TERCEIRIZAÇÃO: aprovação da lei é o início dos ataques aos nossos direitos. À luta!

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Transcrição:

TERCEIRIZAÇÃO: aprovação da lei é o início dos ataques aos nossos direitos. À luta! À luta para resistir, colegas da TI! Por 231 votos a favor, 188 contra e 8 abstenções, a Câmara dos Deputados aprovou, nessa quarta-feira (22/03), o texto-base do projeto de lei que regulamenta e amplia a terceirização no Brasil. Com o discurso de modernização das leis trabalhistas e para gerar mais empregos, os deputados da base governista e o Governo Temer ressuscitaram um projeto de quase 20 anos atrás, o PL 4302/ 1998, do governo de Fernando Henrique Cardoso. Esse PL tinha sido aprovado pelo Senado em 2002 e, desde então, estava parado no Congresso. Ele consegue ser ainda pior do que o PL 4330, projeto do ano de 2004 também sobre a terceirização; foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 2015 mas, depois, ficou trancado no Senado devido aos nossos protestos, dos trabalhadores, e de seus sindicatos há 2 anos atrás em todo o país (veja como foi a luta na TI clicando neste link: Trabalhadores da TI se mobilizam contra a TERCEIRIZAÇÃO)

Na verdade, o que está por trás disso é que o Governo Temer precisa mostrar serviço. Colocado na presidência do Brasil para efetivar as reformas que o empresariado tanto quer e o governo anterior não conseguiu fazer, Temer e aliados viram que não será fácil passar a Reforma da Previdência, pois os trabalhadores e suas entidades estão organizadas e resistirão às retiradas de direitos. A grande mobilização nacional de 15 de Março foi prova disso. Sendo assim, governo e empresários deixaram a Previdência UM POUCO de lado e começaram a atacar pela Reforma Trabalhista, que é composta por vários projetos em separado, o que facilita os acordões para o trâmite e a aprovação desses PLs no Congresso. TERCEIRIZAR é pagar salários mais baixos e precarizar >> A TERCEIRIZAÇÃO é um dos projetos dessa Reforma Trabalhista. O PL 4302 aprovado nessa quarta-feira REGULAMENTA as terceirizações que já existem no país, as quais não tinham base legal na CLT e, portanto, eram passíveis de ações judiciais pelos trabalhadores lesados. Esse mesmo projeto de lei também AMPLIA as terceirizações, pois libera a contratação desse tipo de serviços nas ÁREAS FIM das empresas privadas e de parte das públicas. Significa que as empresas de TI poderão terceirizar trabalhadores de TI; até então, era apenas permitido terceirizar serviços que não eram do mesmo ramo da empresa, como limpeza, zeladoria e segurança. >> O PL 4302 também permite a QUARTEIRIZAÇÃO: consiste numa empresa terceirizada subcontrate outra empresa, a qual irá prestar serviço à empresa-mãe, mas será administrada pela terceirizada. Aqui na TI do RS temos um caso recente: a empresa ADMINAS foi terceirizada pela empresa BB TECNOLOGIA que, por sua vez, era a contratada pelo Banco do Brasil. A ADMINAS faliu e sumiu do Rio Grande do Sul deixando os trabalhadores sem salários e FGTS. >> O PL 4302 NÃO PREVÊ vínculo de emprego entre a empresa contratante dos serviços e os trabalhadores terceirizados. E regulamenta a tendência que já existe hoje nos

tribunais da Justiça do Trabalho: de que a empresa-mãe (que contrata a terceirizada) responda de forma subsidiária se o trabalhador não conseguir cobrar direitos devidos pela empresa que o contratou. Ou seja, a empresa é TAMBÉM responsável, mas ela pode questionar isso. >> O PL 4302 ainda AUMENTA O TEMPO DE DURAÇÃO DO TRABALHO TEMPORÁRIO: passa de até 3 meses para até 6 meses, consecutivos ou não, e podendo ser prorrogado por mais 3 meses. Isso mesmo: o trabalho temporário poderá chegar a 9 meses! Após o término do contrato, o trabalhador temporário só poderá prestar novamente o mesmo tipo de serviço à empresa após esperar 3 meses. Apesar do belo discurso de modernização e geração de empregos dos empresários, de parlamentares e do governo, a TERCEIRIZAÇÃO, na prática, é usada por esses mesmos para contratar trabalhadores com SALÁRIOS MAIS BAIXOS e condições precárias de trabalho. Eles querem recuperar suas finanças e o lucro que deixaram de ganhar com a crise financeira nas costas dos trabalhadores. Nós da TI temos vários casos de terceirização e vemos a expansão da pejotização (PJs) na nossa área, uma outra forma encontrada pelas empresas para burlar as leis trabalhistas. Nesse caso, os ganhos aos trabalhadores podem não ser tão baixos, mas eles ficam sem ter os benefícios e os direitos de quem assina carteira de trabalho. Ou seja, eles permanecem sendo empregados, mas são mais baratos às empresas, que não precisam pagar os direitos trabalhistas, especialmente na hora de descartá-los/ demiti-los. No SETOR PRIVADO da TI, estamos com a campanha salarial 2016/2017 em aberto até agora! Desde Novembro do ano passado, os trabalhadores estão sem qualquer reajuste salarial e os empresários do SEPRORGS não querem dar nem mesmo as perdas salariais com a inflação do período (INPC). Isso tudo não é mera coincidência, colegas! É para pressionar os trabalhadores e levá-los ao desespero, fazendo com que eles aceitem qualquer coisa, até mesmo a retirada de direitos.

Única saída dos trabalhadores é a LUTA!

Não podemos esmorecer e, muito menos, achar que CADA UM SOZINHO conseguirá se dar bem frente a esses duros ataques. As reformas Trabalhista e da Previdência atingem TODOS os trabalhadores do Brasil. Um ou outro de nós, se tiver sorte, pode conseguir sair menos lesado desses ataques. Mas a massa da classe trabalhadora será arrastada por esse roldão, inclusive nós da TI, nossos parentes, amigos, conhecidos. A única saída dos trabalhadores é se unir e parar. Um ataque tão grande como esse precisa de uma resposta também grande de nós, trabalhadores. Nossa saída é a GREVE GERAL! A central sindical a que somos filiados, a CSP-Conlutas, está construindo a greve com as demais centrais! Em breve, divulgaremos as datas para essa mobilização. A hora é de parar, TI! #Não às Terceirizações Sindppd/RS