ATA DA IX REUNIÃO BILATERAL BRASIL/CHILE DOS ORGANISMOS DE APLICAÇÃO DO ACORDO SOBRE TRANSPORTE INTERNACIONAL TERRESTRE ATIT



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Transcrição:

ATA DA IX REUNIÃO BILATERAL BRASIL/CHILE DOS ORGANISMOS DE APLICAÇÃO DO ACORDO SOBRE TRANSPORTE INTERNACIONAL TERRESTRE ATIT Durante os dias 27 e 28 de novembro de 2003, na cidade de São Paulo-SP, realizou-se nas dependências da Associação Nacional do Transporte de Carga NTC, a IX Reunião Bilateral Brasil/Chile dos Organismos Nacionais de Aplicação do Acordo sobre Transporte Internacional Terrestre ATIT, para tratar dos aspectos técnicos e operacionais do transporte rodoviário de carga e passageiros entre os dois países. A lista de integrantes das respectivas delegações constitui o Anexo I da presente Ata. O chefe da Delegação Brasileira, Dr. Noboru Ofugi, Diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, iniciou os trabalhos dando as boas vindas a Delegação Chilena e ressaltando a importância desta reunião para o intercâmbio econômico e comercial entre ambos os países. Em seguida, o Dr. John Matthew O Brien Boggio, Chefe do Depto. Assuntos Internacionais da Subsecretaria de Transportes, chefe da Delegação Chilena, expressou seu agradecimento pela generosa acolhida e destacou a importância desta reunião para integração econômica das duas nações. Informou que à tarde assumirá a chefia da Delegação o Dr. Guillermo Díaz Silva, Subsecretario de Transporte. Os chefes de ambas Delegações destacaram a importância desta reunião e desejaram que se desenvolva em clima de cortesia, tendo em vista o interesse e responsabilidade dos setores envolvidos no transporte bilateral entre o Brasil e o Chile. Imediatamente se procedeu ao exame do Temário, o qual, após aprovado, consta no Anexo II a presente Ata, passando-se em seguida para a discussão dos temas. 1. TRANSPORTE DE PASSAGEIROS 1.1. Análise das Linhas Regulares Existentes A Delegação Brasileira entregou relação das linhas (brasileira e chilena) que operam o serviço regular de transporte rodoviário internacional coletivo de passageiros entre os dois países, com o objetivo de avaliar as freqüências, horários, e quadro demonstrativo do desempenho verificado no período de 1998 a 2002, visando um controle efetivo dos serviços e a unificação dos registros de ambos os países que constituem o Anexo III. Destacou acordos anteriores estabelecendo o reforço de Ata da IX Reunião BR CL São Paulo 2003 11 27 e 28

freqüência correspondente a 2 horários por horário autorizado em períodos de maior demanda e que na ocorrência de alterações nas condições da prestação do serviço regular, estas deverão ser comunicadas pelo Organismo de Aplicação em tempo hábil ao Organismo do outro país, visando manter os registros atualizados. A Delegação Chilena ficou de analisar os dados apresentados e se manifestar no prazo de um mês. A Delegação Brasileira informou que está promovendo a utilização de sistema informatizado para a expedição de autorização para as viagens ocasionais em circuito fechado realizadas pelas empresas de transporte de passageiros. Atualmente, fase de transição, estão em uso os dois sistemas, o anterior que utiliza a autorização de viagem expedida pelo Departamento de Polícia Rodoviária Federal e o novo que passará a ser único, a partir do próximo dia 20 de dezembro. 2. TRANSPORTE DE CARGA 2.1. Análise dos Aspectos Operacionais do Transporte de Carga Após um amplo debate sobre a operação do transporte de carga entre os dois países a Delegação Brasileira entregou um relatório contendo todas as empresas brasileiras devidamente habilitadas ao tráfego bilateral, bem como as empresas chilenas que obtiveram a Licença Complementar no Brasil, que consta como Anexo IV da presente Ata. Informou ainda, que esses dados estão disponíveis na internet (www.antt.gov.br) com o objetivo de possibilitar à fiscalização, inclusive nas aduanas. A Delegação Brasileira informou que, recentemente, efetuou um amplo recadastramento das empresas habilitadas ao transporte rodoviário internacional de carga, para tanto entregou cópia do Ofício encaminhado anteriormente à Autoridade Chilena, contendo a lista das empresas brasileiras de transporte que tiveram suas habilitações canceladas ao tráfego Brasil/Chile, que consta do Anexo IV da presente Ata A Delegação Chilena manifestou interesse em analisar a metodologia utilizada e solicitou o envio da mesma. 2.2. Intercâmbio de Tração e Subcontratação A Delegação Brasileira fez um breve retrospecto sobre os principais pontos abordados durante a VIII Reunião Chile/Brasil, realizada em outubro de 2002, em Santiago do Chile. Entende que o intercâmbio de tração é a utilização de parte do conjunto de veículo, trator ou semi-reboque, de uma empresa habilitada, por outra habilitada, sem cruzamento de bandeira. Com relação à subcontratação, entende que ocorre entre empresas e veículos habilitados de um mesmo país, ou de países

diversos (cruzamento de bandeira). O objeto da subcontratação é o conjunto de veículo (cavalo trator mais semi-reboque). A subcontratação pressupõe que, as responsabilidades da contratante e da subcontratada estejam formalizadas em contratos específicos e que em matéria de seguros, estejam claramente previstas as regras. Esclareceu ainda que a contratação do seguro obrigatório de responsabilidade civil do transportador rodoviário (RCTR-VI), danos à terceiros, é de responsabilidade da subcontratada enquanto que, o seguro de danos à carga (RCTR-VI-DC) é de responsabilidade da contratante emitente do CRT/MIC. A Delegação Chilena reconhecendo a necessidade de identificar conceito preciso da subcontratação, considera que para a sua aplicação devem estar presentes os seguintes requisitos: a) deve realizar-se entre empresas e veículos habilitados; b) deve utilizar a unidade de transporte completa (exemplo: trator caminhão com o seu respectivo reboque ou caminhão e reboque); c) limitar sua prática as empresas brasileiras e chilenas autorizadas para o mesmo tráfego bilateral; d) face ao exposto a empresa contratante será responsável pela contratação dos seguros e manter vínculo trabalhista direto com o motorista destinado a unidade subcontratada. A Delegação Brasileira esclareceu que o seguro obrigatório de responsabilidade civil do transportador está diretamente vinculado ao veículo e seu proprietário ou arrendatário, podendo ser válido no caso de subcontratação. Quanto ao vínculo trabalhista do motorista, a legislação brasileira permite várias formas, sem prejuízo da responsabilidade do transportador habilitado que contrata o serviço e não pode ser aceita pelo Brasil. A Delegação Brasileira fez um breve esclarecimento sobre a forma de arrendamento praticado no Brasil em que a empresa habilitada detém o domínio e o uso do veículo que opera sob sua responsabilidade direta e total, que é completamente diferente da utilização do regime de freteiro. Sem prejuízo do anterior, ambas Delegações acordaram em prosseguir discutindo o tema referente ao intercâmbio de tração e subcontratação, com o objetivo de chegar a um entendimento. 2.3. Pesos e Dimensões de Veículos A Delegação Brasileira informou sobre as tratativas efetuadas no âmbito do Mercosul com o objetivo de harmonizar as diferentes normas internas de cada país, e lembrou que estará encaminhando muito em breve proposta para análise do grupo. Ressaltou a intenção do Governo Brasileiro de não criar óbices nas operações de transporte dos veículos estrangeiros que ultrapassem as normas previstas na legislação brasileira, até que se tenha uma posição final sobre o assunto por parte da autoridade brasileira competente. A Delegação Chilena concordou com a necessidade de estabelecer para todos os países aderentes do ATIT, normas similares em matéria de dimensões de veículos

e propõe definir em um prazo prudente, novas normas de segurança de transito, idade da frota e seguros, entre outros temas. A Delegação Brasileira reiterou seu compromisso de efetuar consulta aos órgãos brasileiros competentes na área de pesos, dimensões e segurança viária e informar oportunamente sua posição às Autoridades Chilenas. Ambas as delegações concordaram entretanto, conforme as manifestações colocadas, respeitar as normas técnicas de origem, para cujo efeito darão conhecimento desta decisão às autoridades fiscalizadoras correspondentes. 2.4. Participação nos Tráfegos A Delegação Chilena expressou a sua discordância à participação de terceiro país em tráfego bilateral, como norma geral, porque representa um sobre-custo adicional ao setor. A Delegação Brasileira informou que continua avaliando a participação de terceiro país no tráfego bilateral e externou sua posição preliminar, admitindo a possibilidade de discussões sobre a quinta liberdade. A Delegação Chilena concordou com a possibilidade de aplicação da quinta liberdade e renovou o convite de realização da Reunião Tripartite em Santiago do Chile, em março de 2004. A Delegação Brasileira aceitou o convite. 2.5. Inspeção Técnica Veicular ITV A Delegação Chilena solicitou informações sobre o estado da arte da Inspeção Técnica Veicular no Brasil. A Delegação Brasileira informou que, atualmente, operam duas empresas na prestação desse serviço instaladas no estado do Paraná e que doze outras empresas encontram-se em fase de credenciamento. Informou ainda, que em acordo firmado no âmbito do Mercosul, empresas e veículos podem efetuar a Inspeção Veicular em plantas localizadas em qualquer estado parte. A Delegação Chilena informou por sua vez, que vai enviar novamente a relação de plantas de revisão técnica situadas em seu território com os respectivos preços do serviço, e que brevemente todas essas instalações serão automatizadas.

3. OUTROS ASSUNTOS 3.1 Aspectos Aduaneiros A Delegação Brasileira informou que está em fase de desenvolvimento no âmbito do Mercosul a integração eletrônica das informações do MIC/DTA. A partir do registro da operação na origem, o sistema proporcionará que a aduana de destino possa conhecer os dados da operação previamente, em tempo real. O processo está sendo tratado como MIC Eletrônico. No momento, com o Chile (Los Andes e El Libertador) o que se tem é o fornecimento de algumas informações pontuais sobre operações específicas a partir das aduanas de Uruguaiana e Foz de Iguaçu. Os controles informatizados usados especificamente nas citadas aduanas brasileiras, muito em breve, permitirão que sejam transmitidas diariamente ao Chile, via e-mail, as informações constantes dos MIC/DTA, que instruíram despachos de exportação para o Chile. A Delegação Chilena manifestou seu interesse em apoiar os avanços nesse sentido, efetuados pela aduana Brasileira. 3.2. Comunicação Via Eletrônica Ambas Delegações acordaram desenvolver esforços objetivando o aprimoramento na troca de informações utilizando meio eletrônico de comunicações. Comprometeram-se em enviar seus respectivos endereços eletrônicos oficiais de modo a permitir experiência dessa prática como teste em paralelo com a utilização de fax. 3.3. Trânsito em Corredores Bioceânicos Ambas Delegações concordaram em continuar a desenvolver esforços objetivando a criação de outras alternativas de rotas em especial a ligação através da Bolívia como uma das formas de possibilitar o incremento do tráfego entre os dois países. A Delegação Brasileira informou das tratativas que estão sendo conduzidas no âmbito do IIRSA com essa finalidade. Ambas as Delegações apoiam tais iniciativas, manifestaram o seu interesse em fazer constar da presente Ata, os compromissos anteriormente firmados na VIII Reunião Bilateral Chile/Brasil e darem conhecimento desta iniciativa a Bolívia, para sua discussão e comentários.

3.4. Assuntos Diversos A Delegação Brasileira solicitou esclarecimentos sobre informações prestadas pelo setor privado brasileiro, de que o Chile está emitindo licença complementar provisória às empresas brasileiras pelo prazo de 180 dias, e que após esse período não tem ocorrido renovação em tempo hábil. A Delegação Chilena se comprometeu em verificar o que está acontecendo se comprometendo em solucionar o mais rápido possível. Em seguida, externou sua preocupação sobre o roubo de veículos e cargas e da necessidade de esforços conjuntos para aumentar a segurança rodoviária. A Delegação Brasileira concordou e prestou alguns esclarecimentos sobre o assunto da segurança, bem como o conjunto de ações que estão sendo desenvolvidas pelo Brasil para tentar minimizar o roubo de cargas. Informou que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) está ampliando o seu quadro de pessoal, contratando mais policiais de modo a tornar a fiscalização mais eficiente, além de atuar de forma conjunta com a Polícia Federal e Polícias Estaduais. A Delegação Chilena informou sobre seus compromissos para aperfeiçoar os controles migratórios, e apresentou exposição sobre estudos em andamento para aperfeiçoar a carteira de tripulante. Expressou que o anterior se enquadra nas exigências do ATIT e nas ações que o Chile deve adotar em conjunto com os países membros da APEC. A Delegação Brasileira informou que o País também se preocupa em aperfeiçoar seus controles, e solicitou cópia da exposição para levar ao conhecimento das autoridades migratórios que constitui o Anexo V à presente Ata. Finalizando, ambas Delegações consideraram esgotado o temário proposto e deram por encerrada a presente Reunião Bilateral. A presente Ata é firmada em duas vias de igual teor sendo uma via para cada Delegação. NOBORU OFUGI Pela Delegação Brasileira GUILLERMO DIAZ SILVA Pela Delegação Chilena

ANEXO I Lista de Participantes

ANEXO I Lista de Participantes DELEGAÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Chefe da Delegação: Noboru Ofugi Diretor Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT Delegados: Francisco de Paula Magalhães Gomes Wilbert Ribeiro Junquilho José Glauco A. Andrade Dias Paula Denize de Pina Picquet Juliano Souza Leite Vilson Alves de Lima Josemar Dalsochio Assessor ANTT Gerente ANTT Gerente ANTT Assessora ANTT Chefe de Divisão Departamento de Polícia Rodoviária Federal - DPRF Inspetor DPRF Delegado DRF/Uruguaiana Secretaria da Receita Federal - SRF Observadores: Sônia Rotondo Assessora Técnica Associação Nacional do Transporte de Carga - NTC Felipe Abrahão Assistente - NTC José Dorneles Michelon Presidente Associação Brasileira de Transportadores Internacionais - ABTI Samuel Zubeldia Nebenzahl Secretário Executivo ABTI Alexandre A. dos Reis Gerente - Aguilucho Nilo Alberto Caheté Assessor Abc Cargas Geraldo Malzozi Gerente Ouro e Prata Cargas Reginaldo José Silva Assistente - Bonança Luiz Felipe D. Fonseca Diretor Ioma Transportes Maria Rita Prates Sócia Super Carga Walter da Cruz Prates Gerente Super Carga Walter da Cruz Prates Junior Gerente - Super Carga Geraldo A. de Castro Técnico Magna Seguros Walter Cunha Consultor Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre - ABRATI Roger Duarte Teixeira Diretor Pluma S.A.

ANEXO I Lista de Participantes DELEGAÇÃO DO CHILE Chefe da Delegação: Guillermo Díaz Silva Subsecretario - Ministerio de Transportes Delegados: John Matthew O Brien Boggio Jefe Depto. Asuntos Internacionales - Subsecretaria de Transportes Pablo Rodríguez Olivares Jefe de Gabinete - Subsecretaria de Transportes Pablo Ortiz Méndez Avogado Depto. Legal - Subsecretaria de Transportes Alejandro Sfeir-Tonšić Cônsul do Chile em São Paulo Observadores: Sergio Muñoz Dusan Simunovic Carlos Torrealba Sergio Fernández Felipe Venegas Prada Maria José Borghetti Ernesto Bardi Navarrete Joaquin Madariaga Luis Fernando Del Valle Asesor - Conf. Nac. Caminos de Chile Presidente - Agetich Vice-Presidente - Agetich Gerente Geral - Agetich Sócio-Proprietário - Servint Gerente T. Vitores Gerente Chile Bus Gerente Chile Bus Representante Chile Bus

ANEXO II Temário

ANEXO II TEMÁRIO 1. TRANSPORTE DE PASSAGEIROS 1.1. Análise das linhas regulares existentes 2. TRANSPORTE DE CARGAS 2.1 Análise dos aspectos operacionais do transporte de cargas 2.2 Intercâmbio de tração e subcontratação 2.3. Pesos e dimensões de veículos 2.4. Participação nos tráfegos 2.5 Inspeção técnica veicular 3. OUTROS ASSUNTOS 3.1 Aspectos aduaneiros 3.2 Comunicação via eletrônica 3.3 Trânsito em corredores bioceânicos 3.4 Assuntos diversos

ANEXO III Serviços Regulares de Transporte de Passageiros

ACORDO SOBRE TRANSPORTE INTERNACIONAL TERRESTRE ATIT ANEXO III Relação dos Serviços Regulares por Empresa N PAÍS FREQÜÊNCIA PREFIXO TIPO DE ACORDADA LIGAÇÃO EMPRESA BR CL SERVIÇO POR SENTIDO BR CL POR BANDEIRA FREQÜÊNCIA PRATICADA PONTOS FRONTEIRIÇOS AUTORIZAÇÃO VALIDADE 1 X X RIO DE JANEIRO SANTIAGO DO CHILE SANTIAGO DO CHILE RIO DE JANEIRO PLUMA CONFORTO E TURISMO S/A FERRE Y GRAU LTDA. CHILE BUS CONV. S/ SANITÁRIO 6 HORÁRIOS SEMANAIS 10-0711-00 10-1105-00 Rio de Janeiro: 2 a 3 a 4 a 5 a Dom 18h Santiago: 3 a 4 a 5 a 6 a Sab Dom 8h Santiago: 6 horários semanais Rio de Janeiro: 6 horários semanais URUGUAIANA (BR) PASO DE LOS LIBRES(RA) TUNEL DOS CUEVAS CARACOLES (RA) PASO DEL CRISTO REDENTOR (CL) PASO DEL CRISTO REDENTOR (CL) TUNEL DOS CUEVAS CARACOLES (RA) PASO DE LOS LIBRES (RA) URUGUAIANA (BR) LO 2.477/2002, DOU 28/01/2002 LC 006/2003- ANTT, DOU 10/11/2003 08/10/2008 indefinido Obs: No período de temporada está acordado o aumento de 2 freqüências de reforço para cada autorizada.

ACORDO SOBRE TRANSPORTE INTERNACIONAL TERRESTRE ATIT Evolução dos dados operacionais na ligação internacional BRASIL/CHILE - 1998, 1999, 2000, 2001 e 2002 Ligação Unid. 1998 1999 2000 2001 2002 Transporte de passageiros pass 5.458 9.401 12.320 10.379 20.721 Transporte de passageiros pass.km 8.477.194 14.977.997 20.612.584 14.797.158 32.233.801 Viagens realizadas un. 426 374 434 605 747 Distância percorrida pela frota km 965.785 847.895 983.921 1.371.596 1.693.524 Estimativa da Taxa de Ocupação % 19,08 38,40 45,54 23,45 41,38

ANEXO IV Transporte Rodoviário de Cargas

ANEXO V Cambio de Formato Libreta de Tripulante Terrestre