteza dos mercados financeiros", explica a APS. Já o segmento Não Vida, cuja produção depende muito do andamento da atividade económica, registou ainda urna ligeira contração, de 0,2%. Mesmo assim, esta quase estagnação dos prémios Não Vida foi já um claro contraste com os anos anteriores, marcados pela contração da produção. A APS destaca que a evolução dos prémios foi até "marginalmente positiva em termos reais (deflacionados), o que aconteceu pela primeira vez nos últimos 10 anos e anunciou a inversão da longa fase descendente do seu ciclo de produção". Capital estrangeiro domina O ano passado ficou marcado para o sector segurador por alterações de fundo na propriedade (maioritária) de dois dos seus maiores operadores. que passaram das SEGURADORAS DO RAMO NÃO VIDA (MILHARES DE EUROS) Prémios 7,3X3 de brutos c resc. dos Quota de emitidos oremos mercado Nome (2014) (%) 1) % COMPANHIAS COM PREMIOS SUPERIORES A 100 MILHOES DE EUROS Fidelidade 2 Allianz Portugal Liberty Seguros 4 Multicare ir Ocidental 6 Lusitânia Axa Portugal 8 Medis Açoreana Seguros 10 Tranquilidade 1 MO 376 318 988 244423 199 216 238 508 177 752 286 510 153 256 265 614 331 013 1,71 2,11 8,21 1,36 6,29, 5.55 5,13 4,30; 3,32 4,57-3,03 5,20 3.94-0.53 6,83 0.64 8,52 ProvisÕes técnicas liquidas de resse ouro Provisões técnicas Montantes pagos líquidos liquidas r premlos de resseguro (montantes adquiridos brutos e par te dos li.uidos(%) resse. uradores) Provisões para sinistros (vadação). líquidas de resse uro Custoscom sinistros liquidos de resse uro Custos com sinistros líquidos/ prémios adquiridos uldos (%) 1 754 893 246,41-535 735 30 379-505 356 283 712 104.43-216 053 2 588-213465 78,57 236 498 109,12-152720 13 344-139 376 64.31 70 614 35,73-153 748-6081 -159 828 80,87 91 403 130,18-43069 618-42 452 60.46 277 233 187,33-135106 12 581-122 525 82,79 511 878 196,03-219 091-11 646-230 737 88,36 41 250 27,77-106 331-1231 -107 563 72,41 361 416 159,75-199 407-4 979-204 386 90,34 473 717 170.50-210033 12 215-197 818 71,20 COMPANHIAS COM PREMIOS INFERIORES A 100 MILHÕES DE EUROS _. Cosec -2,62-12 Crédito Agricola Seguros Mapfre 14 Cares GNB 16 Europ Assistance N Seguros 18 Popular Seguros 13' Groupama Seguros 81 285 92 051 42 519 71 030 54 230 11 385 7 603 18 640 0,81 6,52 1,09-0,04 3,47-1,35 20,14 0,52 2,09 2,37 1,09 1,83 1.40 0.29 0,20 0,48 20 Via Directa 42 671 1,85 1,10 me Mútua dos Pescadores 7 544-4,80 0.19 22 ACP- Mobilidade 1 136 7,38 0,03 em Caravela 20 324 4.99 0.52 24 Victória Real Vida Seguros -74 032 332-6,85 38,75 1,91 0,01 26 Santander Totta Seguros 999-21,71 0,03 9ffli Seguros Logo 19 200-3,24 0,49 32 548 163,13-6 447 990-5457 27,35 118 666 182,49-37042 -5168-42 211 64,91 104 099 143,20-59 749-2 596-62 345 85.76 34 256 80,08-33 782 2 339-31 44 ; 73,51 55 901 87,83-47 241 1 788-45 454 71,42 28 478 52,48-44 540-55 -44 595 82,18 10 345 100,52-9 295 654-8 640 83,96 4 500 109,22-2 626-464 -3090 75,01 13 210 77,43-13189 481-12 708 74.48 38 061 103,63-27 684-963 -28647 77 99 14 128 298,85-3 754-550 -4 304 91,05 440 40,08-536 -35-571 51,96 42 810 269,51-15981 1 867-14 114 88.85 62 064 146,05-35 694 2 946-32 749 77,07 147 125,13-9 -28-36 31.12 2 0,30-17 11-6 0.84 10 146 94,34-8048 -141-8189 76.14 (1), dois premias brutos emitidos de 2014 12) Inclui a ca rteira de tluics, eciticios e disponibil:dades Página 3

Exame - Maiores & Melhores Pág: 143 Corte: 4 de 4 2014 ficou marcado por alterações de fundo na propriedade (majoritária) de dois dos maiores operadores de seguros: Fidelidade e Tranquilidade mãos de instituições bancárias nacionais para grandes investidores estrangeiros. Primeiro, a Caixa Geral de Depósitos alienou o grupo Caixa Seguros e Saúde (onde se destaca a companhia Fidelidade) aos chineses da Fosun, numa operação concluída em maio de 2014. Depois, foi a vez do Novo Banco (instituição que nasceu do processo de resolução do BES. concentrando os ativos de melhor qualidade do banco cia família Espírito Santo) vender a Tranquilidade aos norte-americanos da Apollo, uma transação concluída em janeiro de 2015. "Com estas duas operações reforçou- -se o universo de seguradoras sob controlo acionista estrangeiro, o que é agora claramente predominante no nosso mercado", destaca a APS. Se considerarmos ainda outra operação de dimensão mais pequena e de sentido inverso (a seguradora Ma- 780 o das seguradoras no estudo Banco & Seguros contam com participação estrangeira no seu capital 6X00 das seguradoras no estudo Banco & Seguros têm maioria do capital estrangeiro, logo, controlo acionista internacional cif, adquirida por um grupo português), "houve uma mudança de controlo acionista de mais de 30% do mercado segurador português". frisa a associação. O domínio do capital internacional no sector segurador em Portugal fica demonstrado numa análise da Informa D&B, com base no estudo anual Banca & Seguros, da EXAME. Segundo esta análise, no ano passado 78% das companhias no ranking tinham participação estrangeira no seu capital e para 65% das seguradoras a maioria do capital. logo, o controlo acionista, era estrangeiro. "A tendência para a banca vender as suas seguradoras deverá continuar". considera Pedro Seixas Vale. E remata: "Não tenho nada contra a compra dessas seguradoras por investidores estrangeiros, desde que os centros de decisão se man tenham em Portugal." O Provisões para Custos sinistros líquidas/ Cus tos de Variaçào Custos de gestào custos com sinistros aquisiçào dos CAD administr. dos invest. uldos(%) (CCP) (CGP) tccp) (CGP) Despesas Rent Capitais gerais/prémios dos próprios Despesas adquiridos invest. Result médios erais (CGP) 11 uidos(%) (%) tl.uidó ROE (%) 2014 Rendimento Cobertura das integral/ Margem de provisões técnicas Capitais sotvencia porinvestlmentos ró rios ('/.) (%) afetos (2) (%.) 102,04 30,61 146,91. 183,65 477,86 27,31 146,75 195,29-215377 452-71729 -5462-292116 `''x41,02-61188 -1936-11276 -658-75059 27,63-65571 -514-14108 -815-81009 37,38-28445 105-4501 -34-32875 16,64-30947 195-15422 -529-46703 66,52-36650 8-13737 -1119-51498 34,80-55811 -702-34312 -3713-94539 36.21-20907 -17-7596 -265-28785 19,38-53103 133-17868 -1026-71865 31,76-68619 -1-34697 -1351-104668 37,67 5,64 178 232 16,27 1 095 508 38,62 147,00 100,27 3,02 20039 8,16 245 645 26,01 269,46 158,38 3,88 9 085 6,10 149 039 7,50 291,30 138,74 1,38 4 797 10,46 45 841 10,65 135.00 144,71 ND 7 685 20,96 36 669 31,82 221,00 ND 4,77-15017 -23,68 63 431-22,20 90,10 103,72 4,16-41151 -45,43 90 585-7,57 125.40 99,05 ND 10 313 22,80 45 238 24,20 213,00 ND -1,82-56701-'2t24 200 759-14,82 142,60 122,26-0,52-188265 -83,63 225 109-82,45 52,50 91,34 I:--2 238,24 Wfflig~ 52,61 ~~ 20,91 ~t~ 56,63 --- 75,37 T:4- :'77'-~, -----,' 39,40,-.-_-i,-.,:-. -~±- 130,97 --.-~-6-36,06 ar:7: -4 151 17-5226 -302-9662 : 48,43 2,53 7 887 1997 39 493 21,88 975,96 198,58-17790 -29-8023 -599-26441 40,66 4,63 3 394 9,86 34 433 36,36 334,00 131,45-20729 405-4925 -547-25796 35,49 5,95-2838 -3,86 73 474 4,50 525,62 149,91-186 46-602 -25-768 1,80 2.53 6 003 36,61 16 395 39,36 241,80 141,57-7 985-1123 -4 032-127 -13 268 20,85 1.46 7 733 31,83 24 292 40,65 187,40 156,02-3386 -52-3969 -109-7516 13,85 3,29 3 667 5,12 71 611 48,38 788,44 147,05-1710 -7-479 -148-2344 22,78 5,20 302 20,21 1 495 20,62 256,00 168,78-1245 27-441 -48-1706 41,41 5,88 623 6,81 9 146 9,05 268,50 166,77-3827 2-1466 -419-5711 33,47 3,90 1 120 9,30 12 042 10,69 328,52 180,60-8640 -26-2651 -97-11413 31,07 5,78 540 1,91 28 328 3.73 348.20 145,38-847 1-772 -246-1863 39,42 4,20 377 4,66 8 079 8,81 310,36 155,61 O O -203 O -203 18,52 O 827 24,63 3 356 n.d. 212,00 193.04-5960 84-1709 -44-7630 48,03 2,66-4344 -28,65 15 164-7,01 175,20 113,30-14299 -196-6759 -199-21453 50,49 1,57 21 0,05 42 544 0,87 251,00 116.62-75 7-5 O -74 63,14 0,74 2 104 8,39 25 074-2,35 277,00 67,68-216 O O O -216 32,11 1,74 10 200 6,07 168 028 7,73 162.32 189,87-5 455 15-1517 -10-6 967 64,78 7,58 32 0,46.: 6 948 345 131,40 76,54 Página 4